Tempo de leitura: < 1 minuto

SBP, terrível contra advogados
SBP, terrível contra advogados

Depois de ter sido afastado por 90 dias, período em que teve sua sanidade mental avaliada por peritos do Tribunal de Justiça da Bahia, o juiz Luís Roberto Cappio, da comarca de Euclides da Cunha, poderá ser aposentado. O magistrado, que ganhou notoriedade ao apontar irregularidades no caso da adoção de cinco crianças na cidade de Monte Santo, teria destratado servidores, advogados e promotores de justiça.
Em um dos episódios, Cappio usou inseticida da marca SBP para expulsar um advogado de seu gabinete. A defesa do juiz, no entanto, apresentou laudo segundo o qual ele “apresenta sanidade mental normal”.
Nesta quarta-feira (29), o pleno do TJ-BA determinou a instauração de processo para que Luís Roberto Cappio seja aposentado por invalidez.

Tempo de leitura: 2 minutos
Mãe das crianças levadas de Monte Santo chora em depoimento à CPI

O juiz substituto da Vara Crime de Monte Santo, Luiz Roberto Cappio, manifestou nesta terça-feira, 30, a suspeita de que Itabuna esteja na rota do tráfico de crianças. Cappio está diretamente envolvido nas investigações de irregularidade nos processos de adoção de cinco menores de Monte Santo, caso que levou à prorrogação dos trabalhos da CPI do Tráfico de Pessoas.

A referência a Itabuna como rota do tráfico de seres humanos remete à década de 90, quando de fato houve denúncias de que crianças da cidade eram adotadas ilegalmente, com o envolvimento de agentes do judiciário. O juiz Luiz Roberto Cappio acredita que representantes deste poder continuem inseridos na atividade criminosa. “Suspeito que haja conivência de magistrados, agentes de saúde, e que a prática envolve outros estados, como São Paulo e Rio Grande do Sul”, afirma.

Nesta terça, os deputados integrantes da CPI ouviram em Brasília o juiz substituto, o promotor Luciano Tacques Ghignone, a advogada Isabella da Costa Pinto, do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente Yves de Roussan (Cedeca), e Silvânia da Silva, mãe das cinco crianças que foram retiradas da família e levadas para São Paulo.

Silvânia contou à CPI que não recebera qualquer informação sobre o processo de perda da guarda. Segundo ela, os representantes do Conselho Tutelar apareceram na porta de sua casa, afirmando que ordem judicial para levar as crianças. O juiz Vítor Bizerra, que respondia pela comarca de de Monte Santo à época do processo, foi intimado, mas não compareceu à CPI. Com informações do jornal A Tarde.