A Praça Rui Barbosa, no coração do Centro Histórico de Ilhéus, recebeu duas lixeiras ecológicas, feitas com tubos de máquinas de lavar roupa e madeiras de eucalipto. De acordo com o Grupo Amigos da Praia (GAP), até a instalação dos equipamentos, no último final de semana, a Praça não tinha nenhuma lixeira.
O Grupo ressalta que o material usado na construção das lixeiras ecológicas é resistente à salinidade, que costuma danificar equipamentos de ferro próximos à orla marinha. As novas lixeiras foram doadas pelo ativista social Odailson Aranha.
“Parabéns aos guardiões da Praça Rui Barbosa e todos os moradores e amigos que se mobilizaram para esse sucesso”, diz a nota divulgada pelo GAP em uma rede social.
Na manhã desta terça-feira (16), o trânsito de carros e veículos maiores foi interditado no trecho da Rua Santos Dumont que dá acesso à Rua da Linha, no Centro de Ilhéus. A medida foi necessária para a retirada do lixo, mato e entulho que se acumulavam no terreno do casarão que foi sede da Marinha na cidade, em frente à Praça Coronel Pessoa.
Há pouco mais de dois anos, em janeiro de 2021, parte da marquise do casarão desmoronou, oferecendo grande perigo a quem trafegava naquela rua, uma das mais movimentadas da cidade. Por sorte, ninguém se feriu. Tombado como patrimônio histórico, o prédio pertence ao município.
A turminha do segundo ano do Ensino Fundamental I da Escola e Brinquedoteca A Casa Amarela teve uma aula de história diferente. Para aprender mais sobre Ilhéus, as crianças participaram de uma breve excursão pelo Centro da cidade, guiada pelo historiador Moisés Alves. A atividade extraclasse, neste semana, proporcionou aos estudantes vários dos principais monumentos da cidade, sob a supervisão da diretora pedagógica Sara Lemos, da diretora administrativa, Gabriela Puentes, e da professora Rossane Sales.
O primeiro ponto de parada da excursão foi o Outeiro de São Sebastião, local onde os colonizadores portugueses fundaram a Vila de São Jorge dos Ilhéus, em 1536. No Mirante do Canhão, as crianças ouviram do professor Moisés Alves como se deu a ocupação do local pelos homens brancos, seus conflitos com os indígenas locais e ataques de piratas franceses.
Os estudantes, na sequência, visitaram a Igreja de São Jorge, construção mais antiga do centro histórico, datada do final do século XVII, e foram a pé ao Palácio Paranaguá, onde viram fotografias antigas e quadros dos ex-prefeitos da cidade, no Salão Nobre. O grupo seguiu para a Praça J.J. Seabra, onde contemplou as esculturas em mármore de Carrara de Sapho e do Inverno.
Com direito à parada para pipoca na Rua Jorge Amado, os alunos da Casa Amarela foram recebidos pelo ator José Delmo, no Teatro Municipal de Ilhéus. O artista contou uma breve história sobre os mitos fundadores da região. Os pequenos curiosos visitaram ainda a I Exposição Filatélica “Viagem no Mundo dos Selos”, realizada pelos Correios e Secretaria Municipal de Cultura. E, após passarem pela Catedral de São Sebastião, os estudantes concluíram o passeio com pose para foto no letreiro turístico de Ilhéus.
Para a diretora pedagógica da Casa Amarela, Sara Lemos, a excursão oportunizou aos alunos a terem uma visão diferente sobre a cidade. “Em sala de aula, buscamos sempre incentivar a curiosidade e a vontade de aprender. Mas, através da interação com os locais e os monumentos, eles puderam vivenciar a história e construir um novo olhar sobre o que Ilhéus representa”.