Segundo Kaique, nível do Cachoeira continua baixando || Imagens Instagram e Daniela Vieira
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A enchente do último final de semana reavivou a memória da devastação causada pela cheia do Rio Cachoeira no Natal de 2021. No sábado (3), as águas subiram quase 9 metros e avançaram sobre vias e casas de Itabuna. A cheia deste ano não teve a mesma força de destruição do evento do ano passado, segundo afirmação do coordenador da Defesa Civil, Kaique Brito, ao PIMENTA.

Em 2021, mais de mil moradores de Itabuna tiveram que deixar suas residências por causa da enchente e duas pessoas morreram. A cheia deste ano deixou 535 desabrigados, que foram acolhidos em escolas e outros espaços do município. Não há registro de feridos.

O Cachoeira, com nível elevado, no sábado (3) || Foto Pimenta

Além da enchente ter sido menor, as ações preventivas do município evitaram danos maiores, avalia Kaique Brito. “Desde que assumimos [a Defesa Civil], trabalhamos num plano de ação [para lidar com enchentes]. Por isso, os danos foram minimizados. Comparado ao ano passado, você não vê dor de cabeça nenhuma, praticamente. Todos os desabrigados conseguiram tirar suas coisas de suas casas, porque foram avisados antes. Os abrigos ficaram de sobreaviso e receberam essas pessoas. A gente não teve vítimas nem maiores sustos”.

O Rio Cachoeira está baixando desde sábado (3) e deve chegar próximo de seu nível normal até o fim da noite desta segunda-feira (5), estimou Kaique Brito. Há previsão de mais chuvas em Itabuna e nas cabeceiras do rio, mas o volume previsto não é preocupante, acrescentou.

Perguntamos ao coordenador da Defesa Civil se é possível afirmar que o pior já passou. “Pergunta difícil. Queria fazer curso de Deus para responder essas coisas, mas não consigo. Vamos lá. Esse evento do final de semana teve nota 8 [de gravidade], comparando com o do ano passado, que chegou a 10. Se esse for o pico de dezembro, a gente não vai ter problemas”, respondeu.

Confira vídeo que mostra como estava o Rio Cachoeira na manhã de hoje (5).

Mural em padaria da Urbis IV conecta pedidos de ajuda à solidariedade de voluntários
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A Padaria Valete ficou debaixo d’água no Natal de 2021, quando a cheia do Rio Cachoeira inundou Itabuna, no sul da Bahia. O estabelecimento fica na Urbis IV, um dos vinte bairros alagados. A cidade começou o ano de 2022 com mais de 1.600 famílias desalojadas. Uma corrente de solidariedade, que reúne diversos segmentos sociais, tenta dar conta das necessidades urgentes das pessoas, como a alimentação. Na padaria, essa rede ganhou um meio de comunicação local e à moda antiga, o Mural Solidário.

Afixado na porta do estabelecimento, um mural tem duas colunas. Num dos lados, as pessoas escrevem o que precisam e, no outro, voluntários informam o que podem doar. Todos deixam telefone para que o contato iniciado no mural seja concluído com a entrega dos donativos.

A padaria está situada na rua B, área central da Urbis IV e é um dos pontos de referência no bairro. “Quem precisar ou quem quiser doar pode passar lá. Acreditamos que a ação vai beneficiar muitas pessoas, além de direcionar doações para quem realmente necessita”, diz  Mateus Valete, um dos proprietários.

Para saber mais, siga o perfil da padaria no Instagram: @padariavalete.

Cientista aponta desafios da sociedade para lidar com eventos climáticos extremos
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Thiago Dias

O fotógrafo Felippe Thomaz resgatou trecho do poema O Rio Cachoeira para acompanhar foto publicada em seu perfil no Instagram (@flipthomaz). A poesia fala de uma cobra imensa, de dorso ondulante, com sobras de água enchendo os caminhos. É provável que o professor e escritor Plínio de Almeida (1904-1976), que foi vereador de Itabuna, tenha escrito o poema sob o impacto das memórias das cheias do Cachoeira, como a de 1967, marco histórico hoje lembrado para dimensionar a enchente do Natal de 2021, quando o rio avançou sobre vinte bairros da cidade, além do Centro.

Doutor em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Felippe é dos raros artistas que reúnem profunda sensibilidade e rigor técnico no ato fotográfico. A imagem ao lado dos versos de Plínio mostra uma árvore no meio do Rio Cachoeira, quebrada na base e arrastada pela correnteza. Turvo e violento, o rio “não espelha a mata distante”. “Agora é furor descendo em caixão. Agora é só água malvada e gritante, enchente a fartar côncavas do chão”.

Rio Cachoeira arrasta árvore com tronco partido || Foto Felippe Thomaz

Plínio de Almeida imprimiu certo sentido geográfico na descrição poética da cheia, como nos versos iniciais: “E as águas que vêm do lado Oeste e enchem, com raiva, o dorso do rio”. Ele introduz a narrativa lírica informando o curso do Cachoeira. No outro trecho citado, usou o termo côncavas, que são terrenos cercados de morros com uma só entrada natural, segundo o Dicionário Online de Português. Os dois exemplos não são coincidências. O autor foi membro do Conselho Nacional de Geografia.

DESEQUILÍBRIO EM ESCALA GLOBAL

Cezar Filho: tragédia baiana não foi obra da natureza

Para compreender os fatores que contribuíram para a devastação das enchentes de Natal, o PIMENTA também recorreu à geografia, com o auxílio do geógrafo Cezar Augusto Teixeira Falcão Filho, 37, mestre em Sistemas Aquáticos Tropicais pela Uesc (Universidade Estadual de Santa Cruz) e doutorando em Geologia pela Ufba.

O volume das chuvas  na Bahia em dezembro passado foi o maior do planeta, conforme levantamento da MetSul Meteorologia (relembre). A meteorologia chama o fenômeno de Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), intensificado pelos efeitos de La Niña – que resfriou as temperaturas na América Latina –  e pelo aquecimento global.

Nuvens carregadas, que saíram do Norte do Brasil em direção ao Sudeste, chocaram-se com frentes frias sobre o território baiano, onde permaneceram por mais de três semanas e causaram tempestades intensas e duradouras.

A ação humana, em escala planetária, contribui para que eventos climáticos extremos, como o da tragédia baiana, tornem-se mais frequentes, diz o geógrafo. Segundo ele, desde o século 18, com a revolução industrial, quantidade significativa de substâncias químicas, a exemplo de dióxido de carbono, enxofre e outros gases, passou a ser lançada na atmosfera em volume crescente.

Esses gases integram a composição natural da atmosfera e fazem com que o planeta retenha calor da energia solar. Esse filtro foi determinante para o surgimento das condições de vida na Terra. No entanto, lançados em grande quantidade no ambiente, os gases produzem o famigerado efeito estufa, retendo mais calor na superfície terrestre.

O aquecimento global é um dos efeitos das mudanças climáticas, ressalta Cezar Filho. A temperatura mais elevada intensifica a dinâmica de refrigeração do planeta, acelerando a circulação das correntes oceânicas, pois os oceanos funcionam como reguladores térmicos do planeta.  “A Terra está brilhando menos. Antes, ela refletia mais luz para o espaço. Agora, está absorvendo mais calor. Então, precisa equilibrar toda essa temperatura”.

“NÃO É NATURAL”

Enquanto as chuvas torrenciais manifestam o movimento de reequilíbrio da temperatura do planeta, as enchentes que devastaram dezenas de cidades baianas foram favorecidas pelas formas de uso e ocupação do solo, alerta o geógrafo. A pressão das cidades sobre os leitos dos rios é traço histórico da expansão urbana brasileira, relembra, recorrendo ao exemplo do Rio Cachoeira para ilustrar seu raciocínio.

Cezar Filho esclarece que um rio não é influenciado apenas pelo que acontece nas suas imediações, como nas matas ciliares, mas em toda área da sua bacia hidrográfica, ou seja, a região da superfície terrestre que faz com que as águas da chuva convirjam num único trajeto – o próprio rio.

O Cachoeira nasce em Itapé, no sul da Bahia, no encontro dos rios Colônia e Salgado. Considerando os três corpos d’água, a bacia abrange 12 municípios da região.

A maior parte da cobertura florestal dessa área foi substituída por pastagens, enfatiza o geógrafo. “O que acontece? Quando a chuva se manifesta como processo natural, ela não encontra uma barreira que existia antes, a floresta que a amortecia. A água cai e impacta o solo diretamente, causando erosão, lixiviação e escoamento superficial, com muito mais velocidade”.

O mesmo desmatamento que favorece as enxurradas dos dias chuvosos, por dificultar a penetração da água no solo, contribui para a redução drástica dos níveis dos rios em períodos de estiagem, como o do verão de 2015/2016. “É estranho você observar uma bacia hidrográfica totalmente inserida no bioma da Mata Atlântica fazer com que Itabuna passe quase três meses sem água. Não sei se você lembra disso, que Itabuna ficou três meses sem abastecimento de água por causa de uma seca”, recorda o geógrafo.

A descrição é a de caso típico de desequilíbrio ecológico causado pelo desmatamento em larga escala. “O comportamento do rio numa bacia não florestada como a do Cachoeira é essa alta produção de água num curto espaço de tempo. Você tem uma chuva que não penetra nas camadas do solo. Ela escoa, faz com que o rio apresente uma cheia abrupta, com grande produção de água, que não é natural”.

Segundo o cientista, numa bacia hidrográfica onde a cobertura vegetal é conservada, o normal é a manutenção de baixas variações do nível do rio, com água correndo de modo perene, pois o lençol freático é reabastecido continuamente. “A floresta mantém a água no ambiente”. Sem a mata, uma chuva intensa e duradoura tende a elevar as águas do rio rapidamente. A tempestade perfeita eclode violenta na zona urbana, onde a ocupação do solo é moldada para a impermeabilidade.

Parte da comunidade científica, segundo Cezar Falcão Filho, entende que os processos de retroalimentação das mudanças climáticas, com o aumento do nível dos oceanos e da temperatura média da Terra, atingiram ponto sem volta. “O que a gente pode fazer agora é buscar formas de planejar como vamos nos adaptar às mudanças, porque é um processo que não pode mais ser revertido. Já passamos do ponto de ruptura, digamos assim”.

ADAPTAÇÃO

É necessário retirar moradias do leito do rio, afirma geógrafo || Foto Felippe Thomaz

O geógrafo aponta duas frentes de ação contra novas tragédias socioambientais na bacia do Cachoeira. A curto prazo, é necessário remover moradias construídas nas áreas de expansão do leito do rio em períodos chuvosos. “O rio tem a calha normal, onde a vazão média corre, mas você tem outro trecho que o rio acessa na cheia. Você tem que retirar as pessoas dessas áreas, para que não morram. Você precisa de um planejamento urbano adaptado a esses problemas, que vão ficar mais recorrentes. A primeira coisa é isso, porque o primeiro valor é a vida – a gente só tem uma, perdeu, já era!”.

Nos últimos dois meses, 26 pessoas morreram em decorrência dos efeitos das chuvas na Bahia.

A ação de longo prazo consiste no reflorestamento da bacia do Rio Cachoeira, afirma Cezar. Esse é o meio de regular as variações de cheias e secas do rio, evitando enchentes violentas e períodos de escassez hídrica – em uma palavra, equilíbrio. Segundo o geógrafo, trata-se de plano a ser executado e monitorado por, pelo menos, três décadas.

Segundo os versos finais da poesia de Plínio de Almeida, depois que o tempo melhorar e o sol esplandecer, “o Rio Cachoeira, descendo do Oeste, de novo terá seu manso correr, de novo será espelho da mata”. De algum modo, o desafio de reflorestar a bacia do Cachoeira atualiza o sentido da poesia que leva o nome do rio, porque não há espelho d’água capaz de refletir mata que já se foi.

Campanha mobiliza 8º Batalhão de Polícia Militar
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Menos de uma semana após o início da campanha de arrecadação de alimentos para as vítimas da enchente do Rio Cachoeira em Itabuna, o 8º Batalhão da Polícia Militar recolheu quatro toneladas de donativos em Porto Seguro.

Ao ser divulgada nas redes sociais da unidade, a Campanha Força Solidária II ganhou ainda mais contribuições. Os itens foram doados aos moradores de Itabuna no domingo (2).

“Devido ao grande número de pessoas em completa situação de vulnerabilidade, optamos por distribuir esses donativos aos moradores de Itabuna. Duas toneladas foram entregues aos cuidados das equipes do 15º Grupamento de Bombeiros Militar para que eles avaliassem a localidade do município com maior necessidade da doação e a outra parte foi entregue pelos próprios policiais no bairro de Fátima, que havia ficado totalmente embaixo d’água e os residentes precisando de assistência”, detalhou comandante da unidade, tenente-coronel Alexandre Costa.

Empresa restabelece fornecimento de água após cheia do Rio Cachoeira
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A Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) de Itabuna estabeleceu cronograma de manobras para o abastecimento  da cidade depois das fortes chuvas e da cheia do Rio Cachoeira. O gerente técnico João Bitencourt adverte que essa programação pode ser alterada se ocorrer algum imprevisto que comprometa a captação nas estações de Rio do Braço, em Ilhéus, ou Nova Ferradas, em Itabuna.

Dentro da programação elaborada pela Gerência Técnica da Emasa, a prioridade é atender hospitais e os bairros mais afetados pela enchente. Hoje (29), serão abastecidas as partes baixa e média dos seguintes locais: centro da cidade, Fátima, Parque Boa Vista, Monte Cristo, Santa Inês, Antique e Castália, Califórnia (parte alta), Alto Mirante e Alto Maron.

Ainda nesta quarta, o reabastecimento abrangerá as partes baixas do bairro Mangabinha, Pontalzinho, São Judas, Fonseca, Jardim Vitória, Nova Ferradas (região do presídio regional), Maria Matos (Rua de Palha), Condomínio São José, Ilha Verde, Morumbi, Urbis IV, Jaçanã, Santa Clara, Odilon, Lomanto, Conceição (parte alta), Banco Raso, São Pedro (partes alta e baixa) e Vila Zara.

Amanhã (30), o abastecimento contemplará partes baixa, média e alta do bairro de Fátima, Parque Boa Vista, Parque Verde, Monte Cristo, Santa Inês e partes baixa e alta do Antique, Nova Califórnia e Castália (partes baixa e média), Alto Mirante e Alto Maron. Ainda, Mangabinha (parte baixa e média), Pontalzinho (parte baixa), Conceição (parte alta), São Pedro (parte alta e baixa).

Também Vila Zara (parte alta), São Judas, Fonseca, Nova Ferradas (região do presídio), Condomínios Gabriela e Jubiabá, Nova Itabuna, Jaçanã, Santa Clara, Odilon, Manoel Leão, Lomanto, Ferradas e Jardim Vitória.

Na sexta-feira (31), o abastecimento será direcionado para o centro (todas as partes), Fátima (partes baixa e média), Parque Boa Vista (todas as partes), Parque Verde (todas as partes), Monte Cristo (todas as partes), Santa Inês (partes baixa e média), Antique (partes baixa e média), Nova Califórnia, Castália (partes baixa e média), Alto Mirante e Alto Maron.

No mesmo dia, será a vez do Mangabinha (todas as partes), Pontalzinho (parte baixa e alta), Conceição (parte alta), São Pedro (partes alta e baixa), Vila Zara (parte alta), São Judas, Fonseca, Maria Pinheiro, Jardim Vitória, Nova Ferradas, Ferradas, Jorge Amado, São Caetano (parte do bairro 50%), Sarinha Alcântara, Jardim Primavera, Vila Anália, Núcleo Habitacional da Ceplac, Novo São Caetano, Pedro Jerônimo, Odilon, Manoel Leão, Zildolândia e Santo Antônio (parte alta).

Rodovia segue bloqueada na altura da Ceplac, segundo PRF
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A BR-415 segue bloqueada pelas águas do Rio Cachoeira na altura da sede regional da Ceplac, segundo informação divulgada na manhã desta segunda-feira (27) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Outro ponto de alagamento interdita a Ilhéus-Itabuna nas proximidades do Hospital Regional Costa do Cacau. Já na saída de Itabuna sentido Ibicaraí, a BR-415 tem trânsito livre.

Rio Cachoeira transbordou em alguns trechos em Itabuna
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As chuvas que caem fortemente no sul da Bahia deixaram, pelo menos, 10 famílias desabrigadas em Itabuna neste final de semana. Os mais atingidos com o grande aumento de volume do Rio Cachoeira foram moradores da zona oeste da cidade. Equipes da Defesa Civil e da Secretaria Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) prestam socorro às vítimas.

A maioria das famílias foi transferida para o Grupo Escolar Leonor Pacheco, no bairro Maria Matos (Rua de Palha, e outras para a Igreja Assembleia de Deus na localidade. As equipes de apoio atuaram até por volta das 2h da madrugada deste domingo (5) na remoção das vítimas que moram em casas de madeira ou barracos. Quatro famílias estão abrigadas na escola e duas na igreja do bairro.

Outras famílias foram abrigadas em casas de parentes e amigos e outras se negaram a sair do local, mas estão sendo acompanhadas pela Defesa Civil, conforme a Prefeitura de Itabuna. O Rio Cachoeira transbordou na noite de sábado (4). Além de abrigo, as famílias receberam material de higiene e refeições.

RELATÓRIO

De acordo com Relatório de Ocorrência da Semps, as famílias são todas residentes na Rua Eucalipto, no bairro Maria Matos (Rua de Palha). “O motivo da ocorrência se deu pelo alagamento ocorrido em unidades habitacionais improvisadas que ficam às margens do rio. No total foram desabrigadas seis famílias, com 20 pessoas entre gestantes, crianças e adultos”, diz o texto.

No centro da cidade, a Superintendência de Serviços Públicos da Secretaria de Infraestrutura e Urbanismo (Siurb) iniciou a remoção de grande quantidade de baronesas que se acumulavam na calha do Rio Cachoeira e que, há mais de duas semanas, remontam nos pilares da ponte Miguel Calmon que liga o centro da cidade ao bairro Góes Calmon. Para isso, está sendo utilizada uma retroescavadeira estacionada sobre a ponte, que teve os guarda-corpos removidos para a execução do serviço.

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Pescador aguarda o socorro, que demorou quatro horas para chegar (foto Radar Notícias)

O pescador Elias Gonçalves Reis, de 57 anos, que ontem foi arrastado pelas águas do Rio Cachoeira, em Itabuna, acabou sendo salvo por um caminhoneiro da Vila Zara. Elias desceu cerca de 150 metros e conseguiu se apoiar em uma formação de baronesas.

Segundo o site Radar Notícias, o Corpo de Bombeiros não conseguiu fazer o resgate, devido à falta de equipamentos adequados à missão. O salvamento acabou sendo feito pelo caminhoneiro, que, com o auxílio de uma câmara de ar presa a uma corda, conseguiu chegar ao local em que Elias se encontrava. Em seguida, os dois foram puxados por uma motocicleta.

O drama do pescador durou aproximadamente quatro horas.