Chuvas afetam mais de 246 mil baianos e provocam 2 mortes || Imagem Rede Bahia
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Um idoso é a segunda pessoa morta em decorrência das chuvas no estado, segundo a Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec). A vítima tinha 65 anos e morreu afogada, após uma cabeça d´água arrastá-lo por um riacho afluente do Rio de Contas, no município de Tanhaçu, ontem (27).

O primeiro óbito, também por afogamento, foi registrado em 5 de dezembro, no município de Itapicuru, quando um homem, de 71 anos, morreu ao tentar atravessar um riacho e acabou sendo arrastado pela correnteza.

Ainda no final da tarde de ontem, conforme a Sudec, chegava a 2.439 o total de desabrigados no estado, 25.157 desalojados e 219.389 outros afetados em decorrência dos efeitos diretos das chuvas. O número total de atingidos chega a 246.995 pessoas.

Os números correspondem às ocorrências registradas em 115 municípios afetados. Do total, 100 municípios estão com decreto de Situação de Emergência (SE). Para conferir a relação completa, clique em Leia Mais, abaixo.
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O prefeito de Itacaré e presidente do Consórcio Litoral Sul (CDS-LS), Antônio de Anízio, fez alerta para as consequências das chuvas fortes no sul da Bahia, principalmente nesta noite (24) e na madrugada de Natal (25). A previsão, alerta, “é de chuva e tempestades fortes no decorrer do feriado”.

Em contato com o PIMENTA, o prefeito mostrou imagens das fortes consequências da chuva. Ruas do bairro São Miguel, na região central da cidade, já estavam alagadas com as chuvas desta noite.

A chuva levou a mudança da programação natalina de cada membro do governo. “A nossa ceia está sendo alertando a população em ação tática com todas as equipes do governo e a Defesa Civil municipal. O bairro São Miguel já está passando por alagamentos. A situação é crítica e é preocupante, principalmente em áreas de alagamento e deslizamento de terra”, reforçou Antônio de Anízio.

O prefeito ainda destacou que a Defesa Civil Federal já entrou em contato e todos os esforços serão empenhados em Itacaré e no sul da Bahia.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), já choveu 209,9 milímetros neste mês até a última terça (21). É o dezembro que registrou mais chuva em 31 anos, perdendo para 1990 que choveu 241,1mm. Para este mês, informa, a média climatológica é de apenas de 58,1mm.

Chuva devastou cidades no extremo-sul da Bahia || Foto Isac Nóbrega/PR
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A Superintendência de Proteção e Defesa Civil da Bahia (Sudec) confirmou, neste final de semana, mais duas mortes em consequências das fortes chuvas que atingem o sul do estado desde o início de novembro. Segundo o órgão estadual, ao menos 14 pessoas morreram e 276 ficaram feridas devido a enxurradas, alagamentos, inundações e deslizamentos, que já afetaram quase 300 mil pessoas. Até ontem, 63 cidades baianas já tinham decretado situação de emergência.

Com base em informações fornecidas por prefeituras baianas, a Sudec calcula que, até ontem, 15.483 pessoas tinham sido desalojadas, famílias que tiveram que deixar suas casas temporariamente e se hospedar na casa de parentes, amigos ou hotéis, e 4.453 desabrigadas, tendo que ser acolhidas em abrigos públicos ou locais improvisados.

Entre as cidades mais afetadas estão Itamaraju e Jucuruçu, no extremo sul do estado. Distantes cerca de 100 quilômetros um do outro, os dois municípios ainda contabilizam os danos provocados pelas águas. Só em Jucuruçu, mais de 500 famílias foram desabrigadas. Casas e pontes foram arrastadas e as equipes de saúde tiveram que transferir o atendimento à população para um local provisório depois que o prédio da Secretaria Municipal de Saúde foi totalmente danificado.

Ainda no dia 12, a prefeitura pediu desculpas à população por não conseguir atender a todos que precisavam de auxílio. “Nossa amada Jucuruçu foi pega de surpresa, no meio da noite, com uma enchente que desabrigou diversas famílias. As águas das fortes chuvas destruiu sonhos, nosso comércio, casas e bens materiais”, lamentou a prefeitura, nas redes sociais.

ESTRADAS DESTRUÍDAS

A infraestrutura rodoviária sofreu graves na região. Ao longo da semana, até mesmo veículos do Exército enfrentaram dificuldades para chegar a alguns pontos onde distribuíram donativos às famílias atingidas. A Força informou que mobilizou mais de 400 militares, duas aeronaves (HM-4 Jaguar e HM-1 Pantera), 30 viaturas, cinco embarcações, uma escavadeira e uma carregadeira para apoiar os órgãos de Defesa Civil e Assistência Social a auxiliar na recuperação das estadas.

De acordo com a Sudec, parte das pessoas desalojadas e desabrigadas começou a retornar as suas casas nos últimos dias, graças a menor intensidade das chuvas. Apesar disso, a Defesa Civil Nacional emitiu um alerta comunicando a possibilidade de fortes chuvas voltarem a atingir áreas já afetadas a partir da noite de hoje (19), se estendendo até o próximo sábado (25). Embora o volume dessas chuvas não deva se equiparar ao das últimas semanas, as autoridades públicas recomendam cautela e atenção da população

Chuva provoca alagamentos em Canavieiras || Foto TV RBR
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Antes dessa próxima e urgente reunião extraordinária, aproveitarei os festejos de Nossa Senhora da Conceição, no bairro do mesmo nome, em Itabuna, para rogar à Mãe do Salvador sucesso nessa importante empreitada.

 

Walmir Rosário

Acredito que Canavieiras vai se acabar em águas. Pela quantidade e violência das chuvas, acompanhadas de trovoadas e relâmpagos, pensei que seria minhas últimas horas como um ser vivente. Deve ser o pecado desse povo! Valha-me Deus! Pelo que me lembro, várias profecias e teses profanas já vaticinaram o fim do mundo, desta vez em fogo, mas eu tenho medo é da chuva. E como tem chovido!

Na madrugada de sexta-feira pra sábado, da semana atrasada (20 de novembro), ela chegou como quem não queria nada e provocou pânico, alagando ruas e casas, da maneira mais democrática possível. Acordou a população, que se armou de vassouras e rodos para limpar a sujeira deixada no interior das residências e casas comerciais. Sujeira maior ficou nas ruas, atulhadas com os móveis e outros objetos danificados.

No fim de semana passada não deixou por menos e voltou a incomodar, um pouco mais fraca, é verdade, deixando o povo em polvorosa, acordado, pronto para repelir a temida invasão. E não é que repetiu na noite desta segunda para terça-feira (29). Pelos cálculos dos meteorólogos, nunca choveu tanto na cidade e muito ainda há por vir, e com bem mais intensidade.

Eu não sou dado a noticiar fatos ou previsões com estardalhaços, para atemorizar a população, já cansada das notícias escabrosas veiculadas pela grande mídia, mas confesso que estou temeroso do que poderá acontecer. E por um simples motivo: as chuvas que têm caído aqui pra nós são bem diferentes daquelas que fazem o rio Pardo transbordar e invadir tudo o que tem pela frente, sem pedir permissão.

Agravante maior me veio à mente com a tese de uma caranguejóloga sergipana, que no ano 2000 disse, com todas as letras, que Canavieiras seria engolida pelo mar e o rio Pardo, em no máximo 20 anos. À época, cheguei a traçar um plano B para abrigar os amigos em terras mais altas, a exemplo dos morros de Itabuna, projeto que estou desengavetando e que pretendo colocar em prática o mais rápido possível.

E não me baseio apenas na tese da especialista sergipana. Também fiz questão de recorrer ao oráculo, notadamente a São Boaventura, padroeiro de Canavieiras e seráfico doutor da Igreja Católica. Uma certa feita, há muitos anos, a imagem do Santo desapareceu da Igreja, em Canavieiras, e posteriormente foi encontrada no distrito do Puxim, local em que apareceu após o naufrágio do navio português em que viajava.

Pois bem, para melhor esclarecimento dos fatos, por ocasião dos festejos dos 300 anos da Paróquia de São Boaventura, um grande pôster com sua foto foi encontrada de cabeça pra baixo, no local da exposição. Somente esta foto. À época, tal estripulia foi creditada ao ateu Tyrone Perrucho, que teria visitado a exposição em companhia do confrade Antônio Tolentino (Tolé), este vizinho da matriz.

Pesquisando os fatos históricos, tomei conhecimento que desde o sumiço de São Boaventura da Igreja Matriz, se tornou conhecido o motivo de seu retorno ao Puxim. E tal decisão chegou ao extremo, dado o número de pecadores que grassam na cidade. Outro Santo bastante amado em Canavieiras, São Sebastião, há uns três anos também teria se mostrado descontente, tanto assim que o mastro em sua homenagem não foi erigido, por mais que os carregadores tentassem.

Com esses avisos divinos e a teoria científica, achei melhor colocar minhas barbas de molho e apresentar o projeto aos confrades. Em vão! Não consegui alcançar o quórum exigido pelos estatutos da Confraria d’O Berimbau e do Clube dos Rolas Cansadas, ocupação que era de obrigação de Tyrone Perrucho, levado extemporaneamente e a contragosto pela tal da Covid.

Diante de tal relevante fato, terei que adotar medidas extremas, batendo à porta de cada um dos confrades para dar ciência da gravidade do problema e apresentar a solução cabível requerida ao caso. Para tanto, teremos que recambiar o engenheiro de minas Gilbertão, atualmente em Santa Cruz Cabrália; tirar Tedesco dos seus estudos sobre navegação e, quem sabe, conseguir libertar Alberto Fiscal de seu retiro na Atalaia.

Antes dessa próxima e urgente reunião extraordinária, aproveitarei os festejos de Nossa Senhora da Conceição, no bairro do mesmo nome, em Itabuna, para rogar à Mãe do Salvador sucesso nessa importante empreitada. Como todo o brasileiro que tem um pé no religioso e outro no profano, participarei de reuniões com o apoio dos confrades Augusto e Ériston, nos bares de Leto e Valtinho, requerendo apoio aos futuros desabrigados.

E tudo tem que ser feito com urgência, antes do Carnaval chegar…

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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A Igreja Batista Teosópolis de Itabuna, por meio do Ministério da Ação Social, está arrecadando donativos para as vÍtimas das chuvas que atingiram a região na última semana. O objetivo é arrecadar kits de higiene pessoal, lençóis, colchões, móveis e outros materiais de necessidade básica.

De acordo com Gilson Pinheiro, do Ministério da Ação Social da Teosópolis, pelo menos 160 famílias estão desabrigadas. “Elas perderam seus móveis, suas casas, tudo isso devido ao alagamento que a cidade sofreu. Estamos passando por um momento delicado na nossa cidade”, diz o comunicado dirigido aos membros da igreja e a comunidade.

A ação de solidariedade da Igreja Batista Teosópolis envolve os fiéis e também a sociedade. As doações podem ser feitas na igreja, localizada na Avenida Félix Mendonça, 75, no bairro Conceição. A pessoa também pode entrar em contato pelo telefone 73-3212-3012 que uma equipe irá buscar o donativo.

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Amélia Amada submersa em mais um dia chuvoso em Itabuna (Foto DT).
Amélia Amado submerge em mais um dia chuvoso em Itabuna (Foto DT).

A chuva desta sexta-feira deixou a população de Itabuna assustada. A água invadiu lojas no centro da cidade e ruas ficaram intransitáveis. O cenário era de caos em avenidas como a Amélia Amado e a Cinquentenário.
Outro trecho da Cinquetenário alagado, próximo à Praça Camacã (Foto Fábio Lima).
Trecho da Cinquentenário alagado, próximo à Praça Camacã (Foto Fábio Mota).

As imagens não eram diferentes em localidades como Jardim América, Califórnia e São Roque, onde famílias foram retiradas de suas casas desde ontem por causa da subida do nível do Riacho Água Branca.
Após a chuva mais intensa no final da tarde e início da noite, o tempo melhorou, mas quem circulava pelo centro até as 19h30min ainda precisava ter muito cuidado. Carros circulavam com velocidade ainda mais reduzida por causa de pontos de alagamento, principalmente na Praça Camacã e na Amélia Amado. Confira registros enviados ao Pimenta.
Água invade drogaria na Praça José Bastos, no centro (Foto Fábio Lima).
Água alaga calçada de drogaria na Praça Camacã e Rua Alício de Queiroz (Foto Fábio Mota).

Trecho da Avenida do Cinquentenário próximo ao Jardim do Ó (Foto Raimundo Leal).
Trecho da Avenida do Cinquentenário próximo ao Jardim do Ó (Foto Raimundo Leal).

Amélia Amado alagada deixou trânsito travado no início da noite (Foto Matheus Vital).
Amélia Amado alagada deixou trânsito travado no início da noite (Foto Matheus Vital).

Amélia Amado completamente alagada (Foto Tiago Matos).
Amélia Amado completamente alagada (Foto Tiago Matos).

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Máquina tenta retirar baronesas concentradas na ponte do Marabá (Foto Domingos Andrade).
Baronesas afetam estrutura da ponte do Marabá, no centro (Foto Domingos Andrade).

As chuvas que caem intensamente nas cabeceiras do Cachoeira desde a noite de segunda-feira elevaram bastabte o nível do rio que corta a área urbana de Itabuna e já desalojam dezenas de famílias ribeirinhas nos bairros Ferradas, Mangabinha, Bananeira e Vila Zara.

A ponte do Marabá, que liga o centro aos bairros Góes Calmon, Conceição e São Pedro e ao Shopping Jequitibá, está interditada desde as primeiras horas da manhã de quarta. Há um grande acúmulo de baronesas (aguapés) nas colunas de sustentação da ponte.