Popó coloca cinturão mundial em leilão por famílias carentes
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Juliano Justo || Agência Brasil

O tetracampeão mundial Acelino Popó agradeceu neste domingo (5), em um vídeo no Instagram, os lances acima de R$ 40 mil de interessados em adquirir o cinturão mundial conquistado pelo pugilista em 2002. No último sábado (4), Popó entrou no combate à pandemia do novo coronavírus (covid-19) ao levar a leilão o cinturão, pelo lance inicial de R$ 20 mil. O valor arrecadado será usado na compra de cestas básicas para a população mais carente de Salvador, onde reside o atleta.

“É para a gente poder comprar mais cestas básicas. Conto com sua ajuda. Não é para mim. É para todos”, disse o ex-boxeador baiano, de 44 anos, no vídeo anunciando o leilão, publicado no sábado (4). Os interessados podem dar o lance no leilão no Instagram do pugilista (@popofreitas).

O cinturão é o da Associação Mundial de Boxe (AMB), categoria Super Penas (até 58,9 kg). O triunfo ocorreu em janeiro de 2020, em Las Vegas (Estados Unidos), quando Popó venceu por pontos o cubano Joel Casamayor.

Desde o início da pandemia, Popó tem participado de várias ações solidárias. “Tenham certeza que é a minha obrigação. Pelas noites perdidas por vocês, pelos ingressos comprados para acompanhar as minhas lutas. Eu sei que não é muito. Mas espero que esse pouco que eu estou fazendo seja muito para alguém“, disse o lutador.

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Manuela Berbert || manuelaberbert@yahoo.com.br

 

 

 

E eu fico daqui, passando o olho e – vez ou outra – até torcendo que algo realmente bom saia daquilo tudo, mas confesso que aprendi a sorrir mais e a levar tudo menos a sério.

 

Só cresce o número de grupos no Whatsapp com pessoas bem intencionadas em resolver os problemas da minha cidade, Itabuna. De todas as áreas possíveis, incluindo políticos em exercício, as discussões são intermináveis: “vamos construir uma agenda”, “precisamos nos unir” etc… E eu fico daqui, passando o olho e – vez ou outra – até torcendo que algo realmente bom saia daquilo tudo, mas confesso que aprendi a sorrir mais e a levar tudo menos a sério.

Acompanhei uma discussão interessante sobre a reconstrução de praças, após a publicação da imagem de um empresário local fazendo uma doação de sacos de cimento. “E pode?”, alguém questionou, abrindo precedente para os ânimos mais exaltados fuçarem matérias sobre cidades onde as praças são adotadas por empresas particulares – e aquele blá-blá-blá todo que a velocidade da internet permite. Não opinei, mas lembrei de uma situação que aconteceu recentemente, envolvendo uma cidadã comum, moradora do Banco Raso, bairro localizado no fundo da Prefeitura Municipal de Tabocas Ville, a terra onde tudo pode acontecer a qualquer momento.

Segundo informações, a senhora de meia-idade utiliza, diariamente, a área física da prefeitura como passagem para a Avenida Princesa Isabel. Ela sai da sua residência, trafega pelos corredores do prédio administrativo e chega ao seu destino, evitando a volta pelo prédio. Acontece que, observando que a porta que proporcionava sua comodidade estava trancada por dias, a mesma teria procurado um representante da Guarda Municipal. Ele, por sua vez, teria explicado que a fechadura estava com defeito, coisa que a senhora se prontificou a resolver.

Segundo um familiar, ela teria chamado um chaveiro, trocado o entrave e entregado a cópia das chaves. Nessas, claro, fora repreendida pelo responsável da manutenção. Alguns xingamentos depois, eis que a mesma teria ido parar na Delegacia Especializada de Apoio à Mulher. “Mas a senhora não pode fazer isso!”, teria dito a delegada. “Pegue a Constituição Federal e me mostre onde isso está escrito! Porque até onde eu sei, nela consta que eu não posso depredar um bem público. Zelar por ele, eu posso sim!”

O tempo urge, a sapucaí é grande e Itabuna, minha terrinha natal, se alguém inventar de cobrir, vira circo!

Manuela Berbert é publicitária e escritora.

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Walmir Rosário 3Walmir Rosário | wallaw2008@outlook.com

 

Gostaria de tecer mais comentários sobre a minha generosidade a esses amigos, cuja pobreza franciscana me deixa bastante consternado, mas vou parar por aqui para não despertar a ira da imprensa e pessoas maledicentes…

 

Não é pra me gabar, não, mas sou um homem bastante rico e excêntrico. Não sou de exibir muito luxo, mas gosto de tratar os amigos com bastante carinho. Para eles dedico parte de minha fortuna com a finalidade de que vivam bem, sem qualquer aperto ou constrangimento por pequenas coisas, afinal, temos que dividir o que temos para não sermos considerados avarentos.

Eu poderia, até, guardar mais dinheiro ou gastá-lo sozinho em viagens e outros prazeres mundanos, mas não me sentiria bem vivendo nessas orgias sem a presença e o bem-estar dos amigos, especialmente os mais chegados. Afinal, trabalho muito para isso e gasto o meu dinheiro não com a rapidez que ganho, é verdade, mas diria que num tempo considerável, como requer a vida em sociedade.

Como vocês devem ter percebido, não sou de ostentar bens de luxo, embora reconheça que são excelentes para o lazer nos finais de semana e receber bem os amigos e os amigos dos amigos. Não tenho propriedades como iates, carros esportivos das marcas Ferrari, Jaguar, Lamborghini, Porsches ou os aviões a jato da moda para percorrer o mundo. Acredito que discrição faz parte da minha personalidade.

Os que ainda não sabem fiquem informados da minha influência junto aos políticos das três esferas de poder: federal, estadual e municipal, cada um com a parte que lhe toca. Os que vivem em Brasília recebem uma ajuda mais substancial, pois a vida lá está por hora da morte. Além do mais é um local inóspito e nossos políticos precisam de mais cuidados, a exemplo de bons restaurantes, aviões confortáveis e hotéis de primeira.

Parte dos meus recursos destino ao pagamento de correspondências e outras formas de comunicação mais modernas, como a telefonia fixa e celular, pois não é todo o mundo que tem tempo disponível para ficar em busca de wi-fi para teclar nos wathzapps da vida. Também ajudo no pagamento dos régios salários dos assessores, ajudantes eficientes na elaboração de projetos e contato com as bases eleitorais.

Como não sou homem de mentira, jamais negarei que minhas empresas também contribuem de forma especial para as campanhas eleitorais, que custam os olhos da cara e não está pra qualquer um. Mas esse apoio desinteressado é retribuído com pequenas compensações nas votações no congresso e algum direcionamento nas verbas públicas, coisa de somenos importância.

Tenho me esforçado bastante para eleger os amigos mais chegados e os por chegar, pois minha prodigalidade é conhecida no Brasil e exterior, onde volta e meia faço questão de depositar alguns dólares e euros nos paraísos fiscais. E nada mais justo que isso, pois os amigos políticos sempre precisam de recursos extras nos seus passeios internacionais. Ninguém é de ferro e precisa sempre distrair as ideias no exterior. Tudo feito às claras.

Possuo amigos a mão cheia e em qualquer lugar, pois esse é o meu estilo de vida. No judiciário não deixo por menos e tenho destinado alguns mimos para esses sábios que cuidam da justiça. Além da inteligência, precisam se apresentar bem, o que não poderiam fazer sem nosso apoio, por isso faço questão de liberar o chamado “auxílio-paletó”, para que possam se vestir bem e com marcas de conceito internacional.

Ainda mais recentemente liberei o “auxílio-intelectual”, para juízes e promotores, no valor de R$ 14 mil – em alguns estados – para a aquisição de livros jurídicos, ampliando o cabedal de conhecimento forense. Alguns amigos até censuraram esse apoio, ressaltando que seria impossível a qualquer cristão ler, mensalmente, todos esses títulos, mas não importa, o que vale, é a minha generosidade.

E, por falar em generosidade, também promovi outra doação, esta, na forma de “auxílio-moradia”. Não acho justo que nossos magistrados, procuradores e promotores usem parte dos seus salários em aluguéis, que estão pelo preço da morte. E a morte é um assunto que me sensibiliza bastante e há muito instituí a pensão permanente para filhas de funcionários públicos civis e militares de algumas carreiras de Estado. Nada mais justo.

Minhas graciosas ações não ficam apenas no campo político, pois coleciono amigos tantos na área cultural, especialmente músicos, artistas das várias linguagens, como teatro, plástica e até os chamados agitadores culturais. Para eles, incentivei a Lei Rouanet, onde distribuo recursos aos meus chegados, de forma gratuita, e por desvario acredito que eles fazem a prestação de contas, na forma da lei. Até que fazem, mas sei que não resistem a uma perfunctória auditoria. Mas o que se há de fazer…

Gostaria de tecer mais comentários sobre a minha generosidade a esses amigos, cuja pobreza franciscana me deixa bastante consternado, mas vou parar por aqui para não despertar a ira da imprensa e pessoas maledicentes. Ainda mais nesses tempos de hoje, em que gravam tudo que fazemos em áudio e vídeo, como se fossem os detestáveis paparazzi que não nos deixa em paz, nem mesmo no recôndito dos nossos lares.

Às vezes me perguntam quem sou eu, por que vivo de fazer altruísmos distribuindo benesses e recursos financeiros aos meus amigos, como se no meu íntimo não fosse eu um ser solidário, humanitarista e filantrópico. No meu âmago, benevolência não é apenas uma palavra, mas uma atitude que pode mover o mundo através do amor e do afeto ao próximo, notadamente os amigos que nos governam.

E ainda me perguntam: Quem é você? Ora, sou apenas o cidadão brasileiro que paga seus impostos e contribuições em dia.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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elies haun netoEliés Haun Neto | netohaun@gmail.com

 

Qual seu papel na sociedade? Você está sendo “cidadão” ou cidadão?

 

cidadão
substantivo masculino.

1. habitante da cidade.
2. indivíduo que, como membro de um Estado, usufrui de direitos civis e políticos por este garantidos e desempenha deveres que, nesta condição, lhe são atribuídos.

Uma senhora de 80 anos entra no ônibus na Califórnia em Itabuna, equilibra-se com dificuldade em busca do seu espaço reservado, garantido por Lei e sinalizado por placas, dois jovens estão sentados nesses espaços e fingem estar dormindo.

Um homem bem arrumado e elegante em seu carrão abre o vidro em plena CINQUENTENÁRIO e joga uma embalagem de picolé pela janela, sem no mínimo se preocupar com o exemplo que esta dando ao seu filho que acabou de buscar na escola e que estava no banco de trás do carro que, fecha o vidro e prossegue como se nada tivesse acontecido.

Uma mãe para o carro em fila dupla esperando o filho sair da escola, falando ao celular, enquanto disfarça o estrago que faz no trânsito, ignora as buzinas e o olhar atravessado dos outros motoristas.

Mas nada disso é mais constrangedor e deprimente do que o atitude do “cidadão” que abre a porta de sua casa na AVENIDA ILHÉUS, em Itabuna, atravessa a rua e despeja restos de materiais de construção, resto de móveis e utensílio do lar e nada mais nada menos do que uma carcaça de geladeira. Isso tudo praticamente no CENTRO da cidade.

Entulho descartado na Avenida Ilhéus, região central de Itabuna || Fotos Elies Haun Neto
Entulho descartado na Avenida Ilhéus, região central de Itabuna || Fotos Eliés Haun Neto

Qual o compromisso deste “cidadão” com Itabuna? O que este “cidadão” pode cobrar dos nossos governantes?

Estes “cidadãos” devem pensar que se não jogarem seus dejetos no canteiro central desta tão importante avenida de Itabuna não haverá emprego para os garis, mostrando assim um retrocesso mental e cultural
nos tempos de hoje.

Qual seu papel na sociedade?

Você está sendo “CIDADÃO” ou CIDADÃO?

Elies Haun Neto é administrador e CIDADÃO itabunense.

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rpmRosivaldo Pinheiro | rpmvida@yahoo.com.br

 

A Conferência das Cidades deste ano, inclusive, propõe o imenso desafio de melhorar a qualidade de vida atual e possibilitar avanços consistentes para não se comprometer a sustentabilidade futura.

 

As cidades também são conhecidas como “espaços de conflitos”, tamanhas são as necessidades de atendimento a diversas expectativas dos seus residentes. Dentro desse cenário existem agravantes, um deles é que a instalação dos equipamentos físicos (fixos) atende aos interesses dos investidores públicos e privados e não à necessidade primária dos que buscam o atendimento das suas pautas reivindicatórias, gerando uma série de impactos à vida dos munícipes. A mutação da realidade após a instalação das novas construções impacta no direcionamento do fluxo – indivíduos, produtos, ideias e tudo que se move.

A alteração do espaço urbano visa atenuar os conflitos oriundos dos movimentos organizados em prol de influenciar na organização da cidade, tendo em vista a contemplação dos seus anseios, e isso exige do poder público uma série de investimentos. À medida que há uma evolução da sociedade no aspecto do conhecimento dos seus direitos, há uma intensificação dos debates, influenciando diretamente na forma de organização da cidade.

A Conferência das Cidades deste ano, inclusive, propõe o imenso desafio de melhorar a qualidade de vida atual e possibilitar avanços consistentes para não se comprometer a sustentabilidade futura. O tema da conferência das cidades esse ano atende ao objetivo de compreensão das funções das cidades: Função Social da Cidade e da Propriedade; Cidades Inclusivas, Participativas e Socialmente Justas.

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rpmRosivaldo Pinheiro | rpmvida@yahoo.com.br

 

Itabuna precisa que seu futuro prefeito reúna experiência comprovada, poder de articulação e relacionamento político nas esferas federal e estadual, além de dinâmica e criatividade capazes de estabelecer parcerias.

 

Vivemos numa cidade com diversos problemas acumulados, frutos da forma personalista de gestar o município por parte da maioria dos que passaram pelo comando do Executivo municipal. A falta de interlocução com a sociedade local e a liderança centrada na chefia – como se a cidade fosse uma espécie de departamento, tutelada pelo chefe que transitoriamente ocupa o poder – tornaram-se um traço negativo ao longo de décadas em Itabuna.

Esse ideário equivocado de pensar o poder em Itabuna acabou gerando uma cidade onde os valores de cidadania não fazem parte da visão de parcela significativa da sociedade local, a qual também tende a não reconhecer como liderança quem exerce o poder se impondo através do diálogo. Investimentos em cultura, educação, esporte e lazer, por exemplo, são historicamente vistos como supérfluos e, por consequência dessa visão, modificamos pouco as atrofias no tecido social local.

Contrapontos a essa dinâmica aconteceram nos governos Ubaldo Dantas, Geraldo Simões e agora, com Claudevane Leite. Esse último registra o maior investimento nessas ações, elevando-o de 8% para 16% das receitas próprias em programas de cidadania e cultura. Os espaços públicos como praças, jardins, praças esportivas, áreas de convivência, importantes para a vida social das comunidades, na sua grande maioria precisam de qualificação.

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Coleta de assinaturas em Itabuna acontece no Shopping Jequitibá
Coleta de assinaturas em Itabuna acontece no Shopping Jequitibá

O Ministério Público Federal encabeça um movimento que propõe mudanças estruturais com o objetivo de fortalecer o combate à corrupção no Brasil. A campanha, intitulada “10 Medidas contra a Corrupção”, coleta assinaturas para a apresentação de um projeto de lei que traz inovações como o aumento das punições e a inclusão da corrupção que envolva altos valores no rol dos crimes hediondos.

Em Itabuna, os apoios à iniciativa são recebidos em um espaço do MPF instalado no Shopping Jequitibá. Para subscrever a proposta, o interessado deve ser eleitor e informar o número do título no ato da assinatura.

Para ser apresentado na Câmara dos Deputados, um projeto de lei de iniciativa popular precisa ser subscrito por pelo menos 1% do eleitorado nacional, espalhado por no mínimo cinco estados.

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Estrutura do SAC Móvel continuará no sul da Bahia até dia 19.
Estrutura do SAC Móvel continuará no sul da Bahia até dia 19.

Após Canavieiras, a unidade móvel do  Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC Móvel) permanecerá no sul da Bahia. Hoje e amanhã (3 e 4), será atendida a população de Santa Luzia.

A programação do SAC Móvel estará em Una tanto no domingo como na segunda (6 e 7). O roteiro ainda inclui Buerarema (dias 9 e 10), São José da Vitória (dias 12 e 13), Jussari (dias 15 e 16) e Itaju do Colônia (dias 18 e 19).

Na unidade móvel, o cidadão poderá tirar primeira ou segunda via da carteira de identidade, CPF, antecedentes criminais e recadastramento de pensionistas do Estado. Para a retirada de segunda via da carteira de identidade, o cidadão que é casado precisa apresentar, também, a certidão de casamento.

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Atendimento será na Base Comunitária do Monte Cristo.
Atendimento será na Base Comunitária do Monte Cristo.

A Defensoria Público do Estado atenderá moradores da região da Base Comunitária de Segurança do Monte Cristo, em Itabuna, a partir de 18 de setembro. A ação, conforme a coordenação regional, integra o projeto Defensoria Cidadã Itinerante e atenderá moradores do Monte Cristo, Antique e Santa Inês e Condomínio Pedro Fontes, por quatro sextas-feiras.

O coordenador das Defensorias Públicas Regionais, Walter Fonseca, e o subcoordenador da 4ª Regional em Itabuna, George Araújo, ajustaram os detalhes para a implantação do projeto no local, escolhido segundo critérios como os altos índices de violência e vulnerabilidade social.

Amanhã (25), o subcoordenador da Defensoria, George Araújo, se reunirá com lideranças da comunidade para definir estratégias de mobilização para a ação no local que, segundo o defensor, é uma das regiões mais carentes da cidade.

“A Ação possibilitará a mediação de conflitos familiares na Base Comunitária, dentro da ideia que nós temos de resolver os conflitos dentro da própria comunidade, sem que as pessoas precisem se deslocar até a Defensoria Pública”, observou o subcoordenador George Araújo.

De acordo com George,  a inserção da Defensoria nas comunidades, que coloca em prática o planejamento institucional de itinerância, disposto no Plano Plurianual (2016/2019).

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SAC Móvel atende gratuitamente na Base Comunitária do Monte Cristo.
SAC Móvel atende gratuitamente na Base Comunitária do Monte Cristo.

Uma unidade móvel da Rede SAC atende moradores da região do Monte Cristo, em Itabuna, na Base Comunitária de Segurança da Polícia Militar. O cidadão pode tirar carteira de identidade ou de trabalho, primeira via de CPF e certidão negativa de antecedentes criminais na unidade móvel.

O atendimento começou ontem e prossegue neste sábado (27). O atendimento é gratuito, de acordo com a Secretaria Estadual de Administração, e as pessoas recebem o documento no mesmo dia, na própria unidade do SAC Móvel.

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Cadeirante fica impossibilitado de sair de casa sempre que chove.
Cadeirante fica impossibilitado de sair de casa sempre que chove.

Um cadeirante do Bairro Monte Cristo, em Itabuna, lamentou não poder sair de casa por causa do acúmulo de água – e lama – sempre que chove. Na semana passada, foi assim. Ney Nascimento diz que a situação perdura até hoje. E piorou ontem, quando a chuva voltou.

Até agora, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano não se pronunciou nem deu o ar da graça por lá. Fato é que, para sair de casa, Ney tem que sempre que recorrer a outra pessoa, pois a lama e a sujeira acumulada na porta da residência em situações assim impedem que ele se locomova de forma independente. Mobilidade fica parecendo palavra estranha aos ocupantes do poder.

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Sacos e garrafas plásticas recolhidos de bueiros hoje.
Sacos e garrafas plásticas recolhidos de bueiros hoje.

A chuva de ontem provocou diversos transtornos em bairros e na região central de Itabuna. Hoje, operários da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) reforçaram o trabalho de limpeza de bueiros e bocas de lobo.
O que é retirado das bocas de lobo revela muito bem porque nossas ruas alagam e temos cenário vergonhoso como o de ontem. De lá, recolheram sacos e garrafas plásticas. É como tratamos nossa cidade, é como vivemos.
O cidadão compra um salgadinho e um suco e usa a calçada ou a rua como depósito de lixo. Certo que, às vezes, a lixeira não existe ou está lotada. Bebeu o refrigerante ou água, o chão é o destino. E sem nenhuma cerimônia.
Cena mais comum é o cidadão em carro luxuoso – ou nem tanto – abrir a janela e lançar a latinha ou saco de salgadinho na rua. Aí, choveu, todo o lixo é carreado para as bocas de lobo, bueiros… Como as redes de drenagem já não são nenhuma maravilha, criamos as condições para o caos. E, se vacilar, o “porquinho” ainda é capaz de reclamar (apenas) do poder público.
Água alagou rua e tomou calçada da Cinquentenário ontem (Reprodução Facebook).
Água alagou rua e tomou calçada da Cinquentenário ontem (Reprodução Facebook).

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Karoline VitalKaroline Vital | karolinevital@gmail.com

Não é preciso nem assinar procuração registrada em cartório e com firma reconhecida. Egoísmo e falta de civilidade são suficientes para transformar qualquer pessoa em objeto.

Assim que o motorista deu partida no motor, formou-se o bolo de gente na porta do ônibus, com cotovelos nervosos, prontos para tirar quem quer que fosse do caminho. Com o coletivo entupido, a viagem começou com o bafafá:
– Ei, eu estava aí!
– Não, minha senhora, o que estava aqui era uma sacola plástica.
– Mas fui eu que botei!
– Só que eu paguei a passagem. A sacola não!
A partir da negativa em ceder o lugar, a mulher despejou uma tonelada de impropérios e predicados não muito honrosos à moça, que continuou sentada e sem se alterar.
– É muita ousadia! Todo mundo marca lugar!
– Isso é errado. O lugar é de quem pagar a passagem e chegar primeiro. E outra, se a senhora não fosse tão grossa, eu poderia até levantar e ceder o lugar. Mas, por causa de sua falta de educação, eu vou ficar onde estou!
De lá do fundo do ônibus lotado, alguém gritou um “é isso mesmo”, ratificando a explicação da moça. A mulher bufou, recitou mais uma dúzia de palavrões.
– Passe logo minha sacola pra cá! Deixa eu ver se sumiu alguma coisa!
– A senhora está me acusando de roubo? Pode me xingar à vontade, mas não me toque! E se achar que eu peguei alguma coisa sua, vamos logo para a delegacia!
Uma passageira, cansada de assistir a confusão, cedeu o lugar à mulher para ver se acalmava a situação. Acomodada, a senhora se acalmou, mas continuou resmungando, cheia de razão.
Muito engraçado ver que, para atender seus interesses, as pessoas não se furtam em personificar artefatos. É a sacola no banco do ônibus, o tijolo na fila da Previdência, a pasta na fila do banco… Ai de você, se tirar alguma coisa do lugar! Ouve-se logo o grito de “êpa, eu estou aí”!
Não é preciso nem assinar procuração registrada em cartório e com firma reconhecida. Egoísmo e falta de civilidade são suficientes para transformar qualquer pessoa em objeto.
Karoline Vital é comunicóloga.

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Cadeirante enfrentou dificuldade para ter acesso a local de prova.
Cadeirante enfrentou dificuldade em local de prova.

A quebra constante dos elevadores da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e a falta de acessibilidade na instituição geraram desconforto e constrangimento a uma cadeirante neste domingo (13), dia de prova do Exame de Ordem da OAB. Cleide Leandro Borges, mãe da cadeirante, ficou indignada.
A estudante teve que fazer a prova no pavimento térreo, após análise da coordenadora do exame. “O interessante é que ela [a coordenadora] perguntou se minha filha, no ato de inscrição, havia mencionado a condição de cadeirante – isso já na tentativa de transferir o erro para minha filha. Irônico essa atitude”.
Cleide diz que o ocorrido hoje não é fato isolado. A jovem fez curso de extensão por quatro meses na Uesc e, segundo a mãe, o elevador só funcionou em duas oportunidades. “No restante do tempo, ele permaneceu quebrado”.
– O que a sociedade e os órgãos públicos e privados têm de entender é que os espaços têm de ser acessíveis a todo momento e a todos os cidadãos. Ter um elevador como figura, sem funcionalidade, representa zero em acessibilidade. Ser acessivel somente quando seja cobrado, não é ser comprometido com todos.
Faz algum tempo que a quebra constante do elevador irrita de professores e servidores a alunos da instituição. Em 2012, houve até protesto (relembre aqui).

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ricardo artigosRicardo Ribeiro | ricardorib@outlook.com
 

A esperança passa a ser depositada no exercício da cidadania além do voto para forçar os gestores a sair da inércia.

 
Itabuna é uma cidade com tantas urgências, que chega a ser complicado falar de certas demandas. Muitos irão considerar adiável, por exemplo, a oferta de áreas de lazer e esporte, parques, quadras, ciclovias etc. No entanto, estas são necessidades que governo após governo têm negligenciado, enquanto a comunidade segue cada vez mais aprisionada, os filhos reféns de computadores e videogames; e os pais, dadas as circunstâncias, até aliviados pelos guris estarem em casa e não na rua.
O fenômeno dos “rolezinhos”, principalmente em São Paulo, foi sintoma de que a juventude da periferia clama por opções públicas de lazer. Esse sentimento não é peculiar à garotada de ermos bairros paulistanos. Um dia, fatalmente, tais sinais irão se manifestar em outros lugares, como Itabuna, uma cidade que, como todos estão cansados e entediados de saber, cresceu sem planejamento e qualquer preocupação com o bem-estar de seus moradores. E assim continua porque os governantes de plantão preferem olhar para trás, não por gostar de história, mas por uma crônica incapacidade de focar no futuro e planejar uma cidade decente.
O governo sempre dirá que precisa primeiro tapar os buracos, das contas públicas e das ruas, organizar as escolas e os postos de saúde, para depois, se der tempo e sobrar dinheiro, pensar no lazer da população. Seria uma forma de reproduzir a máxima de que “primeiro a obrigação, depois a diversão”, mas – à vera – o que pensar, se nem mesmo da “obrigação” se cuida a contento?!
Nesse ritmo, passam-se o tempo e os governos numa estagnação desesperadora, sem que o quadro se altere. E a cidade continua a crescer desorganizada, sufocada, travada, suja, desumana. Até a próxima campanha eleitoral, em que os prefeituráveis voltarão a prometer realizar o sonho de uma Itabuna melhor para todos.
Faz bem renovar a esperança e, de tempos em tempos, voltar a apostar no futuro. Porém, quando a frustração sucede a expectativa o resultado é a descrença. E não é outro o motivo que leva tanta gente às ruas para protestar, senão a convicção cada vez mais evidente de que os governos têm se mostrado incapazes de atender às aspirações dos governados.
A esperança passa a ser depositada no exercício da cidadania além do voto para forçar os gestores a sair da inércia.
Ricardo Ribeiro é advogado.