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Nascido no bairro Santo Antônio, em Itabuna, no sul da Bahia, filho da técnica de enfermagem Rosane Pereira da Silva, o modelo Jhon Oliveira viveu uma experiência que não imaginava quando cursava o ensino médio no Centro Integrado Oscar Marinho Falcão (Ciomf) e ainda não havia definido qual profissão iria seguir. A sua vida sofreu uma grande mudança em 2019 e o trabalho começa a aparecer agora.

O jovem de 23 anos, 1,88m e 72 quilos, desfilou, pela primeira vez, na São Paulo Fashion Week, um dos maiores eventos de moda do mundo, no período de 31 de maio e sábado (4). “Foi uma sensação maravilhosa. Foram dois momentos inesquecíveis na minha vida. Nunca tinha imaginado que dividiria a passarela com modelos que só conhecia pelos meios de comunicação”, contou com exclusividade, de São Paulo, por telefone, ao jornalista Ailton Silva, do PIMENTA, na tarde deste domingo (5).

Jhon Oliveira esteve no palco mais desejado da moda brasileira em duas ocasiões. No primeiro dia de desfile, na terça-feira (31), quando apresentou uma das criações da João Pimenta e, no quarto dia, com as criações da À La Garçonne, duas marcas seguidas nas redes sociais por artistas como Camila Pitanga, Ivete Sangalo e Carlinhos Brown.

Itabunense no maior evento brasileiro de moda || Fotos Carla Caniel/Reuters

Antes da semana de moda em São Paulo, Jhon Oliveira já tinha participado de outros eventos. Também foi destaque em quatro revistas de moda. Em uma delas, o modelo do sul da Bahia foi capa. “Está acontecendo tudo muito rápido. É espetacular quando coisas positivas ocorrem assim. Não sei nem como expressar o sentimento que estou sentido. É muita alegria”, disse.

TEMPORADA NA EUROPA

O sucesso na São Paulo Fashion Week garantiu a Jhon Oliveira uma temporada de quatro meses na Europa, no segundo semestre deste ano. Em agosto embarca com destino à Itália para participar de eventos em Milão. Em seguida, viaja para Paris, na França. “A expectativa é muito grande. Não vejo a hora de chegar à Europa e fazer um bom trabalho. Será a minha primeira experiência fora do Brasil”, explicou.

Mas a viagem para desfilar nos maiores eventos da moda na Europa não é o único sonho de Jhon Oliveira. Ele diz que o grande objetivo é poder ajudar a família, que vive em Itabuna. “Minha mãe é uma heroína, pois foi, durante muito tempo, pai e mãe para nós, eu e meus irmãos”. O modelo é o mais velho da família que conta com quatro irmãos, três homens e uma mulher. O pai faleceu quando o jovem tinha oito anos de idade.

Jhon foi capa de revista de moda|| Foto Lucas Oliva

Ele faz questão de divulgar que é de Itabuna, pois não esquece as suas raízes. “Sou de uma família formada por pessoas de baixo poder aquisitivo e baixa escolaridade. Minha mãe e minha tia são as que mais estudaram. Elas são técnicas de enfermagem. Tenho muito orgulho, carinho e respeito por elas”, relatou.

Jonathan da Silva Oliveira, nome de registro de Jhon Oliveira, foi descoberto por um agente de moda quando participava de um campeonato de fanfaras. Ele fez parte de bandas de escolas de Itabuna, Aurelino Leal e Gongogi. Foi em uma dessas apresentações que recebeu o convite para ser modelo.

DO SUL DA BAHIA PARA O MUNDO DA MODA

Durante uma das apresentações por uma fanfarra de Aurelino Leal, John Oliveira foi descoberto para o mundo da moda. Um agente observou que, pelo perfil, o jovem poderia fazer sucesso nas passarelas. Ele acabou convencido e, um ano depois, quando terminou o ensino médio, partiu para São Paulo.

Tudo estava dando certo, mas em 2020 surgiu a pandemia do novo coronavírus e o rapaz teve de aguardar para retornar às passarelas e aos catálogos de moda. “Agora, as coisas começaram a andar em uma velocidade maior e espero que daqui para frente não pare de surgir trabalhos”, finaliza Jhon Oliveira, que faz questão de acrescentar que tem ido bem nas passarelas mesmo sendo uma pessoa tímida.

Além de modelo, Jhon Oliveira é trombonista e percussionista. Em Itabuna, ele fez parte da Banda Charanga da Alegria como percussionista. Também foi trombonista da Fanfarra Falcões. Sucesso para o jovem itabunense no mundo da moda.

Professora faleceu na noite deste sábado (15).
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A professora aposentada Ofélia Gomes Santos, que estava internada em um hospital de Itabuna, faleceu na noite deste sábado (15). Durante muitos anos, a educadora atuou no Instituto Municipal de Educação  Aziz Maron (Imeam) e na rede estadual, no Centro Integrado Oscar Marinho Falcão (Ciomf).

Muito  querida por professores e ex-alunos, Ofélia Gomes ajudou na formação de milhares de estudantes, sempre atuando na área das exatas. Não haverá velório e o corpo será sepultado às 10h, sem aglomerações. Ainda não foram confirmados as causas da morte.

A Secretaria Municipal da Educação (SME) divulgou, há pouco, nota lamentando o falecimento lamentado a morte da professora Ofélia Gomes, que é de uma família de educadores. A irmã dela, a professora Odélia Gomes Campos, é diretora da Escola Municipal Três Irmãos, no bairro Pedro Jerônimo.

Estudantes do Colégio Universitário são aprovados em várias universidades
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Os colégios estaduais Félix Mendonça, no Sarinha Alcântara; Polícia Militar, no Jardim Primavera; Luís Eduardo Magalhães, no Lomanto Junior; Centro Integrado Oscar Marinho Falcão, no Santo Antônio; e Complexo Integrado de Educação de Itabuna, no São Caetano, em Itabuna, estão celebrando a aprovação de estudantes em, pelo menos, 40 cursos de graduação.

São cursos ofertados pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal de Sergipe (UFS), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Universidade do Estado de São Paulo (Unesp), Universidade do Mato Grosso (UFMT), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), dentre outras instituições de ensino superior.

Roberto Rodrigues, Andressa Santos, Michael Matos, Raissa Sousa, Juliana Santos e Pedro Henrique.

Os aprovados vão iniciar 2020 matriculados em cursos como Letras, Engenharia Civil, Medicina,  Cinema, Enfermagem, Matemática, Direito, Biologia, Ciências Contábeis, História, Comunicação Social, Economia, Estatística, Medicina Veterinária e Ciência da Computação. Conforme levantamento do PIMENTA, pelo menos seis estudantes da rede estadual em Itabuna foram aprovados no Curso de Direito da Uesc, um dos mais concorridos no País. O número de aprovado no curso é recorde no município do sul da Bahia.

Na lista dos que vão começar o ano cursando o ensino superior estão Roberto Carlos Rodrigues, do Félix Mendonça; Yasmin Ferreira Oliveira, do Ciomf;  Paulo Sérgio da Cruz Neto, Diego Melo, Lara Aquino e Nayane Oliveira, do Colégio da Polícia Militar (CPM) em Itabuna.

O estudante Roberto Rodrigues, de 20 anos, foi aprovado em 5º lugar no Curso de Direito da Uesc. Filho de pedreiro e dona de casa e estudante de escola pública em Itabuna, Roberto obteve 980 pontos na Redação. Um dos corretores lhe assegurou a nota máxima, 1.000 pontos.

Roberto concluiu o Ensino Médio em 2016 no Colégio Félix Mendonça, no bairro Sarinha Alcântara. Decidido a ingressar no curso de Direito da Uesc, manteve o foco e passou a frequentar um cursinho pré-vestibular. Mas também teve de trabalhar para pagar as contas. Deu conta do recado.

Os estudantes da escola pública que estão fazendo a diferença

Outro aprovado do Félix Mendonça é Samuel Santos Sobrinho. De família humilde, filho de eletricista e dona de casa, obteve quase 900 pontos em Redação e garantiu uma vaga em Enfermagem na Uesc. “O grande diferencial são os professores. Eles são muito dedicados e preocupados com o aluno. O tempo todo, eles estão incentivando a estudar”, afirma.

Os professores e coordenadores, afirma Samuel, sempre disseram que os alunos são capazes de mudar o rumo de sua própria história. Ele acrescenta o que também ajudou na aprovação: foi o fato de gostar de História e de ler, principalmente as notícias factuais.

Na Uesc, além de Roberto Rodrigues e Samuel Sobrinho, entre os alunos aprovados da escola estão Andressa Santos (Enfermagem), Juliana Santos (Ciências Contábeis), Raissa Sousa (Ciências Biológicas); Pedro Henrique Messias (Letras), Ana Carolina Nery (História), (Enfermagem) e Thalles Barreto (Comunicação Social). A lista tem ainda Evelly Gomes (Matemática) e Michael Matos (Ciência da Computação).

No Complexo Integrado de Educação de Itabuna, entre os aprovados  na Uesc estão Gabriel Melo (Engenharia Elétrica), Odarasol Gomes (Letras), Israel Mota (História), Taynara Sousa (Engenharia Química) e Mateus Oliveira (Engenharia de Produção), além de Luiz Felipe em Humanidades pela Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). Nomes e fotos de outros aprovados do Colégio Universitário e do Colégio Modelo Luís
Eduardo Magalhães serão publicados na próxima reportagem da série.

As escolas públicas do sul da Bahia, com estudantes aprovados no ensino superior, podem enviar até sexta-feira (22) a lista com nomes dos alunos aprovados e fotos. Quem tiver história de estudante da rede pública que julgar interessante também pode encaminhar um resumo ou o contato dele.

Ellen Barros, Guilherme, Brenda Ketlyn, do Colégio Modelo, e Samilly Kauany, Gustavo Salomão e Larissa Alves , do Félix Mendonça
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Entrar para uma universidade no Brasil é um sonho que parece distante para milhões de estudantes de baixo poder aquisitivo. Muitas vezes, a qualidade do ensino público, aliada a fatores como falta da incentivo dos pais e escassez de dinheiro até para pagar uma passagem, cria uma enorme barreira para o acesso a um bom curso no ensino superior. Mas, no sul da Bahia, mais de 400 estudantes do ensino médio conseguiram provar que é possível superar os obstáculos. A história de muitos deles será tema de uma série de reportagens exclusivas que o PIMENTA publica a partir desta semana.

Muitos dos futuros universitários estudaram sempre em escolas públicas em bairros periféricos de suas cidades e apostaram na educação como ferramenta de transformação social. Na lista dos que conseguiram pontuação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para ingresso no ensino superior neste ano estão filhos de donas de casas, porteiro, dona de bar, desempregados, motorista de ônibus, trabalhador rural, faxineira, pedreiros, servidores públicos,  comerciantes, dentre outros profissionais.

Na região do Núcleo Regional de Educação do Sul da Bahia (NRE-05), que abrange 26 municípios, pelo menos cinco escolas se destacaram pelo número de estudantes que obtiveram notas para ingresso em diversos cursos de graduação, via Sistema de Seleção Unificada (Sisu), na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e Universidade Federal da Bahia (UFBA), além de instituições de outros estados (assunto de outra reportagem da série).

No topo da lista de escolas com maior número de aprovados em Itabuna estão o Colégio da Polícia Militar de Itabuna, Colégio Universitário e Complexo Integrado de Educação de Itabuna, Colégio Estadual Félix Mendonça, Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães e Centro Integrado Oscar Marinho Falcão (Ciomf). Juntas, essas unidades tiveram cerca de 130 alunos aprovados para as mais diferentes áreas.A expectativa é que, pelo menos 80, estudantes ainda sejam chamados nas próximas listas.

MAIORIA ESCOLHEU A UESC

A maioria dos jovens foi aprovada para a Uesc. Os estudantes vão começar 2020 em cursos de graduação como Administração, Agronomia, Matemática, Engenharia de Produção, Direito, Letras, Medicina, Ciência da Computação, História, Matemática, Biologia, Pedagogia, Comunicação Social e Química.

Estudantes aprovados ao lado de professores do Félix Mendonça

Entre os aprovados estão Larissa Alves, primeiro lugar no curso de Pedagogia, e Samilly Kauany, quarta colocada em Economia. Quem também conseguiu uma vaga na Uesc foram os estudantes Gustavo Salomão, no curso de Educação Física; Ellen Barros Barcelar, em Matemática; Guilherme Lima da Silva, em Administração, e Brenda Ketlyn Silva de Jesus, em Ciências Biológicas. Ellen, Guilherme e Brenda estudaram no Modelo, no Lomanto. Larissa, Samilly e Gustavo são do Felix Mendonça, no Sarinha Alcântara.

Por sinal, o Félix Mendonça registrou, neste ano, um número recorde de candidatos que garantiram vagas no ensino superior. São mais de 30 alunos aprovados, 26 deles na Uesc, instituição que aparece entre as 60 melhores do país no Ranking Universitário da Folha (RUF). No geral, são 10 estudantes aprovados a mais que na edição anterior, quando pouco mais 20 de conseguiram êxito. A escola teve estudantes aprovados em mais de 10 cursos de graduação.

O CPM de Itabuna, no bairro Jardim Primavera, mais uma vez, está celebrando o sucesso de uma metodologia de ensino. Cerca de 30 alunos foram aprovados em cursos de graduação, 27 deles na Uesc. A escola conseguiu aprovação em cursos como Engenharia (Civil, Elétrica e Química), Direito, Ciência da Computação, Agronomia, Geografia, Matemática, Biologia e Educação Física. Além disso, aprovou Levy Jardim no curso de Estatística da UFBA.

O CPM teve, ainda, quatro estudantes aprovados em Direito, que é um dos cursos mais concorridos em universidades públicas em todo País. Um aumento significativo em relação à edição anterior do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), quando um aluno conseguiu a pontuação para ingressar no curso.

Os estudantes, pais e professores do Modelo, no bairro Lomanto Júnior, também estão em festa. De 120 alunos que fizeram o Enem no ano passado, ao menos, 32 conseguiram aprovação e outros 30 estão na lista de espera. Muitos não ficaram com a vaga na primeira chamada por causa de uma colocação, mas estarão nas próximas listas de aprovados.

No Ciomf, no bairro Santo Antônio, são, por enquanto, 21 aprovados em cursos como Direito, Economia, Matemática, Química e Enfermagem. A expectativa da vice-diretora Isis Conrado Haun é que, pelos menos, outros 14 estudantes estejam nas próximas chamadas para ingresso em universidades públicas na Bahia. No ano passado, foram 32 aprovados.

O Complexo Integrado de Educação, no bairro São Caetano, foi outra escola que conseguiu um alto índice de aprovação de estudantes no ensino público superior. A unidade tinha 41 alunos cursando o último ano do ensino médio e, desse total, 35 fizeram as provas do Enem ano passado, sendo que 23 foram aprovados na Uesc, UFSB, Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) e Universidade Federal de Sergipe (UFS). Atualizado às 21h57min.

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Pais, estudantes, professores, ex-alunos e servidores de apoio estão se mobilizando para evitar que a Secretaria de Educação da Bahia altere o nome do Centro Integrado Oscar Marinho Falcão (Ciomf), no bairro Santo Antônio, em Itabuna. A modificação está prevista no processo de unificação com o Colégio Estadual Josué Brandão, que terá suas atividades encerradas neste ano.

Professores, estudantes e pais entendem que, com mudança de nome, a história de conquistas de prêmios será apagada. O Ciomf é destaque na região pelo desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e pelas premiações de trabalhos desenvolvidos por professores e estudantes. No ano passado, por exemplo, professores e alunos foram premiados na 9ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz (Obsma), no Rio de Janeiro.

A escola conquistou prêmio nacional com projeto “Homem x Água… Atitudes Negativas e Corretivas: CIOMF cuidando das águas”, desenvolvido pelos integrantes do Clube de Ciências do colégio. O projeto ficou em primeiro lugar na “Regional Nordeste II” e foi vencedor nacional na categoria Ciências. Foi a maior conquista na história de uma escola pública de Itabuna.

O projeto vencedor foi sobre a falta de cuidado do itabunense com água potável. O estudo mostrou a precaridade na rede de esgoto nos bairros periféricos e indicou soluções para falta de infraestrutura no município de Itabuna. Antes dessa conquista, em 1998, o Colégio Ciomf foi premiado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), com o título de “Escola Referencial Nacional em Gestão Escolar”.

A unidade foi construída numa área doada, em 1968, pelo então produtor de cacau Oscar Marinho Falcão ao Governo do Estado para a construção da unidade escolar. Começou a funcionar em 1970 oferecendo da 1ª à 4ª séries do ensino fundamental. Mais tarde, em 1974, foi concluída a ampliação da unidade e começou a ser oferecidas novas séries. Hoje, a escola possui mais de mil alunos.

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Ciomf aparece entre os melhores da rede pública no sul da Bahia || Foto Pimenta

O Instituto Nossa Senhora da Piedade puxa o pelotão dos melhores colégios do eixo Ilhéus-Itabuna em desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2018. Fundado há 103 anos, o colégio ilheense obteve média 637,27. É seguido de perto pelo Galileu, de Itabuna, com 632,31.

Logo após, vêm Colégio Vitória, de Ilhéus, com 624,83, e Ação Fraternal de Itabuna (AFI), com 624,00. A média é o resultado das notas obtidas nas provas com questões objetivas e de Redação.

ESCOLAS PÚBLICAS

O Colégio da Polícia Militar de Itabuna é o de melhor desempenho entre as escolas públicas, com 595,19. O campus ilheense do Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia  (IFBA) é o segundo entre as unidades públicas do eixo, com 592,75. Ainda há o CPM de Ilhéus, com 531,39.

Ainda dentre as escolas públicas em Itabuna, aparece o Ciomf em segundo, com 516,12, e o Colégio Modelo, com 512,54.  Em Ilhéus, vêm o Eduardo Catalão, com 522,25, e o Colégio Modelo, com 518,20, todos eles da rede estadual.

BAHIA E BRASIL

Na Bahia, o ranking é liderado pelo Bernoulli, da rede particular, com média 743,83. Com 767,76, o Farias Brito, de Fortaleza, Ceará, é o líder no ranking nacional. O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é aplicado anualmente, pelo Ministério da Educação, e envolve as escolas públicas e particulares de todo o país.

O PIMENTA montou o ranking a partir das médias divulgadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Clique no “Leia Mais”, a seguir, e confira as médias das escolas em Ilhéus e em Itabuna.Leia Mais

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À direita a professora e estudante com Cristina Araripe, coordenadora nacional da Olimpíada e pesquisa da Fiocruz

O dia 28 de novembro não será esquecido pelos estudantes, professores, pais de alunos e pessoal da equipe de apoio do Centro Integrado Oscar Marinho Falcão (Ciomf), no bairro Santo Antônio, em Itabuna. Foi nesta data que a professora Gracileide Guimarães Sousa e a estudante Jhuly Borges Oliveira, do 7º ano, subiram ao palco do auditório do Museu da Vida da Fundação Osvaldo Cruz, no Rio de Janeiro, para a cerimônia de premiação da 9ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz (Obsma).
Professora e aluna receberam a premiação pelo projeto “Homem x Água… Atitudes Negativas e Corretivas: CIOMF cuidando das águas”, desenvolvido pelos integrantes do Clube de Ciências do colégio. Com registro fotográfico sobre a falta de cuidado do itabunense com água potável, mostrando a precaridade na rede de esgoto nos bairros periféricos e indicando soluções para falta de infraestrutura no município, o projeto ficou em primeiro lugar na “Regional Nordeste II” e foi vencedor nacional na categoria Ciências. Essa foi a maior conquista na história de uma escola pública de Itabuna.
Jhuly e a professora Gracileide Guimarães comemoram a grande conquista|| Foto Pimenta

O trabalho “Homem x Água… Atitudes Negativas e Corretivas” venceu a batalha na categoria  Projeto de Ciências, na modalidade ensino fundamental, que teve 433 trabalhos inscritos de escolas de todo o país. “Essa conquista é o resultado de um trabalho sério que professores e estudantes vêm desenvolvendo há anos. Essa não é a primeira premiação da nossa escola, mas certamente a maior”, acredita a professora Gracileide Guimarães, que leciona no Ciomf há 20 anos. Gracileide e Jhuly relataram a experiência ao PIMENTA nesta semana.
O DEBATE VAI CONTINUAR 
A professora explica que o projeto terá continuidade no próximo ano. “O nosso plano é sentar com representantes da prefeitura, organizações não governamentais, instituições de ensino, principalmente a Universidade Estadual de Santa Cruz, Universidade Federal do Sul da Bahia e Instituto Federal de Educação, para que possamos aprofundar o debate em torno das questões envolvendo o meio ambiente no nosso município e na nossa região”.
Vencedoras passaram uma semana no Rio de Janeiro

Com relação à pesquisa de campo, a estudante Jhuly Borges, de 12 anos, conta que os problemas mais graves foram detectados principalmente nos bairros periféricos de Itabuna.  “Detectamos desperdícios de água, como canos estourados e pessoas lavando carro com mangueira, por exemplo”, conta acrescentando que é “muito bom ter um projeto da nossa escola ajudando a conscientizar muitas pessoas sobre os graves problemas ambientais que estamos vivendo”.
A estudante ressalta que o projeto não aborda somente sobre o mau uso da água, mas também sobre o lixo produzido pelo homem. “Porque o lixo deixado em locais impróprios contamina a água potável. A pessoa deve lembrar-se que o papel de caramelo jogado na rua vai parar em um bueiro, passa pelo rio, que deságua no oceano. Temos que destacar ainda que, quando a prefeitura não faz o descarte correto, o lixo contamina os lençóis freáticos e água suja pode acabar em poços artesianos”, alerta.
Alguns pais acompanharam de perto o trabalho dos filhos. Entre eles, está dona Lilian da Silva Borges, mãe de Jhuly. Ela conta que, nos momentos que antecederam o anúncio dos vencedores da 9ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz, não conseguiu se desligar da internet, especificamente da página oficial do evento no facebook. ” Foi muito emocionante e gratificante para todos nós”, recorda-se. A Fiocruz transmitiu ao vivo.
COMO SURGIU?
A ideia do trabalho vencedor surgiu durante reunião de integrantes do Clube de Ciência do Ciomf, depois do município passar por uma das piores crises hídricas da história. Os estudantes receberam a tarefa de pesquisar a interferência humana sobre o meio ambiente, com observações sobre os aspectos negativos e corretivos.
Os alunos passaram a investigar (com flagra fotográfico) como ocorre o uso da água que chega a casa dos itabunenses e a ocorrência da poluição dos lençóis freáticos, ocasionado principalmente pela falta de tratamento de esgoto nos bairros periféricos de Itabuna.
A exposição fotográfica foi uma das fases do projeto vencedor

SEMANA CULTURAL NO RIO DE JANEIRO
O projeto foi inscrito na Obsma por sugestão da coordenadora do Clube de Ciências do Ciomf, a professora Thereza Angélica Matos. Além de placas, troféus, medalhas e certificados, a Fiocruz promoveu uma semana cultural no Rio de Janeiro para os mais de 70 estudantes e professores dos 36 projetos finalistas. Antes, o projeto havia sido inscrito na Conferência Infanto Juvenil do Meio Ambiente e vencido a etapa regional, mas não foi classificado na estadual.
A Obsma recebeu 1.228 trabalhos desenvolvidos pelos alunos do ensino e fundamental de escolas públicas e particulares de todos os estados brasileiros, sendo que 36 foram aprovados nas categorias Projeto de Ciências, Produção Audiovisual, Regional Nordeste I e II. A competição nacional contou com a participação de 4.270 professores e 67.1179 estudantes de todo o país.

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Colégio Ciomf, de Itabuna, teve projeto de estudantes selecionado pela Fiocruz || Foto Pimenta

Cinco projetos desenvolvidos em unidades da rede estadual de ensino estão entre os 35 trabalhos selecionados na etapa regional da 9ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma), promovida pela Fiocruz. Em todo o Brasil, foram inscritos 1.228 trabalhos nas categorias Produção Audiovisual, Produção de Texto e Projeto de Ciências. A relação dos projetos selecionados foi divulgada nesta terça-feira (16).
Estudantes do Ensino Fundamental do Centro Integrado Oscar Marinho Falcão (Ciomf), em Itabuna, desenvolveram um trabalho de conscientização da comunidade escolar e do entorno da unidade. O projeto “Homem x Água. Atitudes negativas e corretivas: CIOMF cuidando das águas” levou os estudantes para as feiras livres da cidade para levar informação sobre desperdício e contaminação das águas.
A estudante Jhuly Borges Oliveira, 12, do 7º ano do Ensino Fundamental, aponta benefícios do projeto. “Aprendi durante todo o processo com meus colegas e com a comunidade que devemos colaborar com o nosso planeta. A água é a nossa vida”, concluiu a estudante. O projeto teve a orientação da professora Gracileide Silva Guimarães Sousa.
A professora Karine Brandão, do Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC), de Vitória da Conquista, desenvolveu, com estudantes do Ensino Médio, o projeto “Árvore Digital do Centro Juvenil de Ciência e Cultura”. “Fizemos um estudo das árvores localizadas no terreno da escola e colocamos QRCode em cada uma para que a comunidade escolar acesse, do celular, informações e curiosidades sobre elas”, afirmou a professora, que pretende ampliar o projeto para as outras escolas da Rede Estadual em Vitória da Conquista. O trabalho foi selecionado na categoria Produção de Textos.Leia Mais

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Cansados de esperar pela nomeação da nova diretora da escola, escolhida por eleição direta em dezembro do ano passado, alunos e professores do Centro Integrado Oscar Marinho Falcão (Ciomf), de Itabuna, foram pedir ajuda dos vereadores locais.

A situação no Ciomf é considerada absurda pela comunidade escolar. Semíramis Castro foi eleita diretora com 90% dos votos e até hoje não tomou posse. Na semana passada, a Secretaria Estadual de Educação informou ao PIMENTA, por meio nota, que o resultado da eleição estava finalmente reconhecido, após uma apuração de sua regularidade. Somente não disse quando ocorreria a posse.

A diretora do Núcleo Regional de Educação (NRE 5), Solange Sampaio, chegou a afirmar que a nomeação de Semíramis Castro seria publicada no Diário Oficial do dia 26 de fevereiro, mas isso não aconteceu (relembre).

Ontem (29), professores e alunos pediram o envolvimento da Câmara de Vereadores de Itabuna na questão. O presidente da Comissão de Educação do legislativo municipal, Júnior Brandão (PT), fará uma visita à escola às 14 horas desta terça (1º).

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Ciomf começou ano letivo sem direção, mesmo após processo eleitoral validado.
Ciomf começou ano letivo sem direção, mesmo após eleição de novos dirigentes.

Pais, alunos e professores do Centro Integrado Oscar Marinho Falcão (Ciomf), em Itabuna, vão às ruas na próxima sexta (26), às 8 horas, protestar contra a Secretaria Estadual de Educação (SEC-BA). O Ciomf iniciou o ano letivo sem atividades programadas em sala de aula por causa de uma lambança da SEC-BA e da sua representação em Itabuna, o Núcleo Regional de Educação (NRE 5).

A professora Semíramis Castro foi eleita nova diretora do Ciomf, em 10 de dezembro passado, com 90% dos votos. Até agora, Semíramis e os demais colegas integrantes da chapa (vices) não tomaram posse. O colegiado escolar cobra transparência no processo. Quer saber o porquê da não posse dos dirigentes eleitos, principalmente porque o resultado eleitoral foi validado.

De acordo com professores, pais e alunos, a não nomeação dos novos dirigentes complicou o início do ano letivo. Os educadores ainda não têm horário de aula. O processo licitatório da merenda escolar não pode ser tocado nem há compra de material de manutenção. “Não há como se definir, por exemplo, a programação dos professores”, aponta o colegiado em nota.

PROTESTO NA SEXTA

O ato programado para a próxima sexta (26) foi decidido durante reunião do colegiado escolar do Ciomf. A caminhada terá concentração às 8h, quando os manifestantes saem em direção ao Núcleo Regional de Educação (NRE5), na Avenida Fernando Cordier (Beira-Rio), região central de Itabuna.

O colegiado também decidiu enviar representantes para uma audiência às 14 horas da próxima segunda (29), na Câmara de Vereadores. Professores, alunos e representantes dos funcionários, colegiado escolar e da APLB-Sindicato estarão no legislativo.

FUGA DE ALUNOS

A indefinição da SEC-BA quanto ao Ciomf preocupa a comunidade escolar. A lambança tem levado pais de alunos a matriculá-los em outras escolas. “Foi uma semana praticamente sem aula”, disse uma mãe, que preferiu transferir o filho para uma escola particular. Atualizado às 9h48min para correção de informação.

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Colégio realizou eleições, mas resultado foi impugnado.
Colégio realizou eleições, mas resultado foi impugnado.

Deu chabu na eleição que definiu os novos dirigentes escolares do Centro Integrado Oscar Marinho Falcão (Ciomf), em Itabuna. Na última quinta (14), a Secretaria Estadual de Educação publicou o resultado das eleições nas unidades em todo o estado, mas excluiu o Ciomf, uma das maiores escolas da rede estadual no sul da Bahia.

A chapa encabeçada pela diretora Semíramis Castro obteve mais de 90% dos votos, porém o resultado até agora não foi validado. A informação no Núcleo Regional de Educação (NRE 5), em Itabuna, é de que o pleito havia sido impugnado por suposta fraude no processo eleitoral, o que é negado pela direção da própria escola.

O clima no colégio é de indignação. Desconfia-se de ação político-partidária. Apenas a chapa de Semíramis disputou o pleito. Atualizado às 19h30min.

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Tauã exibia nas redes sociais objetos que roubava (Reprodução).
Tauã exibia nas redes sociais objetos que roubava (Reprodução).

O adolescente assassinado a tiros na noite da última quinta-feira (15) no Antique, em Itabuna, era considerado o terror da região do Centro Integrado Oscar Marinho Falcão (Ciomf), no Bairro Santo Antônio. A rua de acesso ao colégio era uma das preferidas de Charles Tauã Argolo Vieira, de 19 anos.

Alunos do colégio estadual revelam que ele sempre agia armado com revólver calibre 38. Celulares, dinheiro e até calçados eram os objetos preferidos do bandido.

Não era raro o ladrão exibir o objeto do roubo nas redes sociais. Uma das vítimas é estudante do Ciomf. Teve par de sandálias roubado por Tauã. Dias depois, o calçado era exibido pelo assaltante no próprio perfil no Facebook, conforme contou ao Pimenta colega de uma das vítimas. A orientação aos alunos sempre é evitar andar só nos acessos à escola. A região é cercada por matagal.

Além de jovens estudantes, os alvos de Tauã também eram as casas comerciais do centro da cidade. Conforme pessoas ouvidas pelo Pimenta, o adolescente se exibia como “chefe” do condomínio popular onde residia, o Pedro Fontes I.

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O Centro Integrado Oscar Marinho Falcão (Ciomf) criou horários especiais e os alunos já estão sendo convocados para retornar às aulas nos três turnos. De acordo com a diretora do Ciomf, Gracileide Guimarães Sousa, 70% dos professores já estão em sala de aula. O colégio pertence à rede estadual de ensino.

Um dos maiores de Itabuna, o colégio tem cerca de 1,9 mil alunos. “É preciso que os alunos retornem para que não tenham prejuízos”, alerta a diretora. Como 30% dos professores ainda continuam em greve, o colégio criou horário especial.

O aluno saberá quais os horários vagos ou dia que não haverá aula. Segundo Gracileide, é importante que os alunos retornem, pois as aulas já estão sendo validadas.

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A situação de sucateamento de um dos maiores colégios públicos de Itabuna levou a comunidade escolar a se unir para reclamar providências. A queixa de professores, alunos e pais de alunos é que falta transparência na gestão do Centro Integrado Oscar Marinho Falcão (Ciomf). A diretora Adeildes Batista sofre contestação de todos os lados.

Professores fizeram paradas em dois turnos na última terça-feira, 8, com o apoio do alunado. Era um alerta contra o estado de abandono e desmando administrativo. O Ciomf tem cerca de 3,3 mil alunos nos três turnos e já foi considerado referência em Itabuna.