Decreto autoriza aumento de público em eventos em Itabuna
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O prefeito de Itabuna, Augusto Castro (PSD), publicou, nesta tarde de sexta-feira (22), o Decreto 14.712 que altera o Decreto 14.680, de 1º de outubro que autorizou eventos e atividades com a presença de público. Com a mudança, ficam permitidos espetáculos e similares espaços públicos ou privados com até 1.500 pessoas. Autoriza ainda a venda de ingressos, desde que cumpridas as normas sanitárias.

O novo decreto autoriza o funcionamento de espaços urbanos como rurais, circos, parques de exposições e passeatas, desde que haja o cumprimento integral dos protocolos de segurança e saúde, principalmente o uso de máscara de proteção e distanciamento social.

Eventos festivos como confraternizações, aniversários e recepções somente poderão ocorrer atendendo às seguintes medidas: ocupação de 50% da capacidade do local, limitado a 200 pessoas; uso de máscaras e álcool em gel 70%; aferição de temperatura na entrada do local; desinfecção e higienização de todo o ambiente.

CINEMA

Os espaços culturais como cinema e teatro funcionarão obedecendo à limitação de 75% da capacidade do local, desde que atendidos todos os critérios estabelecidos no protocolo de prevenção e segurança, em especial como distanciamento adequado; utilização obrigatória de máscaras e álcool em gel 70%; aferição de temperatura na entrada do local; desinfecção e higienização das poltronas após o encerramento de cada sessão ou apresentação.

Fica autorizada também a realização de atos solenes de formatura, especificamente, cultos ecumênicos e outorga de grau acadêmico, a partir de atendidos todos os critérios estipulados no protocolo de prevenção e segurança, desde que cumpridos protocolos de segurança.

Os responsáveis pelos atos solenes, discriminados deverão encaminhar ofício para a Secretaria de Indústria, Comércio, Emprego e Renda (Sicer), informando a realização do evento, com antecedência de, no mínimo, de cinco dias.

Governo libera eventos para até mil pessoas na Bahia
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Um novo decreto publicado no Diário Oficial do Estado deste sábado (11) autoriza em toda a Bahia, até o dia 21 de setembro de 2021, a realização de atividades com a presença de público de até mil pessoas. Estão permitidas cerimônias de casamento, eventos urbanos e rurais em logradouros públicos ou privados, circos, parques de exposições.

O decreto autoriza ainda a realização de solenidades de formatura, feiras, passeatas e afins, além do funcionamento de zoológicos, parque de diversões, museus e teatros. Os museus, parques de exposições e afins poderão funcionar garantindo o distanciamento mínimo de um metro entre as pessoas, sendo proibida a excursões.

Pelo decreto nº 20.704, que entrou em vigor no sábado (11) e altera o decreto de nº 20.658, está permitida também ainda a realização de eventos com venda de ingressos, limitando a presença de público de até mil pessoas.

Para os eventos, todos os envolvidos, entre artistas, público, equipe técnica e colaboradores, deve comprovar ter tomado as duas doses de vacina ou dose única, apresentando o documento de vacinação fornecido no momento da imunização ou o certificado obtido por meio do aplicativo CONECTE SUS do Ministério da Saúde. Além disso, devem ser respeitados todos os protocolos sanitários estabelecidos pelos municípios, especialmente o distanciamento e uso de máscaras.

Fica autorizado ainda o funcionamento de academias e estabelecimentos voltados para a realização de atividades físicas, desde que limitada a ocupação máxima de 75% da capacidade do local.

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Walmir Rosário | wallaw2008@outlook.com
 

A apresentação publicitária era uma pequena prévia do gabarito dos artistas circenses. Se agradava, o espetáculo era garantia de casa cheia, do famoso poleiro (arquibancadas mais altas), passando pelas cadeiras e até camarotes.

 
Hoje tem espetáculo? Tem, sim senhor! Hoje tem marmelada? Tem, sim senhor! Hoje tem palhaçada? Tem, sim senhor! Então, arroooooochaaaaa, negrada! Era assim o apelo publicitário dos circos na minha infância e adolescência. O palhaço com sua perna de pau, alguns anões, e outros personagens circenses que, todos a pé, circulavam pelas ruas da cidade, convidando o respeitável público para os shows.
Não tinham alto-falantes – no mínimo uma espécie de corneta com a aparência de um funil – mas tinham graça e sabiam arrastar uma galera de moleques, que como eu não resistiam ao charme do palhaço e sua trupe. Se bem que não era apenas o charme do palhaço que nos fazia acompanhá-lo, mas a possibilidade de assistir ao espetáculo, gratuitamente. Bastava o palhaço marcar o nosso braço com uma tinta apropriada.
Que publicidade melhor do que essa para “arrebanhar” assistentes para o grandioso espetáculo? O respeitável público comparecia em massa para conhecer a variedade de atrações, que iam do drama ao globo da morte. Ainda mais se fosse o Capitão Anthony. Palhaçadas, a emoção do trapézio, leões, macacos, elefantes, a mulher de borracha, e uma centena de artistas capazes de agradar aos mais variados gostos.
Mas, se o circo fosse mambembe, a alegria também contagiava a todos nós, que nos apresentava aos donos e artistas do circo, como parte dos personagens da publicidade volante. Para dar credibilidade e a garantia de público, até oferecíamos o roteiro a ser percorrido, principalmente passando pelas ruas cujos moradores seriam presença assegurada, dado ao poder aquisitivo favorável.
A comunicação era perfeita, sem muita zoada, apenas a garganta era suficiente para fazer com que as pessoas deixassem o interior de suas casas, aparecerem no passeio e soltarem boas e alegres gargalhadas. A apresentação publicitária era uma pequena prévia do gabarito dos artistas circenses. Se agradava, o espetáculo era garantia de casa cheia, do famoso poleiro (arquibancadas mais altas), passando pelas cadeiras e até camarotes.
Lembro-me até hoje da boa comunicação, feita por quem tinha o dom e a sabedoria da arte da publicidade, embora nenhum deles tenha passado em frente ou alisado os bancos de uma faculdade de marketing e propaganda. Simples, eles não queriam inventar a roda, apenas vender seu peixe bem vendido, com a competência de quem sabia e gostava do que estavam fazendo.
Nos dias atuais, em que falamos de boca cheia que temos e utilizamos tecnologia, parece que desaprendemos a boa prática de vender nossos serviços de forma eficiente, para termos eficácia no nosso negócio. Inventamos fórmulas mirabolantes que não levam a nada, a não ser a confusão na cabeça das pessoas. É o chamado “embromeicho”, “enroleicho” que ninguém entende ou gosta.
Pra começo de conversa, partem do princípio de que todos somos surdos – ou nos querem fazer surdos –, ligando os carros de som numa altura insuportável, nos obrigando a ouvir uma verborragia na voz execrável de um locutor horrendo e inconveniente. Se fosse só isso – que já é demais –, até poderíamos tolerar o incômodo, mas os carros de som percorrem, insistentemente, as ruas, um atrás do outro, deixando-nos martirizados.
Pensa que acabou, caro leitor: nem pense, pois sequer falei nas baterias de fogos, queimados a todo o instante, como se tivessem a intenção de deixar os shows pirotécnicos de Ano Novo em Copacabana no chinelo. Ledo engano, os fogos daqui somente fazem zoada, para o desespero de pessoas idosas, doentes, crianças e os animais.
Os donos dos circos Show Fantástico e Dayllon, ou seus gerentes, devem ter ouvido de alguém que em Canavieiras tudo começa e termina com a queima de fogos, daí que devem ter acreditado e torraram o dinheiro do mesmo modo que o poder público. Pelas minhas desconfianças, aí deve ter o dedo do jornalista Tyrone Perrucho, fogueteiro mor dos tempos que o fuzilar de fogos era sinônimo de recontagem de votos. Tudo passado e boa molequeira.
Esperamos que na próxima safra de circos que venham apresentar seus espetáculos ao nem tão respeitável público, receba, por parte do poder público municipal (meio ambiente) e do ministério público, as orientações sobre a legislação pertinente. Caso não acatem as recomendações, é o dever das nossas polícias civil e/ou militar enquadrar os infratores na forma da lei, como diz o jargão.
Tudo por uma questão de respeito.
Walmir Rosário é jornalista, radialista e advogado, além de editor do Cia da Notícia.