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Pinheiro: críticas à postura da rede Globo.

Ex-secretário de Planejamento do Governo Wagner e pré-candidato ao Senado Federal, o petista Walter Pinheiro colocou sob a sua mira a rede Globo.

O deputado federal não digeriu bem a cobertura da emissora na polêmica sobre o projeto e vê a televisão dos Marinho contra o Porto Sul.

Ao Pimenta, numa entrevista ao repórter Fábio Roberto, o deputado federal disse não entender a posição da principal rede de tevê do País. “Acho estranho que uma emissora que tanto clama por infraestrutura se coloque contra o Porto Sul”.

Ainda na linha das alfinetadas, encara com estranheza a ação da emissora. “E por que o Porto Sul? Por que a Globo virou tanto as suas baterias contra o projeto? No mínimo, é estranho. Espero que eles façam uma reflexão correta e parem de prejudicar a Bahia”.

A rede Globo tem sido bastante criticada desde quando fez duas reportagens desfavoráveis ao Complexo Porto Sul, que prevê investimentos de R$ 8 bilhões no sul da Bahia e numa área que se estende até o estado do Tocantins.

O porto, enfatiza Pinheiro, será importante para o desenvolvimento regional e para a construção de ferrovia que interligará regiões do país. “Não se retoma a economia sem investir em infraestrutura”.

Para fechar a “sequência”, o mais poderoso grupo de comunicações do País deixou de cobrir a passeata que reuniu cerca de 10 mil pessoas favoráveis ao projeto em Ilhéus, mas exibiu reportagem de uma mobilização de 200 pessoas contrárias ao complexo intermodal e matéria da entrega de assinaturas anti-Porto Sul à ministra Izabella Teixeira, do Meio Ambiente. Juntando as pontas (ops!), sentiu-se cheiro de traição na “parada”.

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Manifesto a favor do Porto Sul é entregue ao governador Jaques Wagner (foto Manu Dias)

Se a aceitação ao projeto do Complexo Intermodal de Transportes for medida pelo manifesto entregue no último sábado, 29, ao governador Jaques Wagner, percebe-se que há uma folgada maioria de defensores diante de um pequeno número de contrários, que se auto-intitulam ambientalistas.

No documento entregue ao governador, estão assinaturas de prefeitos e vereadores das principais cidades da região, sindicatos, parlamentares, cooperativas e associações  empresariais, de moradores e de trabalhadores rurais. No total, há mais de 300 entidades, órgãos e instituições subscrevendo o manifesto.

Opositores do projeto também produziram o seu libelo, apresentado no dia 19 de maio, mas “encheram linguiça” com entidades que não autorizaram sua inclusão entre os signatários.

No sábado, ao receber o documento, Wagner demonstrou como vê o debate em torno do tema. Segundo ele, quem apoia o Porto Sul também defende o meio ambiente, mas não como objeto de contemplação e sim como fator que gere desenvolvimento e beneficie a sociedade, reduzindo-se ao máximo o impacto sobre os recursos naturais. Para o governador, a destruição assim como a manutenção da natureza intocada são dois extremos que produzem miséria.