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Duas pequenas propriedades rurais foram invadidas por índios tupinambás no último sábado (22) no Ponto do Eliseu, distrito de Vila Brasil, município de Una. As invasões estão sendo retomadas mesmo com a segurança na região do conflito com agricultores estar sob a responsabilidade do Exército. As vítimas ficaram dois dias escondidas dentro do mato, após sofrerem agressões dos índios e autodeclarados. As propriedades têm menos de cinco hectares.
De acordo com o sobrinho de uma das agricultoras, as vítimas procuraram o socorro do Exército para retornar à propriedade e retirar pertences. Porém, não obtiveram apoio. A produtora recorreu à Polícia Federal e foi informada que o pedido teria de ser feito ao Exército, que assumiu a segurança na região desde o dia 14 de fevereiro.
Segundo agricultores, a ação do final de semana foi comandada pelo cacique Pascoal, que teve o nome envolvido no assassinato de Juraci Santana, líder do assentamento Ipiranga, em Maroim, Una. O crime ocorreu no dia 11 de fevereiro, mas até agora a polícia civil não conseguiu prender os três homens que executaram Juraci. As testemunhas deram os nomes dos autores do crime.

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O conflito entre agricultores e autodeclarados tupinambás foi tema de reportagem especial do Jornal da Band, ontem à noite (25). Valteno de Oliveira ouviu produtores e governo federal.
Agricultores vítimas da violência na região são mostrados em cima da cama, paralíticos, após serem alvos de tiros. O drama da família do agricultor Juraci Santana abre a reportagem. Confira:
 

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Ariosvaldo Vieira Buerarema - 2O vereador Ariosvaldo Vieira concedeu entrevista ao Pimenta enquanto aguardava para ser ouvido pela delegada Katiana Amorim, nesta noite de quarta-feira (12), no Complexo Policial de Itabuna.
Ariosvaldo afirma que nunca participou de protestos (“sou totalmente contra”) e considerou a prisão arbitrária.
A polícia acusa o vereador de não ter respeitado ordem para que fosse para dentro de casa (ele mora próximo à região do conflito).
O Batalhão de Choque impôs toque de recolher à comunidade do Bairro Novo.
Confira a entrevista com o vereador.
BLOG PIMENTA – Como foi a ação da Tropa de Choque?
ARIOSVALDO VIEIRA – Dois policiais invadiram minha casa e me acusaram de incitar a multidão (que interditou a BR-101, nesta noite de quarta, 11). Minha filha de um ano e dez meses estava no meu colo quando eles me prenderam.
PIMENTA – Qual foi a reação do senhor no primeiro momento?

ARIOSVALDO – Eu me identifiquei, disse que era vereador e advogado. Impuseram um toque de recolher [no Bairro Novo]. Assim que me pegaram, lançaram spray de pimenta nos meus olhos. Minha família ficou desesperada sem entender o que estava acontecendo.
PIMENTA – Quanto à acusação da tropa de choque, o senhor participou dos protestos?

ARIOSVALDO – Eu não participo desses movimentos. Sou totalmente contra. A gente entende que polícia é para dar segurança à população, mas quando acontece uma coisas dessas… Mas errado é o governo que não fez nada [para resolver a situação em Buerarema].
PIMENTA – Como o senhor define a ação da polícia?

ARIOSVALDO – Foi uma prisão arbitrária. (O vereador dá uma pausa e, logo em seguida, destaca…) A guarnição que me trouxe [para o complexo] não é a mesma que me prendeu.

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Os conflitos envolvendo índios tupinambá e pataxó e proprietários de fazenda no sul da Bahia acirraram os ânimos às vésperas das eleições e, neste sábado, homens da Força Nacional de Segurança Pública foram deslocadas para Pau Brasil, onde um indígena foi morto há uma semana.
Cerca de 30 homens da Força Nacional saíram de Itabuna para a região de Camacan e Pau Brasil ao final desta tarde, distribuídos em seis picapes. A polícia recebeu informações de que estradas seriam interditadas nesta noite e havia a ameaça de novos conflitos.
Segundo os produtores, houve mais de uma dezena de invasões de propriedades nos últimos 20 dias. Outras equipes da força também vão cobrir a área de Buerarema, Ilhéus, Una e São José da Vitória.