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Ewerton tomou como surpresa as acusações do MPF (Reprodução Facebook).
Ewerton tomou como surpresa as acusações do MPF (Reprodução Facebook).

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-gerente-geral da Credi-Cofaba Ewerton Macedo Filho por gestão fraudulenta da Cooperativa de Crédito Rural de Itabuna. Procurador da República, André Batista Neves classificou como criminosa a condução de Ewerton Macedo Filho à frente da gerência da instituição. A instituição encontra-se em processo de liquidação. Ewerton se mostrou surpreso com a denúncia e rebateu as acusações (confira abaixo).
Conforme o procurador da República, o ex-gerente “concedia empréstimos sem levar em consideração os princípios da boa gestão bancária e praticava atos ilícitos para desviar dinheiro da instituição a terceiros, o que fez a cooperativa passar por liquidação extrajudicial”.
A base da denúncia do MPF é a auditoria feita pelo Banco Central, quando foram investigadas todas as transações da cooperativa de 2001 a 2004.

O relatório revelou, segundo o procurador André Batista Neves, que o saldo de contratos dos quinze maiores credores, apesar de estarem na categoria de “alto risco” atingia R$ 1,3 milhão. Na ação, o procurador diz que o valor era 2,5 vezes maior que o patrimônio de referência da Credi-Cofaba. Além disso, reforça, Macedo Filho concedia empréstimos sem observar “os princípios de seletividade, garantia, liquidez e diversificação de risco”.

André Batista Neves ainda aponta autorização de renovação de crédito “com incorporação de juros e encargos” sem observar a capacidade de pagamento do devedor, além da concessão de empréstimo “em valor acima do permitido pelas normas de prudência”.

O procurador da República vai mais longe e fala em “desvio de dinheiro” da instituição para terceiros, provocando “a derrocada patrimonial da cooperativa”. A pena para os crimes atribuídos ao dirigente pode chegar a 12 anos de reclusão.

OUTRO LADO

À frente do processo de liquidação da Credi-Cofaba, Ewerton Macedo Filho negou que tenha praticado gestão fraudulenta na instituição. “Isso não procede. De jeito nenhum. Tem alguma coisa errada. Aqui não há nada de [gestão] fraudulenta”, disse ao PIMENTA.

Ao contrário do procurador da República, Ewerton disse que o relatório da auditoria do Banco Central não apontou desvio de dinheiro na instituição nem gestão fraudulenta.