Ministro do STF autoriza abertura de inquérito que investiga acusações de Moro contra Bolsonaro
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O ministro Sergio Moro (Justiça) pediu, nesta quinta-feira (23), exoneração do cargo a Jair Bolsonaro ao ser informado pelo presidente da decisão de trocar a diretoria-geral da Polícia Federal, hoje ocupada por Maurício Valeixo.

Bolsonaro informou o ministro, em reunião, que a mudança na PF deve ocorrer nos próximos dias. Moro então pediu exoneração do cargo, e Bolsonaro tenta agora reverter a decisão do ex-juiz federal.

Os ministros Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) foram escalados para convencer o ministro a recuar da decisão. Se Valeixo sair, Moro sairá junto, segundo aliados do ministro.

Valeixo foi escolhido por Moro para o cargo. O atual diretor-geral é homem de confiança do ex-juiz da Lava Jato. Desde o ano passado, Bolsonaro tem ameaçado trocar o comando da PF. O presidente quer ter controle sobre a atuação da polícia, diz o jornal Folha de São Paulo. Acesse aqui a íntegra da reportagem.

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Marco Wense

 

O problema é que esse “laranjal” está prejudicando o andamento da Reforma Previdenciária. Hoje, o assunto mais comentado nos corredores das duas Casas Legislativas – Senado e Câmara dos Deputados – é o imbróglio das candidaturas laranjas do PSL.

 

Quem deve estar adorando todo esse furdunço envolvendo o ministro Gustavo Bebianno é Queiroz, ex-motorista da família Bolsonaro.

O “Caso Bebianno” fez Queiroz sumir do mapa. Ninguém fala mais de Queiroz. Cadê Queiroz? Cadê Queiroz? É a pergunta provocativa dos oposicionistas. Quando ela parte de petistas, os bolsonarianos lançam mão do “Lula tá preso, babacas!”.

A Rainha das Laranjas, no entanto, não é do PSL, legenda do presidente Jair Messias Bolsonaro. Maria de Lourdes Paixão perdeu o título para Sônia de Fátima Silva Alves (DEM), que só teve seis votos, mesmo contratando 72 fornecedores.

É bom lembrar que a soma da verba pública para os potenciais laranjas envolve mais de 14 partidos. São R$ 15 milhões distribuídos para candidaturas de outras agremiações partidárias. É óbvio que o MDB está na lista.

O caso Bebianno é um grande teste para Bolsonaro. Terá o presidente força para demiti-lo do cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência? Ou vai recuar diante das pressões cada vez mais fortes a favor da sua permanência?

Do lado de Bebianno, só gente graúda: boa parte dos militares, Rodrigo Maia, recém reeleito presidente da Câmara dos Deputados, a maioria da bancada do PSL no Congresso Nacional e outros ministros que compõem o governo.

O clima está tenso. Fica mais explosivo com declarações que só fazem aumentar a temperatura, como “não sou moleque” e “Bolsonaro usa o filho para forçar saída do ministro”, respectivamente do próprio Bebianno e Rodrigo Maia.

É uma situação complicada para o presidente Bolsonaro, daquelas que se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Afinal, sua campanha foi assentada na bandeira do combate à corrupção, seja ela praticada por adversários políticos ou correligionários.

O problema é que esse “laranjal” está prejudicando o andamento da Reforma Previdenciária. Hoje, o assunto mais comentado nos corredores das duas Casas Legislativas – Senado e Câmara dos Deputados – é o imbróglio das candidaturas laranjas do PSL.

Como não bastasse toda essa confusão, vem o líder do PSL na Câmara dos Deputados, delegado Waldir (GO), e diz que “o presidente Bolsonaro não tem base para aprovar a reforma da Previdência no Congresso Nacional”.

Mas o pior foi o sincero desabafo do delegado: “Colegas querem participação no governo com cargos e emendas”. Ou seja, que a tal da governabilidade só com o toma lá, dá cá. Do contrário, nada de reformas.

O presidente Bolsonaro, com sua experiência de cinco mandatos como deputado federal, sabe que sem essa troca de interesses não se consegue nada.

O vergonhoso toma lá, dá cá, está encrustado no Parlamento brasileiro, não só no Congresso Nacional como nas Assembleias estaduais e Câmaras de Vereadores.

Quando é que os políticos brasileiros vão tomar vergonha na cara? Religiosamente falando, diria que nem Ele sabe.

Marco Wense é articulista e colunista do Diário Bahia.

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O prefeito Newton Lima, ao que parece, deu um tiro no pé ao promover a demissão em massa dos secretários, assessores e cerca de 260 funcionários que estavam em cargos comissionados na administração municipal, o prefeito de Ilhéus, Newton Lima.

Uma fonte do Palácio Paranaguá que participou da reunião de hoje pela manhã junto com o prefeito disse que, ao tomar a decisão, ele não ouviu o líder de Governo, o presidente da Câmara, Jailson Nascimento, nem os vereadores da base governista.

Apenas deu muita atenção aos argumentos do procurador jurídico do município, Luiz Carlos Nascimento, que quer a todo custo promover a demissão dos servidores ativos não concursados que ingressaram no serviço público municipal a partir de 1983. O fato pode gerar um altíssimo passivo trabalhista. Entre 800 e 1.200 funcionários efetivos seriam atingidos pela medida.