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CONVITEO escritor e jornalista Antônio Lopes lança nesta segunda-feira (23), às 19 horas, na Casa da Cultura Jonas & Pilar, em Buerarema, a segunda edição do livro Luz sobre a memória. A coletânea de crônicas tem o selo da editora Mondrongo. Também promovem o lançamento o jornal Agora e o Instituto Macuco Jequitibá.

No livro, que traz duas crônicas que não integraram a primeira edição, Lopes apresenta casos passados em Buerarema, cidade onde viveu a infância.

Para Gustavo Felicíssimo, escritor e editor da Mondrongo, o autor de Luz sobre a memória “é o melhor e mais bem humorado cronista sul-baiano hoje, ao lado de Hélio Pólvora”.

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O jornalista Daniel Thame tomou gostou pela literatura. Após Vassouras e A mulher do lobisomem, Thame lançará no próximo domingo, 5, Jorge100anosAmado – Tributo a um terno menino grapiúna. Será durante a abertura da Feira Literária Amar Amado, às 18h, no Centro de Convenções de Ilhéus.

O jornalista e escritor diz que o livro é, como expressa o título, uma homenagem a Jorge Amado, lançado exatamente nas comemorações dos 100 anos de nascimento de um dos maiores nomes da literatura brasileira. Jorge100anosAmado traz série de contos que têm como fonte inspiradora a obra do escritor itabunense.

A obra de Thame aborda o universo onde nasceu Jorge Amado, sua gente e, claro, traz uma crônica sobre a (eterna) disputa de Itabuna e Ilhéus pelo escritor.

Thame: nova obra.

O escritor  Aurélio Schommer, que já presidiu a Câmara Baiana do Livro e prefacia a obra, diz que Thame “trilha seus próprios caminhos”. Schommer também destaca a “clareza e concisão nas crônicas e contos” de Thame, que tempera “com lirismo e emoção a pena correta, crítica, do jornalista”.

– Jorge Amado está bem representado no livro, pela qualidade do texto, pela temática, pelas paisagens, pelos personagens. Daniel Thame não é uma sombra do grande escritor. É um novo e emergente talento, incomparável a seu modo, uma grata revelação a um número cada vez maior de encantados leitores.

Jorge100anosAmado, lançado pela Editora Via Literarum, tem o apoio cultural da Amazon Bahia, Liba Logística, Uniube/Polo Itabuna e Viação São Miguel. Thame não revela quais, mas apresentará algumas surpresas no lançamento da sua terceira obra.

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Manuela Berbert

E só então, do alto do seu scarpin preto, como uma personagem dos contos de Nelson Rodrigues, gritou: “Socorro! Meu marido morreu!”.

A feminilidade se refere às características e comportamentos associados ou apropriados a mulheres. A alegria, a delicadeza e a sutileza nos gestos, nas atitudes, nas palavras, por exemplo, distinguem as mulheres de sucesso. É uma qualidade positiva que, se usada de maneira correta, abre portas, sejam elas profissionais ou pessoais. Ou alguém vai dizer que não?

Desculpe se desaponto alguns, mas como telespectadora do BBB (sim, eu assisto ao Big Brother Brasil), acho que está faltando glamour e vaidade naquele recinto. Tenho a leve impressão de que as mulheres ali confinadas esqueceram-se das câmeras. Perderam o entusiasmo pela maquiagem, pelos penteados, pelo figurino extravagante e até, em alguns casos, pelo amor próprio.

Gosto de gente, de observar o comportamento alheio e diagnosticar traços da personalidade do ser humano. E esse tipo de programa, assim como a vida em sociedade, é um excelente laboratório.

Feliz é aquela mulher que sabe usufruir dos seus atributos sem tornar-se vulgar. Aquela que sabe ser elegante de minissaia, que sabe olhar nos olhos sem se oferecer e, principalmente, aquela que sabe as medidas exatas do perfume e da maquiagem para cada ocasião.

Nunca vi, por exemplo, a face de tia Dalva em seu tom natural. Cresci com essa curiosidade, já que ela mantém-se vaidosa e maquiada até hoje, no auge dos seus 83 anos. Reza a lenda familiar que, residindo em São Paulo, na companhia do seu segundo marido, teve um momento crítico: numa noite fria de julho, aprontando-se para dormir, percebeu que Dito, como era carinhosamente chamado por ela, sentia-se mal, vindo a enfartar em alguns minutos.

Extremamente vaidosa, tia Dalva deitou o defunto em sua cama e partiu para o banho. Vestiu seu longo preto de cetim, cobriu o pescoço com uma echarpe italiana, maquiou-se, penteou-se, abusou do perfume francês e rumou para o quintal de sua residência, onde um muro de altura mediana a separava dos vizinhos. E só então, do alto do seu scarpin preto, como uma personagem dos contos de Nelson Rodrigues, gritou: “Socorro! Meu marido morreu!”.

Manuela Berbert é jornalista, estudante de Direito e colunista da Contudo.