Formação atual do 'Paroano Sai Milhó", que completa 60 Carnavais
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Imaginar que a Cidade de Salvador, com suas imensas e contínuas dificuldades em querer ser metrópole, se organiza, se enfeita e se ilumina para permitir que Afoxés, Trios Elétricos, Blocos, “pipocas” e a nossa roda de palhaços cumpram a benfazeja sina de colorir e alegrá-la!

 

Archibaldo Daltro Barreto Filho

Não chegamos ao apogeu. Estamos fazendo apenas 60 anos. Nosso apogeu está, como já nos indicou Eduardo Galeano, no horizonte onde se mantém viva a esperança que nossas coloridas e maviosas vozes perseguem, sem insistência, mas com consistência e tenacidade. Sem atalhos e sem patrocínios, seguimos com os que nos seguem. Com os que se afinam com o bom gosto, com nossa energia em produzir alegria com pretensões simples, como atingir corações.

Creiam: isso não resulta de mágicas nem de estratégias bem elaboradas. Nesses 60 anos o roteiro permanece: reunir Paroaneiros, escolher repertório, providenciar arranjos, organizar encontros e ensaiar, ensaiar, ensaiar… cantar, cantar, cantar… Imaginar que o Paroano Sai Milhó fez e faz isso ao longo da sua existência pode gerar perplexidade. Mas, voltando ao “como tudo começou”, pode-se imaginar Antônio Carlos Queiroz Mascarenhas, o Janjão, em 1964 a nutrir esforços pessoais para articular e organizar os resultados coletivos das tranças de vozes!

Imaginar que cerca de 100 Paroaneiros, até então (neste Carnaval são 18), já embarcaram na roda musical que todos os anos avisa “Eu te prometo Paroano Sai Milhó / Vou a lua, viro a Terra / Paroano Sai Milhó”! Imaginar que tudo tem sido feito com os mecanismos humanos de reunir, dar opiniões, trocar ideias, exacerbar egos e idiossincrasias, concluir a última apresentação entoando a Marcha da Quarta Feira de Cinzas e cumprir os agradecimentos com abraços e beijos do “até logo mais”!

Imaginar que a Cidade de Salvador, com suas imensas e contínuas dificuldades em querer ser metrópole, se organiza, se enfeita e se ilumina para permitir que Afoxés, Trios Elétricos, Blocos, “pipocas” e a nossa roda de palhaços cumpram a benfazeja sina de colorir e alegrá-la!

Imaginar que, por trás desse cenário de “loucura coletiva”, encontram-se músicos, compositores, abnegados e amantes dirigentes, coordenadores de blocos e organizadores dos espaços onde rolam concepções, preparativos e trabalho para que aconteçam, vale enfatizar, as expressões coletivas frutos das ideias e inspirações pessoais!

Imaginá-los implica em homenageá-los com reverências. Algumas belas figuras: João Jorge, capitaneando o Olodum, Vovô na frente do Ylê Ayê, Carlinhos Brow sacolejando a Timbalada, Margareth agitando com Os Mascarados, Rubinho e sua turma inventando Os Internacionais, o apaixonado carnavalesco e poeta Walter Queiroz, a Banda Eva puxada por Ivete Sangalo. Imaginar os que dão suporte aos foliões, nativos e visitantes: vendedores ambulantes, bares e restaurantes, que não são poucos, e se espalham pela cidade toda.

Imaginar tudo é saber que integrar as histórias do Carnaval da Bahia nos últimos 60 anos é motivação para imensa satisfação, pessoal e coletiva. Imaginar que isso não nos conduz a pensar em nosso longínquo apogeu, mas a seguir adiante sem se importar quando chegaremos no horizonte onde está a esperança. Assim, é possível afirmar: o canto do Paroano Sai Milhó permanecerá. Chi lo sa, per omnia saecula saeculorum… VIVA A VIDA!

Archibaldo Daltro Barreto Filho é integrante do grupo musical Paroano Sai Milhó.

Luva de Pedreiro cumprimenta Papa Francisco em Roma || Foto Redes Sociais
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O influenciador baiano Luva de Pedreiro compartilhou vídeo do momento que conheceu o Papa Francisco, nesta quarta-feira (7), em Roma. As imagens mostram que Luva de Pedreiro abordou o pontífice, recebeu sua benção, mostrou uma camisa da Seleção Brasileira e fez uma pergunta inusitada: Messi ou Cristiano Ronaldo?

No entanto, ficou a dúvida sobre a reposta do Papa Francisco, que é argentino, pois o vídeo publicado foi cortado bem no momento que ele responderia. “Graças a Deus pai. Muito obrigado pela benção Papa Francisco”, escreveu Luva de Pedreiro na legenda do vídeo.

Luva de Pedreiro está prestes a ser pai. A mãe do bebê é a influenciadora Távila Gomes, que está no nono mês de gestação. Do G1.

Jau no show mais recente dele em Ilhéus, em junho de 2023 || Foto PMI
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O cantor e compositor Jau se apresenta no próximo domingo (4), a partir das 17h, no Pontal, em Ilhéus. O Pôr do Sol do Jau é uma das atrações do Carnaval Cultural, com promoção da Prefeitura de Ilhéus. O palco será montado próximo à lanchonete Larika, na Avenida Lomanto Junior. A festa terá, ainda, shows das bandas Samba Light e Realce.

MURINGUETES ABREM O CARNAVAL 

Mantendo a tradição do desfile no final de semana que antecede o Carnaval oficial, As Muringuetes vão tomar as ruas do Pontal neste sábado (3), a partir das 14h. O bloco também se concentra ao lado da lanchonete Larika.

Os festejos para Iemanjá também animam Ilhéus, nesta sexta-feira (2), com homenagens à Rainha do Mar nas praias do Cristo, Malhado e Maramata. A programação começa de manhã cedo e segue até a noite (confira detalhes).

Ao lado de Adolfo, Joaci reconhece trabalho da Alba na área cultural || Foto Divulgação
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Por meio de convênios, a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) tem assegurado recursos financeiros para a restauração do patrimônio e publicação de livros do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB). O papel do presidente da Alba, deputado Adolfo Menezes (PSD), no fortalecimento dessa parceria foi reconhecido publicamente pelo presidente do IGHB, Joaci Góes.

O reconhecimento veio durante a solenidade de posse da nova diretoria da entidade, na tarde desta quarta-feira (31). “A Assembleia Legislativa é o apoio mais importante que já recebemos até hoje, graças à sensibilidade do presidente Adolfo Menezes”, afirmou.

“Fico honrado com as homenagens, mas vejo quase como uma obrigação ajudar o Instituto Histórico, o guardião da história do Nordeste, da Bahia e do Brasil. Enquanto tiver condições, continuarei a fazer”, garantiu Adolfo Menezes.

Ao discursar, Joaci Góes fez questão de ressaltar que a Alba, por ação do seu presidente, disponibilizou recursos para as publicações do IGHB, a exemplo do livro Vozes do Brasil, África e Portugal, da escritora baiana Dorine Cerqueira, lançado hoje na solenidade de posse da diretoria, que tem o selo da Alba Cultural.

Também por intermédio de convênio com a Alba, o IGHB obteve recursos para recuperação do prédio do antigo Senado da Bahia, ao lado do Instituto (onde funcionou o Colégio Águia). “Demos uma ajuda para preservar a história, é um prédio com uma importância imensurável”, observou Adolfo Menezes.

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Praia do Malhado será um dos palcos das homenagens a Iemanjá || Foto Maurício Maron/JBO
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As praias do Cristo, do Malhado e da Maramata recebem os festejos dos povos de terreiro de Ilhéus para Iemanjá, na próxima sexta-feira, 2 de fevereiro. Na Avenida Litorânea, a programação vai se concentrar nos arredores da Sereia, escultura do artista plástico Goca Moreno, a partir das 5h. No Cristo, a celebração começa às 7h, com a queima de fogos do Terreiro Ilê Axé Logunedé.

As apresentações de Q’Delícia, Capricho Oficial, Gordo do Pagode, Paulinho Xoxó, DJ Lukas Horus e Léo Mattos vão ditar o ritmo da festa na Praia do Cristo. Já a Litorânea terá shows de Raneychas, Samba de Treita, Tony Canabrava, Pegada do Samba e Top Gan. No Malhado, a celebração é promovida pelos terreiros Ilê Axé Ballomi, de Pai Toninho; e Sutão das Matas, de Mãe Cíntia, em parceria com o professor Emenson Silva.

CORTEJO

Um dos momentos mais esperados do Dia de Iemanjá é a partida dos barcos em cortejo, levando os presentes da Rainha do Mar. No Cristo, a saída será às 13h, e na Litorânea, às 15h30min. A programação da festa da Maramata ainda não foi divulgada.

A Prefeitura de Ilhéus assegura apoio aos eventos, com serviços de infraestrutura, saúde, segurança, transporte, iluminação e limpeza.

Dona Val compôs música cantada por Maria Santa em 'Renascer' || Foto Analee
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A cantora e compositora ilheense Valderez Teixeira, mais conhecida como Dona Val, participou da edição original da novela Renascer, de 1993. Naquela época, a moradora do Salobrinho ainda era lavadeira. Agora, aos 87 anos, a artista fala da alegria de ouvir a música Borboleta cantada por Maria Santa na cena que marca seu encontro com José Inocêncio, que foi ao ar na última quarta-feira (24), no remake da novela da TV Globo.

“Fiquei feliz com a música Borboleta na cena da novela, uma cena importante, do encontro dos personagens que vão formar o casal. Foi muito bom ter conhecido a equipe do remake. Lembrei do tempo em que trabalhei na primeira versão, deu saudade”, conta Dona Val.

A direção musical da novela teve a colaboração de Dona Val e da banda Mulheres em Domínio Público na pesquisa dos cantos de trabalho da lavoura cacaueira. Foi durante a parceria que Dona Val apresentou Borboleta aos diretores da Globo, recorda Tacila Mendes, cantora da banda e assessora de comunicação. Segundo ela, a música de Val chamou atenção porque tem a delicadeza e a poesia que a cena precisava.

AUTORIDADE DONA VAL

Dona Val e a banda Mulheres em Domínio Público || Foto Analee

Dona Val produz o álbum Autoridade Dona Val com a banda Mulheres em Domínio Público e parceiros. Com previsão de lançamento no próximo mês, tem o apoio da Pró-Reitoria de Extensão e do Laboratório de Comunicação da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

Para Cris Passos, também cantora da banda, Dona Val é expoente da cultura popular. Ela conta que todo o grupo ficou impressionado quando teve o primeiro contato com as músicas autorais da ilheense, guardadas feito tesouro num caderno de composições. “Precisávamos fazer uma força-tarefa para gravar e apresentar ao público. Para isso, reunimos artistas parceiros e tivemos o precioso apoio da Uesc, tudo realizado de forma colaborativa”, explica. O disco, segundo Tacila, está em fase de finalização. “Está muito bonito e vai ganhar o mundo”.

Clique aqui para conhecer mais da banda e videoclipes com a participação de Dona Val.

Festa terá 300 ambulantes, segundo Prefeitura
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Interessados em trabalhar como vendedores ambulantes na 43º edição da Lavagem do Beco do Fuxico, em Itabuna, têm até amanhã (26) para fazer o cadastro para a festa. O atendimento é feito na sede da União dos Servidores Municipais de Itabuna (Usemi), no Sarinha, das 9h às 13h. No ato, é necessário apresentar comprovante de residência, RG e CPF.

A Prefeitura informa que vai disponibilizar 300 unidades para a venda de alimentos e bebidas durante a tradicional festa carnavalesca, além de espaço para food-trucks e caixas térmicas. Até ontem, 140 trabalhadores tinham feito o cadastro. Um sorteio vai definir o local que será ocupado por cada ambulante.

Segundo o presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes, Cleoane Sandes, as barracas vão ficar em pontos estratégicos para as vendas. !A Praça Adami, por exemplo, é um local que concentra muitos foliões”, disse.

Já Ivanete dos Santos, que vai vender drinks na festa, está entusiasmada com o show de Luiz Caldas na Lavagem do Beco do Fuxico, pois tem ótimas lembranças das apresentações do artista na cidade. A abertura oficial da festa será no dia 3 de fevereiro, um sábado, às 16h. Além de Luiz Caldas, os foliões vão curtir o som de Alobened Airam, ex-vocalista da Banda Mel.

Hoje tem Balancinho do SL na Dois de Julho || Foto Reprodução
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O grupo Samba Light se apresenta nesta sexta (19) na Festa de São Sebastião, na Avenida Dois de Julho, em Ilhéus. Sucesso nos bares da cidade, com hits do pagode, o show da banda é certeza de energia lá em cima. Hoje ainda tem a sofrência suingada de Benner Show. Já amanhã, o som vai ficar por conta de Top Gun e Tony Canabrava. As apresentações serão à noite e abertas ao público.

Confira um pouco do Balancinho do Samba Light.

SANTO DE DOIS EXÉRCITOS

Martírio de São Sebastião, obra de Gregório Lopes (1490-1550)

Patrono da Catedral Diocesana de Ilhéus, São Sebastião é lembrado como o santo que escolheu a morte a negar Jesus, no século 3, quando servia ao Exército Romano. Na época, o cristianismo era proibido pelo antigo império. A lealdade a Cristo, mesmo sob martírio, fez de Sebastião um soldado de dois exércitos. Na Terra da Gabriela, as festas para o santo mobilizam tradições indígenas e dos povos de terreiro, como a Puxada do Mastro de São Sebastião e a Lavagem da Escadaria da Catedral.

Amanhã (20), o Dia de São Sebastião começa com a Alvorada, às 5h, seguida pela Missa na Catedral, às 9h. A procissão está marcada para as 16h e a Missa da noite, 18h.

Promovem a Festa o Sindicato dos Estivadores de Ilhéus, Conselho Municipal de Cultura, Movimento Cultural Povos de Terreiros de Ilhéus e Prefeitura. Já a Polícia Militar, Guarda Civil Municipal e Superintendência de Trânsito atuam no apoio ao evento.

Brasil se despede da lenda Mário Jorge Lobo Zagallo || Foto Lucas Figueiredo/CBF
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O Brasil e o mundo do futebol perderam, na noite desta sexta-feira (5), o maior vencedor da história das Copas do Mundo, Mário Jorge Lobo Zagallo, aos 92 anos. Ele estava internado, desde o final do ano passado, no Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro, e não resistiu a uma falência múltipla dos órgãos.

Como jogador, o Velho Lobo ajudou a Seleção Brasileira a conquistar o título inédito da Copa do Mundo, em 1958, com direito a gol na final contra a Suécia, dona da casa. No Chile, quatro anos depois, o ponta-esquerda também brilhou no bicampeonato mundial do Brasil.

Depois de pendurar as chuteiras, assumiu o comando técnico da lendária Seleção, em 1970. Naquele ano, armou a Canarinha com o quinteto Gérson, Rivellino, Tostão, Pelé e Jairzinho e faturou o tricampeonato na Copa do México.

Após um jejum de 24 anos, o Brasil só voltaria a ganhar uma Copa em 1994, nos Estados Unidos, com o técnico Carlos Alberto Parreira, que tinha Zagallo como principal auxiliar. Já no Mundial da França, em 1998, Zagallo voltou a comandar a Seleção, que foi derrotada pelos donos da casa na final.

LUTO

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ednaldo Rodrigues, decretou luto de sete dias pelo falecimento de Zagallo. Em nota, o cartola afirmou que a entidade e o futebol brasileiro lamentam a morte de uma das suas maiores lendas. “A CBF presta solidariedade aos seus familiares e fãs neste momento de pesar pela partida deste ídolo do nosso futebol”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também prestou solidariedade aos familiares e amigos do Velho Lobo. “Corajoso, dedicado, apaixonado e supersticioso, Zagallo era exemplo de brasileiro que não desistia nunca. É essa lição e espírito de carinho, amor, dedicação e superação que ele deixa para todo o nosso país e para o futebol mundial”, escreveu o mandatário, em uma rede social, neste sábado (6).

O corpo de Zagallo será velado na sede da CBF, no Rio de Janeiro, a partir das 9h30min deste domingo (7), em cerimônia aberta ao público. O sepultamento será às 16h do mesmo dia, no Cemitério São João Batista, também na capital fluminense.

Celebra Itabuna recebe Padre Fábio de Melo e Aline Barros
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O Celebra Itabuna começa nesta terça-feira (26), às 17h30min, na Praça Olinto Leone, no Centro. Os shows de abertura serão da Banda Salmos e da cantora Kézia Santos. Já amanhã (27), no mesmo horário, o evento seguirá para a Arena Zé Cachoeira, próximo à sede da Prefeitura, no São Caetano. O Padre Fábio de Melo e a cantora e compositora Aline Barros são as atrações mais esperadas da segunda edição da festa religiosa.

A noite de quarta-feira (27) será dedicada aos artistas ligados à Igreja Católica, com os shows de Luz Maior, Ministério Mefa, Ministério Santa Cecília, Jonathas Marinho e Arthur Giovani. A apresentação do Padre Fábio de Melo está marcada para as 20h50min. Antes, às 19h, haverá uma Missa Campal.

A programação continua na quinta-feira, a partir das 17h30min, sob o comando do pastor Elias Fernandes, Adimes Aquino, Ministério Louvor Quadrangular, Moreno em Cristo, Novo Coração, Louvor Central e Banda Shalom. Às 22h, será a vez de Aline Barros subir ao palco da Arena Zé Cachoeira.

DE VOLTA À PRAÇA

Responsável pelo evento, a Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc) decidiu integrar o Celebra Itabuna ao projeto Natal Luzes e Sonhos. Por isso, de 2 a 5 de janeiro, a programação musical retorna à Praça Olinto Leone, sempre a partir das 19h, com artistas locais.

Osba traz Drummond em Concerto para o sul da Bahia || Foto Divulgação
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A Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) desembarca no sul do estado, no próximo final de semana, para duas apresentações do espetáculo Drummond em Concerto, que mistura a poesia de Carlos Drummond de Andrade com músicas inspiradas em obras do poeta mineiro do século 20. A Catedral São Sebastião, no Centro Histórico de Ilhéus, recebe o primeiro encontro, neste sábado (9), às 18h, com entrada gratuita.

A Osba leva o Concerto para Itabuna no domingo (10), às 17h, no Centro de Cultura Adonias Filho. Neste caso, o ingresso será trocado por um quilo de alimento não perecível no local, uma hora antes da apresentação.

A regência dos concertos será do maestro Carlos Prazeres, com o barítono carioca Inácio de Nonno como solista. Confira, abaixo, o vídeo promocional de Drummond em Concerto.

Nêgo Bispo deixa legado ao pensamento contra-colonial no Brasil || Foto Gongombira
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O intelectual e ativista político Antônio Bispo dos Santos, o Nêgo Bispo, faleceu neste domingo (3), em São João do Piauí, a cerca de 450 quilômetros de Teresina. Segundo a família do militante do movimento quilombola informou pelas redes sociais, Bispo morreu devido a uma parada cardiorrespiratória. O velório ocorreu hoje (4), em sua casa, na comunidade quilombola Saco Curtume, em São João do Piauí, onde seu corpo será enterrado, atendendo ao seu pedido.

Nascido em 1959, no Vale do Rio Berlengas (PI), em um povoado onde hoje fica a cidade de Francinópolis, Bispo completaria 64 anos no próximo dia 10. Primeiro membro de sua família a ser alfabetizado, Bispo, que, formalmente, só completou o ensino fundamental, era considerado por muitos um dos maiores intelectuais quilombolas do Brasil, tendo publicado dois livros Quilombos, modos e significados (2007) e Colonização, Quilombos: modos e significados (2015), além de vários artigos e poemas.

Em 2012 e 2013, foi professor convidado do Encontro de Saberes, projeto criado pela Universidade de Brasília (UnB) com a proposta de unir o conhecimento acadêmico e popular.

NOVA PERSPECTIVA SOBRE O BRASIL

Dois anos depois, ao escrever a apresentação do primeiro livro de Bispo, o antropólogo e professor aposentado da UnB, José Jorge de Carvalho, afirmou que a obra trazia “uma perspectiva nova no campo de ensaios de interpretação do Brasil: a visão dos quilombos, comunidades de negros que se rebelaram contra a violência do regime escravo e se tornaram historicamente um símbolo maior da luta dos povos do Novo Mundo contra a escravidão e o racismo e pela afirmação de comunidades autossustentáveis.”

Além da atividade intelectual, Bispo atuou na Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Piauí (CECOQ/PI) e na Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) – entidade que lamentou a morte de Bispo, apontado como “uma voz singular e significativa no âmbito da literatura e do pensamento quilombola.”

“Sua contribuição inestimável para a compreensão e preservação da cultura e identidade quilombola será lembrada e reverenciada por gerações. Neste momento de perda, expressamos nossas condolências à família, amigos e admiradores, e reafirmamos a importância de honrar seu legado e perpetuar suas ideias. Que sua memória inspire e ilumine o caminho daqueles que seguem a luta pela valorização e reconhecimento das comunidades quilombolas”, avaliou a Conaq, em nota.

MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra também lamentou o falecimento de Bispo, enfatizando a importância de sua obra. “Seu legado permanecerá inspirando um grande caminho de luta pelo reconhecimento, valorização e preservação da cultura e identidade do povo quilombola.”

Autoridades federais também lamentaram a morte do intelectual. “O Brasil perdeu um importante intelectual quilombola. O piauiense Nego Bispo foi autor de livros, poemas e artigos, além de um ativista social importante das comunidades tradicionais que constituem parte importante da nossa identidade”, escreveu o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em sua conta pessoal no X (antigo Twitter).

“Um dos maiores pensadores da nossa época ancestralizou. Nego Bispo fez a passagem e deixou aqui um legado enorme para o pensamento negro brasileiro”, comentou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. “Este importante pensador brasileiro e ativista quilombola deixa um legado inesquecível para a cultura nacional”, destacou o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida.

RICHARD SANTOS: CONTRIBUIÇÃO INCOMENSURÁVEL 

Para o jornalista e professor da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Richard Santos, Bispo prestou uma contribuição “incomensurável” ao transcender as fronteiras de seu meio e, a exemplo do filósofo indígena Ailton Krenak, ajudar a conectar mundos e saberes que, “muitas vezes, não se conectam automaticamente”.

“Principalmente no âmbito da contracolonização”, disse Santos à Agência Brasil ao referir-se a um conceito-chave do pensamento do intelectual quilombola. Em sua obra, Bispo defendia que os modos de vida e os conhecimentos tradicionais, sobretudo quilombola, como um antídoto a interpretações e conceitos resultantes de um ponto de vista colonialista, hegemônico.

“Ele apontava a importância de valorizarmos os saberes descentrados, aquilo que um outro grande pensador baiano, Alberto Guerreiro Ramos, chamou de redução sociológica: uma filosofia, uma sociologia feita a partir daqui [do nosso país e de nosso continente]; com os aprendizados e a cultura daqui, sem reproduzir os padrões hegemônicos dominantes”, acrescentou Santos. “A originalidade de Nêgo Bispo, seus processos, resultam dele ser um intelectual orgânico, oriundo dos movimentos sociais. E que reflete sobre a história dos quilombos e sobre sua própria construção enquanto quilombola. O alcance da sua obra deve-se [ao fato] dele fazer um diálogo que foge ao academicismo e que é capaz de atingir tanto a leigos, quanto a acadêmicos. São raras as pessoas que conseguem [produzir] uma escrita e uma narrativa tão ampla”, finalizou Santos. D’Agência Brasil.

Flisba começa nesta sexta-feira (1º) || Foto Divulgação
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Criado em formato virtual em 2020, durante a pandemia, o Festival Literário Sul-Bahia só teve sua primeira edição presencial no ano passado, em Ilhéus. Agora, ele chega a Itabuna pela primeira vez. O quarto Flisba começa amanhã (1º), às 13h30min, e segue até a noite de sábado (2), no Centro de Cultura Adonias Filho.

A música vai dar o tom da abertura do evento, com apresentação do flautista Saulo Lyrio. Na sequência, o professor e escritor Ramayana Vargens apresenta o tema deste ano, Tecituras Literárias: reconstrução e liberdade. O Teatro de Sombras  será às 14h30min, seguido pelo Sofá Poético, com Rafael Gama, Ramayana, Natali Fernandes e Indy Ribeiro.

Programação segue até sábado, no Centro de Cultura

A música volta ao palco ainda na sexta, às 16h30min, sob o comando da Orquestra Opus. Na reta final do primeiro dia, os visitantes também poderão participar de rodas de conversa sobre literatura infantil, a obra de Euclides Neto e sustentabilidade. Tudo isso antes do Sarau Flisbático, que terá participação de Dan Gomes, Sandro Sussuarana e Coletivo Alvorecer.

No sábado, das 9h às 11h, a atriz Elaine Belavista conduz oficina de teatro para crianças e adolescentes e exercícios de criação cênica para jovens e adultos. Já escritora Elisa Oliveira dará um workshop sobre plano de carreira para escritores.

O Festival é promovido por artistas da região e tem o apoio do Governo da Bahia, das academias de letras de Ilhéus, Itabuna, Canavieiras e Grapiúna e do Centro Público de Economia Solidária (Cesol). Confira, abaixo, a programação completa.

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Ize Duque apresenta Memória, seu primeiro álbum solo
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Show de lançamento será neste sábado (25), às 19h, no Centro de Cultura Adonias Filho

A música tem papel destacado no cotidiano das igrejas evangélicas, pois é veículo de coesão social, louvor a Deus e educação. Essa tríade é  evidente, por exemplo, entre os batistas, que mantêm a tradição de iniciar as crianças na música ainda na primeira infância. Foi assim com a cantora e compositora Ize Duque. Ela começou a cantar nas atividades da Igreja Batista de Ubaitaba, no sul da Bahia, onde cresceu.

“Aos seis anos, eu já tinha uma rotina de ensaios, com a responsabilidade de me apresentar em eventos religiosos, calendarizados. Costumo dizer que fui me formando uma cantora mirim, muito influenciada pela minha mãe e pela minha avó”, disse a cantora ao PIMENTA, por telefone.

A avó materna de Ize, Janice, gravou um disco autoral de músicas evangélicas em 1984. “Quais mulheres da região tiveram essa oportunidade?”, se pergunta Ize. Segundo ela, o feito de Janice foi viabilizado por uma construção coletiva da comunidade evangélica de Ubaitaba. Além de compositora e cantora, Janice tornou-se referência do ensino de música na cidade. Nancy, mãe de Ize, seguiu os mesmos passos. Autodidata, toca vários instrumentos e foi regente do coral da Igreja.

Para Ize, a tradição familiar demonstra que seu vínculo com a música tem dimensão ancestral. “A música é o nosso grande legado. Tem tudo a ver com minha história essa questão de honrar a ancestralidade, porque a minha família é de origem preta, de poucos bens. Costumo dizer que o grande bem que minha avó e minha mãe me legaram é a música”.

MEMÓRIA

Radicada em Itabuna há mais de 15 anos, Ize divide o palco e a vida com o marido, o guitarrista Jonnie Walker. Eles compõem juntos desde a banda Pastilhas, que formaram com o baterista Juliano Chucri e o baixista Diego Pereira. A banda deu um tempo, mas Ize e Jonnie continuaram compondo. Com o amadurecimento dos últimos dez anos, Ize decidiu registrar oito composições desse percurso em Memória, seu primeiro álbum solo.

Segundo a artista, é uma obra identificada com a cultura do sul da Bahia e, ao mesmo tempo, inserida no mundo globalizado. “Nosso som tem rock, blues, mas também estão ali os instrumentos de matriz africana. O agogô, o tambor, o chocalho, a rabeca estão presentes no som para localizar a gente”.

SERVIÇO

O show de lançamento de Memória será hoje (25), às 19h, no Centro de Cultura Adonias Filho, no Centro de Itabuna. O ingresso custa R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia-entrada). É possível comprar pela internet ou na bilheteria do evento.

Na compra, há a opção de incluir o livro encarte do álbum junto com o ingresso, com preço promocional. Fruto de parceria da diretora de arte Mariana Carvalho com o fotógrafo Pabulo Soares, ele traz as letras e cifras das canções.  Confira tudo aqui.  este link traz o álbum em diferentes plataformas digitais. Basta escolher a preferida e apertar play.

Tardes de cultura e entretenimento no Shopping Jequitibá || Foto Divulgação
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Desta sexta-feira (24) até a próxima quarta-feira (29), o Colégio Batista de Itabuna (CBI) promove ações educativas, culturais e de entretenimento, no Shopping Jequitibá. A programação começou há pouco, no mall em frente à C&A, com oficinas de contação de histórias, pintura-livre, musicalização e leituras bíblicas.

Amanhã, sábado (25), serão promovidas oficinas de pintura facial e jogos pedagógicos. No dia 26 (domingo), as oficinas ministradas serão as de escultura de balão, contação de história e jogos pedagógicos. O dia 29 será reservado à música. A programação contará com apresentação do Coral do Fundamental I, às 18h, na Praça de Alimentação. Toda a programação é gratuita. “Estamos convidando todos a levar suas famílias e participar”, disse Graça Guimarães a diretora da escola.

Gerido pela Associação de Beneficência e Cultura Teosópolis (ABCT), braço social e cultural da Igreja Teosópolis, o CBI foi fundado em setembro de 1993 pelo pastor Hélio Lourenço Silva. Neste ano, o CBI completou 30 anos de fundação. A instituição oferece educação do ensino fundamental ao médio.