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O Grupo Via Sacra apresenta o espetáculo Paixão de Cristo, nesta Quinta-Feira Santa (14), às 20h30min, na escadaria da Catedral São Sebastião, no Centro Histórico de Ilhéus. Aberta ao público, a apresentação tem apoio da Prefeitura de Ilhéus.

A peça é um convite à reflexão e propicia um momento de renovação da fé em Cristo, descrevem os realizadores. A direção da obra é de Márcio Emílio, com a coordenação de Sandro Almeida.

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O deputado estadual baiano Rosemberg Pinto (PT) defendeu, hoje (7), que o Congresso derrube o veto do presidente Jair Bolsonaro à Lei Complementar que destinaria R$ 3,6 bilhões ao setor cultural, chamada de Lei Paulo Gustavo. O deputado baiano adere a campanha nacional e diz que a Lei asseguraria, pelo menos, R$ 250 milhões à cultura da Bahia.

“O Projeto não cria despesa, os argumentos usados não se sustentam. Ele apenas garante que o dinheiro que está parado, em dois fundos culturais, seja liberado. Para a Bahia, o impacto é enorme. Estamos falando do veto de R$286 milhões que chegariam, apenas no Estado, e que garantiriam a retomada do crescimento do setor”, defende o também líder governista.

A secretária estadual da Cultura, Arany Santana, avalia que a não transferência dos recursos do superávit financeiro do Fundo Nacional de Cultura, para os fazedores de cultura, causará um impacto negativo nas dimensões simbólica, cidadã e econômica dos estados e municípios brasileiros.

– Mais de 70% dos recursos da Lei Paulo Gustavo será aplicado no setor audiovisual, não podemos esquecer o estrangulamento da Ancine e seu impacto negativo na produção do cinema brasileiro. Estados e municípios já executaram os recursos da Lei Aldir Blanc e aguardam os incentivos da Lei Paulo Gustavo para, mais uma vez, fazer girar a roda da cultura – observa.

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A Praça da Mangueira, em Itacaré, será palco do Projeto Oxe, é Jazz, nesta sexta-feira (8) e no sábado (9), sempre a partir das 17h. Os shows vão reunir artistas de Salvador, radicados em Itacaré e de outras cidades baianas, a exemplo de Ilhéus, sob a curadoria do músico Eric Assmar.

Na sexta, o clarinetista Juvino Filho apresentará seu repertório acompanhado por acordeonista, baterista e baixista, mesclando elementos do choro e do jazz. Depois, sobe ao palco a banda Saravá Jazz Bahia, liderada pelo guitarrista Márcio Pereira.

No sábado, a cantora norte-americana Sandy Hill, moradora de Itacaré, apresenta novo trabalho em formato de quinteto. Na sequência, será a vez do quarteto ilheense Putorkestra.

O Projeto Oxe, é Jazz é promovido pela Mais Ações Integradas, com patrocínio do Governo da Bahia e apoio da Prefeitura de Itacaré.

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O Festival Ilhéus in Jazz vai embalar o feriado da Semana Santa na Princesa do Sul, nos próximos dias 15 e 16. Será a primeira vez que a cidade terá evento cultural aberto ao público nesse período do ano desde o fim do Aleluia Ilhéus Festival, cuja última edição foi realizada em 2016.

O palco do Ilhéus in Jazz será montado na Praça Ruy Barbosa, perto da Avenida Soares Lopes, no Centro Histórico. As atrações musicais confirmadas são Adelmo Casé e Funk Machine; Putorkestra!; Juvino Filho & Grupo; Eric Assmar; e DJ Neto Nogueira. O evento também terá apresentação da trupe do Circo da Lua, com o espetáculo Vida de Circo.

O projeto é uma realização da Gamboa, A4 Comunicação e AMB Bussiness’n Fun e tem patrocínio do Governo da Bahia, por meio da Bahiatursa, da Prefeitura de Ilhéus e Devassa.

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No espetáculo Sonhos – o que restou de nós depois da tempestade, o Teatro Popular de Ilhéus (TPI) apresenta ao público momentos marcantes dos seus 26 anos de história, dividida em três elementos alegóricos: o museu, o voo e o sonho. Para transportar os artistas entre os espaços da narrativa, a peça resgata a carroça de Uma certa Mãe Coragem, espetáculo que o grupo ilheense lançou em 2019.

O espaço do museu reúne recortes de uma memória em processo de construção, com cenas, personagens, músicas, figurinos, adereços e falas iniciais de alguns dos mais importantes espetáculos do grupo, desde 1995, na voz dos atores e atrizes que viveram as personagens.

Já o voo é a representação alegórica da experiência do grupo na Tenda, a lona circense onde o TPI funcionou de 2013 a 2021, que caiu no dia 26 de agosto do ano passado, durante forte tempestade. Imagens de espetáculos, público e experiências debaixo da lona são apresentadas, até que o circo voa, deixando em seu terreno o que restou destes mais de 26 anos de reinvenção do Teatro Popular de Ilhéus.

De volta à carroça, o grupo voa para o sonho de construção de seu próprio espaço, que é erguido no bairro Pontal, em Ilhéus. Nesse ato, os artistas põem mãos à obra para construir seu lugar de afetos e sensibilidade, colocando na cena a memória recente da montagem de Sonho de uma noite de verão, interrompida pela pandemia de Covid-19.

A estreia do novo espetáculo será neste domingo (10), na cidade de Ipirá, em apresentação aberta ao público. Até 27 de abril, a trupe ilheense percorrerá oito cidades do sertão baiano, apresentando-se sempre em praças públicas. O circuito também inclui os municípios de Pintadas, Conceição do Coité, Serrinha, Capim Grosso, Euclides da Cunha, Canudos e Uauá. A programação completa da turnê será divulgada em breve.

Cantora e compositora Eloah Monteiro será a artista da semana na programação da Educadora FM e TVE
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A cantora e compositora ilheese Eloah Monteiro terá suas novas músicas promovidas pelo Selo Educadora FM Independente. A iniciativa divulga lançamentos independentes de álbuns ou EPs, numa articulação entre a Rádio Educadora FM, a TVE e as redes sociais das emissoras públicas baianas.

O álbum ‘Em Primeiro Lugar’ tem 12 faixas e aborda, de forma leve – e muitas vezes descontraída -, os dilemas amorosos, posições políticas e experiências que contribuem na construção da visão de mundo da artista.

Dona de uma voz marcante, Eloah Monteiro é mulher preta, mãe, bissexual e sul-baiana. Cantora, compositora e atriz há mais de 20 anos, foi finalista do Festival de Música da Rádio Educadora FM, em 2019.

Sua performance com músicas autorais e versões de grandes artistas da música popular brasileira já abrilhantaram os palcos de diversos concertos, eventos literários e apresentações na Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Buenos Aires.

ESSA É PRA TOCAR NO RÁDIO, NA TV E NAS REDES

A promoção do trabalho de Eloah será na próxima semana, durante toda a programação da rádio, na TVE e nas redes sociais. No dia 11 de março, às 12h, a artista será entrevistada no programa Multicultura.

O nome do disco carrega o sentido de autoconhecimento, amor próprio e autoconfiança. No álbum ‘Em primeiro lugar’, a artista dá a volta por cima dos sentimentos de inferioridade e impotência provocados pelos preconceitos, e exalta a música da mulher negra sul-baiana.

O trabalho tem direção musical da percussionista Ticiana Belmonte, baixo de Vanessa Chalup e participações de Laís Marques, entre outros músicos de peso. A captação foi realizada nos estúdios Canoa Sonora, Lukas Horus e Mr. Lagos, este último sendo responsável também pelos beats e processos de mixagem e masterização do álbum.

DJ's Bruno Vita, Victor Santana e Múcio Caló apresentam Funkyô
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Nesta sexta-feira (18), os DJ’s Bruno Vita, Múcio Caló e Victor Santana lançam o projeto Funkyô, durante o Luau Garden, festa no Mico Leão Music Club, em Olivença, litoral sul de Ilhéus.

O trio ilheense vai abrir as apresentações da noite, que também terá shows dos DJ’s Pureza e Raiz, do grupo soteropolitano Ministereo Público, maior e mais antigo sistema de som da Bahia, explica Múcio Caló em conversa com o PIMENTA.

A festa também reunirá convidados especiais, a exemplo do MC Cijay e da cantora e compositora Deb Sant, membros da nova geração de artistas ilheenses. O set desta noite ainda terá a música da argentina Pali Trombone e do soteropolitano Dentedub e sua escaleta mágica, além do renomado DJ Leandro Vitrola.

Luau no Garden agita noite ilheense

“CONGREGAÇÃO DA MÚSICA ALTERNATIVA”

O propósito do Funkyô – segundo Múcio – é criar espaços de integração dos ritmos contemporâneos da música eletrônica, a exemplo do trap, Miami bass, pagotrap, bregafunk e dos bons e velhos ragga e funk. “É uma congregação da música alternativa”, resume.

Com ingresso a R$ 20,00, o show desta noite vai começar às 23h, sem atraso, garante o DJ. “Pode ter certeza que a gente não vai deixar pra baixo, não, viu? A festa vai começar com 130, 150 BPM, meu fio, sem dengo”.

Reunião virtual marca posse de nova diretoria do Faegsul
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Nesta quinta-feira (10), o Fórum de Agentes, Empreendedores e Gestores Culturais do Território Litoral Sul (Faegsul) fez reunião ordinária para eleição de nova chapa, apresentação dos novos gestores culturais dos municípios e definição do calendário de reuniões de 2022. O ato ocorreu às 9h, de forma remota, com transmissão via Youtube.

A nova diretoria do fórum terá a seguinte composição: Cristiane Santana (presidente), Bruna Setenta (vice-presidente), Janete Lainha (suplente), Miriam Oliveira (secretária executiva), Victor Aziz (coordenador de produção), Ligia Callaz (coordenadora de comunicação) e Alcimar da Silva (coordenador de articulação).

CALENDÁRIO DE ATIVIDADES DO FÓRUM

Na ocasião, a presidente Cristiane Santana apresentou o novo cronograma de ação de Itinerância Virtual, com o Tema Cultura, Território e Democracia.

O calendário prevê ações a partir de 10 de março, em Ilhéus, e nos meses seguintes, nas cidades de Buerarema (7 de abril), Ibicaraí (12 de maio), Una (9 de junho), Ubaitaba (14 de julho) e Itabuna (11 de agosto).

“Nossos encontros serão sempre acompanhados de programação artístico-cultural e atividades de formação para um público de dirigentes, gestores, agentes, empreendedores culturais do Território Litoral Sul da Bahia”, explicou a presidente recém-empossada.

Inscrições estão abertas; cursos são ministrados na Casa de Cultura Jonas e Pilar
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A Casa de Cultura Jonas & Pilar, em Buerarema, está com inscrições abertas para as oficinas gratuitas de música e de iluminação cênica.

Voltado para pessoas acima de 16 anos, o curso de iluminação abordará eletricidade básica; fundamentos da luz; teoria das cores e temperatura de cor; equipamentos convencionais; coordenação e planejamento; e montagem e operação.

Sob a responsabilidade do ator e iluminador José Carlos Ngão, as aulas ocorrerão de 15 de fevereiro a 15 de março, sempre às terças e quintas-feiras, das 15h às 17h, na sede da Casa de Cultura Jonas e Pilar. As inscrições devem ser feitas neste link, até a próxima quinta-feira (10).

OFICINA DE MÚSICA E FLAUTA DOCE

O músico Ramalho de Santana vai ministrar a oficial de técnica instrumental (flauta doce); preparação corporal (alongamento e postura); leitura e escrita musicais; noções de teoria musical; história da música (dos compositores, períodos, estilos e gêneros musicais); análise dos textos musicais; e apreciação musical.

As aulas começaram no último sábado (5) e ocorrerão sempre aos sábados, até 9 de abril, com os alunos divididos em turmas de 9 a 15 anos  e de 12 a 15 anos, a depender do nível de iniciação do inscrito.

As inscrições devem ser feitas neste link ou na sede da Casa de Cultura Jonas e Pilar, de segunda a sexta, das 8h às 12h ou das 15h Pas 18h, até quinta-feira (10).

As atividades fazem parte do projeto de Ações Continuadas da Casa de Cultura Jonas e Pilar. A realização é do Instituto Macuco Jequitibá, com apoio institucional da Prefeitura de Buerarema e apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.

Marcelo Sá faleceu no final de semana, em Salvador || Reprodução Instagram
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A cultura chora, mas todos choram, porque todos perdemos. Mas, lembrem-se, só sentimos que perdemos porque ganhamos muito com sua presença atuando entre nós, e para os que nem conhecia, mas sabia que existiam. O que Marcelo nos deu, nada tira.

 

Alcides Kruschewsky

Não, não é da Cultura, e é, não somente, então… É comunitário, de uma “roda grande”, enraizada pelos mundos que formam o universo. Por isso, tantas manifestações, tantos seres que o admiravam, amavam, e nem sempre declaravam. Que surpresa dolorosa!

Marcelo não é tudo que andam dizendo após sua passagem. Com certeza é mais que isso. Porque o sentimento de perda coletiva é espontâneo, sincero, doído.

Ah, quem não teve a oportunidade de sua companhia, da mesa com ele, da praia, da arte e desfrutou da sua inteligência, do seu refinado humor, perdeu, sim.

O talento de Marcelo transcendia, sem ambição pessoal. Sabia o que estava fazendo. Levei-o para o rádio, noticiava a agenda cultural comentada. Eu chamava: “Hooggggg”. E ele respondia, “chegueeeeiiii”…

Era engraçado! Era propositadamente ridículo e engraçado. Feito para chocar e rir. E ríamos, gargalhadas fartas desde as 6h30min da manhã, ele “morto” de sono… reclamando que eu ía matar ele… Um stand up de primeiríssima, se quisesse, dava show desde o “Caderno 2”, bar saudoso tocado por essas geniais Badarós.

Marcelo sempre tinha algo a acrescentar e chamava nossa atenção para as causas que se envolvia, querendo engajamento. Tudo não era seu, mas para todos. Quem está dizendo que sentiu e está sentindo sua partida, está mesmo!

Esses tempos não têm sido fáceis, não têm sido bons (ou será pecado assim dizer?). Mas, mesmo diante de tantas vicissitudes, creiam, ainda há motivos para concluirmos que a vida é bela e que vale a pena viver e buscarmos a felicidade, a outra certeza da existência de Marcelo. Pois é, ele, no seu dia a dia, buscava a felicidade nas coisas mais simples e importantes às quais se dedicava, dentre elas as pessoas a quem queria bem.

A cultura chora, mas todos choram, porque todos perdemos. Mas, lembrem-se, só sentimos que perdemos porque ganhamos muito com sua presença atuando entre nós, e para os que nem conhecia, mas sabia que existiam. O que Marcelo nos deu, nada tira.

O amor fica para sempre dentro de cada um.

Te amamos, amigo! Vá em frente, para a luz, sempre! VALEU, POR TODOS NÓS, VALEU!

Alcides Kruschewsky é empresário, ex-vereador e ex-secretário municipal de Ilhéus e radialista.

Marcelo Sá faleceu aos 57 anos, em Salvador, onde residia || Reprodução José Nazal/Instagram
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O ator e produtor cultural ilheense Marcelo Sá foi encontrado morto em sua residência em Salvador, na manhã deste domingo (30). Responsável pelo Circuito Sala de Arte de cinema, Marcelo tinha 57 anos e suspeita-se que a causa da morte tenha sido aneurisma, informa o site Metro1, de Salvador.

Marcelo iniciou a carreira no teatro, ainda em Ilhéus, e mudou-se para Salvador, destacando-se na cena artística soteropolitana. Após quase 10 anos na capital baiana, lançou o Circuito Sala de Arte.

A morte de Marcelo foi confirmada pela sócia do ator e produtor cultural, Suzana Argolo. “Falamos com ele pela última vez na sexta (28). Ficamos procurando ele, não conseguíamos falar. E hoje entramos na casa que ele estava, e o achamos”, disse ela à publicação.

A morte do artista é lamentada pelos colegas em toda a Bahia. Em Ilhéus, um dos primeiros a render homenagens a Marcelo foi o ex-vice-prefeito José Nazal, que assim se pronunciou por meio das redes sociais: “A Bahia ficou mais pobre, a cultura ficou mais pobre. Os amigos ficaram mais pobres.”

Ainda não há informações sobre velório e sepultamento de Marcelo Sá.

Jânio Natal, prefeito de Porto Seguro, proíbe música eletrônica e participação de DJ's nas festas de Caraíva
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O Decreto 13.401/21, publicado no último dia 2 pelo prefeito Jânio Natal (PL), proibiu a execução de música eletrônica e a participação de DJ’s nos eventos em Caraíva Velha, o distrito paradisíaco do município de Porto Seguro, no sul da Bahia.

A especificidade da proibição – que não alcança outras formas de expressão musical, como bandas e cantores – revoltou um músico que atua há 20 anos no estado. Ele procurou a reportagem do PIMENTA para questionar a medida da Prefeitura, sob a condição de ter a identidade mantida em sigilo, pois teme eventuais represálias.

Proibição foi estabelecida no segundo artigo do decreto municipal

“[A decisão é] fundamentada em quê? Em preconceito? Porque os eventos vão acontecer”, disse o músico, referindo-se às festas agendadas para o período de fim de ano em Caraíva, inclusive as de Réveillon. Artistas consagrados no cenário nacional integram a programação dos festejos, a exemplo de Falcão, Banda Eva e Mariana Aydar.

Ele insiste no questionamento. “Qual é o critério, se o volume [do som] pode ser o mesmo?”.

Depois, apresenta seu ponto de vista político sobre o paraíso à beira-mar. “Caraíva é uma colônia sul, sudestina e gringa. Existem poucas pessoas da Bahia usufruindo daquele espaço. Tudo está sendo vendido para pessoas de fora. Boa parte desse empresariado, que está lá há mais tempo, quer a manutenção de uma tradição de Caraíva, que é uma coisa muito mais ligada ao forró e ao samba. Por eles, a coisa ficava nesse lugar pra sempre, porque talvez seja a preferência musical deles. Não é errado ter preferência. A questão é impedir que as coisas sigam para o lugar que elas vão. Gerar um impedimento é como colocar uma barricada na história, uma barragem no fluxo da história”.

Acesse o decreto na íntegra.

OUTRO LADO

Às 9h55min desta terça-feira (7), o PIMENTA telefonou para o Gabinete do Prefeito. A atendente do órgão informou que questionamentos da imprensa devem ser feitos à assessoria da Secretaria de Relações Institucionais. Procurado, o assessor da pasta recomendou que a reportagem mantivesse contato com um segundo assessor, com quem conversamos por telefone.

Na conversa, o representante da Prefeitura de Porto Seguro solicitou que enviássemos o questionamento via WhatsApp. Às 10h30min, em mensagem de texto, o PIMENTA reafirmou o objetivo de entender os critérios da proibição de música eletrônica e dos DJs nas festas de Caraíva. Não obtivemos resposta até o fechamento desta matéria, às 14h.

O casal Victor e Leomara dá vida à dupla Pirulito e Paçoca
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O videoclipe da música “Parabéns” vai ser lançado nesta quinta-feira (2º) no canal da dupla Pirulito e Paçoca no Youtube. Hoje (30), em conversa por telefone, o casal itabunense que dá vida aos dois palhaços, Victor e Leomara, falou ao PIMENTA sobre as expectativas para a estreia da música autoral nas telinhas.

Victor Roberto Santiago de Jesus tinha 5 anos de experiência como animador de festas quando Leomara Silva Oliveira criou Paçoca, em 2016. Desde então, trabalham juntos na linha de frente da animação de eventos, especialmente aniversários infantis.

A criançada também é o público-alvo das canções autorais dos palhaços: Hora de alegria, Piuí, A nave e Parabéns de Pirulito e Paçoca. Todas estão disponíveis nos serviços de streaming, a exemplo do Spotfy, além do Instagram. O Tik Tok é a rede social onde o casal tem mais seguidores, 12.300.

Pirulito e Paçoca também se aventuram num programa de humor no Youtube, como no episódio em que a dupla visitou um parque de diversões em Itabuna. Confira.

PRÉ-LANÇAMENTO PARA CONVIDADOS

O pré-lançamento do videoclipe será às 19h desta quarta-feira (1º), no espaço Belas Eventos, localizado na Avenida Juracy Magalhães. Segundo Leomara, o evento exclusivo para convidados foi uma forma de agradecer às pessoas que apoiam e patrocinam o trabalho da dupla.

O reconhecimento do público comove Victor. “As mães têm o prazer de gravar as crianças nos assistindo no Youtube e dançando, e depois nos mandam. Isso é muito gratificante”, disse.

Para Leomara, a produção audiovisual na internet também é uma maneira de levar alegria às crianças e às famílias de todo o mundo. “A gente quer poder passar para as pessoas a nossa arte de animação, de recreação, do palhaço, porque hoje a gente precisa muito de alegria e amor no mundo”.

Ciranda é palco de intervenções artísticas em praça de Ilhéus || Reprodução/Facebook
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O projeto Ciranda, Ilhéus na Praça será retomado a partir das 17h do próximo sábado (23), mais de 18 meses após sua última edição. Conforme a Prefeitura, que apoia a iniciativa, as atividades comerciais e artísticas na Praça Antônio Vianna, no bairro Cidade Nova, vão acontecer de forma simplificada, respeitando as medidas de prevenção à covid-19.

A 27ª edição da Ciranda reúne as organizações não governamentais Filtro dos Sonhos, Organização Gongombira de Cultura e Cidadania e Coletivo Absorvendo, que coletará absorventes para doar às mulheres do Assentamento Itariri, comunidade na zona rural de Ilhéus.

MC Jef Rodriguez comenta músicas de Spiritual, seu 1º disco solo || Foto Alice Magalhães
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O MC Jef Rodriguez, da banda OQuadro, lançou Spiritual, seu primeiro disco solo, que está disponível em todas as plataformas da internet. Nesta entrevista ao PIMENTA, o músico nascido em Banco Central, distrito de Ilhéus, no sul da Bahia, fala sobre processo criativo, infância na zona rural, origem familiar, racismo, política e parcerias na produção do álbum. Leia.

PIMENTAComo surgiu a ideia de fazer o trabalho solo?

JEF RODRIGUEZ – As pessoas já me falavam há um tempo: “Quando é que você vai lançar uma parada sua?”; “Fico curioso de ver”; “Gosto das coisas que você escreve”; “Você escreve de uma maneira diferente”. Não me via nesse lugar. Não escrevia em quantidade. Sempre escrevia com OQuadro, chamando um parceiro pra fazer a parte dele e vice e versa. Meus parceiros Rans, Freeza e Rico me traziam coisas nesse jogo de construção coletiva. Pintou essa oportunidade com a Lei Aldir Blanc na Bahia.  Minha amiga Márcia falou: “A hora de gravar e produzir uma coisa é agora!”. Marcia Espíndola, da Mochi Filmes, que é uma amiga há muito tempo. Eu falei: “Como assim, Marcia?”; e ela disse: “Rapaz, me dê só seus documentos e eu vou achar alguém para escrever [o projeto] pra você, não quero que você perca essa oportunidade, sei que você já tem um monte de coisa aí sobrando. Inscreve na categoria EP. Você tem que ter um produto seu. Eu falei: “Então tá bom!” Mandei os documentos, e ela articulou pra alguém escrever e fluiu. Eu me vi maluquíssimo, porque eu fui pro estúdio com OQuadro pra escrever e saía para produzir o meu. Foi assim num intervalo de dias. Não foi uma coisa que eu planejei a minha vida inteira. As pessoas chegaram até mim e construíram essa ideia na minha cabeça. São sinais da caminhada.

Você falou ao PIMENTA de como o cuidado com a escrita é uma característica d’OQuadro que, inevitavelmente, influenciou o disco solo – e isso é algo que podemos atestar. Como percebe a evolução do seu processo criativo ao longo desses 20 anos?

Tenho praticado cada vez mais e estou me permitindo escrever de outras formas. De repente, chegar com papel e caneta aqui e deixar fluir o que a própria caneta e o papel querem dizer, como um processo terapêutico, um exercício, até para perder o controle e vê o resultado. Depois, naturalmente, você olha, faz um processo seletivo e organiza de outra forma no papel. Mas, veja, eu tenho uma oficina de escrita toda quarta-feira à tarde. Tem um grupo de WhatsApp, organizado por mim e por um amigo, Telto. A gente tem uma oficina de rima e poesia. É uma oficina de escrita livre, com intenção poética, mas a própria concepção de poesia é tão aberta que não pode ser engessada num lugar. Toda prática vai te levar a aprimorar um pouco mais. O que eu mais quero é ter grande quantidade de coisas escritas. Essa é uma busca, porque é uma coisa que eu não tinha muito. Eu sempre demorei muito pra escrever, no primeiro e no segundo discos d’Oquadro.  Sobre a qualidade, eu prefiro que a avaliação seja das pessoas. Não sei o quanto é bom, o quanto não é. Eu sei o que fala comigo, o quanto é honesto na entrega. De repente, se você mostrar isso para Kendrick Lamar, ele vai dizer assim: “Ah, mais ou menos”. É sobre isso. Quero fazer cada vez melhor e poder explorar novas estéticas. A palavra, o som e o posicionamento político não divergem tanto. A estética e a política não são coisas tão separadas. Essa é uma perspectiva muito aristotélica, de colocar as coisas em gavetas, mas as coisas estão conectadas. Quando você escolhe as cores para um bloco-afro, por exemplo, isso já um posicionamento político. Se eu não percebo o significado daquela marca na minha roupa, isso mostra o quanto estou alheio ao processo, enfim, é complexo.

Aproveitando que você entrou na discussão política, vamos falar de Aboio. Quem fez a música com você e quais foram os dados da realidade atual que inspiraram o tema?

O Brasil funciona a partir da perspectiva de uma elite que quer se manter no poder olhando para o país como o seu quintal

Todos os dados do momento. Quem participa primeiro é CT. Ele é MC e faz parte de um grupo chamado Caixa Baixa, de Niterói, e do 1kilo, que é um grupo muito famoso. Estourou no Brasil inteiro com a música “Deixe-me ir”, milhões e milhões de visualizações. Ele é um dos compositores dessa faixa – deve viver de royalty até hoje, é meu amigo, hein. Também participou Rone DumDum Afolabi, que é membro do Opanijé, um dos grupos mais importantes da história do rap nacional. Opanijé não é o grupo mais conhecido, mas é um dos mais importantes, estética e politicamente. Eles são Os Tincoãs do rap brasileiro.

Essa música [Aboio] nasce assim: CT tinha uma letra e sempre frequentou minha casa, sabe como eu escrevo. Ele queria uma participação minha no Caixa Baixa. A gente chegou a escrever pro Caixa Baixa, mas não deu muito certo. O grupo estava indo em outra direção. A gente acabou fazendo outras músicas. Essa aí ficou meio paradona, sobrando e eu falei: “Quero pra mim”. A gente ouviu uns beats de Bidu, um amigo de Niterói, que é um beatmaker muito talentoso. Eu trouxe o beat pra Rafa [Dias]. Ele reorganizou da maneira dele. A gente deu umas ideias, inclusive a de colocar o sample de aboio.

Esse pensamento colonial persiste no Brasil. Bolsonaro é só a cereja no bolo desse processo inteiro. A gente está vivendo o ápice e a faceta mais descarada desse processo.

“Aboio” fala de um processo alienante do Brasil, que não é de agora, é histórico. O Brasil funciona a partir da perspectiva de uma elite que quer se manter no poder olhando para o país como o seu quintal. E todas as pessoas que estão ali têm que ser servis a esse modelo. Tudo tem que caminhar na direção dessas pessoas, que são herdeiras dos colonizadores. Esse pensamento colonial persiste no Brasil. Bolsonaro é só a cereja no bolo desse processo inteiro. A gente está vivendo o ápice e a faceta mais descarada desse processo. Quando você diminui o poder do Estado para fortalecer a iniciativa privada, uma parte importante do controle social fica na mão dessas pessoas. Ainda tem a militarização e o papel das religiões nisso. É um processo alienante em dimensões que a gente não consegue nem contar. São camadas e camadas históricas que a gente não consegue desconstruir. A própria escola contribui para que isso aconteça, por mais que os professores tentem fazer alguma coisa. A estrutura escolar pública não é nada diante das questões sociais brasileiras e de uma questão racial que não se resolve nunca – e não há a intenção de resolver isso. Inclusive, teve uma fala de Lula na última entrevista dele. Por mais que exista boa intenção por parte de algumas camadas da esquerda, a própria esquerda não sabe lidar com isso. Então, a gente é meio gado mesmo.

Você fala da entrevista com Mano Brown?

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