Bahia tem 16 cidades autorizadas a receber novos cursos de Medicina || Foto ABr.
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Na Bahia, 16 municípios estão autorizados a receber novos cursos de Medicina de instituições privadas de ensino, conforme lista definida pelos Ministérios da Educação e da Saúde. Ao todo, o Governo Federal permitiu a abertura de 5.700 vagas, distribuídas em até 95 cursos. Itabuna e Ilhéus estão entre as cidades contempladas.

A Bahia foi o estado com mais vagas autorizadas, são 900 no total. A lista de municípios baianos também inclui Brumado, Camaçari, Cruz das Almas, Feira de Santana, Guanambi, Irecê, Itaberaba, Jequié, Ribeira do Pombal, Santa Maria da Vitória, Santo Antônio de Jesus, Seabra, Senhor do Bonfim e Teixeira de Freitas.

O Governo estabeleceu critérios para a definição das cidades. Eles levam em conta as necessidades de mais profissionais de saúde e a estrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) de cada região. Os municípios selecionados têm média inferior a 2,5 médicos por mil habitantes; possuem hospital com, pelo menos, 80 leitos; e não são impactados pelo plano de expansão de cursos de Medicina nas Universidade Federais.

FIM DE PROIBIÇÃO

O então presidente Michel Temer (MDB) baixou, em 2018, portaria que proibiu a abertura de novos cursos de Medicina no Brasil por cinco anos. Esse veto caiu no dia 5 de outubro deste ano. Nesse período, apesar da proibição, faculdades conseguiram abrir novas vagas com o respaldo de decisões judiciais.

Prédio do Ministério da Educação
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O Ministério da Educação (MEC) revogou uma portaria publicada pela administração anterior, do então ministro Victor Godoy, do governo de Jair Bolsonaro. A portaria trazia novas regras para abertura de cursos de medicina no país. Segundo o atual ministro, Camilo Santana, a revogação ocorreu pelo “princípio da prudência”.

“Decidi revogá-la pelo princípio da prudência, antes que produzisse efeitos, para que seja feita uma avaliação criteriosa e segura dos seus termos”, explicou o ministro em uma rede social. Nas últimas horas do dia 31 de dezembro e, consequentemente, do fim do governo anterior, o MEC publicou a portaria. Essas novas regras, segundo Godoy, valorizavam a relação entre o curso e a rede do Sistema Único de Saúde (SUS) local.

“Portaria do MEC que valoriza o programa Médicos pelo Brasil e determina que a abertura de cursos privados de medicina que usam a rede pública de saúde façam repasses importantes ao SUS e concedam bolsas a alunos carentes foi revogada pelo novo governo”, publicou Godoy também nas redes sociais.

De acordo com o ex-ministro, a portaria atualizava os documentos e requisitos para autorização, reconhecimento e renovação do reconhecimento de curso de medicina e criava o Plano de Qualificação de Residências Médicas. Esse plano qualificaria os programas existentes e poderia também criar novos programas e vagas.

ALFABETIZAÇÃO

Santana justificou a revogação em virtude de sua publicação ter ocorrido “estranhamente, ao apagar das luzes, no último dia do ano, sem ter sequer parecer jurídico conclusivo da Consultoria Jurídica do MEC”. Santana acrescentou que não vai manter uma estrutura no MEC que esteja fora da visão sistêmica desejada pelo novo governo para a educação. A nova administração da pasta também extinguiu a Secretaria de Alfabetização (Sealf).

Para Godoy, “a Sealf trouxe ganhos comprovados e científicos para a alfabetização”. Já o seu sucessor entende que essa secretaria, como se apresentava, não estava dentro do pretendido pelo novo governo para as políticas de alfabetização. “A alfabetização brasileira regrediu absurdamente nos últimos anos”, criticou.

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Itabuna está na relação de municípios beneficiados (Foto José Nazal).
Itabuna está na relação de municípios beneficiados (Foto José Nazal).

O Ministério da Educação autorizou a criação de cursos de graduação em medicina em instituições particulares de 49 municípios brasileiros. A relação foi divulgada na edição de sexta-feira (20) do Diário Oficial da União.

No início do mês, uma lista parcial com 42 cidades foi divulgada e, após análise de recursos, o MEC aceitou o pedido de outros sete municípios. Outros 65 pedidos acabaram indeferidos pelo ministério, segundo a assessoria de imprensa da pasta.

A lista de cidades que, a partir de 2014, entrarão no processo de abertura de novos cursos de medicina, estão em 15 estados:

Bahia: Alagoinhas, Eunápolis, Guanambi, Itabuna, Jacobina e Juazeiro
Ceará: Crato
Espírito Santo: Cachoeiro de Itapemirim
Goiás: Aparecida de Goiânia
Maranhão: Bacabal
Minas Gerais: Contagem, Muriaé, Passos, Poços de Caldas e Sete Lagoas
Pará: Ananindeua e Tucuruí
Pernambuco: Jaboatão dos Guararapes
Piauí: Picos
Paraná: Campo Mourão, Guarapuava, Pato Branco e Umuarama
Rio de Janeiro: Angra dos Reies, Itaboraí e Três Rios
Rio Grande do Sul: Erechim, Ijuí, Novo Hamburgo e São Leopoldo
Rondônia: Vilhena
Santa Catarina: Jaraguá do Sul
São Paulo: Araçatuba, Araras, Assis, Bauru, Cubatão, Guarujá, Guarulhos, Indaiatuba, Jaú, Limeira, Mauá, Osasco, Pindamonhangaba, Piracicaba, Rio Claro, São Bernardo do Campo e São José dos Campos

De acordo com o MEC, no início do próximo ano, esses municípios serão visitados por uma comissão de especialistas encarregada de verificar a estrutura de equipamentos públicos e programas de saúde existentes, além das propostas de investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) apresentadas pelas instituições de ensino interessadas em abrir os cursos. A assessoria de imprensa do ministério estima que essas instituições criem cerca de 3.500 novas vagas de medicina. Informações do Portal G1.