Tempo de leitura: < 1 minuto
Wenceslau, Kassab e Davidson discutiram o Pacão de Itabuna.
Wenceslau, Kassab e Davidson discutiram o Pacão de Itabuna.

O ministro Gilberto Kassab (Cidades) assegurou ontem (16) um fluxo de recursos para a retomada das obras de urbanismo em sete bairros da zona oeste de Itabuna, o chamado Pacão. O ministro e presidente nacional do PSD concedeu audiência ao deputado federal Davidson Magalhães e ao vice-prefeito de Itabuna, Wenceslau Júnior. Ambos foram ao encontro com o ministro com um representante da Papini Empreendimentos e Construções, que toca as obras.

– Criamos um grupo de trabalho para que possamos definir, com clareza, o que vai ser feito e quando será feito, no campo do saneamento, da mobilidade, da habilitação, compromissos que a gente quer ajudar a honrar nos próximos três anos – disse o ministro das Cidades.

Segundo Davidson, a obra traz tranquilidade quanto à continuidade das obras do Pacão. Desde o final de dezembro passado, as obras sofreram paralisação com férias dos trabalhadores e, na sequência, falta de repasse do governo federal. A obra está estimada em mais de R$ 32 milhões. Esta foi a segunda audiência, neste mês, com o ministro das Cidades para tratar do Pacão. No início do mês, Kassab já havia assegurado a continuidade da obra ao prefeito Claudevane Leite.

Tempo de leitura: 2 minutos
Vane discursa no QG contra Aedes aegypti (Foto Pimenta).
(Foto Pimenta).

O prefeito Claudevane Leite revelou ao Pimenta que o nome do governo para a sucessão municipal será definido, no máximo, até o início de março. Os mais cotados são o deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB) e o presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc), Roberto José. Ele sinaliza que poderá trabalhar pela união das esquerdas.

Confira trechos da entrevista concedida momentos antes da entrega das instalações do QG de monitoramento e combate a vírus transmitidos pelo Aedes aegypti. Vane, aliás, cobra mais envolvimento da sociedade no combate à epidemia. “90% dos focos estão dentro das casas”, explica.

Blog Pimenta – Quando será definido o nome do governo à sucessão municipal?

Claudevane Leite – Até o final de fevereiro, início de março, a gente define essa questão. Em setembro (do ano passado), anunciei que não disputaria a reeleição. Sentaremos com os partidos da base para conversar, possivelmente já na próxima semana.

Pimenta – O nome do governo poderá ser de fora da base de apoio?

Vane – Vamos definir o nosso nome. Depois, vamos conversar com o governador Rui Costa para ver se unimos toda a esquerda [em torno de um nome].

Pimenta – Existe a possibilidade de recuo da decisão de não disputar a reeleição?

Vane – Há uma expectativa, as pessoas cobram para que eu saia [candidato], mas não existe a mínima possibilidade.

Pimenta – O sr. é do PRB. O partido terá candidato?

Vane – Houve essa discussão, o partido tem interesse, mas não serei [candidato]. A direção do PRB anunciou que pretende ter candidato e o nome de Tom [Ribeiro, apresentador do Balanço Geral, da TV Cabrália] foi cogitado.

Pimenta – Pesquisas qualitativas detectam, a seu favor, conceitos como transparência e até honestidade. Esse contexto não o estimula a sair candidato?

Vane – Os partidos da base e pessoas da sociedade comentam, reconhecem esse trabalho, mas não existe [possibilidade].

Pimenta –  Fazendo uma autocrítica, o município falhou nas ações preventivas contra o mosquito Aedes aegypti?

Vane – Olha, quando assumimos, em 2013, Itabuna tinha índice de infestação predial superior a 27%. Desde lá, trabalhamos e reduzimos para 13%. É mais da metade. Nenhuma cidade conseguiu isso e nosso trabalho foi referência para a Bahia. O trabalho foi feito. Veja que 90% dos criadouros, das larvas são encontrados dentro das casas. A sociedade precisa entender isso e colaborar mais. A zika e outras doenças [causadas pelo] Aedes aegypti são um problema mundial.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Roberto José de olho no PR (Foto Thiago Pereira).
Roberto José de olho no PR (Foto Thiago Pereira).

Diz o semanário A Região, em sua Malha Fina, que o presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC), Roberto José, está de malas prontas para o PROS. A decisão teria sido tomada ao saber (definitivamente) que o seu partido, o PSD, não terá candidato a prefeito no município, por decisão do senador Otto Alencar.

Verdade ou não, o PROS é o partido que foi para a base (?) do Governo Vane para, justamente, garantir uns dois minutos de televisão ao projeto de candidatura do deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB). E, claro, assegurou uma secretaria, exatamente a então ocupada por Roberto, a de Transporte e Trânsito (Settran).Fi

Tempo de leitura: 2 minutos
Mirando Davidson e Roberto José, Vane pede união da base (Foto Lucas França).
Mirando Davidson e Roberto José, Vane pede união da base (Foto Lucas França).

O prefeito Vane do Renascer pediu unidade política à sua base de sustentação, ontem à noite, durante jantar em uma churrascaria de Itabuna. Durante o encontro, Vane creditou ao seu governo a transparência – a partir de dados da Controladoria-Geral da União (CGU) e aprovação das contas do município, após 12 anos, pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

Embora tenha preferência pelo deputado federal Davidson Magalhães, o prefeito não anunciou a quem irá apoiar em 2016. Nos bastidores, trabalha para que o presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc), Roberto José, que é do PSD, apoie o parlamentar federal. Não está fácil. Roberto José tem se inclinado mais para o petista Geraldo Simões. E, tarefa mais difícil, sonha ser o ungido da base.

Davidson foi o convidado especial do jantar com secretários municipais e vereadores. E o comuna centrou fogo na oposição. “[É] um baú velho que se imagina conter grandes novidades”, disse, para quem o retorno dos opositores ao poder local será retrocesso para o município.

Hoje, o governo conta em sua base com o apoio do PRB, PCdoB, PSD, PP, PPS, PEN e PROS, este último após a chegada do secretário de Transporte e Trânsito, Abrahão Ribeiro, ex-petista e ex-democratas.

“Estamos trabalhando para aumentar ainda mais esta base política, fato que será positivo para Itabuna e para todos os itabunenses. A grande maioria não quer ver o retrocesso para a cidade e as más notícias para sua gente”, disse o prefeito Vane.

Tempo de leitura: 4 minutos

marco wense1Marco Wense

 

Mais de 60% do eleitorado não pretende votar em candidatos que já administraram Itabuna, o que não deixa de ser uma preocupação para o trio Fernando Gomes, José Nilton Azevedo e Geraldo Simões.

 

 

Deve ter mais. Mas os que aparecem na mídia são 14 pré-candidatos à sucessão do prefeito Claudevane Leite (PRB), que desistiu da reeleição, portanto da disputa do segundo mandato.

Fernando Gomes (DEM) – Já foi prefeito de Itabuna por quatro vezes. Vai atrás do quinto mandato. Conhece as entranhas do jogo político. Tem um eleitorado cativo. Enfrenta dois problemas: uma possível inelegibilidade em decorrência da Lei da Ficha Limpa e um altíssimo índice de rejeição.

Augusto Castro (PSDB) – Deputado estadual pelo tucanato. Só sai candidato se Fernando Gomes abrir mão de sua pretensão ou se for impedido pela justiça. É tido como político habilidoso, que não mede esforços para alcançar seus objetivos. Sonha mais com o Parlamento Federal do que com a prefeitura de Itabuna.

Capitão Azevedo (DEM) – Derrotado na última sucessão, quando tentou se reeleger, o militar sabe que a preferência do demismo municipal, sob a batuta de Maria Alice Pereira, é por Fernando Gomes. Tem vontade de sair da legenda, mas falta coragem. A política não costuma perdoar os desprovidos de determinação, audácia e ousadia.

Geraldo Simões (PT) – Duas vezes chefe do Executivo. Não tem a simpatia da alta cúpula do petismo. Ou seja, do presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, do secretário de Relações Institucionais Josias Gomes e, obviamente, do governador Rui Costa. Outro obstáculo é ser de um partido que vive o seu pior momento. Recente pesquisa do Datafolha mostra que a associação entre o PT e a corrupção cresceu na percepção do eleitorado.

Antônio Mangabeira (PDT) – Pré-candidato pela primeira vez. É médico, bacharel em direito, administrador de empresas e estudante de engenharia civil e ambiental. É o novo da sucessão de 2016. O fato de ser mais administrador do que político agrada uma considerável fatia do eleitorado já saturada com a política e a politicagem. A existência de um vácuo político, ávido por mudanças e por um candidato sem vícios, pode eleger o pedetista. É a campanha que mais surpreende.

Roberto José (PSD) – Deve ter consciência de que dificilmente será o candidato do prefeito Vane. Vai terminar sendo o vice mais cortejado, seja por Davidson Magalhães ou por Geraldo Simões. O comandante-mor do seu partido, senador Otto Alencar, é defensor da estratégia de que o governismo só deve ter um candidato em Itabuna.

Davidson Magalhães (PCdoB) – Disputa com Geraldo Simões a condição de candidato do governador Rui Costa. O problema maior, o grande entrave da sua pré-candidatura é a ligação e a co-responsabilidade com um governo que tem 85% de desaprovação. Não pontuou bem na última pesquisa de intenção de votos realizada pelo instituto Babesp.

Confira a íntegra do artigo clicando no link Leia Mais

Tempo de leitura: < 1 minuto
Depois da tempestade, Aldenes indicou Héllade para o SAC ( Reprodução Políticos do S da Bahia).
Aldenes indicou Héllade para o SAC (Foto Políticos do Sul da Bahia).

O deputado federal Davidson Magalhães esperneou e atirou, quando perdeu a indicação da chefia do Detran em Itabuna. À época, fez ameaças diretas ao presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna, Aldenes Meira, caso este indicasse alguém para a gerência do SAC em Itabuna.

A tempestade passou, tudo se ajeitou e Aldenes, baiano que faz política em estilo “mineirinho”, indicou Héllade Guimarães para o comando do posto do SAC em Itabuna. Já está nomeada.

A escolha de Aldenes foi considerada positiva por setores da esquerda, dado o perfil de Héllade, que já passou pelo Cesol Litoral Sul e tem histórico ligado ao movimento estudantil superior e da juventude.

Em tempo: Davidson percebeu, tempos depois, a furada em que embarcou ao atirar com gosto no deputado estadual Rosemberg Pinto, um dos nomes de confiança do governador Rui Costa. Inteligente que é, recolheu a metralhadora.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Davidson diz que fez opção pelo menor preço.
Davidson: opção pelo menor preço.

O deputado federal Davidson Magalhães aparece em quarto lugar dentre os deputados federais baianos que mais gastaram verbas indenizatórias com locação de veículos.

De acordo com levantamento, foram R$ 66.875,00 em nove meses de legislatura, segundo revela o Bocão News. É superado por Afonso Florence (PT) e José Carlos Aleluia (DEM), que gastaram R$ 80 mil cada um, e Cláudio Cajado (DEM), com gasto de R$ 70 mil.

Os carros de Davidson foram alugados na Universo Locadora, empresa em nome de Alba Regina Cardoso e Alessandra Cardoso, ambas irmãs de um dos principais nomes do PCdoB no sul da Bahia, Ramon Cardoso.

“OPÇÃO PELO MENOR PREÇO”

Ao Pimenta, Davidson respondeu que os carros alugados, diferentemente do informado foram um Santa Fé e um VW Gol. A opção pela Universo Locadora, disse ele, se deu porque a empresa ofereceu o menor preço do mercado para locação dos mesmos.

Questionado se considerava natural alugar os veículos em uma empresa com quadro societário formado por parentes de um dirigente do PCdoB, o deputado respondeu, por meio de sua assessoria, que considerava normal, “pois a escolha foi baseada no menor preço do mercado”.

Tempo de leitura: < 1 minuto
O médico e pré-candidato Antônio Mangabeira.
O médico e pré-candidato Antônio Mangabeira.

Assinada pelo jornalista Jairo Costa Júnior, a Coluna Satélite, do Correio, chama atenção para a pré-candidatura do médico Antônio Mangabeira (PDT) em Itabuna. Diz que o pedetista “entrou no radar de estrategistas políticos da base governista e da oposição”.

Jairo Costa Júnior observa que a atenção à pré-candidatura de Mangabeira “faz sentido”. E observa o seguinte: “No histórico da cidade, é comum a vitória de candidatos que correm por fora do páreo principal. Casos de Geraldo Simões (PT) em 1992, Capitão Azevedo (DEM) em 2008 e Claudevane Leite (PRB), o Vane da Renascer, em 2012. Todos os três largaram nas últimas posições e conseguiram a liderança na reta final de campanha”.

Por fim, a coluna põe Mangabeira na condição de “ameaça aos planos de Geraldo Simões e dos deputados Augusto Castro (PSDB) e Davidson Magalhães (PCdoB), os mais fortes na corrida”.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Davidson espera faturar espólio no trânsito.
Davidson é o dono do espólio do trânsito.

A nomeação de Abraão Ribeiro para a Secretaria de Transporte e Trânsito de Itabuna (Settran) foi comemorada pelo PCdoB. E como uma vitória diante do ex-titular da Pasta Roberto José. Abraão está hoje no PROS.

Ao final da manhã de segunda, o prefeito Vane Renascer tentava empurrar a posse de Abraão para o outro dia. A turma do PROS se mobilizou. A do PCdoB, também. E a agenda foi mantida.

Abraão tomou posse e, para os cururus, está sacramentado o apoio do PROS ao governo e ao pré-candidato do PCdoB ao governo municipal. Por ora, o nome é Davidson Magalhães. O partido que se achega ao governo terá quase 2 minutos de TV no horário eleitoral.

Para o PCdoB, o parto foi difícil, mas importa que o “bebê” nasceu. E alguém saiu derrotado no processo. Embora tenha optado pela Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc), Roberto José esperava manter o seu poder sobre a Settran. O motivo é claro. A secretaria é uma máquina de votos. Que, agora, estará a serviço do seu adversário interno na luta pelo Centro Administrativo Firmino Alves.

 

Tempo de leitura: 2 minutos

marco wense1Marco Wense

 

Dos quatros prefeituráveis de partidos que dão sustentação política ao governo estadual, o ex-alcaide é o grande favorito. Percentualmente, diria que Geraldo tem 90% de chance, Davidson 5%, Roberto José 4% e Leahy 1%.

 

Já estou ficando repetitivo quando digo que o PT de Geraldo Simões e o PCdoB de Davidson Magalhães vão caminhar juntos na sucessão do prefeito Claudevane Leite.

A união entre petistas e comunistas é uma questão de pura sobrevivência política. O cenário aponta uma dependência que tende a ficar cada vez mais escancarada.

Se a junção é considerada como favas contadas, então podemos dizer que o candidato do governismo será Geraldo Simões, com o PCdoB indicando o companheiro da chapa majoritária.

E Roberto José, que é do PSD do senador Otto Alencar, que é aliado do governador Rui Costa, como fica? Vai aceitar passivamente a fritura em torno da sua pré-candidatura?

Ora, até as freiras do Convento das Carmelitas sabem que o governador Rui Costa não medirá esforços para que a base aliada tenha um só candidato a prefeito.

Dos quatros prefeituráveis de partidos que dão sustentação política ao governo estadual – Geraldo Simões, Davidson Magalhães, Roberto José e Carlos Leahy, respectivamente PT, PCdoB, PSD e PSB –, o ex-alcaide é o grande favorito. Percentualmente, diria que Geraldo tem 90% de chance, Davidson 5%, Roberto José 4% e Leahy 1%.

É bom lembrar que a senadora Lídice da Mata, dirigente-mor do PSB, além de ter um bom relacionamento com o governador Rui Costa, comunga com a opinião de que qualquer cisão na base só faz ajudar a oposição.

Robertistas, obviamente os mais lúcidos e politizados, já defendem uma aproximação de Roberto José com o médico Antônio Mangabeira, pré-candidato pelo PDT do saudoso Leonel Brizola.

Muita coisa ainda vai acontecer na movediça areia da sucessão do prefeito Claudevane Leite (PRB).

GEDDEL EM ITABUNA

JuvenalMaynart CeplacAmanhã, sábado (28), o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o mano Lúcio Vieira Lima, cotadíssimo para substituir Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados, estarão em Itabuna para discutirem a sucessão do prefeito Claudevane Leite.

Serão recebidos pelo presidente do diretório do PMDB, Pedro Arnaldo, pelo médico Renato Borges da Costa, o pré-candidato Fernando Vita, o vereador Antônio Cavalcante e, principalmente, por Juvenal Maynart.

Digo principalmente, porque Geddel tem a oportunidade de parabenizar pessoalmente Maynart não só pelo bom trabalho realizado na Ceplac, quando superintendente do órgão, como na valorosa contribuição para a implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Élvio MagalhãesA conferência estadual que definiu a nova direção do PCdoB baiano, com Davidson Magalhães na presidência, também renovou 11 das 63 vagas do diretório. Dentre os nomes, está o chefe do gabinete do deputado Fabrício Falcão, Élvio Magalhães, com longa atuação em Itabuna e que agora se destaca como dirigente em Vitória da Conquista e no sudoeste da Bahia. “Élvio é quadro político valoroso e experiente”, ressalta Fabrício.

Élvio disse ao Pimenta que a entrada no diretório estadual do partido é prêmio (“uma alegria”) pelos 25 anos de militância. Emilson Piau, que foi chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Relações Institucionais no Governo Wagner, aponta as qualidade do novo dirigente estadual.

– A disciplina tática, humildade e senso de coletividade são principais marcas de Èlvio Magalhães. O PCdoB fica mais forte com sua chegada – ressalta Emilson.

Tempo de leitura: 2 minutos

marco wense1Marco Wense

 

O presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, sonha com uma coligação PT-PCdoB-PSD-PSB-PRB.

 

Continua interditado o caminho que pode levar a um bom relacionamento político entre petistas e comunistas, sem troca de farpas, ironias, indiretas e deboches.

Tem pega-pega para todos os lados, um atrás do outro. Quando a poeira da desavença começa a assentar, aí aparece outra discórdia, outro bafafá. A falta de entendimento volta com toda força.

Até as freiras do Convento das Carmelitas sabem que a relação entre o PT e o PCdoB é de recíproca desconfiança. Só se juntam por conveniência política. Sempre foi assim.

O Partido dos Trabalhadores, sem mais nem menos, volta a provocar o PCdoB na pessoa do deputado federal Davidson Magalhães, a maior liderança do comunismo no sul da Bahia.

Vejamos algumas declarações de petistas sobre Davidson: 1) “Apoiar a candidatura de Davidson é uma loucura”. 2) “Davidson é o principal responsável pela administração do prefeito Claudevane Leite”. 3) “Além de quase não pontuar nas pesquisas, Davidson não vai conseguir se desvincular de Vane”. 4) “Como fará sua campanha? Combatendo Vane, uma construção sua?”.

O petismo acha que a pré-candidatura do parlamentar está comprometida devido a sua ligação com o governo municipal. Esquece, no entanto, que foi o voto útil dos petistas que elegeu Claudevane Leite (PRB).

O contra-ataque de Davidson não pode ser público, sob pena de criar um atrito desnecessário com o governador Rui Costa. O PCdoB tem o forte argumento de que é melhor ter o apoio do prefeito Vane do que apoiar um candidato do PT, partido com maior índice de rejeição.

O presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação, defende uma ampla aliança em torno do nome do ex-prefeito Geraldo Simões: “Vamos buscar unidade com os partidos da base aliada”.

A ampla aliança de Everaldo é uma coligação PT-PCdoB-PSD-PSB-PRB. Todos no mesmo palanque: Geraldo Simões, Davidson Magalhães, Roberto José, Carlos Leahy e um representante da Igreja Universal.

Só o governador Rui Costa pode pavimentar o caminho da unificação dos partidos da base. Na oposição, o imbróglio envolve Fernando Gomes, Capitão Azevedo e o tucano Augusto Castro. Um querendo destruir o outro.

Volto a repetir que a candidatura independente do médico Antônio Mangabeira, pelo PDT, pode ser a grande surpresa da sucessão de 2016. O nome do pedetista já chegou na periferia: “Vou votar no doutor”.

PATINHOS FEIOS

A última pesquisa do Ibope aponta que os pré-candidatos à presidência da República estão tecnicamente empatados no quesito rejeição.

O primeiro da fila é Lula com 55%, seguido de Serra com 54%, Alckmin 52%, Ciro Gomes também 52%, Marina Silva 50% e Aécio Neves com 47%. Colados igual a relê de carro velho.

A conclusão é de que o eleitorado já cansou dessas figuras carimbadas. Quer gente nova disputando o comando do Palácio do Planalto, que nunca disputou uma eleição.

Esse sentimento de mudança, cada vez mais intenso, ocorre aqui em Itabuna. Pesquisas apontam que 60% do eleitorado não pretendem votar em candidatos que já foram prefeitos.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

Tempo de leitura: < 1 minuto
Marcos Japu (de preto) ao lado do deputado estadual Rosemberg Pinto.
Marcos Japu (de preto) ao lado do deputado estadual Rosemberg Pinto.

Marcos Vinicius Souza (“Marcos Japu”) assumiu o cargo de coordenador da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater) no Território Litoral Sul, que engloba mais de 20 municípios, dentre eles Itabuna e Ilhéus.

O órgão estadual é vinculado à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR) e presta assistência a produtores rurais em todo o estado. As ações têm como principal foco a agricultura familiar. Sob o controle da coordenação regional da Bahiater estará o Serviço Territorial de Apoio à Agricultura Familiar (Setaf), com sede no antigo Derba em Itabuna.

Indicação do deputado estadual Rosemberg Pinto (PT), Marcos Japu teve o seu nome referendado por entidades como a Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc), consórcios municipais do (Cima e CDS), Colegiado Territorial Litoral Sul e pelo fórum regional de secretários municipal de Agricultura do território.

A nomeação de Marcos Japu também foi defendida por Davidson Magalhães (PCdoB) pelo seu trabalho como agente territorial na Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan), cargo que deixa para assumir a coordenação da Bahiater. A nomeação foi publicada do Diário Oficial do Estado da quinta-feira (5).

Tempo de leitura: 2 minutos
Davidson pede investigação de venda da Gaspetro para a Mitsui.
Davidson: investigação de venda da Gaspetro para a Mitsui.

Ex-presidente da Bahiagás, o deputado federal Davidson Magalhães deu entrada em pedido de investigação da venda de 49% da Gaspetro-Petrobras Gás S.A. para a japonesa Mitsui Gás e Energia. Para ele, a venda é carregada de “graves suspeitas de irregularidades”. O assunto também deverá ser debatido em audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

Davidson chama atenção para a necessidade do governo baiano participar das discussões, porque “a venda da Gaspetro interfere no controle acionário da Bahiagás e de todas as distribuidoras de gás  do Nordeste. Há favorecimento de interesses privados em detrimento do interesse público”, diz o deputado.

O parlamentar levanta suspeitas contra o diretor-presidente da Vale S/A, Murilo Ferreira, que, à época da decisão de venda da subsidiária da estatal, ocupava também o cargo de presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

Ainda sobre Ferreira, Davidson observa que o executivo “se ausentou do cargo de diretor-presidente da ex-estatal Vale S/A, que hoje é parceira do Grupo Mitsui em uma série de empreendimentos”.

Para ele, é necessário averiguar o comportamento de Ferreira enquanto conselheiro da Petrobras, “se houve, ali, algum tipo de favorecimento ao Grupo Mitsui; se houve tráfico de influência ou mesmo se Ferreira concedeu informações privilegiadas para que seus parceiros conseguissem fechar o negócio”.

VENDA COM VALOR BEM ABAIXO DO MERCADO

Os 49% da Gaspetro foram vendidos por R$ 1,9 bilhão, quando, em valores de mercado e avaliação conjunta dos bancos JP Morgan e Brasil Plural, ficaria em torno de R$ 5 bilhões.

“A Gaspetro está sendo vendida para a Mitsui por um preço muito abaixo do mercado”, denuncia.  O grupo japonês teve sua proposta de R$1,9 bilhão por 49% da Gaspetro aprovada em 23 de outubro de 2015. Ferreira presidia o Conselho de Administração da Petrobras no fechamento do negócio.

– A moralidade do negócio realizado é, para dizer o mínimo, questionável. Merece, portanto, a análise detida por parte desta Comissão.

Tempo de leitura: 3 minutos

marco wense1Marco Wense

 

Uma coisa é certa: só o governador Rui Costa pode evitar que o trem do governismo saia do trilho. É bom lembrar que o chefe do Executivo não é de duas conversas, conversa mole e, muito menos, de conversinha.

 

O suplente de deputado federal Davidson Magalhães (PCdoB) sonha com uma ampla união em torno da sucessão do prefeito Claudevane Leite, que já declarou que não será candidato à reeleição.

Davidson quer uma junção em torno dele. Acha que Geraldo Simões, por ser do PT, vai ter dificuldades. Quando questionado sobre Roberto José, trata logo de descartá-lo: “Não será candidato”.

Como resposta a contundente afirmação do comunista, Roberto se reúne com o comando estadual do PSD e diz que é candidatíssimo, que não abre mão da sua legítima e democrática pretensão.

“Não há mais espaço para a velha política e os velhos modos de fazer política”, alfineta Roberto José. A verdade é que o relacionamento entre o prefeiturável do PSD e do PCdoB tende a ficar mais aceso, intenso e incontrolável.

Tem ainda o imbróglio entre o PT e o PCdoB em torno da Codeba. É que os comunistas andavam dizendo que os petistas apoiariam a candidatura de Davidson em troca de um cargo na Companhia das Docas do Estado da Bahia.

Tiririca da vida, Geraldo Simões, ainda a maior liderança do petismo grapiúna, desmentiu os camaradas com uma fina ironia: “Se o PCdoB não teve força para manter um gerente do Ciretran, vai ter força para indicar um diretor da Codeba?”

Difícil mesmo é colocar no mesmo palanque os evangélicos de Vane, os comunistas de Davidson, os lulistas de Geraldo Simões, o núcleo duro do vanismo, os robertistas do PSD e o pessoal do PRB da Igreja Universal.

Outro detalhe é que tanto Geraldo como Davidson dão como favas contadas o apoio do PSB, desconsiderando a pré-candidatura de Carlos Leahy. O ex-presidente da CDL diz, peremptoriamente, que vai até o fim.

As articulações em torno do processo sucessório vêm de cima para baixo, o que não é nenhuma novidade. Se diretório municipal e nada é a mesma coisa, imagine comissão provisória. É o manda quem pode, obedece quem tem juízo. O que prevalece são os interesses da cúpula.

Uma coisa é certa: só o governador Rui Costa pode evitar que o trem do governismo saia do trilho. É bom lembrar que o chefe do Executivo não é de duas conversas, conversa mole e, muito menos, de conversinha.

MANGABEIRA E AS PESQUISAS

mangabeiraO pré-candidato do PDT, médico Antônio Mangabeira, acredita que vai iniciar o ano de 2016 com uma boa pontuação nas pesquisas de intenção de votos.

Mangabeiristas mais otimistas falam até em um percentual acima de 10%. O prefeiturável, no entanto, acha que as coisas vão acontecer no seu devido tempo.

Mangabeira, que é o presidente do diretório municipal, comunga com a opinião de que a eleição é complicada: “Temos que trabalhar muito. Não é fácil enfrentar o populismo demagógico”.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.