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A edição desta segunda-feira do jornal Tribuna da Bahia destaca a complicada situação do partido Democratas, que está para perder alguns membros de peso. Integram a lista tanto deputados estaduais que não se reelegeram como outro que obteve êxito nas urnas, mas estaria igualmente ressabiado com a falta de apoio nas últimas eleições.
Os que estão para “picar a mula” são Carlos Gaban e Clóvis Ferraz, que não renovarão seus mandatos, além de Gildásio Penedo, que foi reeleito e estaria em conversações com o PP. Um democrata que saiu derrotado e também cogita abandonar a legenda é Júnior Magalhães.
Durante a campanha, os deputados estaduais do DEM queixaram-se da falta de apoio do partido e das alianças “extraconjugais” firmadas pelo deputado federal ACM Neto. Este deu preferência a nomes como Leo Kret (PR), Maria Luiza (PSC) e Bruno Reis (PRP), em detrimento dos confrades. E Neto ainda chegou a chamar os ciumentos de “derrotados por antecipação”!

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Azevedo entoa: "Um, dois, três…quatro, cinco, mil… E viva o Partido Comunista do Brasil!"

Duas fontes – uma ligada ao governo itabunense e outra integrante da cúpula do PCdoB no município – dão como procedente uma engenharia política que vai abalar os estertores da política local: o prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo, pensa em trocar o DEM pelo PCdoB.
As conversas sobre a mudança radical vêm sendo travadas entre emissários do prefeito e “capas pretas” do Partidão, como o vice-presidente da legenda na Bahia, Davidson Magalhães, que é diretor-presidente da Bahiagás.
A princípio, os comunistas participariam da construção de um novo plano de governo para a segunda metade da administração Azevedo e indicariam secretários. A pasta da saúde, segundo as primeiras apurações do Pimenta, é a mais cobiçada pelo PCdoB.
Ocorre que, com o avanço das tratativas, pavimentou-se o caminho do prefeito para a filiação ao Partido Comunista. E Azevedo, que procura somente um jeito seguro de abandonar o DEM, vê na estratégia uma possibilidade de ganhar sobrevida política e aproximar-se do governo Wagner, ao qual – por insegurança – evitou declarar apoio na campanha eleitoral.
O alicerce dessa estrutura, porém, está fincado na sucessão presidencial. Segundo a nossa fonte da Prefeitura, toda a obra política desmorona como castelo de areia se a petista Dilma Rousseff não vencer a eleição. Por outro lado, basta que Dilma vença para o PCdoB jogar a boia de salvação para o claudicante prefeito itabunense.
É claro que os comunistas estão dando um passo calculado: vão sofrer críticas pela aliança politicamente esdrúxula, mas projetam vantagens que poderão superar o desgaste da imagem. Se valerá a pena, não se sabe, o jogo é arriscado… E o resultado final que se almeja está intimamente ligado à sucessão municipal.

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O Pimenta conversou há pouco com o deputado federal Índio da Costa (DEM), candidato a vice-presidente do Brasil na chapa de José Serra (PSDB). No diálogo por telefone, o político do Democratas procurou enfatizar que um eventual governo tucano não teria preconceitos de ordem partidária.
“Não vamos considerar questões partidárias para cuidar de nenhuma cidade ou estado”, prometeu o deputado, fazendo questão de frisar que, na Bahia, o governo Serra trabalharia “de braços dados com o governador Jaques Wagner (PT)”. Índio ainda arrematou, com açúcar e com afeto, que “todos (os governadores) terão o mesmo carinho e atenção”.
A promessa é uma estratégia tucano-democrata para conquistar votos nos estados que elegeram governadores ligados ao governo Lula e tem sido feita pelos emissários dos PSDB e do DEM nas mais diversas partes do País.
Pouco antes de falar com o Pimenta, Índio da Costa expressou o mesmo compromisso em um encontro com lideranças políticas em Salvador. Ao blog, ele frisou que falava em seu nome e em nome do candidato José Serra.
Índio da Costa aproveitou para fazer críticas ao governo Lula, atacando os índices de execução do PAC e do Programa Minha Casa, Minha Vida. E, numa demonstração de que vice também promete, o candidato abriu sua caixinha de bondades e assegurou que a dupla Serra/Índio resolverá a questão do aeroporto Jorge Amado, de Ilhéus, e realizará a duplicação do trecho Ilhéus-Itabuna da rodovia BR-415.
Enquanto conversava com o Pimenta, o vice de Serra estava em companhia do presidente estadual do PSDB e deputado federal eleito Antônio Imbassahy, e do deputado estadual eleito Augusto Castro, também tucano.

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Marco Wense
A posição mais confortável para Marina Silva e o Partido Verde (PV) é a de neutralidade diante do segundo turno. Ficariam bem com qualquer resultado da disputa presidencial, com Serra eleito ou Dilma.
Totalmente descartada é a hipótese de Marina dar o seu apoio pessoal ao candidato tucano, que no debate da Rede Globo disse que Marina e Dilma são iguais, como se fossem “farinhas do mesmo saco”.
Nervoso com a pergunta da ambientalista, que queria saber a posição dos tucanos em relação ao programa Bolsa Família, o candidato do PSDB, com um semblante destilando raiva, disse: “Você, Marina, parece muito com a Dilma”.
Além de comparar Marina com Dilma, o tucano acusou a candidata do PV de omissão no escândalo do mensalão protagonizado pelos aloprados do PT. Marina era ministra do Meio Ambiente do governo Lula.
José Serra, candidato do PSDB ao cobiçado Palácio do Planalto, de olho nos eleitores que votaram na candidata do PV no primeiro turno, diz agora que Marina é muito diferente de Dilma.
Serra lembra Fernando Henrique Cardoso. O ex-presidente pediu para que o povo brasileiro esquecesse os seus escritos. José Serra quer que o eleitor de Marina esqueça o que ele andou falando da então candidata.
Cinismo, tapeação e demagogia são ingredientes inerentes aos políticos. As exceções existem, mas, infelizmente, pouquíssimas. Depois ficam se queixando das pesquisas de opinião que apontam a classe política como a mais desacreditada pelo povo brasileiro.
GASPARETTO
1 – O governador Wagner será reeleito, até com certa facilidade, no primeiro turno. 2 – A “onda verde” vai empurrar a eleição presidencial para um segundo turno. 3 – O médico Renato Costa perderá votos com o apoio do ex-prefeito Fernando Gomes.
Em uma rápida conversa no tradicional Café Pomar, quinze dias antes da eleição, eu e o sociólogo Agenor Gasparetto, da empresa Sócio Estatística, concordamos com os três pontos acima.
Na sucessão estadual de 2006, Gasparetto apostou na eleição de Jaques Wagner logo no primeiro turno. É bom lembrar que as pesquisas davam a reeleição do então governador Paulo Souto como favas contadas.
Espero ter outra conversa com Gasparetto em relação ao segundo turno presidencial. O cafezinho fica por minha conta. Somente o cafezinho.
AZEVEDO E O DEM
Correligionário bem próximo do prefeito Azevedo, daqueles considerados como “imexível” em uma provável reforma administrativa, disse para esta modesta coluna que o prefeito de Itabuna não tem mais clima para permanecer no DEM.
O problema não é Maria Alice, que comanda o diretório municipal. Azevedo tem um civilizado relacionamento com a dirigente, cujo trabalho na legenda é reconhecido até mesmo pelos adversários.
O grande entrave é Paulo Souto, que não perdoa a indecisão do prefeito em relação a sua candidatura ao governo da Bahia. O ex-pefelista, cria de ACM, é o presidente estadual do Partido Democratas.
O ex-governador acordou no dia da eleição sem saber se o prefeito Azevedo iria votar nele. Paulo Souto obteve pouco mais de 28 mil votos em Itabuna, atrás do petista Jaques Wagner, com quase 48 mil.
A próxima legenda do chefe do Executivo será da base política do governo Wagner. Nos bastidores, o que se comenta é que o PP pode ser o próximo abrigo do Capitão Azevedo.

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Há muito tempo o prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo, deseja sair do DEM, mas deixou passar as eleições para só então definir a futura legenda. O partido escolhido foi o PP, no qual Azevedo pretende ingressar com as bênçãos do deputado estadual (eleito federal) Luiz Argôlo.
Ocorre que a ordem na cúpula estadual do Partido Progressista é barrar o gestor itabunense. O presidente do partido, deputado federal Mário Negromonte, orientou o presidente do diretório municipal, Roberto Barbosa, a vetar a filiação de Azevedo.
Barbosa, que tem planos pessoais para a sucessão municipal, não se fez de rogado. Trancou a porta e escondeu a chave.

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O senador César Borges (PR) foi “deletado” até pelos eleitores da sua cidade natal, Jequié, no sudoeste baiano.
Em solo jequieense, Walter Pinheiro (PT) teve 31,22% dos votos e Lídice (PSB), 27,50%.
Borges ficou distante: 19,96%.
Aliás, o senador não foi o único carlista a se dar mal na terra onde nasceu. Veja o caso do presidente do Democratas, Paulo Souto. Em Caetité, o ex-governador teve 22,66% dos votos, ante 68,87% de Wagner (PT).
Em números absolutos, foi algo como 3 votos pra 1. O petista obteve 15.856 votos e o democrata só 5.216.

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Sócrates Santana

A democracia baiana forjou um acentuado pluralismo partidário, que favorece os neoaliados.

Permeia nessas eleições uma sensação estranha. Um cheiro de óleo diesel. Uma tentativa de diluir diferenças, sucumbir ideologias. Paira um espírito palaciano. Um distanciamento das relações políticas. Todos são iguais. Uma verdade inconveniente. Há diferenças. São muitas. Desde a confecção de uma peça publicitária dos candidatos majoritários até a participação de comícios adversários.
Aparentemente, nessas eleições, basta vencer. Mas, o que significa vencer? Como vencer? Por quê vencer? Devo poupar, contudo, o leitor com a comum defesa da importância da continuidade do projeto iniciado pelo presidente Lula e o governador Wagner. Prefiro explicar que vencer significa continuar esse projeto, mas, principalmente, eliminar o outro projeto.
Para eliminar o outro projeto é necessário exaurir ao máximo a correlação de forças da direita ideológica: DEM e PSDB. Diminuir o número de parlamentares desses partidos é vital para tal objetivo. Isso exige um esforço concentrado em torno de candidatos ao Senado, como Walter Pinheiro e Lídice da Mata. Mas não basta.
A democratização da democracia baiana forjou um acentuado pluralismo partidário, que favorece os neoaliados. Esses tendem a se tornar tão exorbitantes que passam a ocupar a parte mais ampla da base de sustentação do governo Dilma e Wagner, relegando a esquerda às margens. Ou seja: não basta conter a direita ideológica (DEM e PSDB); também é necessário diminuir o tamanho da direita fisiológica (PMDB e PR).
Vencer no primeiro turno neutraliza no tabuleiro baiano DEM e PSDB, além de afastar das hostes do poder o ímpeto do deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB) e do senador César Borges (PR). Por um lado, o DEM sofre um desgaste natural, correndo o risco eminente de refletir uma rarefeita densidade eleitoral, abaixo do desempenho histórico de 25% dos eleitores baianos creditada ao carlismo.
Por outro lado, o PMDB regional disputa o papel de opositor ao modelo vigente. Não cresce nas pesquisas, apesar de surgir como uma sombra para o DEM, quando oferece refúgio seguro para aliados de última hora, como o PR.
Mas é impossível eliminar o outro projeto. É impossível, porque, os candidatos que compõem a base aliada viabilizam alianças entre o “novo” e o “velho” projeto. Uma guerra em que, no final, não há vencidos e vencedores, é uma guerra que não alcança seu objetivo. No momento em que optamos entrar no conflito, somos aliados ou de uma parte ou de outra. Nenhum movimento pode ser, simultaneamente, de esquerda e direita. Se tudo é esquerda, não há mais direita e, reciprocamente, se tudo é direita, não há mais esquerda.
Sócrates Santana é jornalista.

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Souto, Wagner e Geddel: vitória petista no 1º turno (Fotomontagem Google).

– Dilma tem 65% na BA, ante 15% de Serra e 9% de Marina

A mais nova pesquisa Vox Populi/A Tarde revela crescimento de cinco pontos percentuais do governador e candidato à reeleição, Jaques Wagner (PT). No intervalo de 26 de agosto e 25 a 27 de setembro, o petista saltou de 46% para 51% das intenções de voto.
Bem atrás, Paulo Souto (DEM) oscilou negativamente – de 17% para 15%, enquanto Geddel Vieira Lima (PMDB) saiu de 11% e foi a 12%. Bassuma (PV) oscilou de 1% para 3% e os demais concorrentes não pontuaram.
O levantamento tem margem de erro de 3,1 pontos percentuais e ouviu mil eleitores em todo o estado, nos dias 25, 26  e 27. Votos Brancos e nulos atingiram 5%. O percentual de indecisos caiu de 18% para 14% em um mês. Para 68% da população, o governador sairá vitorioso das urnas no domingo.

Na pesquisa espontânea, Wagner pulou de 32% para 37% e Souto foi de 7% a 8%. Geddel saiu de 6% para 8%. Neste caso, o percentual de indecisos é de 37%, além de 6% de brancos e nulos e 1% atribuído a outros candidatos.
O Vox Populi/A Tarde também fez simulações de segundo turno. No confronto entre petistas e democratas, Wagner teria 63%, ante 22% de Paulo Souto. Quanto são confrontados Wagner e Geddel, o governador tem 64% e Geddel só 19%.
SENADO
Na corrida ao Senado, Walter Pinheiro (PT) e Lídice da Mata (PSB) lideram com 18% e 17%, respectivamente. César Borges (PR) aparece com 14%. O trio está em situação de empate técnico.
PRESIDÊNCIA
A pesquisa também aferiu a corrida presidencial na Bahia. Dilma Roussef (PT) aparece com 65%, estável. José Serra (PSDB) tem 15% e Marina Silva (PV) pontua com 9%. A pesquisa completa você confere na edição d´A Tarde deste sábado, 2. Confira aqui se for assinante.

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O Instituto Datafolha divulgou pesquisa sobre a sucessão baiana e confirma a tendência de reeleição do governador Jaques Wagner (PT) ainda no primeiro turno. Foram divulgados apenas os percentuais de votos válidos dos principais concorrentes ao Palácio de Ondina.
Wagner aparece com 57% (era 58%); Paulo Souto (DEM) pontua com 21% (era 25%) e Geddel (PMDB) saiu de 14% para 17%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais. O instituto ouviu 1.198 eleitores em 49 municípios baianos.
SENADO
Na disputa ao Senado, o Datafolha mostra empate técnico entre Lídice da Mata (PSB), César Borges (PR) e Walter Pinheiro (PT). Lídice e Borges têm 25% e Pinheiro 22%. Quando computados os votos válidos, Lídice e Borges vão a 34%. Pinheiro atinge 30%.

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Suzana Andrade era secretária particular de Azevedo (foto Fábio Roberto/Pimenta)

O prefeito de Itabuna, Capitão Azevedo (DEM), foi arrolado como testemunha de defesa da sua secretária particular Suzana Andrade, acusada de assassinar o marido, Alex Santos, em novembro do ano passado.
Suzana encontra-se desde o início da manhã no Fórum Ruy Barbosa em Itabuna. Cerca de 20 testemunhas de defesa e de acusação estão sendo ouvidas pelo juiz substituto da Vara do Júri, André Britto.
Conforme a assessoria do magistrado, Azevedo deverá ser ouvido ao final desta tarde ou nesta terça-feira, 28. A informação inicial é de que o prefeito deveria prestar depoimento ainda hoje, mas estaria fora da cidade, viajando.
Suzana Andrade foi presa no dia 23 de agosto, após nove meses de investigações que apontaram a secretária particular como a responsável pela execução do marido, Alex Santos, no dia 22 de novembro do ano passado.
Numa entrevista ao Pimenta na Muqueca, Sione Porto, a delegada que investigou o caso, disse não ter dúvidas de que foi Suzana quem disparou os tiros fatais contra Alex, sendo um na nuca e outro nas costas.
Atualizado às 18h04min

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O DEM divulga inserção nos intervalos comerciais das tevês baianas sobre o último Datafolha em que Wagner aparece com 48% (tinha 53%) e Paulo Souto com 21% (ante 16% na pesquisa anterior do mesmo instituto).
Uma voz diz que Wagner caiu 5 pontos, enquanto Souto subiu cinco.
Para fechar, o locutor democrata diz que a diferença entre eles caiu “doze pontos“.
Ou seja, conseguiram fazer com que 5+5 seja igual a 12.

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Alguns dos “derrotados por antecipação”, assim chamados por ACM Neto os candidatos democratas que têm reclamado das alianças do deputado com nomes de fora do DEM, estão dispostos a deixar o partido após as eleições. É o que informa o site Política Livre, que voltou a ouvir os postulantes a mandato na Assembleia Legislativa que se sentem prejudicados pelo comportamento do parlamentar.

Neto firmou alianças com nomes como Leo Kret do Brasil (PR), Maria Luiza (PSC), Dona Raquel Ferreira (PSDB) e Bruno Reis (PRP), em detrimento de candidatos de sua própria legenda.

Ontem (23), o democrata divulgou nota em que chamou os supostos insatisfeitos de “fontes levianas e apócrifas”. A informação sobre a grita no DEM foi divulgada inicialmente pelo jornal Tribuna da Bahia.

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O governador Jaques Wagner voltou a exibir no Datafolha o mesmo percentual de intenções de voto apurado no início de setembro e soma agora 48%, ante os 53% obtidos da pesquisa da semana passada, enquanto Paulo Souto (DEM) subiu de 16% para 21%. É o que revela a pesquisa feita na terça e ontem (dias 21 e 22). Geddel (PMDB) oscilou de 11% para 12%.
Com a queda de 53% para 48% e a subida de Paulo Souto de 16% para 21%, a vantagem do petista caiu 11 pontos, mas ele ainda venceria no primeiro turno. A vantagem em relação à soma dos adversários é de 12 pontos percentuais. Bassuma (PV) foi a 2% e Marcos Mendes (PSOL) tem 1%. Professor Carlos (PSTU) e Sandro Santa Bárbara (PCB) não pontuaram. O percentual de indecisos alcança 11% e o de brancos e nulos, 5%.
O Datafolha ouviu 1.100 eleitores em 43 municípios. A margem de erro é de três pontos percentuais. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 31.421/2010.
DISPUTA AO SENADO
O Datafolha volta a mostrar empate técnico entre os três principais candidatos ao Senado até aqui. César Borges (PR) manteve 29%, assim como Lídice da Mata (PSB) segurou os 28%. Walter Pinheiro (PT) deslizou de 27% para 25%. Os democratas José Ronaldo e Aleluia aparecem com 12%, cada, e Edvaldo Brito, do PTB, 10%.

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Marco Wense

Como andam as intenções de voto, aqui no sul da Bahia, principalmente nas cidades de Itabuna e Ilhéus, nos candidatos Jaques Wagner (PT), Paulo Souto (DEM) e Geddel (PMDB)?
Como não tem uma pesquisa registrada e publicada na imprensa, a confusão é geral, com cada partido dizendo que seu candidato está bem na frente do outro.
Uma coisa é certa: a vinda do presidente Lula para lançar a pedra fundamental da ferrovia Oeste-Leste e a autorização do serviço de duplicação da rodovia Ilhéus-Itabuna vai acrescentar uns pontinhos na cada vez mais provável reeleição de Wagner no primeiro turno.
MUTIRÃO
A justiça eleitoral, através da sua instância maior (TSE), em parceria com outros tribunais, tem que julgar todas as pendências que se encontram “sub judice”. É bom lembrar que daqui a dois anos teremos a sucessão municipal.
Do contrário, o lenga-lenga vai continuar: Fulano pode ser candidato hoje, amanhã não pode mais. Cicrano é ficha suja hoje, amanhã é ficha limpa. O pobre do eleitor, coitado, fica como cego em tiroteio.
O cidadão-eleitor-contribuinte, como diria o irreverente jornalista Eduardo Anunciação, ainda corre o risco de votar em um candidato que pode ter seu diploma cassado. Essa instabilidade prejudica o Estado democrático de Direito.
NA VITRINE

O ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, adora aparecer no noticiário político com declarações polêmicas. Essa doentia obsessão termina criando problemas para a campanha da candidata Dilma Rousseff.
Dirceu anda dizendo, só para citar um exemplo mais recente, que o PT vai ficar duas vezes mais forte com a eleição de Dilma. Insinua, nas entrelinhas, que o PMDB não terá os mesmos espaços que tem no governo Lula.
Agindo assim, em plena efervescência eleitoral, Dirceu cria uma perspectiva de que o relacionamento de Dilma com o pragmático PMDB será o pior possível. Suas intempestivas previsões só fazem alimentar o discurso da oposição de que Dilma terá dificuldades no trato com os partidos aliados e, principalmente, com o peemedebismo.
Além do PSDB, do DEM e das denúncias que pipocam por todos os lados, a campanha de Dilma tem o José Dirceu. O Zé inconsequente. O Zé incendiário.
PT versus PSDB
A coordenação política da campanha de Dilma Rousseff já decidiu que não vai entrar no jogo do PSDB de nivelar o processo eleitoral por baixo.
Algumas lideranças petistas, no entanto, contrariando a decisão já tomada, começam a defender o uso da reportagem da revista Carta Capital no horário eleitoral da televisão e do rádio.
A reportagem diz que a empresa Decidir.com, que tem como sócias Verônica Serra, filha do presidenciável José Serra, e Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, alvo de investigação pela Polícia Federal, suspeito de cometer vários crimes contra a economia, conseguiu ter acesso aos sigilos bancários de 60 milhões de brasileiros.
Sobre o assunto em tela, a inquestionável sabedoria popular costuma dizer duas coisas: 1) quem tem telhado de vidro não joga pedra no telhado do vizinho. 2) macaco não olha para o próprio rabo.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.