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Fonte limpíssima e de trânsito livre no carlismo ficou, como definiu a própria, “bestificada” com a resistência do prefeito Capitão Azevedo em deixar-se fotografar ao lado do ex-governador e presidente do DEM baiano, Paulo Souto nas festividades de São José.

No encerramento da procissão e quando o bispo Dom Ceslau iniciava a missa, Capitão Azevedo avisava a assessores que ficaria no meio do povão para não posar ao lado de Souto.

Foi ‘repreendido’ pelo secretário da Fazenda, Carlos Burgos, que lembrou o protocolo:

– Capitão, o senhor é o prefeito.

Azevedo assentiu – a contragosto. Na Câmara de Vereadores, logo após, Souto e Azevedo andaram trocando farpas em seus discursos.

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Quando começaram as discussões para implantação de uma base de distribuição de gás natural em Itabuna, o economista Davidson Magalhães estava saindo da Secretaria de Indústria e Comércio do município para assumir o escritório baiano da Agência Nacional do Petróleo (ANP). À época, lembra, havia muita descrença em relação ao projeto bilionário do Gasoduto e seus efeitos para Itabuna e sul da Bahia. Era final de 2003, princípio de 2004.

Mais de seis anos depois, o presidente Lula e o governador Wagner vêm ao sul da Bahia, na próxima sexta-feira, 26, para inaugurar a primeira central de distribuição de gás natural do Gasoduto de Integração Sudeste-Nordeste (Gasene). A primeira molécula de gás natural será comercializada para uma empresa que cresceu no município, a rede de postos Universal.

A nova realidade deixa emocionado o economista, ex-vereador de Itabuna e atual presidente de uma das maiores companhias de gás do país. “O Gasene, junto com o Complexo Porto Sul, representa uma mudança de paradigma para a região”, diz.

Magalhães lembra que há quase 100 anos o sul da Bahia teve o seu primeiro grande ciclo de desenvolvimento, com a construção da ferrovia de 56 quilômetros interligando Itabuna e Ilhéus a partes da Bahia e o porto de Ilhéus, em 1926. As ações posteriores não ajudaram na acumulação de riquezes. Agora, um novo ciclo se abre. Saberá o sul da Bahia aproveitar das novas condições oferecidas?

Abaixo, a entrevista exclusiva concedida pelo presidente da Bahiagás ao Pimenta na Muqueca.

Quais serão os impactos do gás natural para a economia sul-baiana?
A região passa a ser mais competitiva na atração de investimentos. Nos próximos dois anos, serão de R$ 40 milhões a R$ 60 milhões em investimentos da Bahiagás no sul do estado. Junto com o Complexo Porto Sul, a chegada do gás natural representará mudança de paradigma para a região. 27% da indústria baiana é movida a gás natural.

Já existem empresas interessadas em investir na região com a chegada do gás natural?

Existe um conjunto de plantas de investimentos industriais na Secretaria de Indústria e Comércio. Na Bahiagás, fomos procurados por vários empreendimentos voltados à indústria térmica para produzir energia elétrica através do gás natural. A gente já está pensando o sul da Bahia para além do cacau. O que temos não é um desafio de crise, mas de investimentos e de perspectivas. A região vai crescer, se desenvolver.

As prefeituras de Ilhéus e Itabuna estão se preparando para esse novo desafio?
A região ainda está perplexa, imaginando o que está por vir. Há seis anos, quando discutíamos a vinda do Gasene, ninguém acreditava. Hoje é uma realidade. E aí? Precisamos avançar. Itabuna e Ilhéus serão os mais impactados, mas outros municípios também sentirão os reflexos deste empreendimento.

Os governos federal e estadual possuem projeto que amenize possíveis efeitos negativos do projeto, como êxodo e bolsões de miséria em torno destas cidades?
O desafio posto para os governos é garantir os investimentos, que o Complexo Porto Sul seja uma realidade. No curso disso aí, é que temos que preparar a região para o dia seguinte, para que não atraíamos gente, de forma desordena, para estas cidades.

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“Nós estamos discutindo com o governo o lançamento de um pacote de incentivos para a conversão a gás natural”

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As vantagens do gás natural estariam restritas às empresas ou também são acessíveis a pessoas físicas?
Já de imediato, os taxistas serão beneficiados com a redução de 40% dos seus custos.

Estudos mostrariam que o gás natural veicular não seria competitivo em relação a outros combustíveis?
Mas é vantajoso, sim. Fica em torno de 40% mais barato.

Mesmo com os custos de uma conversão?
Nós estamos discutindo com o governo o lançamento de um pacote de incentivos à conversão. Possivelmente no próximo dia 26, o governador Jaques Wagner deve fazer o anúncio.

Mas beneficiaria apenas algumas categorias?
A ideia inicial é disponibilizar esse incentivo para quem faz do seu veículo um instrumento de trabalho, como taxistas, donos de carro de som, transporte escolar, turístico.

A expectativa era de o gasoduto funcionar em outubro de 2010, mas foi antecipado. Isso tem a ver com o calendário eleitoral e uma ‘ajudinha’ à pré-candidata Dilma Rousseff?
Não, tem a ver com a entrega do gás antecipado pela Petrobras. Não dá para inaugurar um gasoduto sem estar distribuindo gás no ponto principal. Então, nós antecipamos essa entrega, inclusive via GNC [gás natural comprimido], para março. Inicialmente, vamos fornecer com carretas, até que os gasodutos nossos, da Bahiagás, fiquem prontos. Para isso, estamos investindo R$ 2,7 milhões.

A base da Bahiagás fica pronta até o dia 26?
Sim, e nesse dia vamos vender a primeira molécula de gás. Será para a rede de postos Universal, o primeiro consumidor de Itabuna. Também forneceremos para a DPA [antiga Nestlé] e a Trifil, nesta primeira etapa.

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“Não houve agressão ao meio ambiente, as ações

foram todas dentro das normas técnicas”.

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Há denúncia de que a obra da Bahiagás em Itabuna começou sem licenciamento ambiental. O que ocorreu, de fato?
Foi algum problema técnico que deve ter ocorrido. Nós já estamos com o licenciamento encaminhado, discutido inclusive no Conselho Municipal de Meio Ambiente. Os problemas e as divergências técnicas levantados corretamente pelo conselho já foram tratados pela Bahiagás. Não houve agressão ao meio ambiente, as ações foram todas dentro das normas técnicas.

A Bahiagás sai de um fornecimento de mais de 3 milhões para 20 milhões de metros cúbicos de gás. A empresa está preparada para este novo momento?

Não vamos sair imediatamente para 20 milhões. Hoje são 3,7 milhões e devemos atingir 4,5 milhões de metros cúbicos com o fornecimento para o sul da Bahia. Esses 800 mil metros cúbicos para a região nessa primeira etapa equivale a várias distribuidoras de gás do Nordeste. Em cinco anos, devemos chegar à marca de 11 milhões de metros cúbicos fornecidos. O Gasene é que tem potencial para transportar 20 milhões.

Em 2004, havia muita desconfiança em relação a este projeto. Como você analisa esse novo momento?
Uma outra região está nascendo. A principal preocupação nossa com essa reunião [com prefeitos, na segunda, 15] foi para que as pessoas possam perceber a grandiosidade do que está acontecendo no sul da Bahia. Aqui nesse evento, a gente ainda viu pessoas com o discurso da síndrome da crise, que é quando a gente não percebe as coisas novas porque está presa a esta síndrome. A ficha, como diz a gíria, está caindo agora. Este é um novo momento para além do cacau, significa um novo modelo de desenvolvimento.

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“Temos que ampliar as alianças para construir

uma política hegemônica na Bahia”

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Mudemos para a política. Como é que você, comunista e sempre oposição ao carlismo, analisa essa aliança com parte do grupo que sempre dominou a Bahia por 30, 40 anos?
Eu não acho que há uma aliança com o carlismo, que está deixando de existir. O carlismo hoje é personificado em ACM Neto, Paulo Souto. Estes são os herdeiros do carlismo.

Você não vê César Borges como carlista?

As pessoas vão mudando seus projetos de acordo com o processo histórico. Não acho que é Wagner que está mudando seu projeto. Aliás, o governo muda a Bahia com essa visão de integração e desconcentração econômica. 18 municípios concentram 55% do PIB baiano com apenas 30% da população. Para mudar, você tem que fazer projeto amplo. Temos que ampliar para construir uma política hegemônica na Bahia. Não estamos virando um governo autoritário, centralizador, sem transparência. O projeto do governo é claro: fazer mais por quem mais precisa; pensar a Bahia não apenas como se só existisse a região metropolitana.

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“Gabeira (PV) era da resistência armada ao regime militar. Hoje é um cara a serviço da direita”.

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Então, é favorável à aliança?
Se tivermos mais aliados nesse projeto e que não o desconfigure, ótimo. É que a gente tem muito a visão de personificar as pessoas, lideranças. Fernando Gabeira (PV-RJ), no passado, jogou papel avançado de resistência armada ao regime militar. Hoje é um cara a serviço da direita, que ajuda o neoliberalismo. Assim como sai gente daqui [da esquerda], sai de lá para cá. Então, ele hoje faz parte do projeto tucano. Quando o projeto avança, as pessoas se reenquadram em outro momento histórico.

E no caso dos “ex-carlistas”?
Veja um exemplo aqui na Bahia: Waldir Pires, para derrotar o carlismo, puxou Nilo Coelho, Jutahy Magalhães, João Carlos Bacelar. Todos não eram de esquerda. Foi feito um acordo com segmentos do carlismo para derrotar o carlismo. Ali não deu certo não foi por conta da aliança, mas de um projeto que foi interrompido por busca de uma situação nacional.

Hoje, o governo se abre para agregar velhos opositores. O eleitor entenderá essa movimentação?
Ele vai se decidir em torno de projetos. E o nosso projeto é capitaneado por Wagner, projeto da continuidade a estes programas de transformação da Bahia. O outro é capitaneado por Paulo Souto, que quer retomar o passado. Tem um terceiro, que é um híbrido do PMDB, de oposição ao governo, mas oposição sem a consistência histórica que tem o carlismo. Ah, César Borges foi do carlismo. Quantas pessoas que foram do grupo de lá estão no governo hoje? Mas elas estão ajudando ou prejudicando o governo?

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“A saída do PMDB do governo ajudou, destravou a Bahiagás. Existia uma política deliberada de emperrar a empresa”.

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Você mesmo pode nos responder: a saída do PMDB e a chegada do PP ajudaram o governo?
A saída do PMDB ajudou, destravou. Temos uma experiência concreta na Bahiagás, com a mudança do secretário de Infraestrutura. Saiu o do PMDB [Batista Neves] e entrou o João Leão, do PP. Existia, antes, uma política deliberada de emperrar a empresa, as ações de governo.

Como essa, digamos, sabotagem ocorria na prática?
Havia dificuldade de aprovação dos projetos de investimento da Bahiagás. Ficamos atrasados dois anos e meio, seguidos, em nosso plano de investimento. Todas as iniciativas tomadas pela diretoria eram barradas no Conselho de Administração pelo ex-secretário, do PMDB. Não parecia que participávamos do mesmo governo.

Mas como Batista Neves exercia esse poder?
Todos os investimentos acima de R$ 2 milhões, R$ 3 milhões têm de ser analisados pelo conselho, do qual ele, como então secretário de Infraestrutura, era presidente. Denúncias infundadas contra a empresa eram divulgadas. A entrada do PP foi favorável. João Leão, em pouco tempo, destravou, facilitou, articulou. O governo do estado entrou coeso para defender os seus interesses junto aos demais acionistas da Bahiagás, coisa que não tínhamos antes.

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“Vamos reeleger Wagner e eleger Dilma a

primeira mulher presidente do Brasil”

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Como você vê os cenários baiano e nacional para 2010?
O projeto liderado pelo presidente Lula vai ser vitorioso na Bahia, com a reeleição de Wagner, e, no plano nacional, com a eleição da primeira mulher presidente da República, Dilma Roussef. Nós elegemos um operário e, agora, vamos eleger uma mulher. Na Bahia, existe uma identidade do projeto de Wagner com o novo país. Nosso projeto é diferente da visão tucana, que inseria o Brasil no cenário internacional de forma subalterna, projeto que foi rechaçado duas vezes na urna e será pela terceira.

Você acha que o eleitor avançou a esse ponto, de eleger por comparação?

Acho que sim. A última eleição deixou muito claro que certos setores da grande mídia, que manipulavam a opinião pública, foram derrotados porque não representam essa opinião. Mais do que isso, o povo tem o seu dia-a-dia, sua experiência. Uma experiência vale muito mais do que dez discursos, dez editoriais do Jornal Nacional. O eleitor tem consciência do projeto que ele está abraçando. Pode não ter uma visão articulada de todos os efeitos, consequências e dimensão deste programa, mas tem visão muito clara do que esse projeto do governo Lula representa.

Você, como uma das principais lideranças do PCdoB na Bahia, visualiza qual cenário para o partido em 2010 na Assembléia e Câmara Federal?
Nós devemos ampliar o número de deputados federais. Vamos trabalhar para reeleger Alice Portugal e Daniel Almeida e eleger Edson Pimenta. Temos três deputados estaduais e queremos passar a cinco. Crescemos na Bahia, não tínhamos prefeito e em 2008 elegemos 18, temos 19 vices, 150 vereadores aqui, o partido presente no estado e nossa participação no governo Wagner trazendo resultados positivos. Isso tudo nos credita a ter um projeto eleitoral vitorioso em 2010.

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“Um nome da esquerda na majoritária é o de Wagner e o outro nós defendemos que não seja do PT”.

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O nome de Haroldo Lima foi até defendido, no partido, para disputar o Senado. O PCdoB abre mão e aceita chapa majoritária composta por Otto Alencar e César Borges?
O Haroldo não vai ser candidato, porque joga papel importantíssimo, principalmente nesse momento de decisões importantes acerca do pré-sal, à frente da ANP [Agência Nacional do Petróleo]. Não tem como ele sair da discussão. Nós entendemos que a chapa do governo deve ter composição que represente o arco de alianças: dois representantes de esquerda e dois do centro que se agregou ao projeto. Achamos que deve ter esse perfil. Um nome da esquerda é o de Wagner e o outro nós defendemos que não seja o do PT, pois não representaria a correlação de forças no governo.

A sua última eleição foi em 1998, para deputado estadual. Você ainda tem projeto eleitoral?
Por enquanto estou firme nesse projeto da Bahiagás. Eu estou na administração, mas não é que deixei de fazer política. Faço, sim, mas com outros instrumentos. Hoje, sou o vice-presidente do PCdoB no estado.

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Após amargar um público pífio na festa preparada pela comandante do DEM itabunense, Paulo Souto, tal qual gato escaldado, decidiu aparecer na procissão de São José, nesta sexta, 19. Assim, não poderá reclamar de falta de povo. Em média, a procissão atrai de 15 mil a 20 mil pessoas. Ele estará ao lado do deputado federal ACM Neto, também do DEM, e do presidente do PSDB baiano, Antônio Imbassahy.

Tanto piseiro de Souto em Itabuna tem a ver com os humores do eleitor. Pesquisa contratada por um grupo político indica situação desconfortável ao presidente estadual do DEM em Itabuna, onde, tradicionalmente, sempre pontuou bem. O ex-governador também quer diminuir a influência dos efeitos da visita do presidente Lula a Itabuna, no próximo dia 26, quando trará, a tiracolo, o governador Jaques Wagner e a ministra Dilma Rousseff.

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… E MOSTRA O PAU

Houve quem considerasse um sucesso o evento que trouxe o ex-governador Paulo Souto a Itabuna, na sexta-feira, 12. Depende da ótica de alguns. Ou da cegueira. O presidente do Democratas baiano saiu de lá da Usemi soltando fogo pelas ventas, tal a quantidade diminuta de gente. Mas dono e colunista de “jornal oficial” de Itabuna se pôs a tentar desacreditar a informação deste blog.

Como não somos donos da verdade, recorremos a uma foto do evento, divulgada pela assessoria do DEM itabunense. O nobre leitor pode  quanta gente esteve lá na Usemi. Paulo Souto merecia uma recepção melhor!

(Foto Divulgação/Ascom DEM).
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O ex-presidente do PT baiano, Josias Gomes, concedeu entrevista ao Pimenta e analisou os últimos acontecimentos da política estadual e a tentativa de aproximação entre o governador Jaques Wagner e carlistas, como o senador César Borges e o deputado federal Fernando de Fabinho.

Defensor da política de alianças engendrada por Wagner, Josias provoca o partido de ACM Neto e Paulo Souto. “A raça do DEM está acabando”.

Clique AQUI e confira a íntegra da entrevista.

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O deputado federal Geraldo Simões (PT) é um dos muitos contrários a aliança eleitoral que pode levar César Borges a compor com Jaques Wagner. César, todos sabem, é de matriz carlista. O parlamentar acredita que o eleitor não entenderá essa mistura que colocará Borges como candidato a senador na chapa em que Wagner disputará a reeleição.

Mas a união entre carlistas e petistas não parece ser contraditória ou difícil de explicar quando a aliança lhe é favorável. Veja o exemplo de Itacaré: Geraldo é o autor intelectual de uma “bomba” no diretório do PT de Itacaré. O deputado convidou o ex-prefeito Jarbas Barbosa (DEM) para o comando petista no município da Costa do Cacau.

A negociação desastrada implodiu o PT local. O ex-candidato a prefeito pela legenda, o professor Danilo Reis, aliado de GS, preparou a sua carta de desfiliação. Jarbas Barbosa teve mandato conturbado. O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) o afastou do cargo em 2008 por fraudes em licitações e desvio de dinheiro público.

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O ex-deputado federal e ex-presidente do PT na Bahia, Josias Gomes, está com o pé na estrada para voltar à Câmara dos Deputados. Passou recentemente alguns dias em Itabuna, segundo ele para manter contatos com grupos que o apoiam nesta cidade e em outras da região sul da Bahia.

Numa entrevista ao Pimenta, o político abordou de maneira positiva a aproximação entre o governador Jaques Wagner e forças que fizeram parte do núcleo duro do antigo carlismo, a exemplo do senador César Borges. Para o ex-deputado, a ampliação da base é necessária para consolidar o processo de mudança no comando do Estado. No entanto, ele afirma que o modelo da gestão não será alterado pelas novas composições.

Josias também relembrou o episódio do mensalão que, segundo ele, não passou de uma tentativa da oposição e da “imprensa golpista” de interromper o mandato do presidente Lula. Embora elogie o chamego de Wagner com os legatários do carlismo, o ex-deputado não perdoa o DEM, ao lembrar que o ex-presidente do PFL (antiga sigla do partido), Jorge Bornhausen, vaticinou o fim da “raça” do PT. “Felizmente, a raça que está acabando é a dele e não a nossa”, contra-atacou o petista.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista:

O que você pensa a respeito da costura política que vem sendo realizada pelo governador Wagner? O grupo não está muito permeável aos antigos carlistas?

Com relação às críticas dos petistas a essa “aproximação ao carlismo”, eu vejo com naturalidade. Não fosse assim não seríamos esse partido com uma multiplicidade de correntes e pensamentos, que torna o PT especial. Agora, tem mais gente de fora do PT que não está compreendendo o momento político que a Bahia vive, que é de transição. E essa transição o governador Jaques Wagner conduz de forma ímpar, reerguendo valores democráticos importantíssimos e ampliando o espaço da cidadania. Ao mesmo tempo, sabe-se que nós temos a necessidade de aumentar o espaço do PT junto com os aliados na política estadual para que o processo se conclua com o nosso partido sendo o grande timoneiro desse momento político rico que nós estamos vivendo. Se por um lado os petistas fazem a crítica, correta ou não, por outro a preocupação de alguns está no fato de que a ampliação implica na possibilidade concreta de ganharmos as eleições. E isso incomoda muita gente.

É fácil explicar essas novas opções de Wagner para o eleitorado?

Não se trata de uma mudança de rumo estratégico do PT em relação ao eleitorado cativo e tradicional do PT. Nossas políticas públicas voltadas para o atendimento da maioria do povo baiano vão continuar existindo. Nós continuaremos sendo um partido de esquerda, socialista. O que estamos buscando, se ocorrer a vinda do senador César Borges, é a ampliação do nosso raio de ação política no Estado, o que difere radicalmente da visão de que nós estamos nos misturando ao carlismo. São os políticos egressos dessa corrente que já enxergam no PT uma nova forma de se fazer política e estão vindo pra cá. Eles terão que ser bem-vindos, a exemplo do que Lula fez no País quando, precisando ampliar sua base de sustentação no Congresso, buscou apoio em setores que antes não seguiam conosco. Nem por isso nós deixamos de fazer as mudanças estruturais no País e de nos mantermos como o partido de esquerda e socialista que somos.

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“Ao destroçar o núcleo hegemônico do carlismo, só quem ganha é o PT, que tem massa crítica, organização social e é um partido do tamanho da Bahia e da grandeza do povo baiano”

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Mas há alguns anos esse cenário que está sendo traçado na Bahia seria inimaginável.

Essa é uma situação normal na política de um Estado onde há quarenta anos foi criado um modo próprio de agir na política e pouco espaço restou. Agora, as pessoas precisam entender que nós estamos nisso por mérito do nosso partido. Não devemos favor a quem quer que seja do carlismo por ter chegado aonde chegamos. Foi por mérito, porque fizemos e temos uma militância aguerrida, movimento social e sindical conosco e esses companheiros e companheiras de todo o Estado é que nos tornaram esse partido líder, que está promovendo transformações das mais importantes, seja no campo da educação, da saúde, seja na remontagem da infraestrutura do Estado, como também operando em alta na política baiana. Ao destroçar o núcleo hegemônico do carlismo, só quem ganha é o PT, que tem massa crítica, organização social e é um partido do tamanho da Bahia e da grandeza do povo baiano. Quem ganha é o PT, ao desmontar esse esquema e ser o partido que recebe grande parte das pessoas que foram legatárias de um tipo de política que já está ultrapassado.

Essas alianças se dão porque figuras como César Borges e Fernando de Fabinho acreditam no projeto do PT ou seria, para eles, uma estratégia de sobrevivência política?

Eu acredito na seriedade das pessoas e tenho visto várias lideranças locais dizendo que pela primeira vez elas estão vendo pessoas fazerem política de outra forma na Bahia. Eu acredito na mudança das pessoas, embora alguns possam até vir por achar que sem governo não dá para sobreviver politicamente.

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“Para quem esteve na oposição e agora está na situação não há nada que não possa ser modificado”

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Quando o governador nomeia para a Procuradoria-Geral do Estado um nome que ficou em último lugar na lista tríplice, ele não acaba se assemelhando ao carlismo também nas práticas administrativas?

Essa é uma questão pela qual nós temos até que nos penitenciar porque lá atrás nós éramos muito defensores da tese de que o primeiro lugar é que deveria ser indicado a qualquer custo. Acontece que a legislação é clara ao prever que são os três mais votados que vão à chancela do governador. Ele ouviu os três e ponderou que para o andamento do processo no Ministério Público convinha a indicação do terceiro colocado. Havia uma crítica nossa, mas para quem esteve na oposição e agora está na situação não há nada que não possa ser modificado. Eu não vejo esse episódio como uma semelhança ao carlismo. Nós somos, eu repito, um partido socialista e de esquerda.

Até onde o governo Wagner estaria disposto a ceder para que haja uma harmonização de interesses com as novas forças que passarão a apoiá-lo?

Todo governo tem um núcleo orientador das suas ações e aqui eu não me refiro a pessoas, mas a um núcleo ideológico e político. Esse é um centro do qual nós não podemos nos afastar. Em qualquer administração do PT, isso é muito patente. As políticas públicas devem ser bem feitas, gerenciadas com muito carinho, transparência e a capacidade de chegar aos que mais necessitam do serviço público com muita qualidade. Essa marca do PT tem orientado todas as nossas gestões e disso nós não vamos abrir mão. Não tenho dúvida de que o ato de ceder na política é importante, mas não devemos perder os princípios norteadores das nossas ações.

A capacidade de articulação do governador Wagner sempre foi elogiada. Você acha que o Wagner administrador está no mesmo nível?

A crítica que se faz à nossa gestão é muito em função primeiro de um preconceito de que o PT não sabe administrar, que só sabia fazer greve etc. e infelizmente alguns setores na Bahia ainda continuam com essa visão. Depois, tem o fato de ser a primeira vez que participamos da administração do Estado e ainda a circunstância de termos administrado poucas grandes cidades baianas. Então, a visão das pessoas é a de que nós não temos técnicos para gerir a máquina pública, o que é uma falácia. Se fosse assim, o governo Lula não seria o sucesso que é. Haverá oportunidade agora na eleição de provarmos o que foi feito nesses quatro anos e o que foi realizado pelo governo anterior. Assim a população poderá observar que temos, sim, gerentes capazes de fazer muito bem feito, com o olhar voltado especialmente para os que mais necessitam do serviço público.

Voltando ligeiramente à política de alianças, podemos considerar que o governo Lula só começou a se acertar quando se abriu mais para os aliados…

Tudo é um aprendizado. Foi o primeiro governo de Lula, uma gestão na qual estávamos ancorados à Carta ao Povo Brasileiro e precisávamos cumprir com aquilo. É natural que no primeiro momento tenhamos tido erros e acertos. Agora, se fizermos um balanço, e o povo brasileiro está fazendo, terão destaque os acertos do nosso governo, inclusive o fato de termos aberto espaço para os aliados. E isso é uma marca do nosso partido, apesar de as pessoas dizerem que nós gostamos de administrar sozinhos, o que não é verdade. De 36 ministérios no governo federal, o PT tem apenas 18.

A participação do PT é menor no governo baiano.

O importante é que na Bahia os cargos foram divididos para o PT e os partidos aliados de modo que todos pudessem ocupar posições de ponta. Você pode ver que os partidos aliados estão em grandes secretarias, que aliás estão tocando muito bem. Não podemos deixar de reconhecer o trabalho que o PP vem fazendo, assim como o PDT, o PCdoB, o PSB, o PV… Então, observe que tanto os aliados quanto o PT estão contemplados na gestão.

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“A violência não é um fenômeno baiano, mas um problema que aflige a humanidade e isso nos remete a uma questão de valores”

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Como você analisa a dificuldade do governo Wagner para enfrentar os problemas relacionados à segurança pública?

O governador Jaques Wagner tem sido muito competente para enfrentar esse problema que a Bahia, o Brasil e o mundo enfrentam. Na verdade, a violência não é um fenômeno baiano, mas um problema que aflige a humanidade e isso nos remete a uma questão de valores. As pessoas precisam se dar conta de que nos encontramos numa situação em que determinados valores que serviam para a agregação e o controle social passaram a não ser mais respeitados. Estão surgindo determinadas mudanças de comportamento nas pessoas… É um choque ver as gangues que aparecem em Salvador proveniente de gente de classe média-alta, que você jamais poderia imaginar. Claro que a repressão ao crime tem recrudescido, tanto nas grandes cidades quanto no interior. O aumento do efetivo humano, da quantidade de viaturas nas polícias civil e militar, são fatos notórios, mas ao mesmo tempo nós temos que buscar outras explicações que deem conta dessa mudança comportamental no povo brasileiro. É algo que nos assusta ver como a banalização da vida está sendo uma constante.

Já que você almeja retornar à Câmara dos Deputados, que projeto de lei defenderia para atacar o problema da violência? Reduzir a maioridade penal seria uma solução?

Essa questão de reduzir a maioridade é uma bobagem, até porque o nosso sistema prisional não ressocializa ninguém. Eu creio que as políticas sociais implementadas no Brasil pelo governo Lula ajudarão sobremaneira a elevar a auto-estima do povo e assim reduziremos muito a questão da violência. Claro que não é atributo de pobre e favelado serem violentos, mesmo porque eu acabei de citar a existência de gangues de classe média. Quero dizer que o conjunto da obra é que fará uma mudança comportamental para melhor do povo brasileiro de modo geral.

Como você vê o envolvimento cada vez maior de policiais militares e civis com o tráfico e grupos de extermínio?

Lamentavelmente, ainda existe uma parte da polícia que exige certo cuidado por parte dos governantes. Não sei se é despreparo ou má-índole mesmo, mas o fato é que isso cria uma sensação de insegurança. Eu quero deixar claro para a população que isso logicamente não é o que predomina. São exceções que infelizmente existem, mas as corporações são muito bem preparadas para a defesa do povo. Os desvios comportamentais estão presentes na sociedade e a polícia é também um extrato da nossa sociedade.

A classe política de modo geral enfrenta um descrédito e a sua situação não é diferente, em função do desgaste enfrentado no primeiro mandato com o episódio do “mensalão”. Como está sendo o trabalho de reconquistar o eleitor?

Em relação a mim, a recepção à proposta de voltar à Câmara tem sido muito positiva. Felizmente, as pessoas entenderam que houve um forte exagero, uma tentativa, por meio daquela crise de 2005, chamada crise do mensalão, de desestabilização do presidente Lula. Na verdade, desestabilização é pouco, pois a direita entendeu que aquele era o momento de decretar o impeachment de Lula. Eles não imaginavam ser possível que um governo de esquerda tivesse sucesso no país e já sentiam uma necessidade de intervenção brusca no sentido de interromper esse governo que viria a mudar sensivelmente a face política brasileira. Nesse sentido, é lapidar a frase do então presidente do PFL (atual DEM), senador Jorge Bornhausen, que disse: “está na hora de acabar com essa raça”. Felizmente, o Jorge Bornhausen profetizou errado, pois a raça que está acabando é a dele e não a nossa.

Mas você saiu bem chamuscado do episódio…

Eu fui tragado por aquela onda de parte da imprensa brasileira, mas essa fase passou. O PT recuperou a sua imagem perante a população e tem sido muito frutífera a minha busca pelo retorno à Câmara. Por outro lado, sempre houve processos semelhantes na história política do Brasil, como se deu com Getúlio Vargas. Há uma recorrência nesse tema na política brasileira, o que desacredita muito os políticos. Parte da imprensa insiste nessa tese porque cada vez mais o povo se interessa por política e, num momento como esse, o interesse maior é pelo partido da vez, que é o Partido dos Trabalhadores. Não interessa à imprensa golpista, que está a serviço da minoria que governou o país durante mais de 500 anos, que o PT faça história nesse país positivamente como está fazendo. Neste ano, a imprensa golpista já tentou emplacar três histórias de corrupção no PT: a primeira com (Fernando) Pimentel, que estaria transacionando com doleiro – o procurador que está investigando essa questão declarou que o Pimentel não estava indiciado pelo que o noticiário falou; depois veio o caso da banda larga, onde disseram que o companheiro José Dirceu estava fazendo transações e de novo houve desmentido, inclusive da CGU…

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“Se não tivéssemos atacado, talvez hoje a Petrobras, o Banco do Brasil, a Codevasf, a Chesf e tudo mais estaria privatizado”

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O José Dirceu admitiu que recebeu R$ 620 mil para consultoria a empresas interessadas na expansão da banda larga.

Mas isso não tem relação com o projeto do governo de reequipar a Telebras para implantar a banda larga em todo o País. Na medida em que isso deixa de ser feito por empresas privadas e passa a ser feito pelo Estado, quem é contra o Estado grande, como os tucanos e o DEM,  vai tentar de toda forma denegrir, criando situações para que nós façamos o que eles fizeram, privatizar o País como eles tentaram. Se nós não tivéssemos atacado em boa hora, talvez hoje a Petrobras, o Banco do Brasil, a Codevasf, a Chesf e tudo mais estaria privatizado.

O terceiro caso seria o do Bancoop…

Pois é, mais uma vez o promotor que acusa o Vaccari [João Vaccari Neto, secretário nacional de Finanças e Planejamento do PT], a história dele vocês podem conferir na imprensa que ele, o promotor, sempre serviu aos tucanos. Essa é uma história requentada, pois a questão do Bancoop vem há mais de dez anos. Eles requentam e trazem nesse momento para vir reacender esse tema de corrupção junto ao PT. Isso não cola, não há hipótese de colar em nós essa pecha. O povo brasileiro já sabe distinguir o que é essa tal imprensa golpista.

A denúncia é do promotor. Então, seria ele também um golpista?

O promotor requentou uma denúncia de mais de dez anos contra a Cooperativa dos Bancários de São Paulo e foi procurar a imprensa. O [José Carlos] Blat é conhecido nisso e aparece novamente com a mesma história.

Voltando ao plano estadual, Wagner liquida a fatura no primeiro turno?

Eu torço para que isso ocorra. Quatro anos não é um tempo suficiente para que nós possamos concluir esse processo de transição política, de afirmação da cultura dos direitos junto à população e de mudar a concepção da gestão pública. Existem acertos do núcleo político do governo, que tem atuado com muita maestria e criado, em consequência, a possibilidade real de ganharmos essa eleição no primeiro turno.

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Souto e Azevedo não se entendem (Foto Gustavo Lacombe/DB.

Do Diário Bahia

O ex-governador Paulo Souto, que tentará retomar o cargo em outubro, esteve em Itabuna há pouco, para uma festa do Democratas (DEM) em homenagem à mulher. Também esteve por lá o prefeito Capitão Azevedo.

Apesar dos discursos cordiais e da troca de elogios, eles estiveram, na maior parte do tempo, em lados opostos do palanque. Mesmo quando falaram lado a lado, não trocaram nenhum daqueles efusivos abraços típicos dos políticos em época de campanha.

Questionado pelo Diário Bahia se Souto é o seu candidato a governador, Azevedo foi saindo pela tangente. Disse apenas que existem muitos pré-candidatos, mas ainda não chegou a época das convenções.

Já Paulo Souto, também se referiu às tais convenções, quando indagado se o DEM é democrata ao ponto de aceitar que Azevedo declare apoio a Luiz Argôlo, do PP. Ou seja, vai esperar chegar a época de as candidaturas serem sacramentadas para ver o que vai acontecer.

Se a falta de abraço representa relações estremecidas, Paulo Souto retruca: “Você está vendo coisa”.

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Segundo o Políticos do Sul da Bahia, a petista Lenya, vereadora em Itapitanga, já escolheu de que lado ficará nas eleições de 2010 na disputa pelo Palácio de Ondina. Amanhã, 12, o ex-governador Paulo Souto (DEM) estará no município sul-baiano para proferir palestra sobre a violência na Bahia. E é justamente a vereadora quem organiza o evento.

Ela já havia anunciado que não apoiaria candidato petista na disputa por vagas à Assembleia Legislativa nem à Câmara Federal. Pelo jeito, não vai dar seu votinho para que Jaques Wagner, também petista, permaneça na cadeira de governador.

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Gilson, Josias e Rosário… "Só amizade" (foto Waldir Gomes)

A Bahia é mesmo outra e o estouro de boiada que se seguiu à morte do babalorixá do carlismo agora atinge seu ápice, com a ampliação irrestrita promovida pelo governador Wagner. Não há barreiras, a conversa e os acordos são livres. César Borges e Fernando de Fabinho que o digam…

Prova desse clima de liberdade se viu na manhã desta quarta-feira (10), na Prefeitura de Itabuna. Em pleno território do DEM, o petista Josias Gomes tentava catequizar o secretário municipal de Assuntos Governamentais e Comunicação, Walmir Rosário, e o titular da Administração, Sargento Gilson.

Os dois membros do governo Azevedo, pelo que se sabe, estão mais chegados politicamente ao deputado estadual e futuro candidato a federal, Luiz Argolo, do PP. Mas há quem simpatize muito com o petista naquele eclético centro administrativo.

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Um acidente automobilístico estranhíssimo foi registrado em Itabuna. Num cruzamento no centro da cidade, um veículo da prefeitura bateu com uma kombi que roda a serviço do partido Democratas.

Não houve feridos nem danos materiais significativos, mas a colisão é simbólica e parece traduzir o momento político que vive o prefeito Capitão Azevedo.

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PRB gostou da ideia de lançar Tom Ribeiro para vice de Azevedo em 2012

A conversa entre o prefeito de Itabuna e a cúpula do PRB, ontem, na Churrascaria Los Pampas, foi bem mais abrangente do que se pensava. Não se resumiu à parceria com a TV Cabrália/Record News nem visou somente às eleiçoes vindouras.

Azevedo e o Bispo Marinho falaram muito sobre o presente. E ficou praticamente acertado que o PRB ocupará uma cadeira no primeiro escalão do governo. O presidente da Executiva Municipal, Ivo Evangelista, vai indicar o nome, ainda não se sabe para que cargo.

Na mesma conversa, Azevedo convidou o comunicador Tom Ribeiro, campeão de audiência da Cabrália, para ser o seu vice na reeleição, em 2012. É um namoro que já vem de algum tempo e é visto com simpatia pelo PRB.

Ao que tudo indica, vai dar casamento.

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Ela chorou, soluçou, bateu no PT, deu conselhos ao prefeito Capitão Azevedo. É a nova fase da presidenta do DEM de Itabuna, Maria Alice Pereira. A versão chorosa, “mais humana”, vem sendo apresentada depois que ela foi preterida no governo do capitão, ficando de fora.

Um dos trechos fará a turma do PT estrilar:

– O governador Jaques Wagner é esperto o suficiente – aliás, todos eles dessa sigla partidária o que sabem é aproveitar a mídia. Uma Bahia que está na televisão não é a Bahia que nós vivenciamos, não é a Bahia que nós vemos. A Bahia da televisão quem não estiver dentro da Bahia quer vir correndo.

A presidenta do DEM local, aliás, pôs-se a fazer críticas (coerentes até certo ponto) à (in)segurança:

– A insegurança campeia em todos os bairros da nossa cidade. Em qualquer bairro você está sendo assaltado em plena luz do dia, tem pedágio em alguns bairros e você não pode entrar. Eu andava livremente em todos os bairros da cidade. Hoje eu repenso quando tenho que sair para ir a um bairro.

Entendeu por que o “coerente até certo ponto”? Quem pode dizer que se andava livremente de um bairro para o outro ao final dos anos 90 e início dos anos 2000? Antigamente, e o ano era 1998, matava-se jornalista que circulava numa rua em que, nos seus extremos, existiam (e ainda existem!) um batalhão da Polícia Militar e um Complexo Policial.

Confira a íntegra da entrevista concedida à Celina Santos (clique aqui para ler).