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Geraldo citou suposta negociação e foi rebatido por Josias.
Geraldo citou suposta negociação e foi rebatido por Josias.

O secretário estadual de Relações Institucionais, Josias Gomes, negou que esteja negociando a participação do PT no governo do prefeito eleito de Itabuna, Fernando Gomes (DEM). “Não há absolutamente nada disso”, disse ao PIMENTA ao rebater críticas feitas por Geraldo Simões. “As conversas que tenho [com Fernando] são em função da governabilidade, da aproximação dos governos [estadual e municipal]”, completou.

Eventual participação do Partido dos Trabalhadores na gestão de Fernando, observou Josias, teria que, necessariamente, passar pelo Diretório Municipal, hoje comandado pelo grupo geraldista. “O PT tem direção municipal e qualquer discussão seria feita ouvindo, obviamente, a direção estadual. Não há essa negociação do partido ir para o governo. Não houve essa consulta ao prefeito”, disse.

“DIÁLOGO FÁCIL” COM FERNANDO

Josias reforçou a importância de Itabuna para os projetos que estão sendo desenvolvidos pelo estado no sul da Bahia. Dentre os projetos, citou a duplicação da Rodovia Ilhéus-Itabuna, o Hospital da Costa do Cacau, o novo aeroporto internacional (“estamos trabalhando para que ele aconteça”) e investimento na área de saneamento em Itabuna.

Para executar os projetos, diz Josias, as boas relações com os governos municipais de Ilhéus e Itabuna são imprescindíveis. E confessou: “o prefeito eleito, [Fernando Gomes], tem se mostrado de diálogo muito fácil conosco e com o governador [Rui Costa]”, disse na entrevista ao blog.

O ponto discordante nos diálogos entre o governo estadual e o prefeito eleito é o saneamento básico. O Estado quer a transferência dos serviços de água e esgoto da Emasa para a Embasa. Fernando resiste à ideia. Sobre este ponto, Josias diz que os dois lados ainda conversam e há uma busca pelo entendimento.

BASE ALIADA

A ida de Fernando para a base aliada é quase ponto pacífico, porém não há, até aqui, uma decisão quanto ao partido para o qual o prefeito eleito deva ir. Desde o entrevero entre o prefeito de Salvador, ACM Neto, e Fernando, o governo estadual dialoga com o prefeito eleito de Itabuna.

No fechar das urnas, em 2 de outubro, aventou-se a possibilidade de Fernando ir para o PSD, puxado pelo deputado federal Paulo Magalhães. Como antecipado pelo PIMENTA, outro destino pode ser o  PSL, comandado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (relembre aqui).

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marco wense1Marco Wense

 

O silêncio do PT de Itabuna diante da inusitada aliança entre Fernando Gomes e Josias Gomes é ensurdecedor.

 

Um escancarado pessimismo tomou conta do staff fernandista assim que Geddel Vieira Lima deixou de ser ministro de Temer. Sem dúvida, a prova inconteste de que o ex-lulista era o braço direito de Fernando Gomes nas suas andanças por Brasília.

Pessoas bem próximas do ex-alcaide chegaram até a comentar que “as coisas” ficariam complicadas sem Geddel por perto, obviamente se referindo as pendências jurídicas de FG na capital federal do Brasil.

Ali no tradicional Café Pomar, onde se misturam políticos de todos os partidos, era comum o comentário de que a saída de Geddel da secretaria de Governo poderia dificultar o caminho de Fernando rumo à elegibilidade.

Enquanto homem forte do governo Temer, o presidente estadual do PMDB foi muito atencioso com o candidato do DEM ao centro administrativo Firmino Alves, não lhe negando apoio toda vez que solicitado.

Não se contentando com um braço direito, Fernando procurou um “esquerdo” protagonizado por Josías Gomes, secretário de Relações Institucionais do governador Rui Costa (PT).

Coloquei aspas na palavra “esquerdo” porque essa dicotomia de esquerda e direita é coisa do passado. O balaio de gato é um só. Tudo movido por interesses pessoais em detrimento do coletivo. Farinha pouca meu pirão primeiro.

Aliás, a disputa hoje, com as raríssimas exceções, é pelo troféu de quem roubou menos, quem menos surrupiou o dinheiro público, o dinheiro meu, seu, de dona Maria, senhor José, enfim, de todos nós eleitores-cidadãos-contribuintes.

Josías, deputado federal licenciado, aproveitando a birra entre Fernando e ACM Neto, virou um ferrenho defensor da elegibilidade do ex-prefeito, que, como contrapartida, deve sair do DEM para se filiar a um partido da base aliada do governo Rui.

Sem nenhum tipo de constrangimento, agindo de maneira silenciosa e sorrateira, Josías transformou-se em um neofernandista de carteirinha, mais entusiasmado do que Raimundo Vieira, sem dúvida o fernandista-mor, o mais fiel de todos.

Não sei qual a posição de Geddel em relação a essa inusitada aproximação entre Fernando Gomes e o PT. Alguns peemedebistas de Itabuna acham que o ex-ministro não vai ficar calado diante de tamanha ingratidão e inominável traição.

E o que pensa o deputado federal José Carlos Aleluia, presidente estadual do Democratas, sobre toda essa articulação? É bom lembrar que Aleluia sempre foi correto com Fernando Gomes. Fez questão de ficar do seu lado no imbróglio entre o ex-alcaide, ACM Neto e Augusto Castro.

Setores do demismo soteropolitano, chateados com o namoro entre Fernando e o PT, já defendem o uso do instituto da fidelidade partidária como instrumento para provocar a perda do seu mandato de prefeito.

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Nilo quer atrair Fernando Gomes para o PSL.
Nilo quer atrair Fernando Gomes para o PSL.

Comandado na Bahia pelo presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, o PSL fez 15 prefeitos em outubro passado. O partido quer ampliar este número. O dirigente espera atrair para a sigla o candidato mais votado de Itabuna, Fernando Gomes.

O ex-prefeito do município sul-baiano concorreu ao cargo pelo DEM, mas contrariado com ACM Neto, que ficou neutro no processo e defendeu aliança do Democratas com Augusto Castro (PSDB), terceiro colocado na disputa.

Fernando ainda aguarda julgamento do seu registro de candidatura para saber se assumirá a Prefeitura de Itabuna pela quinta vez. O julgamento está marcado para as 9h desta terça (22), no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), em Salvador.

Após obter efeito suspensivo de condenações no Tribunal de Contas da União (TCU) e reverter condenação no Tribunal de Contas do Estado (TCE-BA), a defesa de Fernando acredita que não há mais empecilho para que ele seja liberado para ser diplomado e assumir a prefeitura. Do outro lado, há o grupo do segundo colocado na disputa, Antônio Mangabeira (PDT), que espera ver o TRE negando registro a Fernando e determinando a posse do pedetista (pela legislação, deverá haver, neste caso, nova eleição).

Nilo já acionou emissário para iniciar conversas com Fernando. O ex-prefeito é nome dado como certo no PSD, puxado pelo deputado federal Paulo Magalhães, que o apoiou na disputa eleitoral deste ano.

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Procuradoria eleitoral se manifesta contra PDT e por indeferimento de Fernando.
Procuradoria eleitoral se manifesta contra PDT e por indeferimento de Fernando.

Fernando tem opinião contrária da PRE.
Fernando tem opinião contrária da PRE.
Nesta segunda (17), o Ministério Público Eleitoral manifestou-se contra os candidatos mais votados na disputa pela Prefeitura de Itabuna. No entendimento do procurador regional eleitoral Ruy Bastos Bastos Melo, Fernando Gomes (DEM) cometeu “ato doloso de improbidade administrativa” já apontado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) – acórdãos 446/2010 e 2260/2015.

Já contra Antônio Mangabeira, o procurador interpretou que o PDT não poderia ingressar nesta fase do processo, pois houve tempo hábil para pedido de impugnação, ainda na primeira instância. Assim, Bastos Melo manifestou-se “pelo indeferimento do pedido do PDT” para entrar como parte interessada no processo.

O procurador também manifestou-se pela manutenção da sentença da juíza da 27ª Zona Eleitoral, Rosineide Andrade, “que indeferiu o registro de candidatura de Fernando Gomes de Oliveira”. O julgamento da ação é aguardado para a tarde da próxima quinta (20).

 

 

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Augusto defende que se respeite vontade do eleitor.
Augusto defende que se respeite vontade do eleitor.

Num discurso semelhante ao do prefeito Claudevane Leite, o deputado estadual Augusto Castro (PSDB) disse há pouco “que a vontade do eleitor deve ser respeitada”. Terceiro mais votado na disputa pela Prefeitura de Itabuna, Augusto diz ter acolhido o resultado do pleito “com humildade e respeito”.

O tucano lembrou ter alertado para o quadro de indefinição política se o eleito fosse Fernando Gomes (DEM). Agora, ele considera o mais correto e democrático “respeitar o desejo do eleitor, que livremente escolheu seu prefeito”.

Augusto faz menção, ainda, à tática do candidato mais votado. “Todos diziam que os votos de Fernando não seriam computados, mas ele alegava que era mentira e muitas pessoas acreditaram”.

O tucano defende o respeito à vontade popular. “Isso faz parte da democracia, mas vamos ver o que o judiciário irá definir, porque a situação é mais complexa do que muitos imaginam”, finalizou.

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Fernando Gomes é um prodígio. Quase octogenário, de fala ininteligível e indeferido pela justiça eleitoral, ele conseguiu ser o mais votado entre os nove candidatos à Prefeitura de Itabuna. É preciso reconhecer, o homem é um fenômeno, que só perdeu eleição em Itabuna quando todos os adversários se uniram em um “power-bazuca” contra ele. Hoje, com a tal “marreta do 25”, Cuma esmagou a concorrência e agora deve estar dando boas gargalhadas, como menino curtindo sua última travessura.

Eleito, Fernando não leva, o que foi antecipado pelos adversários e especialistas em direito eleitoral. Contra estes, o candidato do DEM aplicou a pecha de mentirosos e seguiu em frente, convencendo seu eleitorado fiel de que era ele quem falava a verdade. Só agora a torcida do FG Futebol Clube começa a perceber quem é o mentiroso, mas a ficha caiu tarde demais.

Fernando usou a mesma receita utilizada por ele em 2004, quando sofreu impugnação e se transformou em vítima, acusando o petista Geraldo Simões de tentar vencê-lo no “tapetão”. Vestiu mais uma vez o disfarce de injustiçado, do homem que é atacado porque “só faz o bem às pessoas”.

A torcida do FG Futebol Clube aceitou docilmente o argumento fernandista, sem nem por um segundo pensar que o piloto do tapetão dessa vez era o próprio candidato do DEM. Foi ele quem utilizou recursos protelatórios para se manter em uma disputa da qual não poderia fazer parte.

Fernando Gomes tem condenações no Tribunal de Contas da União e no Tribunal de Contas do Estado que o tornaram inelegível. Segundo especialistas, a situação jurídica que tornou o ex-prefeito ficha suja é praticamente irreversível e seus recursos na seara eleitoral são meramente protelatórios. Isso foi exaustivamente repetido durante a campanha, mas muitos não entenderam.

Hoje, enquanto muitos municípios já sabem quem os governará a partir de 1º de janeiro, Itabuna dá um salto no escuro e torce para que o próximo presidente da Câmara de Vereadores seja alguém à altura de assumir o governo como prefeito-tampão. Cuma passou a campanha cantando “Foram me chamar, eu estou aqui o que é que há?”. O que há é uma grande confusão, com um pleito que termina sem que a cidade saiba quem irá governá-la a partir do dia 1º de janeiro.

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Moacyr sofre nova derrota judicial.
Moacyr sofre nova derrota judicial.

A juíza substituta Adriana Sales Braga cassou liminar que suspendia sessão da Câmara de Vereadores, que reprovou as contas de 2010 do ex-prefeito Moacyr Leite (DEM), de Uruçuca, no sul da Bahia. Com a decisão da magistrada de Segundo Grau, o candidato democrata volta a ficar inelegível.

A decisão foi publicada hoje. A juíza Adriana Sales Braga revogou liminar obtida pelo ex-prefeito no último dia 20, após recurso da Procuradoria-Geral do Município contra Moacyr.

As contas de 2010 do ex-prefeito também foram rejeitadas pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Em 2014, o legislativo de Uruçuca seguiu parecer da corte, tornando-o inelegível.

Parte da decisão da juíza Adria
Parte da decisão da juíza Adriana Sales Braga.
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Fernando sofreu derrota na Justiça Federal, mas pode requer registro de candidatura.
Fernando sofreu derrota na Justiça Federal, mas pode requer registro de candidatura.

O ex-prefeito Fernando Gomes (DEM) sabia dos riscos judiciais ao lançar-se no pleito de 2016. Decidiu entrar na disputa, principalmente após entrevero com o também prefeiturável Augusto Castro(PSDB).

Ontem, o juiz federal Pedro Calmon Holiday indeferiu pedido de Fernando para suspender os efeitos de acórdãos do Tribunal de Contas da União (TCU) contra ele, além da exclusão do seu nome da lista de inelegíveis.

Falta julgar o mérito. Porém – e por ora, o prefeiturável decidiu manter-se na disputa e deve recorrer da negativa do juiz. FG pode requerer o registro de candidatura, mas os efeitos da decisão de ontem podem causar estragos em sua candidatura.

O ex-prefeito poderá continuar em campanha e terá até vinte dias antes das eleições para, querendo, ser substituído por outro nome. Por enquanto, Fernando decidiu resistir.

Por meio de nota, a sua coligação reafirmou que é candidato, por não haver “qualquer impedimento legal ao registro da candidatura de Fernando Gomes ao honroso cargo de prefeito de Itabuna”. Confira a íntegra da nota pública em “leia mais”, abaixo.

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Prefeito está na lista dos gestores com ficha suja
Ex-prefeito está na lista dos gestores com ficha suja

Uma das bravatas preferidas dos partidários do ex-prefeito de Itabuna, Fernando Gomes,  do DEM, é a de que só ele é tetra. Referem-se aos quatro mandatos do político (1977-1982, 1989-1992, 1997-2000 e 2005-2008).

Mas não é só na gestão municipal que Fernando Gomes tem quatro passagens. Aos 77 anos, o ex-prefeito também é “tetra” em condenações no Tribunal de Contas da União (TCU), o que hoje o torna absolutamente inelegível.

Todas as condenações do político do DEM se devem à aplicação irregular de recursos públicos, principalmente da saúde. Entre os processos que em tese o deixam de fora da disputa eleitoral, está o relacionado à famosa “máfia das ambulâncias”, escândalo que estourou em 2006 e envolveu o superfaturamento na compra de unidades móveis de saúde.

A lista do TCU aponta os gestores com ficha suja, mas não os torna automaticamente inelegíveis. A relação é encaminhada para o Tribunal Superior Eleitoral e este sim é que tem a competência de excluir o político da disputa. No caso de Fernando Gomes, especialistas em direito eleitoral afirmam que os requisitos para a inexigibilidade são inquestionáveis.

Curiosamente, apesar da dificuldade para emplacar a candidatura, o ex-prefeito aparece muito bem nas pesquisas de opinião. Por esse motivo, caso ele seja “abatido em pleno voo”, haverá disputa ferrenha pelos despojos, envolvendo políticos que garimpam na mesma fatia do eleitorado: José Nilton Azevedo (PTB) e Augusto Castro (PSDB). Essa briga promete.

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Augusto, Mangabeira e Roberto José  lançam pré-candidaturas em maio
Augusto, Mangabeira e Roberto José lançam pré-candidaturas em maio

Maio será um mês de intensa movimentação política em Itabuna, com a previsão do lançamento de  novas pré-candidaturas a prefeito. Tirando Davidson Magalhães (PCdoB), que abriu os trabalhos no dia 7 de março, e Fernando Gomes (DEM), que realizou seu evento no dia 23 , pelo menos outros três pré-candidatos devem colocar oficialmente o bloco na rua no próximo mês.

O deputado Augusto Castro (PSDB) anunciou o lançamento da pré-campanha para o dia 5 de maio, às 18h30, no Grapiúna Tênis Clube. O tucano anuncia que irá receber lideranças estaduais e nacionais do seu partido, como os deputados federais Jutahy Magalhães Jr., João Gualberto e Antônio Imbassahy, e o senador José Serra.

O médico Antônio Mangabeira (PDT) programou uma sequência de eventos, que começa amanhã (19), com a eleição do próprio Mangabeira para a presidência do diretório municipal da legenda. Ainda sem data definida, mas com previsão para a primeira quinzena de maio, acontecem a inauguração da sede do PDT e o lançamento da pré-campanha.

O ex-presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc), Roberto José, do PR, disse ao PIMENTA que pretende agendar o lançamento da pré-candidatura para a segunda quinzena do mês que vem. Segundo ele, o planejamento leva em conta a agenda de lideranças nacionais do partido, que ele ressalta estar complicada no momento em função da crise em Brasília.

AINDA SEM DATA – O ex-prefeito José Nilton Azevedo (PTB) ainda está sem data para o lançamento oficial da pré-campanha. Essa é também a situação do ex-prefeito e ex-deputado Geraldo Simões (PT). Consultado pelo blog, o presidente do diretório municipal do PT, Flávio Barreto, declarou que o grupo do pré-candidato está trabalhando no cronograma e no momento se dedica à discussão do programa de governo.

O blog não conseguiu contato com outros pré-candidatos, mas deixa aberto o espaço para a divulgação das pré-campanhas.

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Deputado diz que a população está tomando sufoco dos bandidos, enquanto governador tenta salvar presidente
Deputado diz que a população está tomando sufoco dos bandidos, enquanto governador tenta salvar presidente

O elevado número de homicídios registrados neste feriadão em Salvador e Região Metropolitana alimentou o discurso oposicionista na retomada dos trabalhos da Assembleia Legislativa. As críticas ficaram por conta do deputado Sandro Régis (DEM), líder da oposição.

Em apenas três dias do feriado prolongado, Salvador e RMS contabilizaram 19 homicídios. Oito desses crimes ocorreram ontem (27), nos bairros do Lobato, Paripe, Federação, Dom Avelar, Tororó e Boca do Rio.

Além de atribuir o problema à falta de investimentos do governo na segurança pública, Régis afirmou que o governador Rui Costa tem dedicado mais energia para “salvar a presidente Dilma do impeachment”. Nas palavras do deputado, “é inadmissível que o governador Rui Costa canalize suas ações e energias em defesa do governo federal, enquanto a população baiana morre nas ruas e fica refém da criminalidade”.

NOVOS POLICIAIS

O governo tem sido criticado por descumprir a promessa de convocar 800 policiais civis (delegados, investigadores e escrivães) e cerca de 2 mil policiais militares. Rui Costa disse em janeiro que as nomeações ocorreriam logo após o Carnaval, mas depois alegou impossibilidade de realizá-las em virtude de problemas financeiros do Estado.

No momento, o governo espera um relatório da Secretaria de Administração (Saeb) para saber quantos novos policiais poderão ser nomeados. As admissões serão apenas para preencher vagas que surgiram desde 2012, em razão de óbitos e processos de aposentadoria.

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Ex-prefeito lançou pré-candidatura hoje
Ex-prefeito lançou pré-candidatura hoje

O ex-prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, esperava contar com expressiva presença da cúpula estadual do DEM no lançamento de sua pré-candidatura, hoje (23). Levou bolo.

Em um evento melancólico, pouquíssimas pessoas prestigiaram FG. Dos democratas de maior relevo, apenas o deputado federal José Carlos Aleluia deu o ar da graça. Do sul da Bahia, foram ao “beija mão” a itajuipense Si Dantas e Geraldão, de Buerarema. No mais, só alguns dos velhos fernandistas de sempre.

“Pra dimensão de Fernando, foi muito pouca gente. Só a velha guarda”, observou um dos presentes.

A ausência das lideranças estaduais do DEM pode ter a ver com os grandes obstáculos que se colocam diante da candidatura do ex-prefeito. Com condenações no Tribunal de Contas da União (TCU), ele terá que se valer do socorro do judiciário para viabilizar seu nome. Não será fácil.

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Gilson Nascimento assume articulação política de Azevedo
Gilson Nascimento assume articulação política de Azevedo

O ex-prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo,  entregou ontem (18) sua carta de desfiliação do DEM. Na próxima segunda-feira, ele irá a Salvador para confirmar o ingresso no PTB, partido da base do governador Rui Costa (PT).

A articulação que levou o ex-gestor municipal a sair da oposição para a base do governo teve forte participação do PCdoB, tanto que um comunista foi escalado para cuidar da articulação política de Azevedo. Ninguém menos que o tenente Gilson Nascimento, que ajudou a eleger o ex-prefeito em 2008 e foi seu secretário de Administração em um período de seu governo.

A participação do PCdoB nesse processo indica que Azevedo poderá se tornar uma alternativa para os comunistas, caso a candidatura de Davidson Magalhães não empolgue o eleitorado. Ou seja, num primeiro momento cada um fará sua campanha, mas a tendência é de unir as estratégias mais adiante.

“Vamos conversar com todos os lados, pois agora o que importa é resolver os problemas de Itabuna”, diz Azevedo, que saiu do DEM após receber ultimato de Fernando Gomes.

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marco wense1Marco Wense

 

A disputa, que promete ser acirrada, fica por conta da briga pela vice. O DEM com o forte argumento de que é o partido de ACM Neto e o PMDB com o tempo que dispõe no horário eleitoral.

Tenho dito aqui, toda vez que comento sobre o processo sucessório soteropolitano, que o apoio do PSDB à reeleição de ACM Neto tem como contrapartida o do DEM de Itabuna ao prefeiturável Augusto Castro.

O deputado tucano não faz mais arrodeios em relação a sua candidatura e, muito menos, a uma coligação com o Democratas, que considera como favas contadas.

Antes, quando questionado sobre sua pretensão, respondia com um acanhado “vamos ver”. Agora, sem nenhuma cerimônia e subterfúgios, diz que a candidatura é “irreversível”.

Aliás, o que se comenta nos bastidores é que ACM Neto não teria como negar um pedido da cúpula estadual do tucanato com o aval da executiva nacional.

Ficar do lado de Fernando Gomes e José Nilton Azevedo em detrimento do PSDB seria de uma ingenuidade imperdoável. E mais: o aborrecido fantasma da inelegibilidade vive atormentando os ex-alcaides. Sem falar que Castro ocupa a primeira posição nas pesquisas de intenção de votos.

O problema é que Augusto pode levar o DEM e não ter o apoio de suas principais lideranças, já que é do conhecimento de todos que Fernando e Azevedo não gostam e não confiam no tucano.

O deputado-prefeiturável, na incontrolável ânsia de ficar na frente de Fernando e Azevedo nas pesquisas, continua dizendo que os ex-gestores estão inelegíveis, que são fichas sujas.

A presidente do diretório municipal do DEM, Maria Alice, chegou até a convocar uma reunião para discutir sobre a posição da legenda diante das maldades do tucano.

No tocante ao PMDB, presidido pelo advogado Pedro Arnaldo, e que tem o médico Renato Costa como uma espécie de conselheiro-mor, Augusto acha que o partido caminha para uma composição com o PSDB.

A inesperada declaração do engenheiro Fernando Vita, pré-candidato do peemedebismo à sucessão de Claudevane Leite, de que Fernando Gomes está “ultrapassado”, que não tem mais condições de governar Itabuna, deixou Augusto entusiasmado.

Para muitos tucanos, a confissão de Vita é a prova inconteste de que o PMDB está de olho na indicação do vice de Augusto Castro, dando um chega-pra-lá no ex-alcaide.

A declaração de Fernando Vita, considerado um aliado fiel e histórico, deixou os fernandistas estupefatos. Alguns lembraram até da famosa frase atribuída a Vita: “Sou macaco de auditório de Fernando”.

Lá por cima, lá na “capitá”, é dada como certa uma composição PSDB-DEM-PMDB, obviamente com o deputado Augusto Castro encabeçando a chapa majoritária.

A disputa, que promete ser acirrada, fica por conta da briga pela vice. O DEM com o forte argumento de que é o partido de ACM Neto e o PMDB com o tempo que dispõe no horário eleitoral.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Se Azevedo e FG não quiserem ir, Augusto diz que vai só
Se Azevedo e FG não quiserem ir, Augusto diz que vai só

Sempre que o assunto era a sucessão municipal em Itabuna, o deputado Augusto Castro (PSDB) fazia questão de enfatizar que uma possível candidatura sua estaria condicionada à união da oposição. No contexto local, leia-se uma articulação que juntasse o tucano aos ex-prefeitos Fernando Gomes e Capitão Azevedo, ambos do DEM.

O problema é que o pré-candidato do PSDB sempre encontrou resistências no diretório municipal do DEM, cuja presidente, Maria Alice Pereira, prefere lançar Fernando Gomes candidato pela sexta vez.

Outra resistência encontrada por Augusto parte de Azevedo, o qual atribui ao deputado a autoria de manobras que levaram à rejeição de suas contas na Câmara de Vereadores. Magoado, o capitão diz a quem queira ouvir que não apoia o tucano.

Essa dificuldade para construir a tal “união das oposições” levou o membro do PSDB a recalcular sua rota e admitir entrar na disputa ainda que sem o apoio dos ex-prefeitos. Augusto tem dito que sua candidatura hoje é irreversível.