Tempo de leitura: 3 minutos

Reunião na sede da Emasa procurou esclarecer dúvidas e eliminar boatos de demissões

Nesta terça (2), uma reunião com dirigentes da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) e representantes dos trabalhadores esclareceu dúvidas dos funcionários da empresa e buscou eliminar boato de demissões de concursados de 2008. A reunião teve a participação do presidente da Emasa, Raymundo Mendes Filho, diretores e representantes dos trabalhadores da Empresa Municipal de Águas e Saneamento Ambiental (Emasa), o líder do governo na Câmara, vereador Manoel Porfírio, e o diretor-executivo do Sindicato dos Trabalhadores em Águas, Esgoto e Meio Ambiente no Estado da Bahia (Sindae), Erick Maia.

O advogado Moisés Figueirêdo de Carvalho, coordenador jurídico da Emasa, esclareceu aos representantes dos funcionários que em nenhum momento o tema demissão foi discutido pela atual diretoria e setor jurídico. Segundo ele, ouve a celebração de Termo de Ajuste e Conduta (TAC), em 2014, durante a gestão anterior, entre o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Emasa para reenquadramento 181 funcionários que estavam em desvio de função.

“No TAC, ficou acordado que o enquadramento desses colaboradores seria realizado por fases e, após a realização de cada fase, a empresa informaria ao MPT. No último dia 12, a Emasa teria que cumprir mais uma etapa do acordo que envolve 27 funcionários. Como a presidência e os diretores foram empossados recentemente, o jurídico da empresa solicitou agendamento de audiência com o MPT para informar o comprimento de outra etapa do reenquadramento desses funcionários”, explica Carvalho.

O presidente da Emasa, Raymundo Mendes Filho, disse que a empresa tem necessidade de ampliar o quadro de pessoal e não demitir. “É importante deixar claro que a Emasa tem déficit de pessoal e nunca se falou em demissão. Como vamos demitir funcionários com experiência e que conhecem o funcionamento da empresa?”, questionou.

Líder do Governo, Manoel Porfírio, e Erick Maia, do Sindae, tranquilizam funcionários

CONCURSO DE 2008

A Emasa realizou concurso público, em 2008, para preencher diversas vaga em seu quadro de pessoal, com validade de dois anos. Após o preenchimento das vagas, foram chamados mais 56 funcionários excedentes desse concurso. Na época da assinatura do TAC, o procurador Ilan Fonseca, do MPT, entendeu que, em momento posterior, deveria ser discutida a situação dos 56 funcionários. O procurador consignou na ata de audiência que o certame de 2008 deveria ser interpretado em respeito à estrita legalidade, de forma que os funcionários convocados, além do número de vagas, deveriam ser desligados.

“Isso foi um entendimento do procurador da época. Mas esse entendimento não fez parte do TAC e nenhuma ação com o objetivo de desligar esses funcionários foi ajuizada. Por isso, não entendemos de onde surgiu esse tema demissões na Emasa”, afirma o coordenador jurídico da empresa.

O vereador e líder do Governo na Câmara, Manoel Porfírio, que já foi funcionário da Emasa, pediu que haja harmonia na relação entre a nova direção da empresa e os funcionários. “O diálogo e a harmonia devem prevalecer, para evitar que a informação chegue aos trabalhadores de forma distorcida. Nosso mandato está à disposição para atuar nesse canal de conversa entre os trabalhadores e a direção da Emasa”, ressalta o líder do governo.

O diretor-executivo do Sindae, Erick Maia, se disse satisfeito com o primeiro contato com a nova direção da Emasa. Acrescentou que acredita no bom senso do MPT. Para ele houve uma leitura equivocada em 2014, pois o Edital 001/2008, do concurso, que previa a possibilidade de criação de novas vagas dentro da validade do concurso.

– Vamos participar da audiência do dia 10, que tratará da TAC, junto com a Emasa. Confiamos no bom senso do MPT, pois, na época houve um equívoco, uma vez que o concurso de 2008 foi feito dentro das regras de todo concurso e os 56 funcionários foram chamados dentro da validade do mesmo – ressalta o diretor sindical. Também participaram da reunião o diretor de Planejamento e Extensão, José Silva e Santos, o diretor Técnico, Bruno Sales Mendonça, e o advogado da Emasa Bruno Macedo.

Tempo de leitura: 2 minutos
Prefeito é acusado de perseguir funcionários concursados

Cerca de 200 pessoas participaram, nesta terça-feira (5), de uma passeata pelas ruas do centro de Santa Cruz da Vitória e fizeram manifestação em frente à Prefeitura contra a demissão de 66 servidores concursados do município. Os trabalhadores foram aprovados em concurso público, como determina a lei, e nomeados para diversos cargos em 2015.

Mas na sexta-feira (1º), os concursados foram surpreendidos com o decreto assinado pelo prefeito Carlos André. Ele alegou que estava demitindo os servidores para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, que limita os gastos das prefeituras em 54% da receita corrente liquida.

A alegação é rebatida pelos funcionários públicos, que destacam que o corte deveria começar pelos ocupantes de cargos em comissão e temporário, como previsto na Constituição Federal. Os concursados acusam o prefeito de perseguição política e vão lutar na justiça para retornar aos cargos.

De acordo com dados informados ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), a prefeitura de Santa Cruz da Vitória tem mais de 200 pessoas ocupando cargos não efetivos. O gasto mensal com a remuneração dos servidores não concursados é de quase R$ 400 mil.

ALTOS SALÁRIOS

Há vários casos de comissionados com salário acima de R$ 3 mil. Entre eles estão Geraldo Honório Alves, chefe de serviços de carpintaria; e Efson Silva Moreno, chefe de manutenção dos prédios públicos. Ambos chegam embolsar R$ 3.500 de salário, conformem o TCM. Carlos Barbosa Santos, que ocupa o cargo de assistente de transporte escolar, é outro bem remunerado. Ele chegou a embolsar R$ 2.644,32 referentes a salário e outros R$ 1.269,28 de “salário vantagem”.

Outro ocupante de cargo de assistente de transporte que não tem muito do que reclamar é Cristovão Santos Nascimento, que recebeu R$ 2.644,32 de salário mais R$ 1.507,27 de “salário vantagem”. Outros ocupantes desse mesmo cargo receberam, no mesmo mês R$ 937,00 de salário, segundo consta no TCM. Os dados são referentes a fevereiro,quando foi feita a última atualização.

Tempo de leitura: < 1 minuto

A decisão do prefeito Jabes Ribeiro de demitir mais de 70 funcionários concursados pegou mal. Alega-se vício no concurso realizado em 2011, estouro das despesas etc. Do outro lado da corda – a parte mais fraca, estão pessoas que mudaram de emprego para assumir cargo na prefeitura ou até mesmo que tinha no concurso a esperança de vida melhor.
A “faca amolada” deveria cortar, primeiro, na lista dos contratados para só depois – e se extremamente necessário – atingir concursados. Estes, reclamam com razão.