Só pra variar, os ambientalistas ilheenses poderiam voltar suas preocupações também para o Rio Almada, que está sendo destruído aos poucos devido à falta de saneamento nas comunidades que vivem em suas margens.
Em Aritaguá, distrito situado na zona norte de Ilhéus, metade dos esgotos domésticos é lançada diretamente no rio. Outros 25% vão para os quintais das casas e, fatalmente, também contaminam o Almada. O restante segue para fossas sépticas.
Há um pedido de construção de 150 fossas mofando há seis anos na Prefeitura de Ilhéus (a solicitação foi feita em novembro de 2004, no apagar das luzes do governo Jabes Ribeiro). Quem assina é o líder comunitário Ailton Nascimento dos Santos, que até hoje assiste com tristeza a morte lenta do Almada.
Além do esgoto, Nascimento aponta outro problema: o lixo. Ele conseguiu junto à Prefeitura a liberação de um caminhão-basculante para fazer a coleta, mas grande parte dos moradores ainda joga seus resíduos sólidos no rio.
Um crime que os “ambientalistas” não veem, porque sua pauta é como “samba de uma nota só”: é Porto Sul e nada mais.