Mãe e filho morrem de Covid-19 em Ilhéus
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O coronavírus destruiu mais uma família em Ilhéus. Menos de 24 horas a família Lima perdeu dois de seus integrantes que estavam internados em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital no município do sul da Bahia, que desde o início da pandemia até quinta-feira (22)registrou 414 óbitos.

Entre as últimas vítimas da doença em Ilhéus estão o estudante Guilherme Farias Lima, de 24 anos, e a mãe dele, Hercília Farias, que faleceu no dia que completou 44 anos, na quinta-feira. Guilherme era aluno do curso de Direito da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e morreu na madrugada de quarta-feira (21).

O pai de Guilherme, Flávio Lima, o irmão do estudante, Gusttavo Lima, também foram infectados pelo novo coronavírus, mas conseguiram se recuperar. Ilhéus tem 71 pacientes internados em estado grave em leitos de UTI, segundo boletim da Secretaria Municipal de Saúde. Desse total, 25 são de Ilhéus e os demais são de outros municípios baianos.

Além dos 414 mortos, Ilhéus registrou, do início da pandemia até quinta-feira, 16.198 casos de Covid-19, sendo que 15.460 pessoas estão recuperadas. Há 324 casos ativos (pessoas se recuperando da doença).

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Deborah e José Carlos desenvolveram estudo sobre mata atlântica (Fotomontagem Pimenta).
Deborah e José Carlos desenvolveram estudo sobre mata atlântica (Fotomontagem Pimenta).
Um estudo desenvolvido pelos professores José Carlos Morante Filho e Deborah Faria, ambos doutores e membros do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), foi capa da Ecology, edição de dezembro. A publicação é das revistas mais prestigiadas na área de ecologia em todo o mundo. José Carlos e Deborah são pesquisadores do Laboratório de Ecologia Aplicada à Conservação (LEAC) da universidade pública sul-baiana.

O trabalho dos pesquisadores mostra, através da construção e teste de um complexo modelo de interações ecológicas, que o desmatamento da Mata Atlântica leva a um aumento no dano foliar causado por insetos”, opina a professora Fernanda Gaiotto. De acordo com os autores do estudo, esse efeito ocorre porque, quando uma determinada região é desmatada, a floresta que resta sofre profundas modificações em consequência da perda de árvores grandes e altas.

Os professores José Carlos Morante Filho e Deborah Faria assinalam que “em particular, a floresta se torna mais fina, mais baixa e mais rala, e este novo ambiente favorece a proliferação de populações de insetos herbívoros que consequentemente aumentam o consumo de plantas”. O trabalho mostra, com clareza, a maneira pela qual o desmatamento modifica determinados processos ecológicos que são importantes para o funcionamento das florestas tropicais.

Neste estudo, o aumento do dano foliar causado pelos insetos herbívoros pode ainda influenciar a regeneração das populações de plantas e de toda a floresta, uma vez que, para crescerem e reporem os adultos, estas plantas terão que vencer a pressão de consumo imposta pelos insetos.

Esta pesquisa foi desenvolvida dentro da Sisbiota, uma rede de pesquisa financiada pelo CNPq e coordenada pela doutora Deborah Faria, e contou com a colaboração de pesquisadores de universidades do México, Holanda e Alemanha.

São coautores do trabalho, publicado no volume 97 da revista Ecology , de 12 de Dezembro de 2016, nas páginas 3315 a 3325, os doutores Víctor Arroyo-Rodríguez, do Instituto de Investigaciones en Ecosistemas y Sustentabilidad, Universidad Nacional Autónoma de México, Morelia, Michoacán, México; Madelon Lohbeck, do Floresta Ecologia e Grupo de Gestão Florestal, Universidade de Wageningen, Países Baixos e Teja Tscharntke, do Agroecologia, Georg-August-Universidade de Göttingen, Alemanha.