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embaixada_dos_euaO brasileiro que emigra nos dias de hoje para os Estados Unidos é proveniente da classe média baixa, a chamada classe C. A maior parte tem ensino médio ou curso superior e é oriunda de centros urbanos, principalmente do Sudeste e do Centro-Oeste. A maioria entra no país com visto de turista. A busca por melhor renda, mais qualidade de vida para os filhos e segurança nas grandes cidades está entre os fatores que levam brasileiros a sair do país e viver nos Estados Unidos.

“Vemos um número crescente de brasileiros que chegam em busca de qualidade de vida e que temem a violência urbana no Brasil”, argumenta o economista Álvaro Lima, autor do livro Brasileiros na América, para lembrar o Dia do Imigrante, comemorado hoje (25).

Na opinião dele, o imigrante brasileiro que vive nos Estados Unidos tem um perfil diferente do de outros latinos, como os do México e de países centro-americanos. “O brasileiro costuma ter mais escolaridade, muitas vezes, ensino superior e vem de centros urbanos. Foi assim na fase inicial da imigração nos anos de 1980 e continua assim atualmente”, diz.

O governo brasileiro diz não ter dados precisos sobre o número de imigrantes que vivem nos Estados Unidos. Segundo as autoridades, a dificuldade se explica porque os censos recolhem dados estáticos e o fluxo migratório (de ida e vinda) é variável. Além disso, nem toda migração é legal (autorizada).

O Ministério das Relações Exteriores, entretanto, calcula que existam de 1,3 milhão a 1,4 milhão de brasileiros residentes no país. As maiores comunidades brasileiras estão em Massachusetts, Connecticut, Flórida, New Jersey, Califórnia e Georgia. O Censo norte-americano tem números subestimados a respeito da comunidade brasileira. O último levantamento, de 2010, contabilizava cerca de 340 mil.

O cônsul do Brasil em Atlanta, Hermano Telles Ribeiro, disse à Agência Brasil que o status migratório não é um fator importante para o atendimento aos brasileiros que vivem nas comunidades nos Estados Unidos. “Nossa preocupação no atendimento à comunidade não é saber se a pessoa tem ou não documentação. Nos preocupamos primeiro com os direitos e deveres que a pessoa tem como cidadã brasileira”, destaca.

A maioria dos brasileiros que vivem nos Estados Unidos trabalha no setor da construção civil, de turismo e serviços ou como domésticos.

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