Representantes da Caixa em Itabuna confirmam apoio do banco ao Mutirão || Foto Divulgação
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A Caixa Econômica Federal oficializou a parceria com a ONG Unidos pelo Diabetes para a realização do Mutirão do Diabetes de Itabuna, considerado o maior evento de prevenção e tratamento da doença do país. O modelo do mutirão é replicado em cerca de 30 cidades brasileiras.

O acordo foi referendado num encontro que contou com a presença do presidente da ONG Unidos Pelo Diabetes e coordenador-geral do Mutirão do Diabetes, o médico oftalmologista Rafael Andrade, do superintendente executivo da Caixa Econômica Federal, Lucas Ribeiro, e de gerentes de agências locais.

Lucas Ribeiro fez questão de destacar o alcance social do Mutirão, que atende milhares de pessoas e foca não apenas no tratamento dos casos mais graves, como na prevenção do diabetes.

O médico Rafael Andrade disse que o apoio da Caixa contribui para fortalecer e ampliar as ações do Mutirão, fazendo de Itabuna um exemplo de como combater uma doença silenciosa, que pode ter seus impactos reduzidos se detectada e tratada a tempo. Já em sua 18ª edição, o Mutirão do Diabetes acontece dias 17 e 18 de novembro, na Terceira Via Hall.

Profissionais e voluntários são capacitados para atuar no Mutirão do Diabetes
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A ONG Unidos pelo Diabetes promoveu capacitação de voluntários e profissionais de saúde que vão atuar no Mutirão do Diabetes de Itabuna, considerado o maior evento de prevenção e tratamento da doença no país. O evento, que está programado para novembro, tornou-se referência e já é replicado em cerca de 30 cidades brasileiras.

Lideradas pelo presidente da ONG e coordenador do Mutirão, médico Rafael Andrade, as capacitações mobilizaram pessoas que também atuarão como agentes multiplicadores. Os enfermeiros e os agentes comunitários que atuam nas Unidades Básicas de Saúde de Itabuna receberam treinamento para o atendimento aos pacientes no mutirão e para o acompanhamento permanente nas UBS. Já os estudantes de Enfermagem e professores da Faculdade Anhanguera foram capacitados para a realização dos testes de glicemia, para detecção de casos de diabetes.

Na última etapa da capacitação, os estudantes dos cursos de Medicina e de Enfermagem da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e da Faculdade Santo Agostinho (Fasa) receberam orientações para atuar junto aos médicos no tratamento do olho, pé e rim diabético. “Um dos focos do Mutirão é capacitar os profissionais de saúde do futuro que vão tratar dos portadores de diabetes, com um olhar humano, acolhedor, integral e multidisciplinar”, afirma Rafael Andrade.

O Mutirão do Diabetes de Itabuna, que chega à sua 18ª. edição em 2022, conta com o apoio da Prefeitura de Itabuna através da Secretaria Municipal de Saúde, e acontece dias 17 e 18 de novembro, na Terceira Via Hall.

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O inverno é conhecido como a estação onde há aumento nos casos de doenças respiratórias, mas não é só esse o ponto de atenção com a saúde durante a época do frio. Dados do Instituto Nacional de Cardiologia apontam que a ocorrência de Infarto Agudo do Miocárdio pode aumentar entre 7% e 9% a cada 10°C de queda na temperatura, especialmente em temperaturas abaixo de 14°C.

Nesse período do ano, a incidência casos de IAM pode crescer 30% e até 20% entre os casos de Acidente Vascular Cerebral. Em 2021, houve aumento no registro de casos de doenças do coração entre os meses de junho e setembro, representando 36,8% do total de internados no ano, segundo o Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS).

Quando há grande queda da temperatura, o corpo humano passa por uma termorregulação, um mecanismo para regular a temperatura corporal para mantê-la em equilíbrio. A vasoconstrição, que faz parte desse processo, provoca a contração dos vasos sanguíneos e, consequentemente, o aumento da pressão sanguínea, evitando a perda excessiva de calor.

MORTE SÚBITA

Com a queda brusca da temperatura ambiente, a vasoconstrição nos vasos do coração pode resultar em infarto, angina (dor no peito) e até mesmo na morte súbita.

Por isso, no inverno, é importante estar bem agasalhado, manter a prática regular de atividade física e hábitos alimentares saudáveis, evitar o tabagismo e reduzir o consumo de álcool. Estas orientações valem principalmente para aquelas pessoas que já possuem fatores de risco para doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e diabetes.

É importante, ainda, manter o acompanhamento dessas condições crônicas, procurando uma Unidade Básica de Saúde mais próxima, para o adequado controle dos níveis pressóricos e glicêmicos. As doenças cardiovasculares podem ocorrer em qualquer estação do ano e todos os cuidados devem ser contínuos.

Pacientes oncológicos na Bahia sofrem com a falta de medicamentos
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Mais de 10 mil baianos estão sofrendo com a falta de medicamentos que deveriam ser enviados pelo Ministério da Saúde. A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) informou que já fez várias notificações, mas os insumos não estão com as entregas regularizadas. São medicamentos que deveriam ser distribuídos regularmente a estados e municípios.

O superintendente de Assistência Farmacêutica, Ciência e Tecnologia em Saúde, Luiz Henrique d’Utra, informa que a interrupção dos tratamentos por causa da ausência de medicamento que deveria ser adquirido pelo Ministério da Saúde causa prejuízos incalculáveis na saúde. Os prejudicados são pacientes que tratam doenças oncológicas, renais, alzheimer, parkinson, anemia falciforme, esclerose múltipla, diabetes, psoríase, dentre outras.

Luiz Henrique aponta que 13 medicamentos estão com estoque zerado. “Já são quase três anos que, de forma recorrente, temos de enviar ofícios ao Ministério de Saúde que cobrando os remédios que são de responsabilidade de compra centralizada pelo órgão federal. São itens de alto custo que a população e até mesmo o Estado tem dificuldade de comprar”, alerta Luiz Henrique d’Utra.

Medicamentos com estoque zerado
Cinacalcete 30 mg
Deferasirox 500 mg
Desmopressina 0,1 mg
Mesilato de Imatinibe 100 mg
Mesilato de Imatinibe 400 mg
Olanzapina 10 mg
Rivastigmina 3 mg
Rivastigmina 4,5 mg
Rivastigmina 6 mg
Sildenafila 25 mg
Fenoximetilpenicilina Potassica 80.000 ui/ml – solução oral
Tafamidis 20 mg
Taliglicerase 200 UI

Medicamentos com risco iminente de desabastecimento
Betainterferona 1a 44 mcg
Cabergolina 0,5 mg
Entacapona 200 mg
Etanercepte 50 mg/mL – Brenzys
Filgrastim 300 mcg
Lanreotida 120 mg
Lanreotida 90 mg
Leflunomida 20 mg
Olanzapina 5 mg
Pramipexol 0,25 mg
Quetiapina 100 mg
Quetiapina 200 mg
Quetiapina 25 mg
Secuquinumabe 150 mg/mL
Sildenafila 50 mg
Toxina Botulínica 100 UI
Adalimumabe 40 mg seringa-preenchida

Medicamentos com atraso na entrega
Alfaepoetina 4.000 UI
Betainterferona 1a 30 mcg
Insulina Análoga de Ação Rápida 100 UI/mL
Paricalcitol 5 mcg/mL
Pramipexol 0,125 mg
Pramipexol 1 mg
Sevelâmer 800 mg
Ustequinumabe 45 mg/0,5mL
Insulina Humana NPH, Solucao Injetavel 100 ui/ml, fr. com 10ml

Quase metade das pessoas com diabetes não sabem que têm diabetes || Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Dados da décima edição do Atlas do Diabetes, divulgado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF, na sigla em inglês), mostram que 537 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos de idade têm diabetes no mundo, alta de 16% em dois anos. Os especialistas da IDF projetam que o número de adultos com a doença pode chegar a 643 milhões em 2030 e a 784 milhões em 2045. A prevalência global da doença atingiu 10,5%, com quase metade (44,7%) sem diagnóstico.

O levantamento, feito a cada dois anos, revela que o número de pessoas com diabetes aumentou de tal maneira que superou, proporcionalmente, a expansão da população global. Segundo afirmou à Agência Brasil a presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes – Regional do Rio de Janeiro (SBD-RJ), a endocrinologista Rosane Kupfer, o diabetes está em evolução crescente “e não foi contido, até agora, por nenhuma tomada de ação, de decisão, em relação à doença”.

Para a médica, isso significa que continua havendo falta de divulgação, de informação, de acesso ao conhecimento, ao diagnóstico e a um tratamento de qualidade. Rosane ressaltou que além da covid-19, outras doenças têm matado muito em todo o mundo. Uma delas é o diabetes. O Atlas do IDF diz que, só neste ano, 6,7 milhões de pessoas morreram em decorrência da doença.

A presidente da SBD-RJ informou que a proporção de pessoas com diabetes, que era de uma a cada 11, caiu agora para uma a cada dez pessoas. “E grande parte delas está em países de baixa renda”. O Atlas do Diabetes indica que 81% dos adultos com a doença vivem em países em desenvolvimento. Na América Latina e na América Central, estima-se que o número de diabéticos alcance 32 milhões.

CAUSAS

No próximo domingo (14), quando se comemora o Dia Mundial do Diabetes, Rosane Kupfer alertou que as causas da doença são diversas. “As péssimas escolhas alimentares que o mundo está fazendo, principalmente esse estilo de vida ocidental, onde se vê que está crescendo muito a obesidade, muita gente com sobrepeso, muita gente com pré-diabetes, que é uma categoria de altíssimo risco para ficar diabética”.

Pessoas que não têm nenhum fator de risco devem fazer uma glicemia anual após os 45 anos. “Tem que fazer exame de sangue porque diabetes é uma doença que não apresenta sintomas, pelo menos no início. Isso não quer dizer que ela não esteja fazendo mal por dentro (do organismo)”.

As pessoas que fazem exames de rotina todo ano percebem quando ocorre aumento da glicose e se preocupam, salientou. O problema, disse Rosane, são as pessoas que não se cuidam, não fazem exame para verificar se são diabéticas. Alertou que indivíduos com alto risco para diabetes, que têm casos da doença na família, que são hipertensos, que têm sobrepeso ou obesidade, e mulheres que tiveram diabetes na gestação, devem fazer exame anual acima dos 35 anos de idade.

Por essas razões, Rosane Kupfer analisou que não se pode mais restringir a mobilização de combate à doença ao mês de novembro e ao Dia Mundial do Diabetes. Ela acredita que é preciso ampliar as ações, mobilizar a sociedade e fazer campanhas fora de época, além de cobrar por mais políticas públicas que garantam o acesso à saúde e a um tratamento de qualidade. O tema da campanha de conscientização deste ano sobre a doença é “Acesso ao cuidado para o Diabetes”.

Segundo a presidente da SBD-RJ, o diabetes não tem cura. “Por isso é tão importante fazer o diagnóstico precoce. Quanto mais precoce o diagnóstico e o controle, menos problemas a pessoa vai ter”. As consequências de um diabetes mal controlado incluem problemas cardiovasculares, principal causa de mortalidade na doença; problemas na retina, podendo levar até mesmo à cegueira; problemas renais, cuja maior causa de diálise entre adultos é o diabetes; problemas arteriais nos membros inferiores; amputações; neuropatias. “Então, tratando cedo, precocemente, dificilmente a pessoa vai ter essas complicações”, afirmou.

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Rafael Andrade, idealizador do Mutirão do Diabetes, iniciativa que se tornou referência mundial
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Na noite desta quarta-feira (3) foi apresentado o projeto do Mutirão do Diabetes de Itabuna 2021, que, pela segunda vez, será em formato híbrido devido à pandemia. Há 17 anos, o Mutirão mobiliza colaboradores, moradores, médicos e instituições na prevenção e controle ao diabetes. Foram 15 edições que aconteceram no formato tradicional, inspirando mais de 25 municípios espalhados pelo Brasil a realizarem o evento.

O médico Rafael Andrade, presidente da ONG Unidos pelo Diabetes e coordenador do Mutirão, destacou que, assim como foi em 2020, o evento só atende mediante agendamento, que já foi realizado em parceria com a Secretaria de Saúde de Itabuna. “É importante porque diminui as filas, melhora os acessos e conseguimos rastrear as complicações com mais agilidade e com a pandemia ficamos restrito com essa ajuda, que tanto a nossa sociedade precisa”, disse o médico.

O reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), o professor Alessandro Fernandes, que ressaltou a parceria entre a Universidade e a ONG Unidos pelo Diabetes. “A pandemia tem nos causado dores, mas a diabetes também. Então, não podemos negligenciar, o diabetes é uma ameaça à vida das pessoas e precisamos também combatê-lo. A Uesc sente orgulho de ser parceira nessa ação de grande alcance social”, disse o reitor.

Representando as entidades ligadas ao setor comercial e empresarial do município, Mauro Ribeiro, que é presidente da Associação Comercial de Itabuna (ACI) citou o sucesso do formato do mutirão, mesmo diante da pandemia. “É importante essa parceria, onde o comércio ‘se veste de azul’ durante esse mês inteiro, e estamos aqui para fortalecer isso”, pontuou.

Lívia Mendes ressalta parceria do município com os idealizadores do mutirão

A secretária de Saúde de Itabuna, Lívia Mendes, falou sobre o trabalho que vem sendo feito ao longo desses 17 anos. “Esse apoio da Prefeitura de Itabuna só vem acrescentar, para que a gente possa coordenar melhor as ações, principalmente nesse tempo de pandemia, e ano que vem esperamos realizar um grande evento”, disse Lívia.

Todos os atendimentos do mutirão já foram agendados previamente via Secretaria de Saúde de Itabuna e não haverá atendimento no local. O projeto da ONG Unidos Pelo Diabetes não abre mão de cuidar das pessoas, mesmo em tempos difíceis. A missão é mostrar que é possível prevenir e controlar um problema que atinge tantas pessoas pelo Brasil e pelo mundo

Rafael Andrade, criador do maior mutirão de prevenção do diabetes no Brasil
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Para esclarecer sobre o diabetes, especialmente como proteger a saúde dos olhos, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) realizará, em 21 de novembro, maratona de atividades com 24 horas de entrevistas e palestras com dicas de prevenção. O evento 24 horas pelo Diabetes terá edição virtual devido às limitações impostas pela Covid 19 na realização de mutirões por todo o país.

O evento terá a participação do médico Rafael Andrade, presidente da ONG Unidos pelo Diabetes e coordenador do Mutirão do Diabetes de Itabuna, considerado o maior evento no tratamento e prevenção da doença em todo o país. De acordo com Rafael, serão 24 horas voltadas para orientação sobre prevenção e tratamento do diabetes, “numa grande mobilização nacional, que envolve não apenas médicos”, mas diversos segmentos da sociedade organizada”.

Durante o evento também serão apresentados depoimentos de pacientes, de artistas e celebridades que enfrentam o diabetes. Haverá ainda várias reportagens sobre o tema. A ação digital também contará com a participação dos usuários das redes sociais, que poderão enviar perguntas, depoimentos e comentários.

“O Conselho Brasileiro de Oftalmologia entende que o diabetes é um tema que deve ser visto como prioridade pela saúde pública. Por isso, convidamos Governo, sociedades médicas e entidades da sociedade civil para fazerem parte dessa grande mobilização. Vamos levar esclarecimentos à população sobre o quão prejudicial o diabetes pode ser à visão e a importância da prevenção e do controle da doença, de uma forma geral”, afirmou o presidente do CBO, José Beniz Neto.

O coordenador do evento e vice-presidente do CBO, Cristiano Caixeta Umbelino, demonstra preocupação com os indicadores da doença. “O crescimento da prevalência do diabetes no mundo reforça a urgência de ações efetivas. No Brasil, entre 2006 e 2019, a prevalência de diabetes passou de 5,5% para 7,4%, segundo dados do Ministério da Saúde”, destaca. A programação completa das atividades de 21 de novembro, com foco nas mídias digitais, ficará disponível na página do CBO.

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Itabuna realizou a segunda fase do projeto Unidos pelo Diabetes em ação, com a avaliação dos pacientes que participaram de uma triagem anterior na qual foram diagnosticados com retinopatia diabética, por meio de telediagnóstico com avaliação a distância de oftalmologistas especialistas em retina. Devido à pandemia da covid-19, não haverá o tradicional mutirão. Além da avaliação e triagem, houve exame do pé diabético, utilizando um aplicativo para manejo das informações, coordenada pela professora Roseanne Montargil.

Cerca de 100 pacientes com casos mais graves foram selecionados para a segunda fase, no Hospital Beira Rio. Nessa fase, eles participaram de um atendimento presencial pelo especialista em retina, segundo o médico Rafael Andrade, presidente da ONG, iniciando o tratamento com laser e, com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, continuarão sendo atendidos nas próximas semanas.

Também de maneira inédita, os pacientes realizaram exames na mácula, área central da retina, através da tomografia de coerência óptica, para uma avaliação mais detalhada. Todos os cem pacientes passaram, também, por avaliação laboratorial, com exames bioquímicos importantes, que podem detectar doenças renais, com o apoio do LAP Laboratório.

Os pacientes passaram por avaliação de nefrologia, comandada pelo médico Rodolfo Nascimento; angiologia, comandada pelo médico Marcelo Araújo e a médica Roseanne Montargil; e cardiologia, comandada pela médica Ana Paula Leal, incluindo a realização de eletrocardiograma e ecocardiograma. Todos exames com protocolos rígidos de distanciamento social.

MODELO PARA O BRASIL

No final da ação, os pacientes receberam orientações importantes sobre prevenção, com as enfermeiras da Atenção Básica de Saúde do Município, numa integração entre os segmentos da saúde pública, para garantir a manutenção e tratamento, um grande diferencial para o projeto.Leia Mais

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Médico Antônio Fernando Ribeiro Júnior alerta para riscos de AVC

 

Nesta quinta-feira (29) é celebrado o Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC), doença que afeta 13,7 milhões de pessoas por ano no mundo, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, as doenças vasculares são a segunda causa de óbitos, sendo a primeira no sul da Bahia, de acordo com o médico neurologista Antônio Fernando Ribeiro Júnior, da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna.

Com o slogan “Junte-se ao Movimento”, a campanha mundial deste ano busca mostrar a importância da prática do exercício físico para a prevenção ao AVC. “Desde 2018 que temos realizado atividades para alertar a população sobre os riscos das doenças cerebrais. Neste ano, por causa da Covid-19, as atividades são online”, relata Antônio Fernando. No sul da Bahia, a campanha está sendo divulgada nas redes sociais, no instagram: @nep_avc.

O neurologista destaca que existem dois tipos de AVCs. Um deles é o isquêmico, cujo paciente pode ter as chances de sequelas e incapacidade reduzidas se o tratamento for iniciado precocemente. O atendimento deve ser feito na chamada “janela terapêutica”, com medicação para desentupir a artéria que faz a isquemia. Esse processo deve ser feito em, no máximo, 4h30min.

O acidente vascular isquêmico ou infarto cerebral é o entupimento dos vasos cerebrais. Ele pode ocorrer devido a uma trombose, que é a formação de placas numa artéria principal do cérebro; ou embolia, quando a placa de gordura originária de outra parte do corpo se solta e, pela rede sanguínea, chega aos vasos cerebrais.

AVC HEMORRÁGICO

O outro tipo de AVC é o hemorrágico, que ocorre com o rompimento dos casos sanguíneos. Há casos também que ocorre o subtipo de AVC hemorrágico subaracnóide, com o sangramento entre o cérebro e a aracnóide (uma das membranas que compõe a meninge). “Esse subtipo causa pressão intracraniana e provoca altos índices de mortalidade”, observa o médico.

O neurologista orienta que, em caso de suspeita de AVC, a pessoa deve ser levada imediatamente para o hospital. “Quanto o mais rápido a pessoa chegar a um hospital, maiores são as chances da isquemia ser revertida e deixar menos sequelas. Temos estudos mostrando que, a cada minuto em que o cérebro fica em isquemia, morrem aproximadamente dois milhões de neurônios, o que pode comprometer os movimentos”.

Antônio Fernando destaca que existem fatores de riscos modificáveis e não modificáveis. Em um dos grupos devem ser incluídos a genética e a idade, pois quanto mais velha a pessoa fica maior é o risco de sofrer um AVC. “Mas a doença também está relacionada ao estilo de vida. Por isso, há muitos jovens, com idade entre 30 e 45, entre as vítimas de AVC,” explica.

HIPERTENSÃO E DIABETES

No grupo dos casos modificáveis estão pessoas com hipertensão, diabetes, consumo frequente de álcool e drogas, colesterol elevado, estresse, doenças cardiovasculares, sedentarismo e doenças do sangue. Esses fatores de risco do segundo grupo são responsáveis por 90% dos casos de isquemia. Isso significa que o AVC é prevenível em 9 em cada 10 casos. “Sendo que a hipertensão arterial não cuidada está no topo do ranking”.

O médico Antônio Fernando explica que entre os sintomas comuns aos acidentes vasculares cerebrais estão dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, perda da visão, paralisia, perda súbita da fala, tontura e perda da capacidade de planejar as atividades rotineiras.

O neurologista conta que existe uma sequência de letras que é sempre usada, que é o “Samu”. “O S de sorriso, A de abraço, M de música e U de urgência. Isso significa que se pessoa sorrir e a boca fica torta, vai dá um abraço e o braço está fraco e vai cantar uma música e está com a fala embolada, ligue imediatamente para o Samu porque pode ser um AVC”, orienta.

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Itabuna inova na prevenção ao diabetes na pandemia

A ONG Unidos pelo Diabetes, que promove o Mutirão do Diabetes de Itabuna, deu início a um novo modelo de prevenção da doença, já que, por causa da pandemia da Covid-19, o maior mutirão do país na prevenção e tratamento da doença não será realizado no formato convencional este ano.

Nesta edição especial, os exames foram feitos sempre com horário agendado, no ginásio de esportes do CAIC, no bairro Sarinha Alcântara, situado ao lado da Unidade Básica de Saúde (USB).

Pacientes com diabetes, da rede pública de saúde de Itabuna, previamente selecionados por agentes comunitários da cidade, foram recepcionados para realizar retinografia digital e exame do pé diabético. Os exames foram feitos por meio de sistema de teletriagem e com o auxílio de um aplicativo específico (SISPED).

O projeto “Unidos pelo diabetes em ação”, que conta com o apoio do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e Sociedade Brasileira do Diabetes, antecipa a celebração pelo Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro) e tem o intuito de fornecer aos pacientes da cidade acesso rápido e gratuito a exames diagnósticos para rastreamento de possíveis complicações associadas à doença, principalmente a retinopatia diabética.

Paciente passa por exame oftalmológico

TELETRIAGEM E PREVENÇÃO

“A intenção é auxiliar os pacientes, por meio de uma nova metodologia que respeita os cuidados de distanciamento social e barreira sanitária, essenciais para evitar a disseminação do novo coronavírus”, salienta o oftalmologista Rafael Andrade (foto), presidente da ONG Unidos pelo Diabetes e criador do mutirão.

Pacientes que apresentaram alteração no resultado de seus exames participarão da segunda fase do projeto, prevista para novembro, no Hospital Beira Rio. Eles serão encaminhados para atendimento especializado e terão acesso a outros exames de alta complexidade, como eletrocardiograma, ecocardiograma, tratamento de retina com fotocoagulação a laser e exames bioquímicos, dentre outros. No total, cerca de 600 pessoas devem ser beneficiadas nas duas fases da ação, 100 delas na etapa de novembro, além de ações educacionais

DETECÇÃO PRECOCE

Segundo o médico Rafael Andrade, membro da Comissão de Prevenção à Cegueira do CBO, o diabetes é responsável por provocar alterações nos vasos sanguíneos (vasculopatia), com graves implicações associadas a órgãos como retina, coração, rins e membros inferiores. Entre as principais complicações, estão cegueira, ataque cardíaco, falência dos rins e surgimento de úlceras que podem levar à amputação de membros e extremidades.

“O exame para detecção da retinopatia diabética, que é uma complicação vascular da retina, tem importância central nesse contexto de rastreamento da vasculopatia. Isso porque os olhos são órgãos aparentes, sendo assim, é possível observar de modo claro as alterações da circulação sanguínea, no momento em que o médico realiza a dilatação da pupila”, destaca. “Por outro lado, os órgãos internos, como rins e coração, exigem exames de maior complexidade e, no geral, quando emitem sintomas de alerta a respeito desses problemas vasculares é porque já estão em estado avançado no organismo”, explica.

Rui Costa sancionou lei de criação da Bahiainsulina
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Após aprovação pelos deputados estaduais na última quinta (27), a lei de criação da Companhia Baiana de Insulina (Bahiainsulina) foi sancionada pelo governador Rui Costa e publicada na edição deste sábado (29) do Diário Oficial do Estado.

Com a publicação da lei, Governo do Estado fica autorizado a instituir a sociedade de economia mista, com personalidade jurídica de direito privado, patrimônio e receitas próprios e autonomias administrativa, orçamentária e financeira.

“Este projeto belíssimo é uma parceria internacional, com implantação da fábrica e cooperação para transferir em 10 anos a tecnologia para produção de insulina, algo tão necessário para o povo brasileiro e a Bahia. Isso é bom para a ciência, a saúde e também para a economia da Bahia, porque vai gerar emprego”, afirma o governador.

A Bahiainsulina será o braço fabril da Bahiafarma para a produção de insulina para o SUS. A Bahiafarma é detentora da Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) de insulina humana, que garante que o Ministério da Saúde adquira da Bahiafarma 50% da demanda nacional do SUS.

Com um investimento estimado em R$ 200 milhões, a fábrica prevê a geração de até 300 empregos diretos e mil indiretos. O laboratório ucraniano Indar é responsável pela transferência de tecnologia. A Bahiainsulina funcionará no Centro Industrial de Aratu.

Secretário Vilas-Boas, à esquerda, durante encontro para discutir acordo comercial
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Um acordo de transferência de tecnologia de produção de medicamentos e gerenciamento de saúde na área de diabetes mellitus foi definido entre representantes governamentais de Cuba e o secretário Estadual da Saúde Fábio Vilas-Boas, em visita oficial àquele país, nesta terça-feira (03). De acordo com o secretário Fábio Vilas-Boas, o Governo de Cuba desenvolveu um dos mais bem sucedidos projetos de controle do diabetes e de suas complicações, que incluem amputações e cegueira, em todo o mundo.

Segundo Vilas-Boas, o projeto de parceria com o governo cubano resulta de reuniões iniciadas pelo governador Rui Costa em visita oficial ao país em 2017 e sequenciadas pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) e Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (Bahiafarma).

Uma molécula desenvolvida pelo Centro Cubano de Engenharia Genética e Biomolecular (CIGB) é capaz de aumentar a circulação de sangue nas pernas e pés afetados pela doença vascular do diabetes, evitando assim a amputação que afeta 4.500 baianos por ano. O medicamento está em fase final de aprovação regulatória do Brasil, sendo a Bahiafarma, junto com a Fiocruz Biomanguinhos, os primeiros laboratórios a aplicarem o novo fármaco no país.Leia Mais

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Jovens pesquisadores tentam apresentar descoberta no exterior

No Brasil, cerca de 12,5 milhões de pessoas sofrem com a diabetes.Em busca de diminuir este índice, estudantes do Curso Técnico em Química do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano), em Catu, iniciaram pesquisas para utilizar uma fruta típica do extremo-sul baiano, o mangostão, para tratar a doença.

A ideia de utilizar o fruto como alternativa para o tratamento da diabetes partiu de um credo popular de que a mesma é benéfica para diminuir o açúcar no organismo. Segundo o orientador do projeto, o professor Saulo Capim, foi em uma feira, em Ilhéus, que surgiu o interesse sobre o alimento.

Ela conta que “ao ver o mangostão pela primeira vez, a vendedora me informou que várias pessoas consomem a infusão da casca. Depois, descobri que nos países asiáticos, a população costuma utilizar o fruto para tratar várias doenças”.

DESCOBERTA

A investigação logo constatou que o mangostão possui alto valor de pectina, substância que ajuda a eliminar colesterol e açúcar do organismo. Mas a questão era, como transformar essa matéria prima em um alimento acessível e prático para consumo? A solução foi criar uma farinha a partir da casca do fruto.

Saulo Capim explica que “cerca de 80% do peso do mangostão está na casca, que geralmente é descartada. Ao ser reutilizado, o material pode ser considerado sustentável, uma vez que não será depositado no meio ambiente. Além disso, a farinha pode ajudar no tratamento de quem tem diabetes ou auxiliar, de forma preventiva, as pessoas que fazem parte do quadro de risco”.

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Aulão Azul terá edição de Verão em 2019
A ONG Unidos pelo Diabetes promove no próximo dia 1º de fevereiro, o Aulão Azul de Verão, que faz parte do calendário anual de ações de prevenção da doença. O evento começará às 18h, na Praça Rio Cachoeira, no Góes Calmon, com atividade física para crianças e recreação com o Palhaço Linguiça.

Às 19 horas, o Aulão Azul terá coordenação do professor de Educação Física Marcus Mucugê e a participação dos professores Tay Hage, Marcelinho, Jamille Marques, Elisabete, Laiza, Débora e Camilo, que atuam nas principais academias de Itabuna. As atividades têm o objetivo de incentivar diabéticos e toda a comunidade a praticar exercícios com regularidade, melhorando a qualidade de vida.

Nesta 1ª edição, o Aulão Azul de Verão terá a Zumba, atividade alegre e de muito swing e gasto calórico, que vai movimentar a praça Rio Cachoeira. A partir deste ano, a ONG Unidos pelo Diabetes realiza uma série de atividades, que culminarão com o 15º Mutirão do Diabetes, evento que é referência para várias cidades do Brasil.

“A prevenção do diabetes deve ser permanente, daí a necessidade de incentivar práticas saudáveis e promover a capacitação e o envolvimento dos profissionais de saúde”, afirma o presidente da ONG e coordenador do Centro Avançado em Retina e Vítreo do Hospital de Olhos Beira Rio, Rafael Andrade.

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Pedalada Azul teve participação de mais de 1,3 mil ciclistas || Foto Pedro Augusto Benevides

A edição 2018 da Pedalada Azul em Itabuna superou expectativa ao reunir mais de 1,2 mil ciclistas neste domingo (25). A ação promovida pela ONG Unidos pelo Diabetes percorreu alguns dos principais corredores urbanos da região central e do São Caetano, com o apoio de grupos como o Pedal Bom, Amigos das Trilhas, Pedal Livre, Ciclo Bike Grapiuna e Pé de Cana.
A pedalada teve ainda a arrecadação de alimentos não perecíveis que serão entregues a entidades beneficentes de Itabuna. O evento foi encerrado na Praça Cachoeira, em frente ao HOBR, com sorteio de vários brindes entre os participantes que se inscreveram pelo site do Mutirão do Diabetes. Integrante do Pedal Bom, Thessia Lira falou do engajamento dos ciclistas nestas ações. “Estamos unindos as pessoas na prevenção ao diabetes e no incentivo à prática de atividades esportivas para uma vida saudável”.
A Pedalada teve o patrocínio da Águia Branca e da Caixa Econômica Federal. “Esse é um exemplo mobilização social e a Caixa faz questão de apoiar ações que contribuam para melhorar a qualidade de vida das pessoas, como o Mutirão do Diabetes e a Pedalada Azul”, disse Marcus Vinícius Nascimento, superintendente regional da Caixa. “É uma satisfação estabelecer essa parceria, num evento que valoriza a saúde e envolve centenas der pessoas em torno de uma causa nobre”, disse o gerente regional da Águia Branca, Gilmar Abreu.
O presidente da ONG Unidos pelo Diabetes e coordenador das atividades do Novembro Azul em Itabuna, médico Rafael Andrade, apontou o envolvimento da cidade nas ações de prevenção ao diabetes. “A solidariedade marcou a campanha. A cidade se envolveu num movimento pela saúde que cresce a cada ano”.