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Temer diz que tanto faz presença de Dilma na abertura dos Jogos do Rio (Foto Antonio Cruz/Agência Brasil).
Temer responde sobre presença de Dilma na abertura dos Jogos (Foto Antonio Cruz/Agência Brasil).

Depois de visitar as instalações do Parque Olímpico, nesta terça feira (13), no Rio de Janeiro, o presidente em exercício, Michel Temer, disse que, para ele, “tanto faz a presença da presidente afastada, Dilma Rousseff, na abertura dos jogos olímpicos. O evento está programado para agosto.

Dizendo que fica a cargo do comitê olímpico essa questão da presença da presidente afastada, ele disparou:

– O Brasil não vive em função dos que o dirigem, mas do seu povo. O povo não estará preocupado com isso, estará preocupado com a pujança do Brasil.
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Dilma em entrevista a Luís Nassif, da TV Brasil, nesta semana (Foto Reprodução).
Dilma em entrevista a Luís Nassif, da TV Brasil, nesta semana (Foto Reprodução).

Da Agência Brasil

A presidente afastada Dilma Rousseff defendeu, em entrevista especial concedida à TV Brasil, uma consulta popular, caso o Senado não decida pelo seu impedimento. Ao apresentador Luís Nassif, Dilma disse que é a população que tem que dizer se quer a continuidade de seu governo ou a realização de novas eleições. “O pacto que vinha desde a Constituição de 1988 foi rompido e não acredito que se recomponha esse pacto dentro de gabinete. Acredito que a população seja consultada”, disse.

Para ela, o país não conseguirá superar a crise com o governo interino. Dilma acredita que o povo não terá confiança no comando de Temer pelo fato de ele não ter passado pelo crivo das urnas. “Como você acha que alguém vai acreditar que os contratos serão mantidos se o maior contrato do país, que são as eleições, foi rompido?”, indagou. “Não acho possível fazer pacto nenhum com o governo Temer em exercício”, completou.

Dilma criticou uma vez mais a admissibilidade do processo de afastamento usando como o argumento o fato de que, embora a Constituição preveja o impeachment, ela também estipula que é preciso haver crime para que se categorize o impedimento. “Não é possível dar um jeitinho e forçar um pouquinho e tornar esse artigo elástico e qualificar como crime aquilo que não é crime. Os presidentes que me antecederam fizeram mais decretos do que eu. O senhor Fernando Henrique [Cardoso] fez entre 23 e 30 decretos do mesmo tipo”, disse, referindo-se aos decretos de suplementação orçamentária que embasaram o pedido de impeachment feito pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Pascoal.

“Não é o meu mandato, mas as consequências que tem sobre a democracia brasileira tirar um mandato. Isso não afeta só a Presidência da República, afeta todos os Poderes”, disse ela.

Dilma disse que reivindica voltar ao posto por compreender que não cometeu crime. Ela criticou os que defendem um semiparlamentarismo, ou eleição indireta, por considerar que isso traria um grande risco ao país. A presidenta afastada defendeu que haja uma reforma política que discuta o tema. “Não temos que acabar com o presidencialismo, temos que criar as condições pela reforma política”.

Nesse contexto, ela defendeu novamente a consulta popular. “Só a consulta popular para lavar e enxaguar essa lambança que está sendo o governo Temer”. Segundo ela, nos momentos de crise pelo qual o Brasil passou, na história da democracia recente, foi com o presidencialismo que o país superou as crises. “Foi sempre através do presidencialismo que o país conseguiu dar passos em direção à modernidade e à inclusão”.

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Antonio Anastasia votou pela continuidade de processo (Foto Antonio Cruz/Agência Brasil).
Antonio Anastasia votou pela continuidade de processo (Foto Antonio Cruz/Agência Brasil).

Após mais de uma hora do início da sessão da Comissão Especial do Impeachment do Senado desta quarta-feira (4), finalmente o relator do processo, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), começou a apresentar seu parecer de 126 páginas favorável à admissibilidade do processo contra a presidenta Dilma Rousseff.

Sem surpresas e rejeitando as argumentações da defesa e de senadores aliados de Dilma no colegiado, Ansatasia defendeu a continuidade do processo no Senado, mas decidiu não ampliar o espectro da investigação contra a petista, com informações da Operação Lava Jato. Na conclusão do parecer ele concentrou o voto nos temas já analisados pela Câmara dos Deputados.

ARGUMENTOS

Ao acatar os argumentos do pedido apresentado pelos advogados Janaína Paschoal, Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr., Anastasia considerou que há indícios de crime de responsabilidade suficientes para justificar o afastamento temporário de Dilma – por 180 dias – e iniciar a fase de instrução do processo.

O processo tem dois pontos principais contra a presidenta. O primeiro trata do atraso de pagamentos do Tesouro Nacional ao Banco do Brasil, que ficou conhecido como pedaladas fiscais. Segundo os autores do pedido, foi escondido o déficit fiscal e o banco teve de arcar com recursos próprios para o repasse de empréstimo a agricultores beneficiados com taxas diferenciadas pelo Plano Safra. Outro ponto é a edição de decretos de crédito suplementar sem aval do Congresso Nacional.

PRÓXIMOS PASSOS

Com o prazo de 24 horas de vista coletiva, que será concedida depois da leitura, a expectativa é que o parecer seja votado pelo colegiado nesta sexta-feira (6). Antes disso, amanhã (5) o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, responsável pela defesa da presidenta, terá uma hora para contrapor as observações de Anastasia. Em seguida, os senadores passam a debater o parecer.

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Procurador diz que governos anteriores controlavam investigações (Foto Reprodução).
Procurador diz que governos anteriores controlavam investigações (Foto Reprodução).
O procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima, integrante da força-tarefa da operação Lava Jato, disse esperar que a operação siga com independência para atuar e deixou um recado implícito para eventual governo do peemedebista Michel Temer, caso Dilma Rousseff seja afastada em um processo de impeachment.

“Aqui temos um ponto positivo que os governos investigados do PT têm a seu favor. Boa parte da independência atual do Ministério Público, da capacidade técnica da Polícia Federal decorre de uma não intervenção do poder político, fato que tem que ser reconhecido. Os governos anteriores realmente mantinham o controle das instituições, mas esperamos que isso esteja superado”, disse em um recado velado a governantes em um eventual cenário pós-Dilma.

“Em um País com instituições sólidas, a troca de governo não significa absolutamente nada. Quero crer que nenhum governo no Brasil signifique alterações de rumo no Ministério Público, no Judiciário, na Polícia Federal. Deveria ser assim”, afirmou ao ser questionado sobre a possibilidade de Temer assumir a Presidência. “Queremos simplesmente que as instituições continuem livres para continuar a fazer o que a lei exige delas”, prosseguiu. Lima realizou palestra na Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos, Amcham, em São Paulo, onde falou a empresários e pessoas ligadas a área de compliance. Com informações do Estadão.

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Almir Melo entre os capas-pretas do PMDB baiano em votação ontem (Foto Divulgação).
Almir Melo entre os capas-pretas do PMDB baiano em votação ontem (Foto Divulgação).
O prefeito de Canavieiras, Almir Melo, do PMDB, foi um dos delegados estaduais baianos que votaram pelo desembarque do seu partido do Governo Federal, ontem (29), em Brasília.

Almir lembra ter apoiado o governador Rui Costa em 2014, quando o então candidato patinava nas pesquisas com 4% – embora o PMDB estivesse coligado com o candidato derrotado do DEM ao governo, Paulo Souto.

À época, Almir Melo apoiou os candidatos do seu partido – Geddel Vieira Lima ao Senado, Lúcio Vieira Lima à Câmara Federal, e Leur Lomanto à Assembleia Legislativa, sem qualquer constrangimento.

Agora, espera não sofrer retaliações por pensar de forma diferente do governador no plano nacional. Conta com uma convivência pacífica e produtiva, como foi até agora. Almir votou pela independência do seu partido (que espera tomar o poder central com a possível posse de Michel Temer) e é favorável ao impeachment de Dilma.

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Bresser-Pereira vê golpe branco em processo contra Dilma.
Bresser-Pereira vê golpe branco em processo de impeachment contra Dilma (Foto GGN).

Da Agência Brasil

Ex-ministro dos governos José Sarney e Fernando Henrique Cardoso, o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira disse neste noite de terça (22) que considera o processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, um “golpe branco”. Segundo ele, a crise atual repete as que antecederam as quedas dos ex-presidentes Getúlio Vargas e João Goulart.

“Essa crise é muito estranha porque é uma crise em uma democracia que eu entendo consolidada. É uma crise que repete crises passadas, é uma crise em que liberais derrotados nas eleições resolvem tentar dar o golpe de Estado. Isso aconteceu no Brasil inúmeras vezes”, disse Bresser-Pereira em entrevista ao programa Espaço Público, da TV Brasil.

“Em 1954, o Getúlio Vargas foi derrubado nessas condições. Em 1964, João Goulart foi assim. Sempre a UDN, que era o partido liberal. Agora é a mesma coisa, mas é o PSDB, meu ex-partido, que virou partido liberal. Tudo é sempre feito em nome da moralidade pública. Como se, de repente, a moralidade pública estivesse encarnada nesses liberais e jamais existisse do outro lado”, disse.

No entanto, de acordo com o ex-ministro, na crise atual, diferentemente das anteriores, um setor da classe média radicalizou o discurso, e começou a agir com “ódio” contra o governo. “Em nenhuma das outras vi tanto ódio. Isso me surpreendeu muito já em 2014. Havia um setor da classe média que radicalizou e começou a agir com um ódio em relação ao PT e em relação a Dilma e Lula que eu nunca vi na minha vida.”

“No tempo do golpe militar, por exemplo, havia uma preocupação da direita com um possível golpe socialista, o que era bobagem, mas enfim, era razoável o medo, e havia medo. Mas não havia ódio. Agora tem ódio. E, na minha opinião, quando isso acontece, quando aparece o ódio, é porque não há razão”, analisou.

Bresser Pereira destacou diz que não acredita que Dilma sofrerá impeachment porque o Brasil tem uma democracia consolidada. “O impeachment só se justifica nos momentos em que o presidente cometeu algum crime. Não há crime, desde o começo não há. Acho que nós estamos em uma democracia consolidada e isso seria um golpe muito sério na democracia.”

Ex-ministro da Fazenda no governo José Sarney, da Administração Federal e Reforma do Estado, e de Ciência e Tecnologia no de Fernando Henrique Cardoso, Bresser-Pereira é economista, cientista político, administrador de empresas e bacharel em direito.

Transmitido pela TV Brasil toda terça-feira, às 23h, o programa Espaço Público é apresentado pelos jornalistas Paulo Moreira Leite e Florestan Fernandes Júnior.

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Baiano Wellington César Lima assume Justiça.
Baiano Wellington César Lima assume Ministério da Justiça.

A presidenta Dilma Rousseff acaba de dar posse aos ministros da Justiça, Wellington César Lima e Silva; da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo; e da Controladoria da Geral da União (CGU), Luiz Navarro de Brito, em cerimônia no Palácio do Planalto.

Na segunda-feira (29), Dilma aceitou o pedido de demissão de Cardozo da pasta da Justiça e o nomeou titular da Advocacia-Geral da União, no lugar de Luís Inácio Adams. Há algumas semanas, Adams vinha manifestando a intenção de deixar o governo para dar andamento a projetos pessoais.

As conversas sobre a ida de Wellington César para o governo começaram na semana passada, quando ele esteve no Palácio do Planalto, reunido com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, que foi governador da Bahia.

Navarro já foi secretário-executivo da CGU. Após a saída de Valdir Simão do órgão para chefiar o Ministério do Planejamento, o cargo vinha sendo ocupado interinamente por Carlos Higino, que antes estava na secretaria executiva da pasta.

PERFIL DO NOVO MINISTRO

Nascido em Salvador, Wellington César Lima e Silva é procurador de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA). Ele chegou ao cargo mais alto do órgão em 2010, escolhido pelo atual ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, que à época era governador da Bahia. Wellington César foi escolhido a partir de uma lista tríplice feita pelos procuradores e promotores. O procurador ficou em terceiro lugar na eleição. Ele foi reconduzido ao cargo em 2012, após se candidatar à reeleição e ter sido o mais votado para a formação da lista tríplice.

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Fernanda ou "Mamãe" tem fake no Facebook.
Fernanda ou “Mamãe” tem fake no Facebook.
Perfis fakes (falsos) de políticos nas redes sociais tornaram-se quase uma regra. Pode ser para levantar a figura. Ou simplesmente criticá-la. Começou com Dilma Bolada – que se tornou case sucesso mundial com presença no Twitter e no Facebook – e avançou com perfis como o de ACM Neto (Prefeito Netinho, já extinto). Agora, é Netinho Barril Dobrado.

No sul da Bahia, até que tentaram com um perfil falso do ex-prefeito Capitão Azevedo, de Itabuna. Não vingou. A estratégia de marketing deve proliferar em ano eleitoral. O fake mais recente por estas bandas é o da prefeita de Uruçuca, Fernanda Silva. Prefeita Indelicada reúne postagens com atividades cotidianas da “Mamãe”, estocadas na oposição e até as agruras da petista, que tentará reeleição.

Numa das mensagens da Prefeita Indelicada, “Fernanda Silva” ou “Mamãe” aparece admitindo que atrasou o salário do funcionalismo (Pior que atrasar salário, é dar calote, ainda bem que meus filhos já estão com salário em dia.), mas aproveita para fazer troça de adversários que deixaram funcionalismo com até 3 meses de salário atrasado. Ainda “agradece” opositores que compartilham as postagens do seu perfil. Tinha pouco mais de 750 seguidores nesta manhã.

Na cidade já se comenta que a página é atualizada no gabinete da Mamãe. Especulação, especulação…

Postagem do perfil da Mamãe, a Prefeita Indelicada.
Postagem do perfil da Mamãe, a Prefeita Indelicada.
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Lupi anunciou posição do PDT contra impedimento de Dilma (Foto Divulgação/PDT).
Lupi anunciou posição do PDT contra impedimento de Dilma (Foto Divulgação/PDT).

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, anunciou nesta sexta-feira (22) que o partido vai ser posicionar contra o impeachment de Dilma Rousseff. A decisão foi tomada durante reunião do diretório nacional da sigla. O PDT votou por unanimidade contra o afastamento da presidente.

No encontro também foi definido o nome de Ciro Gomes como pré-candidato à presidência da República nas eleições de 2018. “Não há nenhum fato legal. Não há prova. Não há nenhum fato que coloque ela em cheque a qualquer investigação. Ninguém pode terceirizar o crime”, afirmou Lupi.

O presidente nacional do partido destacou que os membros que não seguirem o direcionamento estão sujeitos a “medidas previstas no estatuto”. Informações do Bahia Notícias.

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marco wense1Marco Wense

 

Quando são citados políticos do PT, PMDB, PP e de outras legendas, as afirmações dos delatores têm todo o crédito, são verdadeiras. Quando envolvem tucanos, e tucanos de plumas exóticas, aí é armação, intriga da oposição.

 

A sabedoria popular costuma dizer que “quem tem telhado de vidro não joga pedra no do vizinho”. É assim que o senador Aécio Neves vem se comportando diante dos escândalos diários que tomam conta do país.

Na edição de hoje (11) da Folha de São Paulo, o ex-candidato à presidência da República, pelo PSDB, escreve um artigo que só fala da crise econômica: PIB negativo, inflação de dois dígitos, contas públicas fora do controle, 59 milhões de consumidores inadimplentes, empresas brasileiras como as mais endividadas dos países emergentes e, por último, a perda de bom pagador por duas agências de risco.

Em relação à crise moral, roubalheira na Petrobras, os escândalos envolvendo as empreiteiras e a safadeza com o dinheiro público, o tucano é só silêncio. Não diz nada.

Pois é. Aécio já foi citado em duas delações premiadas e caminha para ter seu nome envolvido em mais três. O exótico tucano já perdeu a condição de candidato natural do PSDB à sucessão de Dilma Rousseff. Não à toa que Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, recuou da sua intenção de ir para o PSB.

Operação Lava Jato? Aécio foge dela como o diabo da cruz. Não só por causa do seu rabo de palha, mas também pela preocupação que tem com os companheiros do PSDB, principalmente com o guru Fernando Henrique Cardoso.

Nestor Cerveró acaba de apontar propina de US$ 100 milhões na era FHC. A compra da empresa argentina Pérez Companc pela Petrobras, por UU$ 1,02 bilhão, em julho de 2002, gerou o “faz me rir atucanado”. E mais: o senador Delcídio Amaral, ex-tucano, hoje petista, disse em depoimento que assumiu o cargo na estatal “atendendo convite do então presidente da República Fernando Henrique Cardoso”.

E o que foi que FHC disse para se defender? Ora, ora, a mesma coisa que os outros dizem: “… as afirmações são vagas, sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não trazem elementos que permitam verificação”.

Quando são citados políticos do PT, PMDB, PP e de outras legendas, as afirmações dos delatores têm todo o crédito, são verdadeiras. Quando envolvem tucanos, e tucanos de plumas exóticas, aí é armação, intriga da oposição.

Que coisa, hein!? A conclusão não pode ser outra: São farinhas do mesmo saco e bananas do mesmo cacho.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Dilma define novo valor do mínimo (Foto Wilson Dias/Agência Brasil).
Dilma define novo valor do mínimo (Foto Wilson Dias/Agência Brasil).

A partir do dia 1º de janeiro de 2016, o salário mínimo será R$ 880. O valor foi definido em decreto assinado hoje (29) pela presidente Dilma Rousseff. O ato será publicado no Diário Oficial da União de amanhã (30).

O aumento do salário mínimo será de 11,6%, já que, atualmente, o valor é de R$ 788. “Com o decreto assinado hoje pela presidenta Dilma Rousseff, o governo federal dá continuidade à sua política de valorização do salário mínimo, com impacto direto sobre cerca de 40 milhões de trabalhadores e aposentados, que atualmente recebem o piso nacional”, diz nota divulgada pelo Palácio do Planalto.

A proposta de Orçamento aprovada pelo Congresso Nacional previa um salário mínimo de R$ 871. Ainda hoje o governo irá dar mais detalhes sobre o novo valor do salário para o ano que vem.

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Nelson Barbosa deixou Planejamento para assumir Ministério da Fazenda (Foto José Cruz/ABr).
Nelson Barbosa deixou Planejamento para assumir Ministério da Fazenda (Foto José Cruz/ABr).

Está marcada a cerimônia de posse de Nelson Barbosa como ministro da Fazenda. Na última sexta-feira (18), a presidente Dilma Rousseff fez a  substituição de Joaquim Levy por Barbosa no comando do ministério.

Barbosa era ministro do Planejamento. Para o lugar dele, Dilma nomeou o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Simão.

A troca no comando da equipe econômica ocorreu após uma semana conturbada no Congresso Nacional. Na quinta-feira (17), o Congresso Nacional aprovou a LDO e trouxe como novidade, em relação ao texto aprovado pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) em novembro, a redução da meta do superávit primário do governo federal de 0,7% para 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), sem deduções (R$ 24 bilhões).

O ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy sempre defendeu que a meta fiscal ficasse em 0,7%, tendo, inclusive, feito um apelo aos líderes partidários, na última segunda-feira (14), para que trabalhassem pela aprovação de três medidas provisórias que aumentariam receitas, evitando, assim, o corte do Bolsa Família e de outros programas sociais, proposto anteriormente pelo relator do Orçamento, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Na ocasião, Levy também reafirmou o compromisso do governo com a meta de esforço fiscal em 0,7% do PIB.

Na sexta-feira, Barbosa disse que os esforços para o ajuste fiscal devem continuar para estabilizar a economia e promover sua recuperação.“O compromisso com a estabilidade fiscal se mantém o mesmo. O volume de cortes e despesas discricionárias deve atingir R$ 78,5 bilhões. Em 2016, esperamos gastar o mesmo que gastamos seis anos atrás. Esse fato já mostra o nosso compromisso [com o ajuste]”, disse Barbosa. Informações da Agência Brasil.

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Sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (Foto José Cruz/Agência Brasil).
Sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (Foto José Cruz/Agência Brasil).

Da Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar hoje (15) a validade da Lei 1.079/50, que regulamentou as normas de processo e julgamento do impeachment, e alguns artigos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. As normas foram utilizadas pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para dar andamento às etapas iniciais do processo, que foi suspenso pelo ministro Edson Fachin, relator da ação que trata do assunto, a pedido do PCdoB, até decisão do plenário.

A sessão está prevista para começar às 14h, pela leitura do relatório da ação. Em seguida, será aberto prazo de 15 minutos para que cada uma das partes do processo, incluindo a Câmara, o Senado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a presidenta Dilma Rousseff, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), possa se manifestar. O PT, PSDB, DEM, PSOL, a Rede, o PP e a União Nacional dos Estudantes (UNE) terão que dividir uma hora para sustentação oral.

Após as manifestações, Fachin e os demais ministros começam a votar. O voto do ministro tem cerca de 100 páginas. A previsão é que o julgamento não termine hoje e seja retomado amanhã (17).

As principais regras que serão discutidas pelos ministros são a defesa prévia da presidenta Dilma Rousseff antes da decisão de Eduardo Cunha que deflagrou o procedimento de impeachment, a votação secreta para a eleição da comissão especial do impeachment pelo plenário da Casa, a eleição da chapa avulsa para composição da comissão e a prerrogativa do Senado de arquivar o processo de impeachment mesmo se a Câmara decidir, por dois terços dos deputados (342 votos), aceitar o julgamento do crime de responsabilidade.

Para instruir a ação, Edson Fachin pediu que a PGR, a Câmara, o Senado e a Presidência da República, órgãos envolvidos no processo, se manifestem sobre o rito adotado por Cunha. Cada um se posicionou sobre cada questão. veja no “leia mais”.

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A Frente Brasil Popular realiza nesta quarta-feira (16), em Itabuna, uma mobilização contra o impeachment da presidente Dilma e  o Fora Cunha. A concentração será às 14 horas, no Jardim do Ó, com caminhada pela avenida do Cinquentenário e ato público na Praça Adami.

O ato está sendo coordenado pelo PT, PCdoB, Central Única dos Trabalhadores  (CUT), Central  dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)) e movimentos sociais.

Além de condenar a tentativa de golpe contra Dilma Rousseff e pedir a saída do presidente da Câmara Eduardo Cunha, a manifestação vai defender conquistas como o Bolsa Família, ProUni, Pronatec, Minha Casa Minha Vida,  e garantia dos direitos trabalhistas. As manifestações acontecerão em cidades de todo o país.

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Lídice aponta conluio entre Temer e Cunha (Foto Tácio Moreira/Metropress).
Lídice aponta conluio entre Temer e Cunha (Foto Tácio Moreira/Metropress).

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) lamentou as declarações do vice-presidente Michel Temer de que a deliberação na Câmara dos Deputados que elegeu a comissão especial do processo de impeachment foi um “legítimo exercício” da competência da Casa.

Para ela, começam a ficar mais claras as relações políticas entre os dois líderes do PMDB. “Se já se estranhava o silêncio do presidente do PMDB (Temer) quanto às graves acusações que pesavam contra seu correligionário, com esse aval parece se revelar uma ação mais coordenada entre os dois”.

Ela lembrou que Temer já foi presidente da Câmara dos Deputados e constitucionalista, o que aumenta ainda mais as desconfianças. “Não seria por desconhecimento de causa que Temer emprestaria seu aval às ações de Eduardo Cunha rejeitadas pelo Supremo Tribunal Federal que sustou todos os efeitos daquela sessão”.

Na avaliação da senadora baiana, Cunha “vem agindo de forma revanchista, irresponsável e vingativa, quando, na verdade, deveria se afastar da presidência da Câmara” para facilitar as investigações que recaem sobre ele: “Nada disso ajuda o País a sair da crise em que se encontra, ao contrário, só faz agravar a situação”.