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Na mesma semana em que o Instituto Sensus divulgou pesquisa em que os principais concorrentes ao Palácio do Planalto estão empatados, o Datafolha mostra levantamento com José Serra (PSDB) com 38% das intenções de voto e a ex-ministra Dilma Rousseff (PT) com 28%, vantagem de dez pontos percentuais.

A pesquisa foi divulgada neste sábado pelo jornal Folha de São Paulo. Realizada na quinta e ontem (dias 15 e 16), ela traz um dado diferente dos demais levantamentos:  a “verde” Marina Silva (PV) com 10% e, pela primeira vez, superando o ex-ministro Ciro Gomes (PSB), com 9%.

O Datafolha ouviu 2.600 pessoas e tem margem de erro de dois pontos percentuais. 7% votariam em branco ou nulo e 8% disseram estar indecisos. Na última pesquisa Datafolha, Serra aparecia com 36%, Dilma, 27%, o que confirma estabilidade no quadro sucessório. O bicho já está pegando!

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Do Band.com

Pesquisa divulgada neste sábado pelo instituto Vox Populi mostra que o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, se mantém na liderança. Dilma Rousseff, do PT, volta a crescer e reduziu a diferença para apenas três pontos percentuais.

O ex-governador de São Paulo aparece com 34 por cento das intenções de voto, mesmo percentual de janeiro. A ex-ministra da Casa Civil Dilma Roussef, do PT, subiu quatro pontos percentuais e segue na segunda posição, com 31%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.

Ciro Gomes, do PSB, vem em terceiro lugar, com 10%. Marina Silva, do PV, está em quarto lugar com 5% das intenções de voto. Votos nulos e brancos somam 7%, enquanto 13% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.

Sem Ciro

Em um cenário sem Ciro Gomes, Serra aparece com 38%. Dilma vem a seguir, com 33% e é seguida por Marina Silva, com 7% das intenções. Brancos e nulos contabilizam 7%, enquanto os que não quiseram ou não souberam responder somam 15%.

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A última pesquisa Datafolha, divulgada neste sábado, revela o governador José Serra (PSDB) com uma vantagem de nove pontos sobre a ministra Dilma Roussef (PT). O tucano tem 36% e a petista, 27%. É a primeira pesquisa nos últimos meses que mostra reversão do quadro.

Na pesquisa anterior do mesmo instituto (dias 24 e 25 de fevereiro), Dilma aparecia com 28% e Serra, 34. Ciro Gomes (PSB) tinha 12% e agora aparece com 11%. Marina Silva figura com 8%. O levantamento deste mês foi realizado na quinta e sexta-feiras, 25 e 26.

A pesquisa também testou cenário sem o nome de Ciro Gomes. Nele, Serra vai a 40% e Dilma a 30%. Marina ganha dois pontos percentuais e vai a 10%. Já na pesquisa espontânea, aquela em que o eleitor anuncia a intenção de voto sem que a cartela com os candidatos seja apresentada, Dilma saiu de 10% para 12%. Serra tem 8%. Ciro e Marina pontuam com 1% cada.

Os novos números da pesquisa estimulada, no entanto, acalmam o PSDB e podem detonar novas dúvidas na cabeça petista.

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A propósito da inauguração da base de distribuição do Gasene na proxima sexta-feira (26), em Itabuna, um jornalista comentou que o Parque de Exposições Antônio Setenta, local do evento, pode até mudar de nome.

Passaria a ser chamado: “Parque de Exposição da Candidata Dilma 2010”.

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Divulgados os novos números da pesquisa CNI/Ibope. O levantamento só confirma a fase ascendente da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e a queda em intenções de voto do tucano José Serra. A diferença caiu 21 pontos.

No último levantamento CNI/Ibope, realizado em novembro, Dilma aparecia com 17% das intenções de voto e Serra, 38%. Hoje, a petista aparece com 30% e o tucano, 35%. Ciro Gomes (PSB) pontua com 11% e Marina Silva (PV), 6%.

A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos percentuais e também testou cenário sem a presença de José Serra e de Ciro. Nele, Dilma vai a 39%, Marina alcança 12% e Aécio Neves (PSDB) vai a 18%.

Quando o cenário tem a presença de Ciro Gomes e Serra é substituído por Aécio, Dilma alcança 34%, Ciro vai a 21%, Marina tem 13% e Aécio chega a 8%.

A pesquisa espontânea mostra vantagem para Dilma Rousseff. Ela alcança 14% ante 10% de Serra. Ciro e Marian têm 1% cada e Aécio pontua com 3%. Sem poder disputar novamente a presidência da República, Lula lidera a espontânea. Tem 20%.

A pesquisa também apurou recorde de aprovação ao governo federal. 75% avaliam como ótimo ou boa a gestão Lula. 19% avaliam como regular e outros 5% como ruim ou péssima. A avaliação pessoal do presidente atingiu 83%. A pesquisa ouviu 2.002 pessoas em 140 municípios entre os dias 6 e 10 de março (confira o relatório completo da pesquisa).

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Wagner comemora ações do Governo Federal

O governador Jaques Wagner aproveitou o programa “Conversa com o Governador” desta terça-feira (09) para destacar as ações empreendidas na Bahia pelo Governo Federal. E confirmou que o presidente Lula, acompanhado pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, estará no sul do Estado ainda este mês.

“O presidente Lula mais uma vez estará na Bahia, inaugurando uma grande obra, disse Wagner. Ele fazia referência ao Gasene (Gasoduto Sudeste-Nordeste). A vinda será programada para uma data entre 20 e 25 de março.

A primeira etapa da distribuição do gás natural no sul do Estado vai atender as unidades da Trifil, DPAM/Nestlé e um posto de combustíveis da rede Universal, em Itabuna, além da Veracel Celulose, em Eunápolis, e da Suzano Papel e Celulose, no município de Mucuri.

Clique no player abaixo e ouça o programa:

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Não chega a ser um fake (perfil falso) clássico a página de uma certa “Dilma Hussein” no Twitter.  A piada que funde a ministra-candidata com o ditador enforcado ainda não tem mil seguidores, mas é promissora.

Percebe-se de cara que o autor é tucano, antipetista, mas até os vermelhinhos de bom humor serão capazes de dar risada com  as postagens.

Neste domingo, por exemplo, “Dilma Hussein” escreveu:

“Falei com o Pres. Lula e ele disse que não sabia nada sobre o esquema na Bancoop. Vamos tentar colocar a culpa no Governo FHC, como sempre”.

Outra:

“Liguei para o Paulo Henrique Amorim para pedir uma reportagem rebatendo a Veja e ele atende: “Óóóóláááá, tudo bééééim?” Irritante isso”.

PHA chamaria a página de uma verdadeira conversa “fiada”

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Norman Mailer

Dilma, Lula, produtor, Wagner… Cadê GV?

De branco, rosto limpo, sem óculos escuros, apenas a irreparável barba grisalha, o governador Jaques Wagner chegou cedo nesta sexta-feira (5) ao Aeroporto de Petrolina para recepcionar o presidente Lula e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Concedeu uma entrevista para uma emissora de rádio local e fez comentários sobre a aliança com o senador César Borges e o clima de aproximação provocado pelo presidente Lula com o PMDB baiano.

De azul claro, rosto queimado e óculos, o ministro da Integração também chegou cedo, na segunda-feira (1), a fim de organizar os preparativos da visita do presidente Lula. Por um desses despautérios da vida, Geddel só perdeu o horário desta sexta-feira. O vacilo custou caro, porque a assessoria de imprensa do governador baiano divulgava para os quatro cantos a entrevista de Wagner, que logo seria intercalada por outra do presidente Lula.

Na descida do avião, Wagner é puxado pelo companheiro de partido e acompanhado de perto pelo recém-aliado da pré-candidatura de Dilma no âmbito nacional, César Borges, do PR. Já na entrevista, Lula teceu comentário sobre os dois palanques na Bahia, e deixou claro que o desejo dele é a continuidade da aliança vitoriosa que elegeu Wagner e reelegeu o presidente em 2006.

Ainda no pátio do aeroporto, Wagner estende a mão ao ministro, que ergue a mão direta, enquanto o governador olha para o alto, como quem pede paciência aos céus e já ouviu do presidente novas recomendações para aceitar o peemedebista novamente na chapa para senador.

Conversa vai, conversa vem, ao longe, o ministro Geddel assiste atônito o presidente convidar o governador da Bahia para entrar no carro da presidência. Só Lula e Wagner. Nem Dilma acompanhou Geddel em outro veículo. O isolamento é evidente.

Sempre ao lado do presidente, Wagner visita as instalações da Codevasf. O sorriso largo não esconde a satisfação de quem arquiteta de maneira minuciosa a aproximação do PR e do senador César Borges, a corrosão do nicho do principal adversário, o ex-governador Paulo Souto, que a cada dia lamenta a saída de um corregilionário, e o isolamento de um ex-aliado refém de uma decisão precipitada e audaciosa, o ministro da integração, que não encontra sustentação nem musculatura política capazes de alavancarem uma candidatura que nasceu órfão.

A inclemência do tempo, apesar de ter tido a oportunidade de preparar o terreno da visita do presidente in loco, sorrateiramente tapeou o ministro Geddel. Os minutos e as horas desta sexta-feira (5), aparentemente correram a favor de um enredo cronologicamente definido pela equipe do governador Jaques Wagner, que transformou uma obra tocada pelo Ministério da Integração Nacional, numa iniciativa da mãe do PAC, a ministra Dilma Rousseff, a partir de uma proximidade que o governador baiano possui com o presidente Lula. Xeque.

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Marco Wense

O tempo fechou para o tucanato da Avenida Paulista. A pesquisa divulgada neste domingo (28) pelo instituto Datafolha, realizada nos dias 24 e 25 de fevereiro, aponta situação de empate técnico entre José Serra e a ministra Dilma Rousseff.

Na corrida para o Palácio do Planalto, Serra (PSDB) tem 32%, Dilma (PT) 28%, Ciro Gomes (PSB) 12% e Marina Silva (PV) 8%. Na última consulta, a vantagem do tucano sobre a petista era de 14 pontos. Hoje é de quatro.

É evidente que bastam só os números da pesquisa para deixar os tucanos e seus principais aliados – o DEM e o PPS – preocupadíssimos. Em apenas dois meses, a diferença caiu 10 pontos.

Outros elementos, no entanto, são mais preocupantes do que os números em si, como, por exemplo, a perda de 3 pontos de Serra na região sudeste, que tem 42% do eleitorado do país. E mais: a taxa de rejeição ao tucano subiu de 19% para 25%.

O pior, para o desespero do tucanato, é que a capacidade de transferência de voto de Lula para Dilma tem bastante oxigênio. Ou seja, 14% do eleitorado, que vai votar de qualquer jeito no candidato do presidente, ainda não sabe que Dilma é a candidata do “cara”.

Com a pesquisa do Datafolha, aumenta a pressão da cúpula do PSDB por uma composição puro sangue, com o governador Aécio Neves (MG) como vice na chapa encabeçada por Serra.

Sinceramente, não acredito que Aécio, mesmo com os emocionantes apelos do tucanato da Avenida Paulista, venha a ser o companheiro de chapa do ex-ministro do então governo FHC.

Pelo menos do meu modesto ponto de vista, a queda de Serra nas intenções de voto é um obstáculo a mais para a chapa puro-sangue. O mineiro não vai trocar uma eleição garantida para o Senado da República por uma cada vez mais duvidosa.

As nuvens para o tucanato podem até clarear. A previsão, no entanto, é de que elas fiquem mais cinzentas, bem escuras.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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As más-notícias para o tucano José Serra não param com as quedas nos índices de intenções de voto. A pesquisa Datafolha realizada nos dias 24 e 25 também aferiu o humor dos eleitores em relação aos quatro principais nomes na disputa.

Serra lidera o quesito. Ele é rejeitado por 25% dos eleitores. Dilma, por 23%. Ciro Gomes é rejeitado por 21% e Marina Silva, por 19%.

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Diferença entre Dilma e Serra cai novamente.

Acendeu a luz vermelha no ninho tucano. Pesquisa Datafolha realizada nos dias 24 e 25 de fevereiro em todo o País apurou que a intenção de voto na ministra Dilma Rousseff (PT), candidata do presidente Lula, pulou de 23% para 28%. Caminhando em linha oposta, José Serra (PSDB) caiu de 37% para 32%.

A margem de erro é de dois pontos percentuais. Foram ouvidas 2.623 pessoas. Os outros dois nomes citados na pesquisa estimulada (Ciro Gomes e Marina Silva) aparecem com 12% e 8% das intenções de voto, respectivamente.

O candidato do PSB aparecia com 13% em dezembro e Marina (PV) possuía mesmo percentual de agora. 9% dos pesquisados pretendem votar em branco ou nulo e 10% estão indecisos.

Em dois meses, a diferença entre os dois principais concorrentes ao Palácio do Planalto caiu de 14 para 4 pontos percentuais. O crescimento de Dilma está acima da margem de erro (cinco pontos), assim como a queda do governador Serra (confira os números da última pesquisa).

Serra consegue aumentar em sete pontos percentuais a sua diferença para Dilma quando sai de cena o nome do deputado federal Ciro Gomes. Serra vai a 38% e Dilma a 31%. A má-notícia para o tucano é que em dezembro o cenário era 40% a 26%. Marina caiu de 11% para 10% agora, nesse cenário.

Quando o índice de intenções de voto de um candidato sobe e o do outro desce, afirma-se que a ‘boca do jacaré’ está se fechando (uma alusão aos gráficos de pesquisa). Por aqui, a rapidez com que o réptil fecha a boca é mais do que incômoda para os tucanos. (Atualizada às 20h09min).

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O Partido dos Trabalhadores referendou o nome de Dilma Rousseff como sua candidata à Presidência da República. Foi neste sábado, durante o IV Congresso do PT, realizado em Brasília.

Antes da votação, o presidente Lula discursou dizendo que Dilma não será uma presidenta-tampão, visando a sua volta ao poder, em 2014. “Dilma não candidata dela. É candidata de uma grande coalizão. Não é a candidata do Lula”.

Leia aqui a cobertura da BBC Brasil e do Estadão.

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Dilma e Serra estão cada vez mais próximos.

A nova pesquisa Ibope/Diário do Comércio revela crescimento de oito pontos percentuais da pré-candidata petista no comparativo com o último levantamento realizado em dezembro. Ela agora aparece com 25%, ante 17% em dezembro. O tucano José Serra oscilou dentro da margem de erro: tinha 38% em dezembro e foi a 36% agora.

O levantamento traz Ciro Gomes (PSB) com 11% e a senadora Marina Silva (PV) com 8%. As intenções de voto branco e nulo atingiram 11%. O percentual de indecisos é de 9%.

Esta pesquisa também testou cenário sem Ciro Gomes: Serra sobre para 41% e Dilma chega a 28%. Marina alcança 10%. É o melhor dos mundos para o pré-candidato tucano.

A pesquisa também simulou um eventual segundo turno entre José Serra e Dilma Roussef. O tucano cravou 47% contra 33% da petista e ministra da Casa Civil.

No item rejeição, a pesquisa Ibope/Diário do Comércio aferiu Ciro Gomes, com 41%, Marina Silva tem rejeição de 39%, Dilma, 35%, e Serra é reprovado por 29% dos eleitores. A pesquisa foi feita entre os dias 6 e 9 de fevereiro. Foram ouvidos 2.002 eleitores. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

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Marcos Coimbra

O que o ex-presidente fez, ao aceitar o desafio do atual, concretiza o quadro imaginado por Lula. Será que FHC se sairá dele tão bem quanto imagina?

Tucanos e petistas, com suas adjacências, passaram boa parte da semana discutindo sobre quem fez mais nos períodos em que governaram. Foi um debate de “alto nível”, não pelo clima em que transcorreu, mas por ter envolvido os notáveis dos partidos, sem deixar de lado a ministra Dilma.

Tudo começou, como sabemos, com o artigo de Fernando Henrique Cardoso publicado domingo último, intitulado “Sem Medo do Passado”. Nele, o ex-presidente diz que aceita o desafio de comparar seu governo ao de Lula, provavelmente por entender que, na comparação, é ele quem ganha.

Não deixa de ser um gesto de coragem, indispensável a quem exerce um papel de liderança intelectual e política no conjunto das oposições. Com o artigo, FHC mostra que não está disposto a permanecer acuado pela ameaça do plebiscito e que vai enfrentar “o touro a unha”, como se dizia antigamente.

Ou seja, para ele, o embate plebiscitário que Lula propõe começou, sendo seu texto (e as reações que provocou no PT) apenas o primeiro round. É como se dissesse que, se é inevitável que a eleição presidencial deste ano se torne um plebiscito, que seja feito e que comece logo: “Podem vir quentes, que eu estou fervendo!”.

Foi Lula quem inventou essa ideia de eleição plebiscitária. Ainda no final de 2007, ele passou a defendê-la, afirmando que os eleitores deveriam ser convidados a fazer uma escolha na hora de votar: se estivessem de acordo com seu trabalho nos últimos 8 anos, que votassem na candidatura que representa sua continuidade. Quem gostasse dele, que votasse em Dilma.

Até aí, nada demais. É natural que um partido que está no governo tenha um candidato identificado com a continuação (ainda mais quando conta com mais de 80% de aprovação). Já vimos isso mil vezes no plano estadual e municipal, e ninguém acha estranho. Pode ser que o indicado seja uma pessoa conhecida, que já disputou eleições e tem notoriedade. Mas não necessariamente, pois o candidato do governo pode ser até um completo desconhecido. Vem daí a ideia de “poste”, que reaparece com frequência nas situações em que administrações bem-sucedidas são representadas por candidatos sem grande biografia.

Assim, depois de ter ficado oito anos no poder, nada mais compreensível que o PT tenha uma candidata cuja proposta básica é manter as coisas como estão. O fato de Dilma ser pouco conhecida pelo eleitorado é quase irrelevante, como foi no caso de vários outros candidatos com perfil semelhante (a maioria dos quais vitoriosa, é bom lembrar).

O interessante no plebiscito que Lula quer fazer acontece fora do PT. Para começar, ele pressupõe que o vasto condomínio partidário que se representa em seu governo se coligue formalmente em torno da ministra, o que tem como primeira consequência que o tempo de propaganda eleitoral de todos os partidos será somado e oferecido a ela. Hoje, pelo andar da carruagem, falta pouco para isso seja confirmado.

Mas o mais interessante é que o plebiscito não é, propriamente, algo que saiu de sua cabeça. Antes, é sua resposta a algo que ele considerava inevitável, a candidatura de Serra. Foi procurando se adaptar a ela que a estratégia do plebiscito foi elaborada.

Se as oposições estavam prontas a marchar unidas em torno do governador, ex-ministro e candidato sempre apoiado por FHC, o cenário de um plebiscito entre os dois presidentes estava montado. Bastava fazer o mesmo de seu lado, com sua colaboradora como candidata, que o eixo da eleição poderia ser deslocado para uma escolha entre quem foi melhor como presidente, Lula ou Fernando Henrique?

Ao longo da semana, o sistema político se posicionou nos termos do plebiscito desejado por Lula. Todas as oposições tiveram que se pronunciar, defendendo FHC e assumindo a defesa de seu governo. Do lado do presidente, foi com gosto que seus correligionários mostraram sua preferência por Lula.

O plebiscito, de fato, começou. O que o ex-presidente fez, ao aceitar o desafio do atual, concretiza o quadro imaginado por Lula. Será que FHC se sairá dele tão bem quanto imagina? Será que consegue recuperar sua imagem nos próximos 8 meses, fazendo o que não conseguiu nos últimos 8 anos?

Marcos Coimbra é diretor do Vox Populi (artigo publicado no Correio Braziliense).

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O presidente Lula e a ministra e pré-candidata Dilma Roussef são as estrelas do comercial de 30 anos do PT que está desde o início desta noite no ar em emissoras de televisão. Trata-se de inserções gratuitas asseguradas a todos os partidos. Hoje, houve uma overdose de um filme de 1 minuto, contando as mudanças brasileiras em três décadas de história.

O comercial vai ao ar no momento em que a ministra da Casa Civil mais se aproxima do líder nas pesquisas à presidência da República, José Serra (PSDB), e quando Dilma se torna alvo de uma estratégia do ex-presidente FHC: fuzilar a petista pré-candidata.

FHC saiu do governo em 2002 com baixo índice de aprovação popular e agora sai em defesa do seu capital e, timidamente, de José Serra. Do outro lado, o presidente de maior popularidade da história brasileira aparece ao lado da sua candidata, Dilma Roussef.

“Eu Sou PT, a Dilma é PT, todos nós somos PT. E você?” é a frase-chamamento de Lula. Na verdade, uma apresentação da ministra feita pelo seu maior defensor. E Dilma, na mesma toada: “Venha com a gente, vamos continuar mudando o Brasil”. Quais os reflexos deste comercial comemorativo dos 30 anos do PT? Só as novas pesquisas dirão.

Confira o vídeo, abaixo.