Ex-prefeito Dilson Argolo, "Dica", faleceu na noite desta segunda || Foto Arquivo Jean Macedo
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Dilson Argolo, “Dica”, ex-prefeito de Uruçuca, no sul da Bahia, faleceu na noite desta segunda-feira (10), após ser internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave. Ele sofreu um infarto e faleceu no Hospital Costa do Cacau, em Ilhéus.

O ex-prefeito teve covid-19 e já havia se recuperado. Porém, na última quinta (6), “Dica” passou mal ao saber da morte de um vizinho, segundo relatado por um amigo do ex-prefeito a este site. Ele foi levado para hospital e transferido para a UTI, mas equipe médica não conseguiu reverter o quadro.

“Dica” foi dos principais nomes da política uruçuquense. Desde quando deixou o governo, em 2008, sempre influenciou na corrida eleitoral. Ele governou o município sul-baiano no período de 2001 a 2008.

Há pouco, amigos lamentaram a partida do ex-prefeito, dentre eles o jornalista Jean Macêdo, que postou uma foto de Dica em cima do palanque e discursando para uma multidão. “Meu amigo, pai adotivo, irmão e maior prefeito de minha terra”, escreveu Jean. Mais informações em instantes.

O prefeito de Uruçuca, Moacyr Leite Júnior, emitiu nota de pesar e decretou luto oficial de três dias por causa da morte de Dica.

Ainda na nota, o prefeito manifestou “mais profundo pesar e se solidariza com familiares e amigos do ex-Prefeito por três mandatos, Dilson Argolo (Dica), falecido nesta segunda-feira, 10”. Atualizado às 22h09min.

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As novas políticas de aliança do PT acabaram por higienizar muitos nem tão “chegados” nestas eleições. São vários exemplos, mas alguns estão próximos ou nem tão distantes.

Vejamos o exemplo de São Paulo, onde o ex-ministro da Educação Fernando Haddad acabou eleito prefeito.

Se valeu o “esforço”? Valeu, pelo menos, para o presidente do diretório municipal do PT de São Paulo Antônio Donato, o apoio do ex-prefeito paulistano Paulo Maluf, caçado pela Intepol (Organização Internacional de Polícia Criminal), acusado de desviar recursos da prefeitura e enviá-los para a Ilhas Cayman. Valeu não pelos votos que poderiam ser transferidos e sim pelo tempo de televisão do PP, partido ao qual o ex-prefeito é filiado.

Foi bom para “ambas as partes”, como diz o derrotado e apresentador Celso Russomano. O PT teve o tempo de propaganda na televisão e o meliante caçado pela Interpol foi higienizado politicamente ao dar apoio à candidatura de Haddad, como opinou a deputada e ex-prefeita Luiza Erundina (PSB).

URUÇUCA

Aqui no Sul da Bahia, Dilson Argolo, o Dika de Uruçuca,  um outro ficha-suja com várias contas rejeitadas pelo TCM também foi higienizado politicamente ao apoiar a candidata petista, Fernanda Silva, e o vice, Marcelo Dantas(PCdoB).

Sujo mais do que galinheiro, vem definhando politicamente no município. Deu menos de mil votos a seu deputado em 2010. Apoiou Geddel e perdeu. Bem, agora como não ia para lugar algum porque era ficha-suja, buscou abrigo no lava a jato do PT. Como Fernanda não é boba…

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No depoimento que prestou ontem ao juiz substituto André Luiz Santos Brito, o prefeito de Uruçuca, Moacyr Leite Júnior, responsabilizou seu antecessor no cargo, Dilson Argôlo, pela suspensão das obras do Centro de Saúde José Maria de Magalhães Netto.

O município recebeu, no ano 2000, R$ 80 mil para realizar serviços de reforma e ampliação da unidade de saúde. As obras foram licitadas no final daquele ano e a empresa chegou a receber o pagamento integral, pouco antes da execução ter sido embargada, em janeiro de 2001.

O embargo foi determinado pelo sucessor de Moacyr Leite, Dilson Argolo. Segundo o depoimento, no dia 2 de janeiro de 2001, pouco depois de tomar posse, Argolo procurou o empreiteiro Marcos Telles, representante da empresa que fazia a reforma, e exigiu que ele devolvesse o pagamento. Diante da recusa, o prefeito teria determinado o embargo, mas o empresário ficou com o dinheiro.

Argolo fez denúncias contra Moacyr Leite junto ao Ministério da Saúde e ao Tribunal de Contas da União, o que resultou em processo contra o atual prefeito na Justiça Federal. O réu se diz inocente e afirma que o culpado pela descontinuidade da obra foi o antecessor.

Também no depoimento, Moacyr Leite declarou que a reforma do centro de saúde foi finalmente realizada em 2009, quando ele reassumiu o governo, após dois mandatos de Dilson Argolo. Leite declarou ter determinado à Procuradoria-Geral do Município que acionasse a empreiteira de Marcos Telles para  retomar os serviços. Segundo o prefeito, não houve novo ônus para os cofres públicos, naturalmente porque a empresa já havia recebido o pagamento há nove anos.