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Reunião com o bispo Dom Ceslau (ao centro) com lideranças políticas e rurais em café da manhã (Foto Divulgação).
Reunião com o bispo (ao centro) com lideranças políticas e rurais no ano passado.

Os produtores rurais atingidos pela disputa de terras com índios e autodeclarados tupinambás terão café da manhã com o bispo da Diocese de Itabuna, Dom Ceslau Stanula, neste sábado (26), às 7h30min, na casa paroquial em Buerarema.
A reunião será com representantes dos agricultores, comandos do Exército e da Força Nacional e autoridades municipais. O encontro se dá dois dias após a prisão do cacique Rosivaldo Ferreira da Silva (Babau), em Brasília. A prisão foi motivo de festa no município, ontem, com intensa queima de fogos. Para hoje, estava programada uma carreata.
O bispo diocesano itabunense quer ouvir os relatos dos maiores prejudicados pela disputa de terras na área de 47,3 mil hectares, mas pediu reuniu com, no máximo, 30 pessoas. Ano passado, o bispo já havia se reunido com agricultores. Também há a intenção dos produtores de questionar o posicionamento do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

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Novos protestos são programados por produtores (Foto Gilvan Martins/Pimenta).
Novos protestos são programados por produtores (Foto Gilvan Martins/Pimenta).

Os produtores rurais da área do conflito com índios e autodeclarados tupinambás estão ainda mais irritados com o governo federal. Após prometer que as reintegrações programadas seriam cumpridas, o Ministério da Justiça deu zignal nos agricultores. Somente para hoje (20) estavam programadas quatro reintegrações. Todas foram suspensas.
A promessa de que as liminares de reintegração seriam respeitadas foi feita aos produtores pelo assessor da Secretaria-Geral da Presidência da República, Nilton Godoy, em audiência com os pequenos produtores em Ilhéus, no final da semana passada.
A suspensão reforça a suspeita de produtores rurais de que a chegada do Exército seria mais para proteção aos índios do que para o restabelecimento da “lei e da ordem”.
A Associação dos Pequenos Produtores de Ilhéus, Una e Buerearema (Aspiub) entrou em contato com a Polícia Federal, Justiça Federal e Força Nacional de Segurança (FNS), confirmando que houve ordem de Brasília para que as reintegrações não ocorressem.
As reintegrações são cumpridas com o acompanhamento da Força Nacional, que foi impedida de cumpri-las pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), órgão do Ministério da Justiça.

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Quinze fazendas foram ocupadas por índios pataxós nos últimos três dias nos municípios de Itaju do Colônia e Pau Brasil, na região sul da Bahia. O clima é tenso e nem a chegada da Polícia Federal, ontem, acalmou os ânimos.
Os produtores e administradores relatam que trabalhadores rurais têm sido espancados e saqueados e as sedes das fazendas ocupadas. O número de propriedades invadidas desde o início do ano chega a 23.
Conforme relato de administrador de fazenda ao PIMENTA, os indígenas não agem sozinhos. Eles ganharam reforço de bandos armados com escopetas, rifles e revólveres. Na região estão propriedades de grandes empresários, como Jaime do Amor, e de políticos conhecidos, como o deputado federal Paulo Magalhães.
Produtores alegam que os pataxós têm desrespeitado determinações judiciais e orientação da própria Fundação Nacional do Índio (Funai). As propriedades tomadas pelos pataxós ficam na região que aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal. A ação cível originária (ACO) 312, da Funai, pede que os títulos das propriedades rurais sejam considerados nulos, retornando-os às mãos indígenas.
A continuidade do julgamento estava marcada para outubro do ano passado. O governo baiano informou dos riscos da continuidade do julgamento naquele período e solicitou adiamento, o que ocorreu. Fazendeiros cobram a retomada imediata do julgamento.