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Avanço do Ebola preocupa|| Ahmed Jallanzo/EPA/Agência Lusa

O número de casos de ebola ocorridos na República Democrática do Congo chega a 428, sendo 380 confirmados e 48 classificados como prováveis. De acordo com boletim epidemiológico divulgado no sábado (1º) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 248 mortes pela doença foram contabilizadas no país africano.
Os números mostram também que 66 casos considerados suspeitos estão sendo investigados. De acordo com o vice-diretor-geral de Prontidão e Emergência da OMS, Peter Salama, este já o segundo maior surto de ebola registrado na história, com muitas famílias perdendo entes queridos.
“A OMS e seus parceiros seguirão trabalhando junto ao Ministério da Saúde da República Democrática do Congo e farão o que for necessário para pôr um fim a esse surto”, disse.
HISTÓRIA
O surto de ebola mais devastador em nível global foi declarado em março de 2014, com casos que remontam a dezembro de 2013, na Guiné Conacri. Quase dois anos depois, em janeiro de 2016, a OMS declarou o fim desse surto, na qual morreram 11,3 mil pessoas e mais de 28,5 mil foram infectadas.
A DOENÇA
O vírus ebola é transmitido por meio do contato direto com o sangue e os fluídos corporais de pessoas contaminadas, provoca febre hemorrágica e pode alcançar uma taxa de mortalidade de 90% se não for tratado a tempo.Da Agência Brasil.

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fiocruzDa Agência Brasil
O africano da Guiné Souleymane Bah, de 47 anos, suspeito de infecção por ebola, está fazendo exames iniciais no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, na zona norte do Rio de Janeiro. A unidade é um centro de referência escolhido pelo Ministério da Saúde para o tratamento de suspeitos da doença no Brasil. Sobre o estado de saúde do paciente, o ministério informou que “até o início da noite de ontem, estava subfebril e não apresentava hemorragia, vômitos ou quaisquer outros sintomas. Está em bom estado geral e, mantido em isolamento total”.
Souleymane Bah foi transferido de avião, na manhã de hoje (10), de Cascavel, no Paraná – onde recebeu atendimento na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Brasília – para o Rio e ainda não há previsão de qualquer informação sobre os resultados dos exames que, segundo o professor especializado em doenças infecciosas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Edimilson Migowiski, deve ter o diagnóstico feito por uma unidade da Fiocruz em Belém, no Pará. “Esse foi o desenho que foi feito. Tratar o paciente no Rio de Janeiro e mandar o material para confirmar ou descartar em Belém do Pará. A Fiocruz é uma casa clássica em relação a doenças infecciosas. O instituto é um hospital que tem este perfil e esta finalidade. Foi bem escolhido e é um dos mais importantes do país ”, explicou em entrevista.
De acordo com o infectologista, embora o paciente não apresente todos os sinais de contágio da doença, o isolamento é necessário para evitar que a doença se espalhe pelo país. “Frente a elevada letalidade do ebola tem que se pecar pelo excesso. Se o paciente veio de uma área com circulação do vírus e chega aqui, mesmo que seja com sinal brando, com febre baixa e quadro clínico não tão exuberante quanto o ebola costuma manifestar, ainda assim, acho que todo o rigor deve ser feito, no sentido de limitar o contato desse paciente com outras pessoas e mantê-lo isolado até que o diagnóstico seja confirmado ou descartado”, informou. “Esse rigor da Saúde Pública para este caso me parece perfeito”, disse.
Para o especialista, se for descartado o diagnóstico, a operação terá servido também para testar o esquema montado pelo Ministério da Saúde para o monitoramento de pacientes. “Torço para que não seja ebola e para que isto sirva basicamente como treinamento destas equipes envolvidas, para que se, por ventura, surgir algum caso confirmado, a gente tenha mais preparo e evite o risco de contaminação em nosso país”, acrescentou.
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Da Agência Brasil
Pesquisadores da universidade japonesa de Nagasaki desenvolveram um método simples e barato que pode detectar a presença do vírus ebola em meia hora. Desenvolvido por cientistas em conjunto com a empresa Eiken, o novo método ajudará a detectar, de forma mais rápida, o vírus, que pode levar à morte e que está afetando gravemente vários países da África Ocidental, onde já causou mais de 1.500 mortes.
O novo exame, que utiliza uma substância desenvolvida para detectar, amplificando ou aumentando, apenas os genes específicos do vírus, pode pode ser feito em um tubo de ensaio aquecido até 60 ou 65 graus Celsius. Para a realização de todo o processo é necessária apenas uma pequena pilha, pelo qual o teste é adequado para as regiões afetadas pelo ebola, disse o responsável pelo Departamento de Doenças Infeciosas da Universidade de Nagasaki, Jiro Yasuda.
O procedimento mais utilizado atualmente, o teste molecular RT-PCR, demora até 24 horas, requer uma equipe dedicada e o fornecimento estável de eletricidade, o que torna difícil aplicá-lo nas regiões com escassa infraestrutura energética.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a epidemia de ebola, que afeta a África Ocidental, é uma das emergências sanitárias mais complexas dos últimos anos, e que são necessários pelo menos US$ 490 milhões para tentar conter os contágios, que estão aumentando de forma significativa. No atual surto, o vírus ebola contagiou 3.069 pessoas, das quais 1.552 morreram, segundo o mais recente levantamento da OMS.