Na Bahia, segmento econômico acompanha tendência nacional
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O volume de serviços na Bahia encerrou 2021 com expansão de 9,8%. As informações com foco no segmento baiano, analisadas nesta quinta-feira (10) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), constam na Pesquisa Mensal de Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com novembro de 2021, o volume de serviços na Bahia cresceu 1,7%, com ajuste sazonal. Já na comparação com dezembro de 2020, expandiu 5,4% e, na comparação com o quarto trimestre de 2020, ampliou 3%.

NÚMEROS DO SEGMENTO NO BRASIL

O volume de serviços no Brasil avançou 1,4% na comparação com o mês imediatamente anterior (série com ajuste sazonal), mantendo a expansão iniciada no mês de novembro (2,7%), acumulando alta de 4,1% nos dois últimos meses.

A expansão do volume de serviços, observada na passagem de novembro para dezembro de 2021, foi acompanhada por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para os ganhos vindos de transportes (1,8%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (2,6%).

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A inflação dos últimos 12 meses atingiu 10,38%, saltando de 10,06% em dezembro para 10,38% em janeiro deste ano, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (9) e revelam que a inflação de janeiro ficou em 0,54%, menor apenas que igual mês de 2016 – 1,27%.

Segundo André Filipe Almeida, analista da pesquisa, o resultado foi influenciado, principalmente, por alimentação e bebidas (1,11%), o que provocou o maior impacto no índice do mês (0,23 ponto percentual).

“Foi a alimentação no domicílio (1,44%) que influenciou essa alta. Mais do que a alimentação fora do domicílio, que desacelerou de 0,98% para 0,25%. Os principais destaques foram as carnes (1,32%) e as frutas (3,40%), que, embora tenham desacelerado em relação ao mês anterior, tiveram os maiores impactos nesse grupo, 0,04 pp [ponto percentual] e 0,03 pp, respectivamente”, explicou. Informações da Agência Brasil.

Aplicativo Bibi Mob já tem 200 motoristas e mais de 7.000 usuários
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Os moradores de Araraquara e de cidades vizinhas, no interior de São Paulo, dispõem de novo aplicativo de transporte. Lançado em janeiro de 2022, o Bibi Mob é uma alternativa aos já consolidados aplicativos comerciais Uber e 99Taxi.

O Bibi Mob é resultado de parceria da Prefeitura de Araraquara com a Cooperativa de Motoristas de Aplicativos de Araraquara (Coomapa). No aplicativo, os usuários pagam preços similares aos das corridas feitas com as ferramentas comerciais, o que garante competitividade ao empreendimento regional.

A grande diferença do Bibi Mob está na remuneração dos motoristas, que recebem 95% do valor da tarifa, 35% a mais do que ganham do Uber ou da 99.

Um mês após o lançamento, o aplicativo de Araraquara e região tem 200 motoristas associados e já ultrapassou a marca dos 7.000 usuários cadastrados. Com informações do Nexo Jornal.

Banco Central eleva taxa básica de juros para 10,75% ao ano || Foto Marcello Casal/Agência Brasil
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avalia como equivocada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) pelo novo aumento da taxa básica de juros (Selic) em 1,5 ponto percentual, levando-a para 10,75% ao ano.

De acordo com o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, os sete aumentos anteriores da taxa básica de juros já levaram a uma política monetária contracionista, com taxa de juros real estimada em 4% ao ano, acima da taxa de juros real neutra, estimada em 3,5% ao ano.

JUROS ALTOS INIBEM ATIVIDADE ECONÔMICA, DIZ PRESIDENTE DA CNI

“Isso inibe a atividade econômica e deve continuar a desacelerar a inflação nos próximos meses”, destaca Robson de Andrade. “Essa intensificação do ritmo de aperto da política monetária aumenta o risco de recessão em 2022, com efeitos negativos sobre a produção, o consumo e o emprego.”

Conforme a CNI, um sinal de que a recuperação econômica está sob risco é a trajetória do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sobretudo no segundo semestre de 2021. O índice de novembro está 0,6% abaixo do índice de junho, o que indica estagnação da atividade.

Para a Confederação, o quadro adverso da atividade econômica, aliado à trajetória de queda já projetada para a inflação, demanda uma política monetária mais cautelosa por parte do Banco Central.

Pequenos negócios são destaque na geração de empregos formais
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As micro e pequenas empresas seguem como as grandes responsáveis pelas novas vagas de empregos formais criadas no país. Levantamento feito pelo Sebrae, com base em dados do novo Caged, do Ministério do Trabalho e Previdência, revela que o segmento é responsável por sete em cada 10 novos postos de empregos no Brasil. Das 324,1 mil novas contratações em novembro passado, as micro e pequenas empresas criaram 245,5 mil, o que corresponde a 75,7%, enquanto que as empresas de médio e grande porte abriram 84,2 mil novos postos.

As micro e pequenas empresas do comércio foram as que mais contrataram novos profissionais, com 116,7 (36%) mil novas vagas, seguida pelas de serviços (98,7 mil), construção (16,7 mil) e indústria (15,2 mil). Somente a agropecuária registrou saldo negativo de 3,4 mil. “Esse bom desempenho do comércio pode sinalizar uma boa expectativa dos empreendedores para as vendas de final de ano. Há alguns meses, o serviços era o setor que vinha apresentando melhor desempenho, mas em novembro, esse resultado mudou”, afirma o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Entre as empresas de médio e grande porte, as que pertencem ao Serviços geraram 80,8 mil novos postos, seguidas pelas do comércio, com 21,3 mil. Dos cinco setores analisados, três apresentaram saldo negativo: agropecuária (-7,4 mil), indústria (-5,6 mil) e construção (-4,9 mil).

“Há 15 meses seguidos os pequenos negócios têm gerado a grande maioria das vagas de emprego no país. É uma média mensal superior aos 70%. Sem esse segmento, o Brasil não estaria reduzindo o nível de desemprego”, enfatiza Melles. Ele destaca ainda que o peso da importância dos pequenos negócios no combate ao desemprego fica mais evidente quando se analisa o acumulado de 2021. “Desde janeiro desse ano, foram criados do país cerca de 3 milhões de novos postos, e 2,2 milhões foram oriundos dos pequenos negócios, o que corresponde a 73,4% do total de vagas”, ressalta.

Nenhum dos setores das micro e pequenas empresas apresentou saldo negativo no acumulado do ano. Nesse recorte, o Serviços foi responsável por mais de 40% das vagas desse ano, ao criar 919,6 mil novos postos, seguido pelo comércio com 575,1 mil, indústria com 357,7 mil, construção, 275,6 mil e agropecuária, 43,1 mil. Entre as médias e grandes, apenas a construção civil apresentou saldo negativo com o fechamento de 1,8 mil vagas.

Ciro Gomes no lançamento virtual de pré-candidatura à presidência da República || Foto Divulgação
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O ex-ministro e ex-governador do Ceará Ciro Gomes lançou oficialmente sua pré-candidatura à presidência da República pelo PDT com um discurso centrado em propostas econômicas, ontem (21). Sob o lema “a rebeldia da esperança”, idealizado pelo marqueteiro João Santana, ele prometeu abolir o teto de gastos para destravar investimentos públicos e revisar a reforma trabalhista.

O PDT organizou um evento para cerca de 50 integrantes da comissão da executiva nacional em sua sede em Brasília. O plano original era uma convenção com mais de 1.000 filiados, mas a direção da sigla reduziu o evento a um formato quase 100% virtual por causa do avanço da variante ômicron.

Não faltaram no pronunciamento referências ao que Ciro batizou de “projeto nacional de desenvolvimento”. O pedetista tem como bandeira a “reindustrialização” do Brasil. A política fiscal para tornar o Estado indutor desse processo passa por deixar os investimentos do governo federal livres do teto de gastos, como já afirmou ao Poder360 o coordenador da área econômica da pré-campanha de Ciro, deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE).

A ideia é vincular a expansão dos investimentos ao crescimento da receita corrente líquida. Hoje, despesas obrigatórias –como gastos com salários de servidores e a Previdência– comprimem o espaço para esse tipo de gasto no teto.

Para aumentar a receita, Ciro defende a tributação de lucros e dividendos “dos ricos” e um corte de 15% nos incentivos fiscais. Com a 1ª medida, ele estima um ganho de arrecadação de R$ 48 bilhões e, com a 2ª, de R$ 45 bilhões. No discurso desta 6ª, ele também prometeu taxar grandes fortunas.

Outra crítica de Ciro ao teto de gastos é que ele controla só as despesas primárias, ou seja, não se aplica às despesas financeiras, com juros, amortização e rolagem da dívida pública.

“O orçamento da União é de R$ 4,8 trilhões. Mas só se discute e controla R$ 1,8 trilhão, que é o dinheiro da saúde, da educação, da infraestrutura. Já os R$ 3 trilhões de despesas com juros, amortização e renegociações correm soltos para as mãos dos banqueiros. Correm tão sem limite como a falta de vergonha dos que defendem tamanho absurdo”, disse.

Ele não explicou, contudo, como pretende mudar a gestão das despesas financeiras do governo federal. Confira a íntegra em Poder360.

Caged mostra tendência de recuperação do mercado de trabalho em Ilhéus
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Na tarde desta sexta-feira (21), a Prefeitura de Ilhéus divulgou dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). No intervalo de janeiro a novembro de 2021, o município registrou 8.857 admissões e 6.964 desligamentos, com saldo de 1.893 empregos formais.

Segundo consulta feita hoje pelo PIMENTA no portal de informações do Ministério do Trabalho, até novembro de 2021, Ilhéus tinha 27.057 pessoas em postos de trabalho formais.

Os dados referentes ao mês de dezembro do ano passado ainda não estão disponíveis. No entanto, já é possível cravar que o município superou com folga os empregos formais de 2020, que eram 25.164.

Assaí Atacadista abre mais de 270 vagas em Teixeira de Freitas || Foto Divulgação
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O Assaí Atacadista abriu 274 vagas de emprego para a primeira loja do grupo em Teixeira de Freitas e no extremo-sul da Bahia. As inscrições para participar do processo seletivo devem ser feitas pela internet (link abaixo).

Dentre as oportunidades, estão as de chefe de seção, fiscal de prevenção de perdas, repositor de mercadorias, operador de caixa, auxiliar de manutenção, operador de empilhadeira, auxiliar de cozinha, açougueiro, auxiliar de açougue e auxiliar de RH, além de funções exclusivas para pessoas com deficiência.

A inscrição pode ser feita pelo site https://expansaoassaiteixeiradefreitas.gupy.io/ até o dia 28 de fevereiro. Para a inscrição é necessário informar RG, CPF, telefone e endereço de email. A seleção terá etapas online e presenciais.

EXPANSÃO

A loja deverá ser a 19ª unidade da Assaí na Bahia. Uma outra filial também será inaugurada, nos próximos meses, em Salvador. A Bahia é o terceiro estado em número de lojas Assaí no país.

Khoury reforça peso do Refis para as micro e pequenas empresas || Foto Divulgação
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O Sebrae está atuando junto ao Governo Federal e ao Congresso Nacional pela derrubada do veto presidencial ao Programa de Reescalonamento do Pagamento de Débitos do Simples Nacional (RELP). O programa foi vetado, na última sexta (7), pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

O Congresso pode derrubar o veto, mas as atividades parlamentares só retornam em fevereiro, quando o prazo para a regularização das dívidas e manutenção das empresas no Simples já terá encerrado. O presidente Bolsonaro afirmou que busca alternativas junto à equipe econômica para fazer adequações ao projeto conforme as recomendações fiscais e espera poder apresentar uma nova proposta ainda esta semana.

Na avaliação do superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoury, esse seria o caminho ideal. “A exclusão do Simples Nacional ocorre em janeiro e, dificilmente, essas empresas conseguiriam retornar ao regime simplificado de tributos”, explica.

REFIS PARA 350 MIL EMPRESAS

A criação do RELP iria apoiar 350 mil pequenos negócios, permitindo o parcelamento de até R$ 50 bilhões em dívidas, com descontos em multas e juros. O veto ao projeto ocorreu porque, segundo a presidência da República, a medida poderia incorrer em crime de responsabilidade, já que implicaria em renúncia tributária e não havia indicação de como seria feita a compensação financeira. Bolsonaro avalia que o caminho alternativo pode ser a edição de uma medida provisória ou uma portaria.

Jorge Khoury reforça que a criação de um programa de refinanciamento de dívidas é fundamental para que os donos de pequenos negócios mantenham fôlego na retomada de suas atividades.

“Sabemos que os empresários enfrentam muitas dificuldades por conta da crise gerada pela pandemia, e as consequências, do ponto de vista financeiro, ainda persistem. É por isso que o programa de renegociação é uma medida necessária para amenizar o impacto da crise e permitir que os donos de pequenos negócios possam se manter na retomada do crescimento, gerando emprego e renda e movimentando a economia nacional”, conclui.

Vagas são para estudantes de graduação e do ensino médio
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Jequié, Ilhéus e Itabuna estão entre as cidades baianas com vagas de estágio abertas por meio do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE).

São duas vagas para estudantes que fazem o ensino médio à noite em Jequié. Já em Ilhéus a oportunidade é para estudante do primeiro ao sexto semestre da graduação em Administração.

As quatro vagas em Itabuna são para graduandos(as) em Economia (1), Ciências Contábeis (1), Administração (1) e Comunicação Social (1). Podem concorrer alunos(as) do primeiro ao sexto semestre.

As inscrições estão abertas e devem ser feitas pelo telefone 73 3003-2433 ou no site do CIEE. Com informações do IPolítica.

Economia, Moeda Real,Dinheiro, Calculadora
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Conta de luz atrasada, dívidas no cartão de crédito e boletos vencidos são alguns caminhos para o endividamento que se tornou um problema mais grave durante a pandemia de covid-19. Para algumas pessoas a sensação é de bola de neve, mas segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, com organização, planejamento e um pouco de sacrifício é possível sair do vermelho. Segundo o educador financeiro, Jhon Wine, vice-presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), alguns passos são importantes para reequilibrar as contas:

1 – PLANILHA DE GASTOS

Para ter o controle das contas ele recomenda começar anotando todos os gastos, do cafezinho à prestação do carro, por um período de 30 dias. Dessa forma, Wine diz que é possível saber exatamente para onde o dinheiro está indo.

2 – TENHA SONHOS ESTABELECIDOS

Um dos objetivos para 2022 de quem está no vermelho pode ser sair das dívidas até o fim do ano. Com essa motivação em mente é importante eleger as dívidas prioritárias e criar estratégias, como o pagamento das contas com mais descontos à vista, como IPTU. Além disso, ele sugere ter motivação e criar sonhos a serem alcançados no curto, médio e longo prazo. “Inclua no seu planejamento o prazer, se não vai se cansar e acaba fugindo do plano. Mas tudo tem que caber no seu orçamento”, lembra Jhon Wine.

3 – ORÇAMENTO ORGANIZADO

Organizar o orçamento é outra recomendação para equilibrar as contas e sair do vermelho. Há hoje diversos aplicativos grátis disponíveis para esse fim. Quem preferir também pode utilizar uma planilha no computador ou uma caderneta de papel. O importante é anotar todo o dinheiro que você recebe no mês e setorizar todos os gastos como alimentação, saúde, lazer, telefone, entre outros.

4 – ENVOLVA A FAMÍLIA

Envolver toda a família na organização do orçamento e no processo de acabar com as dívidas é considerado um ponto fundamental pelo consultor. Cada membro da sua casa pode ajudar com ideias para diminuir as contas ou conseguir mais dinheiro, com um trabalho extra ou venda de itens não essenciais que estão sem uso.

5 – GASTOS DESNECESSÁRIOS

O estilo de vida e as necessidades de cada família vão indicar quais gastos podem ser cortados. Enquanto estiver com dívidas será necessário apertar o cinto e cortar alguns gastos por um período. Pequenas mudanças de hábitos como apagar a luz do quarto quando sair, colocar o chuveiro na posição verão no período de calor e juntar as roupas para usar a máquina de lavar na capacidade máxima podem fazer diferença no fim do mês.

OUTRAS ESTRATÉGIAS

Além desses passos, a Serasa Experian acrescenta que buscar uma renda extra pode ser interessante. Segundo a instituição, às vezes, só cortar não basta, ou mesmo com todos os cortes possíveis ainda falta dinheiro para se livrar das dívidas. Se essa for a sua situação, o caminho pode ser a renda extra. Pode ser com um trabalho nas horas que estavam livres, bicos nos finais de semana ou mesmo com vendas.

Com o orçamento em ordem e com as economias de corte de gastos ou renda extra, procurar credores também é indispensável. De acordo com a Serasa Experian, com dinheiro na mão é mais fácil negociar e conseguir desconto. Para quem tem mais de uma dívida, o importante é dar prioridade para as que têm os maiores juros para não virar uma bola de neve.

Outra recomendação da instituição é pesquisar antes de comprar. Essa é a única garantia de que você vai encontrar o melhor preço e, claro, economizar. A última dica para sair das dívidas é uma auto avaliação. Parar e pensar no que aconteceu para chegar a situação de endividamento são passos importantes para evitar a inadimplência no futuro e saber sair do problema o quanto antes. Agência Brasil.

Inflação alta paralisa investimentos de micro e pequenos empreendedores
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Os altos índices da inflação no Brasil ultrapassam a meta estabelecida pelo governo federal e atingem os micro e pequenos empreendedores em um momento em que a economia brasileira tenta superar os efeitos negativos da crise provocada pela pandemia e por outros fatores atrelados ao mercado financeiro.

A inflação perdeu um pouco de força em novembro e ficou abaixo do que o mercado estipulou, no entanto, não aliviou o bolso do consumidor. Em novembro, o IPCA ficou em 0,95%, abaixo dos 1,25% de outubro, mas a alta acumulada em 12 meses segue nos dois dígitos, a 10,74%, maior desde novembro de 2003, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os principais vilões da alta seguem sendo os combustíveis, que subiram, todos eles, mais de 40%.

A 12ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia nos Pequenos Negócios revela que a alta no preço dos produtos e os sucessivos aumentos nos combustíveis são os fatores que mais têm contribuído para os custos dos pequenos negócios.

O principal efeito da inflação sobre esses negócios impede a realização de novos investimentos. Com a desvalorização da moeda e, consequentemente, o aumento dos preços, que acabam influenciando nos custos das matérias-primas, aliados às implicações da pandemia e às perdas de faturamento, os pequenos negócios precisam se organizar para diminuir os impactos da inflação.

Uma pesquisa realizada pelo Sebrae, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que os gastos com insumos, mercadorias e combustíveis foram citados como os que mais impactam os negócios, segundo 63% dos microempreendedores individuais (MEI) e 61% das micro e pequenas empresas.

Pesquisa também aponta aumento do medo do desemprego
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Pesquisa revela que sete em cada dez brasileiros consideram a situação econômica atual do Brasil ruim ou péssima. Para 80% dos entrevistados, essa é uma das piores crises econômicas que o país já enfrentou. Divulgado nesta sexta-feira (10), o levantamento foi feito pelo Instituto FSB e encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Apenas 22% das pessoas ouvidas acreditam que a economia melhorou em relação aos últimos 6 meses. Para 56%, ela piorou.

A visão de futuro está dividida: 34% estão otimistas e acreditam que a situação vai melhorar um pouco (27%) ou muito (7%); 27% acham que ela vai permanecer estável e 32% estão pessimistas. Para estes últimos, a economia ainda vai piorar muito (17%) ou um pouco (15%).

FANTASMA DO DESEMPREGO

O medo de perder o emprego interrompeu série de quedas durante a pandemia e voltou a crescer, de 52%, em julho, para 61% em novembro. Para 16% o temor é muito grande; para 24%, ele é grande e para 21%, ele é médio. O percentual dos que não têm qualquer receio encolheu de 32% para 21% da população empregada.

Na avaliação de 64% dos entrevistados, a economia  ainda não começou a se recuperar da crise causada pela pandemia e 52% acreditam que essa recuperação vai levar mais de um ano para ocorrer ou não vai acontecer.

Reunião do Copom definirá nova taxa básica de juros brasileira || Foto Agência Brasil
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realiza nesta terça (7) e quarta-feira (8) a última reunião do ano para definir a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a taxa está em 7,75% ao ano.

Com a alta da inflação, a expectativa do mercado financeiro, consultado pelo BC, é que os juros básicos subam 1,5 ponto percentual para 9,25% ao ano.

O atual ciclo de alta da Selic começou em março deste ano, quando a taxa subiu de 2% para 2,75% ao ano.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. É o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle.

O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Entretanto, as taxas de juros do crédito não variam na mesma proporção da Selic, pois a Selic é apenas uma parte do custo do crédito. Os bancos também consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

INFLAÇÃO

Para 2021, a meta de inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA), que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior é 5,25%.

Segundo os últimos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA ficou em 10,67%, no resultado acumulado de 12 meses encerrados em outubro deste ano.

Félix Júnior e economistas criticam pressão dos bancos por elevação da taxa de juros || Foto Divulgação
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Economistas de diversas correntes e parlamentares criticaram, durante audiência pública na Câmara Federal realizada para debater a dívida pública brasileira, o lobby feito pelo sistema financeiro nacional para manter a política da alta de juros praticada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Os grandes bancos formam o maior sistema de pressão hoje no Congresso. Cada 1% de aumento na taxa Selic, que vai passar dos 9% em dezembro, representa um custo ao Brasil de até R$40 bilhões ao ano. Isso vai para o sistema financeiro. Assim como a metade da fatia do orçamento”, disse o deputado baiano Félix Mendonça Júnior, que comandou a audiência e é relator do estudo da dívida pública brasileira.

Os palestrantes presentes criticaram a política de alta de juros adotada pelo Banco Central (BC) e defendida pelo Ministério da Economia como forma de deter a inflação. Ex-diretor do BC e um dos “pais” do Plano Real, André Lara Resende afirmou que a inflação hoje no Brasil não é decorrente da alta do consumo, como prega o Ministério da Economia, mas sim dos gastos descontrolados do governo.

“O Estado não pode gastar de forma populista e demagógica. Gastar mal provoca alta inflacionária. É uma regra da teoria monetária moderna. A desvalorização cambial também pressiona a inflação”, disse. “Não preciso ir muito longe para dizer que houve um enorme desperdício na utilização dos recursos, por exemplo, durante a pandemia”, complementou o ex-presidente do BC Affonso Celso Pastore, consultor da área macroeconômica do pré-candidato à Presidência pelo Podemos, o ex-juiz Sérgio Moro.