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o-EDUARDO-CUNHA-facebookO Supremo Tribunal Federal (STF) julga hoje (2) denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. A sessão está prevista para começar às 14h. Será o primeiro julgamento de abertura de ação penal contra um parlamentar investigado na Operação Lava Jato. Se a maioria dos ministros decidir pelo recebimento de denúncia, Cunha passará à condição de réu no processo.

Eduardo Cunha foi denunciado em agosto do ano passado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, sob a acusação de ter recebido propina para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado. As acusações fazem parte dos quatro inquéritos aos quais Cunha responde no Supremo pelas investigações da Lava Jato. Devido às investigações, Janot também pediu à Corte o afastamento de Cunha do cargo. O pedido, no entanto, não será julgado durante a sessão.

De acordo com Janot, o deputado recebeu US$ 5 milhões para viabilizar a contratação de dois navios-sonda do estaleiro Samsung Heavy Industries em 2006 e 2007. O negócio foi feito sem licitação e ocorreu por intermediação do empresário Fernando Soares e o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Da Agência Brasil

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Eduardo Anunciação, hoje em um lugar chamado Eternidade
Eduardo Anunciação, hoje em um lugar chamado Eternidade

“Política, Gente, Poder”… Três palavras e três assuntos que mereciam a especial atenção de um jornalista inquieto, atento e perspicaz que viveu no Planeta Cacau.

Há exatos três anos, Eduardo Anunciação partia para um lugar chamado Eternidade. Era dessa forma que ele descrevia a estação final da vida, um tema que também era recorrente em sua coluna no jornal Diário Bahia.

Muito antes dos cientistas confirmarem a existência das ondas gravitacionais, a coluna de Eduardo nos permitia viajar no espaço-tempo. Em suas notas, fatos do passado se misturavam com assuntos recentes de modo natural e contextualizado. Bastava saber interpretar as entrelinhas, sem binóculos.

O fato é que Eduardo criou um estilo próprio, só dele, cunhando expressões e frases que ficaram gravadas na memória de quem tinha sua coluna como primeira leitura do dia.

Num tempo regido pela agilidade da internet, quando os fatos muitas vezes se sucedem sem dar chance para a reflexão, Eduardo faz falta, e como faz! Era um jornalista que não tinha pressa e brincava com o tempo, fazendo frequentes viagens às saudosas priscas eras e àquele plano que é o destino de todos nós.

Pela forma como se referia à morte, Eduardo deixou em sua partida a impressão de que simplesmente mudou de endereço. Há quem acredite que ele continue tamborilando sua Olivetti, analisando os fatos do Planeta Cacau. É hoje o nosso correspondente naquele lugar chamado Eternidade.