Legado de Paulo Freire é tema da 1ª mesa de discussão do evento
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A 2ª edição do Festival Literário Sul-Bahia (Flisba) vai começar nesta sexta-feira (24), às 18h30min, com transmissão ao vivo no canal do evento no Youtube. O tema deste ano é Primavera Literária: arte na superação da pandemia.

Após a abertura, a primeira mesa de discussão do festival será às 20h, com debate sobre literatura, educação e cultura popular na obra de Paulo Freire, patrono da educação brasileira, que completaria 100 anos no último dia 19. Os professores Ramayana Vargens e Givânia Nascimento são os expositores-convidados para discutir o legado de Freire, com mediação da professora Silmara Oliveira.

As atividades continuarão no sábado (26) e seguirão até domingo (27), dia de encerramento do festival. Confira a programação completa no site do Flisba.

Professor Adeum Sauer faleceu em acidente automobilístico || Foto Reprodução
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O professor e ex-secretário de Educação de Itabuna e da Bahia Adeum Sauer, de 69 anos, faleceu no final da noite deste sábado (18), vítima de acidente automobilístico em trecho da BA-001 em Canavieiras, no sul da Bahia. O veículo que dirigia caiu numa região alagada, provocando a morte do professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

Ainda nesta manhã, o governador Rui Costa emitiu nota de pesar devido à morte do ex-secretário estadual da Bahia na gestão de Jaques Wagner. Ele comandou a pasta no período de 2007 a 2009. Em Itabuna, foi secretário da Educação nos dois governos de Geraldo Simões (PT), nos períodos de 1993 a 1996 e 2001 a 2004.

Ainda não há informações sobre velório e local de sepultamento.

O reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Alessandro Fernandes Santana, publicou em uma de suas redes sociais a nota de pesar da instituição da qual Adeum era professor. “Foi com imenso pesar, que a comunidade acadêmica da Universidade Estadual de Santa Cruz – Uesc, recebeu a notícia da morte do Prof. Adeum Sauer”, escreveu o reitor.

Alessandro Fernandes também lembrou a trajetória de Adeum na Uesc, onde ingressou quando a instituição ainda era Federação das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna (Fespi) e foi, após a estadualização e criação da Uesc, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação.

Guilherme acumula premiação com o conhecimento
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O estudante Guilherme Antônio da Silva Santos, de 16 anos,  do município de Santana, no oeste baiano, vem se consagrando como um grande campeão nas olimpíadas do conhecimento. O jovem já contabiliza 26 premiações e a sua mais recente vitória foi a medalha de bronze na Olimpíada Internacional de Matemática da Ásia (AIMO).

Guilherme Antônio já ganhou um troféu; oito medalhas de ouro, três de prata e cinco de bronze; sete menções honrosas; e dois diplomas. “Gosto muito de participar de olimpíadas de todas as áreas, é uma experiência incrível. A AIMO, por exemplo, é uma olimpíada em inglês que testou o meu conhecimento em Matemática de uma forma especial, pois instigou a minha agilidade em resolver 30 questões em pouco tempo”.

O primeiro contato de Guilherme com olimpíada científica foi em 2017, na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). “No ano seguinte, ganhei minha primeira premiação, uma menção honrosa na OBMEP”, recorda, o aluno do 1º ano do Colégio Estadual Dom João Muniz.

Aquele foi o pontapé inicial e, desde então, Guilherme não parou mais. Em 2019, participou de novo da OBMEP e fez a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), a Olimpíada de Inglês e a Bricsmath (competição internacional on-line de Matemática). “No ano passado, criei o grupo ‘Math show olympics’, para estimular mais estudantes a participar. Costumo dizer que as olimpíadas científicas mudam vidas, como mudou a minha. Só fazendo para saber”.

INCENTIVO AOS COLEGAS

A coordenadora pedagógica da unidade escolar, Ana Angélica de Almeida Carvalho, destaca a importância do incentivo de Guilherme para os colegas também participarem do universo das olimpíadas do conhecimento. “Por meio da participação nas olimpíadas que acontecem nas mais diversas áreas, os estudantes desenvolvem as suas habilidades, aprofundam os conteúdos. Por isso, estamos sempre os estimulando a participarem para além da competição por medalhas”, afirma.

Por meio do Programa Bahia Olímpica, a Secretaria da Educação do Estado potencializa a participação dos estudantes da rede estadual nas olimpíadas nacionais e estaduais em diversas áreas do conhecimento. Em 2020, o programa registrou 1.501.826 inscrições nas mais de 10 olimpíadas científicas, com a conquista de 842 medalhas por alunos baianos.

Cetep Litoral Sul e Estadual suspendem aulas presenciais após diagnóstico de covid-19
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As aulas presenciais foram suspensas em duas escolas em Itabuna, no sul da Bahia, depois que uma aluna e membros da família da garota testaram positivo para a Covid-19, na quinta-feira (9).

A aluna estuda no Colégio Estadual de Itabuna, mas as aulas estão ocorrendo no Centro Territorial de Educação Profissional Litoral Sul II (CETEP). Com isso, os estudantes das duas unidades terão aulas presenciais suspensas.

Segundo a direção do Núcleo Territorial de Educação Litoral Sul, a suspensão irá ocorrer por 14 dias. O Colégio Estadual enfrenta reforma física há cerca de três anos, com sucessivas trocas de empreiteiras e obras inconclusas. Com informações da TV Santa Cruz.

Professores e demais trabalhadores voltarão às escolas estaduais a partir de 1º de setembro
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As aulas semipresenciais da rede estadual de ensino da Bahia foram retomadas, formalmente, no dia 26 de julho. No entanto, professores e outros profissionais da rede decidiram que só voltariam às atividades presenciais depois da imunização completa contra a Covid-19, com duas doses da vacina.

Nesta sexta-feira (27), o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado da Bahia (APLB) reafirmou a posição e garantiu o retorno dos trabalhadores às escolas a partir do dia 1º de setembro, quando a maioria dos profissionais terá completado o ciclo vacinal.

Equipe da Educação fez busca ativa em comunidades de Itacaré
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A Secretaria de Educação de Itacaré está fazendo busca ativa escolar nos bairros e comunidades para resgatar os estudantes e orientar sobre como participar ainda mais das atividades letivas. O Dia D da Busca Ativa Escolar, na sexta (20), buscou identificar alunos matriculados, mas que não estão participando das atividades letivas.

Na visita aos bairros foram realizadas conversas com pais e alunos, com identificação e orientação a estudantes que não estão participando das atividades e orientando sobre como retornar para concluir o ano letivo.

De acordo com a secretária de Educação, Eliane Camargo, essa é uma iniciativa em conjunto com as diretorias das escolas e trabalhadores em educação com o objetivo de promover cada vez mais o acesso ao ensino e contribuir com um ensino sempre melhor. O Busca Ativa é uma estratégia com o apoio do Unicef que apoia municípios e estados na garantia de direitos de cada menina e menino, em especial o direito à educação.

O prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, ressaltou a importância dessa iniciativa e está convocando a todas as unidades escolares, profissionais, pais e alunos para que possam contribuir com a aprendizagem dos estudantes. Ele explica que o vínculo com a escola, mais do que nunca, é necessário pois a educação foi uma das mais prejudicadas. “Mas nós estamos em busca de cada estudante para que não abandone ou se desmotive de aprender, pois lugar de aluno é na escola, por isso devemos garantir a aprendizagem de todas as crianças e todos os adolescentes”, destacou o prefeito.

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Objetivo da iniciativa é colaborar para adoção dos protocolos contra a Covid-19 nas cozinhas das escolas municipais
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A Faculdade UniFTC Itabuna vai oferecer uma oficina de nutrição para 140 merendeiras e nutricionistas da rede municipal de ensino de Itabuna, em parceria com a Prefeitura. O treinamento gratuito ocorrerá na sede da Faculdade, a partir da próxima segunda-feira (16). Os participantes vão ser divididos em quatro turmas e cada uma delas terá quatro dias consecutivos de lições. As atividades seguirão até 3 de setembro.

O coordenador do curso de Nutrição da UniFTC, William Silva, explica que o objetivo da iniciativa é colaborar com os esforços do município para a retomada das aulas presenciais com segurança. Por isso, a oficina vai apresentar e reforçar informações sobre os cuidados necessários para a manipulação segura dos alimentos, com ênfase nos procedimentos específicos contra a disseminação da Covid-19.

O conteúdo da capacitação também abrange o uso correto dos equipamentos de proteção individual e utensílios, conforme o Protocolo de Enfrentamento à Covid-19 e as diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Prazo para pré-selecionados no Fies vai até a próxima sexta || Foto Marcello Casal Jr.
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Começa hoje (4) e vai até sexta-feira (6) o prazo para que os pré-selecionados para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) complementem sua inscrição neste que é o certame relativo ao segundo semestre de 2021.

A relação dos candidatos pré-selecionados foi divulgada ontem (3), em chamada única. O resultado está disponível na página do Fies.

A seleção assegura apenas a expectativa de direito à vaga, já a contratação do financiamento está sujeita às demais regras e procedimentos de formalização do contrato.

Os estudantes não pré-selecionados foram automaticamente incluídos em lista de espera, observada classificação. Considerando que não existe novo ranqueamento, após a publicação do resultado da chamada única, os participantes da lista de espera deverão, obrigatoriamente, acompanhar sua eventual pré-seleção.

Nesse caso, os candidatos deverão complementar sua inscrição no prazo de três dias úteis, contados do dia subsequente ao da divulgação de sua pré-seleção no sistema. O prazo final para a lista de espera é 31 de agosto.

Em 2021, o Fies tem a oferta total de 93 mil vagas. Nesta seleção do segundo semestre, estão disponíveis 69 mil vagas distribuídas em 23.320 cursos de 1.324 instituições privadas de ensino superior. Caso hajam vagas remanescentes, não ocupadas na chamada única, o MEC poderá fazer nova seleção.Leia Mais

Governo nomeia mais de 300 aprovados no último concurso público
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Mais 312 novos servidores aprovados no último concurso da Secretaria de Educação da Bahia serão nomeados pelo governo do estado. A relação será publicada no Diário Oficial (DOE) desta quinta-feira (5). Serão 277 professores e 35 coordenadores pedagógicos que foram convocados no dia 16 de junho de 2021.

O anúncio foi feito pelo governador Rui Costa anunciou, durante a edição do Papo Correria desta terça-feira (3). O governador informou a posse acontece em até 30 dias, e até setembro, os professores e coordenadores pedagógicos deverão assumir as suas funções nas escolas. Com este quantitativo, o certame totalizará 2.630 docentes e 652 coordenadores nomeados.

“Agora podemos ter um retorno seguro às aulas. No dia 9 volta o ensino fundamental, e por falar em escola, esta semana serão nomeados professores concursados da educação básica e coordenadores de Reda”, afirmou Rui.

As informações sobre documentação e prazos estão no portal da educação (www.educacao.ba.gov.br). Na semana passada, a Secretaria da Educação do Estado convocou 214 professores da educação profissional e tecnológica do estado, aprovados também na seleção Reda.

Os nomeados vão atuar em Salvador e em outros 26 municípios do Estado. São docentes das disciplinas de Biologia, Física, Geografia, Filosofia, História, Inglês, Português, Matemática, Sociologia, Arte e Educação física.

ITABUNA E JEQUIÉ

Os nomeados poderão tomar posse imediatamente. Os 277 professores e 35 coordenadores precisam comparecer à sede da Secretaria da Educação ou no Núcleo Territorial de Ensino (NTE), de acordo com o local onde vão atuar, no prazo máximo de 30 dias.

Os professores e coordenadores vão atuar nas cidades de Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas, Caetité, Ribeira do Pombal, Seabra, Itabuna, Valença, Santo Antônio de Jesus, Eunápolis, Jacobina, Serrinha, Amargosa, Juazeiro, Itaberaba, Senhor do Bonfim, Irecê, Itapetinga, Barreiras, Macaúbas, Ipirá, Jequié, Santa Maria da Vitória, Paulo Afonso, Alagoinhas, Bom Jesus da Lapa.

Presidente da Amurc, Marcone ressalta a autonomia dos municípios para decidir retorno às aulas
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Secretários e dirigentes escolares dos municípios associados à Amurc estiveram reunidos, de forma online, nesta segunda-feira (2), para tratar do retorno às aulas na rede municipal de ensino. A proposta é que as aulas retornem no formato híbrido, com ações planejadas pelas secretarias de Educação, atendendo a legislação, e previstas para setembro e outubro, escalonada.

O debate vem sendo protagonizado pelo Fórum Regional de Secretários de Educação (Forsec) e pela Câmara Técnica de Educação do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável-Litoral Sul, por meio do Comitê Gestor, junto à Amurc e à Uesc. Foram analisadas as contribuições trazidas pela União dos Conselhos Municipais de Educação na Bahia (Uncme-BA) acerca do tema de acordo com a legislação.

A representante da Uncme, Gilvânia Nascimento, destacou que as secretarias de Educação precisam ter um planejamento estratégico da volta gradativa, escalonada, como a legislação determina. “Independente do caminho que os gestores sigam, eles precisam avaliar a legislação. Precisamos discutir quais são as condições para que essa volta possa acontecer”, ressaltou Gilvânia.

O comitê decidiu por uma nova reunião virtual, na quinta (5), com os secretários de Educação, quando serão apresentados orientações e protocolos necessários para o retorno às aulas em segurança. O momento será importante para a definição oficial das datas, visando a transição entre ensino na modalidade remota para híbrida.

“A Amurc vem trabalhando com o Fórum de Educação (Forsec), Câmara Técnica de Educação e instituições parceiras, uma possibilidade de retorno às aulas da Rede Pública para apresentação aos gestores municipais. Mas, cada município tem a sua autonomia para decidir, tendo em vista que o plano de retomada das aulas é específico em cada localidade”, declarou o presidente da Amurc, Marcone Amaral.

Itabuna vacinou mais de 117 mil pessoas com a primeira dose || Foto Pedro Augusto
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É a mais cosmopolita das cidades baianas. E não poderia ser diferente por ser uma cidade para onde convergiram pessoas de todas as nações, etnias e religiões, na mais perfeita harmonia.

Walmir Rosário

Nesta quarta-feira – 28 de julho – Itabuna completa 111 anos de emancipação político-administrativa e, mesmo maltratada que foi durante esse período de pandemia, comemora. Mas quem irá contrariá-la? Para uma cidade cosmopolita como Itabuna pouco importa a dificuldade sofrida, as intervenções desastrosas que tentaram frear o seu costumeiro desenvolvimento. Sabe superá-las.

Itabuna nasceu para brilhar! Se atualmente não nos mostra mais o espetáculo feérico com suas luzes de neon e acrílico nas fachadas das lojas da avenida do Cinquentenário, é porque se tornou mais discreta com o passar dos anos. Saudosistas – como eu – por certo gostariam de ver suas vitrines decoradas com a moda mais recente, exibindo com orgulho as cores de sua bandeira na ornamentação.

Isso deve ser coisa do passado! Ou não. Quem sabe ainda se recupera dos meses de fechamento, medidas tomadas para conter o temível vírus que ceifou muitas vidas nessa sua passagem desenfreada. Não é a primeira vez que Itabuna sofre um revés dessa magnitude e se recupera seguindo fielmente aquela letra do samba de Paulo Vanzolini: “Levanta sacode a poeira e dá a volta por cima”.

Se voltarmos um pouco na história, Itabuna – ainda distrito de Ilhéus – já possuía sua Associação Comercial, instituição atuante e que lutou bravamente para a transformação da vila em cidade, luta finalmente vitoriosa em 1910. Fundada em 1908, a Associação Comercial nasceu pioneira no Sul da Bahia e sua coirmã de Ilhéus foi criada apenas quatro anos depois – em novembro de 1912.

No comércio, o pioneirismo tomou o mesmo caminho pioneiro com o Clube de Diretores Lojistas – posteriormente Câmara de Dirigentes Lojistas – entidade fundada em 1963, seguindo o exemplo do Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. A entidade não se restringiu às promoções em datas importantes como Natal, Dia da Cidade, Dia das Mães, Dia dos Pais e inovou com os concursos de vitrines em todas as datas comemorativas.

As grandes lojas nacionais abriam suas filiais em Itabuna e se notabilizavam pelo volume de vendas e cada espaço da avenida do Cinquentenário era disputado pelas tradicionais redes varejistas, que “brigavam” em pé de igualdade com as lojas locais. Os lançamentos das badaladas grifes eram realizadas simultaneamente com as grandes capitais brasileiras. Os long plays nacionais e internacionais tocavam em nossas três emissoras de rádio no mesmo dia em que estreavam em Rio e São Paulo.

Não sei se o itabunense era e ainda o é exibido, mas dançava nos clubes e boates ao som de bandas de sucesso e cantores contratados a peso de ouro, mesmo tendo à disposição músicos de primeira qualidade na banda Lord (show, ritmos e hoje Lordão). Chegavam aos clubes em carrões do tipo Aero Willys, Simca Chambord, Esplanadas, Galaxy e LTD Laudau, Opalas, vendidos pelas concessionárias que ganhavam prêmios como campeões de venda em todo o Brasil.

Era a época de ouro do cacau, das enormes fazendas de gado, de nossas casas bancárias e bancos comerciais locais, que movimentavam a economia regional junto com as grandes exportadoras de cacau, todas sediadas em Itabuna. É verdade que sofremos bastante com a chegada da vassoura de bruxa, mas lembramos da expertise anterior de ultrapassar as barreiras com outras doenças que atacavam o cacau, inclusive a pior delas, a oscilação de preço comandada pelo mercado internacional.

O Itabunense gosta de trabalhar, da boa música e do bom futebol. Não esconde que passou alguns anos longe do sucesso nos gramados, e, aos poucos, ensaia o retorno. E não poderia ser diferente, até para homenagear os craques de nossa seleção amadora hexacampeã, bem como os atletas do Rio Banco, de Itabuna, que em 1920, ao marcar o primeiro gol contra o Ypiranga, de Ilhéus, em jogo não terminou. Os ilheenses declararam guerra e sequestraram até o “trem de ferro” que logo retornaria a Itabuna.

O Itabunense não se abate e muitas vezes reclama com altivez dos que maltratam a sua cidade, levando-os ao ostracismo político com a mesma intensidade que os distinguiu e os elegeu. E segue a vida. É justamente esse comportamento que faz com que a cidade consiga superar grande parte das dificuldades, transformando-as em pautas de interesse econômico e social, por meio da geração de emprego e renda.

E como lembrar é preciso, na última década do século passado (nem tão distante) a economia de Itabuna despencou, fruto da colaboração do poder público municipal, chegando a fechar quase todas concessionárias de veículos. Cinco anos depois, todas elas estavam de volta e realizando bons negócios, numa demonstração de sua vocação natural para o comércio, indústria e os serviços.

Itabuna é a cidade do primeiro shopping center, do grande polo da educação, do centro de excelência da saúde, do comércio e serviços automotivos, das indústrias, dos serviços econômicos, administrativos e contábeis e do direito. Como num passe de mágica, as dificuldades da pandemia fez surgir a indústria e comércio informal de alimentação, com todas as vantagens e conforto do delivery, sem que alguém tivesse qualquer formação ou treinamento formal.

É Itabuna o maior palco para os artistas da música, que se apresentam com frequência nas centenas de barzinhos noturnos espalhados no centro e nos diversos bairros. É Itabuna o point dos botecos especializados, onde o cliente tem cadeira cativa; das cervejas artesanais de qualidade, produzidas pelos amigos ou conhecidos do dia a dia, gente nossa que faz acontecer sem firulas.

É a mais cosmopolita das cidades baianas. E não poderia ser diferente por ser uma cidade para onde convergiram pessoas de todas as nações, etnias e religiões, na mais perfeita harmonia. O judeu é o maior amigo do árabe; o negro, o branco e o amarelo são simples cores de uma paleta ou aquarela para que os artistas expressem seus sentimentos. Existem os dissonantes, paciência, estes também fazem parte da natureza humana.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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A Faculdade de Ilhéus abriu inscrições em curso preparatório gratuito para o concurso do Banco do Brasil. As aulas serão ofertadas de forma virtual e as inscrições vão até o dia 30 de julho.

De acordo com a instituição, as aulas começam dia 2, das 19h às 21h, de segunda a sexta-feira.

O curso preparatório terá carga de 78 horas. As disciplinas serão ministradas por professores experientes de Português, Matemática Financeira, Conhecimentos Bancários e Inglês.  As inscrições podem ser feitas clicando aqui.

O CONCURSO

O concurso do Banco do Brasil tem inscrições abertas até o próximo dia 28. O certame oferece 2 mil vagas para escriturário – agente comercial, com 2 mil vagas de cadastro reserva, além de 240 vagas para escriturário – agente de tecnologia, com igual número de vagas em cadastro de reserva.

O interessado no concurso precisa possuir, pelo menos, o Ensino Médio, e ter 18 anos completos até a data da contratação. A inscrição custa R$ 38,00. As provas serão aplicadas  em 26 de setembro.

Aulas em formato híbrido terá rodízio de alunos || Foto Carol Garcia
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As aulas na rede estadual de ensino baiana começam no próximo dia 26, de forma presencial, segundo anúncio feito pelo governador Rui Costa na noite desta terça (13). Será a segunda fase do planejamento do ano letivo 2020/21, passando do ensino 100% remoto para o híbrido, com rodízio de alunos.

O governador destacou que serão adotadas medidas de segurança no retorno das aulas. As salas serão ocupadas com metade da capacidade. A semana letiva passará a ter seis dias, dividida em dois grupos de estudantes. Um grupo terá aula às segundas, quartas e sextas, enquanto o outro às terças, quintas e sábados. “A ideia é dividir a turma por ordem alfabética, mas vamos dar liberdade para que cada escola possa fazer esse ajuste [da] quantidade de alunos em sala”, afirmou.

Ainda sobre as mudanças na educação, Rui disse que autorizou a ampliação da carga horária de professores de 20 horas para 40 horas semanais. “Vamos também zerar o chamamento do concurso de 2019 e vamos declarar o concurso encerrado. Ainda convocaremos professores no regime Reda para suprir as vagas existentes nas escolas”.

Durante o programa, ele também garantiu a oferta de transporte, alimentação escolar reforçada, internet com wifi e auxílio presença aos alunos da rede estadual de ensino.

Moacyr, à direita, teve audiência com o diretor Gabriel Vilar, do FNDE
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O prefeito de Uruçuca, Moacyr Leite Júnior (DEM), esteve em reunião em Brasília com o diretor do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Gabriel Vilar, para tratar de liberação de novos recursos para conclusão de escola de educação em tempo integral em Serra Grande. O encontro ocorreu nesta quinta-feira (8), agendado pelo deputado federal Paulo Azi (DEM).

Segundo o prefeito, as obras da Escola de Educação de Serra Grande já estão 85% concluídas e teve aprovação do fundo federal de educação.

Moacyr agradeceu “o empenho incessante do deputado Paulo Azi” e se mostrou satisfeito com o resultado da reunião. “Ter ao lado da nossa gestão um parlamentar como Paulo Azi facilita o nosso trabalho, pela dedicação e empenho que ele sempre dedicou ao nosso município. O nosso sonho da Escola de Serra Grande está perto de ser concretizado, graças a Deus. Nosso povo merece”, concluiu.

Aulas virtuais são um desafio para as famílias carentes
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Ailton Silva

Nos quase 30 anos como professora de Matemática, Cristina Ramos acostumou-se com escolas cheias e entra e sai de alunos nas salas. Conversas nos corredores no intervalo, abraços apertados de agradecimento de quem se esforça para não só obter a aprovação de ano, mas aprender o conteúdo. Mas a professora e centenas de colegas passaram a viver uma nova experiência desde março do ano passado.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, o ano letivo de 2020 seguiu, mas com aplicação de atividades e troca de informações em grupos de aplicativo. Em 2021, foram acrescentadas as aulas virtuais, com uso de uma plataforma do Google. Por isso, a professora Cristina Ramos e os demais colegas da rede municipal de educação de Itajuípe, no sul da Bahia, precisaram recorrer à tecnologia para que milhares de estudantes não perdessem às aulas.

Professora Cristina Ramos fala dos desafios e da emoção das aulas virtuais

Um desafio a mais para aqueles educadores que estavam acostumados com as ferramentas tradicionais e gostam do contato diário com os alunos. “Gosto e estou acostumada a aula presencial. Sou uma professora de contato e conversa com alunos, brincar e resolver problemas com eles. De repente, vi-me nessa situação. Foi um grande desafio, pois não sabia como usar as novas ferramentas. Percebi que muitos alunos dominavam a tecnologia mais que eu. Então, houve essa troca rica e me adaptei”.

DUALIDADE DE SENTIMENTOS

Cristina se preparando para mais um dia de aula

A educadora relata que hoje vive uma dualidade de sentimentos. “Estou triste porque sei que o ensino não é do mesmo nível do presencial, mas estou feliz porque muitos alunos estão assistindo às aulas, fazendo questionamentos. Cada dia tem sido um grande desafio”.

Cristina torce pelo retorno das aulas presenciais o mais breve possível. Estou na esperança que possamos ter logo, pelo menos, aulas híbridas (presencial e virtual) porque, às vezes, fico triste por ver somente os rostos deles na tela. Quando estou na escola, na sala de aula, sinto-me com se estivesse dando aula presencial para eles. Fico mais entusiasmada. Eu amo ser educadora e amo meus alunos”.

A professora Daniela Pereira Barbosa atua há 25 anos como educadora da rede municipal de Itajuípe e há quatro anos é coordenadora pedagógica da Escola Dr. Pedro Catalão, no centro da cidade. Ela explica que os desafios têm sido enormes, principalmente para atender aqueles alunos sem acesso a telefone e internet. “Por isso, tem sido um ano letivo com muito trabalho e desafiador”, conta Daniela Barbosa.

PREOCUPAÇÃO COM O PRÓXIMO

A educadora explica que a proposta de aulas virtuais foi apresentada e aprovada pelos pais antes do início do ano letivo, que começou em 10 de maio. “Treinamos os professores para o uso das novas ferramentas e reduzimos o tempo de aulas para não cansar os nossos estudantes. E estamos caminhando com uma grande contribuição dos professores que comparam a ideia. Os pais estão empolgados”.

Algumas situações, revela Daniela, têm emocionado os professores. Ela cita as situações dos irmãos Ana Clara e Alex, que assistem às aulas debaixo de pés de cacau, na beira de uma estrada vicinal, na zona rural; e da mãe de uma criança que a consultou sobre a possibilidade da coleguinha da filha acompanhar às aulas na casa dela. “Porque a coleguinha não tinha nem internet nem celular. Eu respondi: queria que muitos pais tivessem uma atitude linda daquela. A questão da solidariedade, da acolhida, preocupação com o próximo”, afirma.

DIFICULDADES DE ACESSO À TECNOLOGIA

A educadora observa, no entanto, que nem todas as histórias são marcadas pela empatia e com alternativas para que as crianças não fiquem sem estudar. “Ficamos tristes quando os pais informam que não têm como seus filhos assistirem às aulas porque não possuem celular nem acesso à internet”, diz. “Mas a escola não abandonará esses alunos. Estamos fazendo a proposta de entrega das atividades para tenham o conhecimento também. Foi instalado um laboratório de informática para eles acessem, mas desistimos da ideia por causa da questão sanitária”.

Professora Renaildes Pita da Silva ministra aulas para estudantes da Escola DR. Pedro Catalão, em Itajuípe

Já a secretária de Educação de Itajuípe, Maria de Lourdes Santana, afirma que o município tem feito todo o esforço para que os estudantes não sejam ainda mais prejudicados por causa da pandemia do novo coronavírus. De acordo com Maria de Lourdes, o aluno que não tem acesso à tecnologia recebe todo o material didático impresso a cada 15 dias e tira dúvidas com o professor, assim como a maioria dos municípios.

A rede municipal de ensino de Itajuípe tem 3.800 alunos matriculados em 32 escolas, 17 delas na zona rural, que atendem 230 estudantes. “Estamos vivendo um grande desafio e estamos atravessando esse momento difícil com a contribuição e esforço de todos, inclusive dos pais, que estão tendo uma participação maior”, relata. Além das atividades didáticas, os alunos recebem kits alimentação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Itajuípe é um dos poucos municípios baianos com aulas virtuais.