No ano passado, no dia 26 outubro, uma notícia repercutiu em toda a Bahia. Foi quando um grupo de deputados petistas – Geraldo Simões, Zezéu Ribeiro, Emiliano José, Joseph Bandeira, Sérgio Carneiro e Luiz Alberto – lançou o nome do ex-governador Waldir Pires ao Senado. Era aniversário de Waldir, que comemorava seus 82 anos no restaurante Barbacoa (relembre aqui).
O tempo passou, muita gente criticou a ideia, outros disseram que era uma maldade criar ilusões no bom velhinho, o governador passou a namorar mais firmemente com ex-carlistas… O fato é que, novamente, a ideia volta a ser posta na mesa – ou, no tabuleiro do xadrez da política baiana.
Isso porque, durante o carnaval, o governador Jaques Wagner deu a entender que dificilmente fecha com César Borges – possivelmente por serem muitos representantes da direita numa chapa petista. Prefere um nome mais progressista, de centro-esquerda, para compensar a presença do pepista Otto Alencar.
Como que por coincidência, o líder do PT na Assembleia, Paulo Rangel, passa a declarar que torce o nariz para a presença de Borges na chapa do governador. Faca e queijo nas mãos dos defensores de uma lista o mais puro-sangue possível, não?
“Essa é a hora do deputado Geraldo Simões voltar a defender o nome de Waldir. Seriam, pelo menos, três deputados fazendo essa defesa, se pensarmos que Zezéu Ribeiro e Emiliano José estarão juntos na proposta, sem falar na grande maioria do PT baiano. Seria uma forma também de unir a militância do partido. É um cavalo passando, selado, por Geraldo. Basta ele montar”, alerta uma fonte do Pimenta em Salvador.
Só para constar, Waldir Pires vem a ser um dos quadros mais respeitados do PT baiano no cenário nacional. Perguntem ao presidente Lula.