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Fonte ligada ao Governo do Estado confirma as sondagens em torno do nome do deputado federal Josias Gomes (PT) para a disputa da sucessão municipal ilheense em 2012. Petista mais votado no município para a Câmara Federal, Josias Gomes é visto com boas chances de entrar nessa briga.

A mesma fonte diz que o parlamentar é cogitado  por ter perfil conciliador, trânsito junto a diversas correntes políticas e capacidade de produzir a aglutinação necessária ao processo sucessório em Ilhéus. O graduado petista ouvido pelo blog nega que a ideia de lançar o nome do deputado faça parte de uma estratégia para conter o avanço do PP na Bahia.

“Na verdade, nós queremos acabar com essa história, o governador (Jaques Wagner) vê o PP como um aliado fiel e com o qual tem um relacionamento excelente, de modo que não passa de uma grande bobagem querer comparar a aliança atual com o que veio a ocorrer no passado entre PT e PMDB”, diz o informante do PIMENTA, que é gente bem próxima ao governador Jaques Wagner.

A possibilidade de que o senador Walter Pinheiro (PT) seja candidato a prefeito de Salvador é apresentada pela fonte como exemplo de ação articulada entre petistas e pepistas. O combinado é que os dois partidos trabalhem em conjunto para eleger Pinheiro, abrindo espaço para o suplente Roberto Muniz, do PP, assumir a cadeira de senador.

Nesse caso específico, só falta combinar com Nelson Pelegrino, outro petista que sonha com o Palácio Tomé de Sousa.

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Da Agência Estado:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer impedir prévias no PT para a escolha dos candidatos às prefeituras, em 2012. Preocupado com a montagem dos palanques municipais, principalmente em São Paulo, Lula já começou a conversar com dirigentes de partidos aliados do Planalto e avalia que o PT só deve lançar nomes próprios onde tiver reais condições de vencer sem se indispor com parceiros federais, como o PMDB.

“Eu vou andar muito, correr o País no ano que vem”, disse Lula ao jornal O Estado de S. Paulo. “Mas é importante a gente começar a pensar logo nas alianças que queremos fazer. Ninguém pode ficar dormindo no ponto.” A intenção do ex-presidente é reeditar nas grandes cidades, onde for possível, a coligação que elegeu Dilma Rousseff ao Planalto e lançar um nome novo do PT à Prefeitura de São Paulo.

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Ao contrário do que disse o petista Geraldo Simões em entrevista ao PIMENTA, o vereador e presidente do PCdoB de Itabuna, Wenceslau Júnior, não considera pesquisa o melhor termômetro para definir quem será o candidato do arco de alianças do campo progressista.

– Não é absoluto. Azevedo estava em último lugar [nas pesquisas em 2008] e é o prefeito de Itabuna hoje. Pesquisa é importante, mas há outros fatores como ampliação política, apoios partidários e um nome que consiga ampliar mais – ressalta Wenceslau, que também é suplente de deputado estadual.

O parlamentar diz que a candidatura progressista deve ter densidade e, “mais importante”, contar com apoios externos, a exemplo de “deputados, senadores e governos do estado e federal”. Segundo ele, estas são as principais variantes. E observa: “às vezes o candidato tem aceitação, mas tem rejeição grande”. Olha aí uma estocada na concorrência “amiga”…

Apesar da posição petista, Wenceslau diz que ainda há espaço para diálogo. “A gente sempre está aberto ao diálogo”. O vereador enxerga um “certo esgotamento” do PT em Itabuna, embora ressalte o peso da sigla no município.

Numa leve estocada na concorrência, Wenceslau lembra que “Geraldo foi prefeito por acidente em 1992, no calor do “Fora Collor” e diante de um governo desastroso de Fernando Gomes”. E acrescenta que, depois disso, o campo progressista chegou ao poder somente em 2000. “Mas com todos juntos. Repetir aquela frente seria importante, pois a direita tem muita força em Itabuna”.

Por enquanto, o PCdoB não definiu o nome com o qual irá para a disputa. Além de Wenceslau, o partido dispõe de Davidson Magalhães e Luís Sena. Do lado petista, além de Juçara, os nomes são os de Geraldo Simões e Claudevane Leite.

Confira aqui a entrevista de Geraldo ao PIMENTA

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O PIMENTA encerrou a enquete sobre a estadualização (ou não!) do Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães (Hblem). Dos votantes, 63% aprovam a proposta de entregar a gestão do hospital público itabunense ao Governo do Estado. Outros 22% acreditam que a saída está mesmo é na “desratização” da unidade de saúde envolvida nos últimos anos em denúncias de corrupção. Já 15% defendem uma reestruturação do Hospital de Base, mantendo-o sob o comando do município.

Agora o caríssimo leitor é convidado a palpitar em outra seara, a política. Até aqui, o PCdoB vive o dilema de ter nomes “demais” para a sucessão municipal de 2012: Davidson Magalhães, Luís Sena e Wenceslau Júnior? O leitor tem liberdade de escolha, sem centralismos democráticos. E pode, assim, dar uma mãozinha aos comunas. Basta um clique na enquete, à esquerda, para votar no que tem mais chances na refrega do próximo ano.

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A pouco menos de um ano e meio das eleições municipais, PCdoB e PT digladiam-se na avenida para ver quem terá a primazia dos votos progressistas em Itabuna.

De um lado, o PT reúne os nomes de Juçara Feitosa e Geraldo Simões – além do vereador Claudevane Leite correndo por fora. O PCdoB desfila do outro lado da avenida cheio de gás e com os nomes de Davidson Magalhães, Wenceslau Júnior e Luís Sena. Se há risco de colisão, este é calculado e suportável para os comunas.

Até aqui, o PT é quem melhor aparece nas pesquisas, embora 2008 tenha mostrado que esse não é dos melhores indicativos nem certeza de vitória.

Neste momento, o PCdoB tenta se cacifar como a legenda que tem alguns dos melhores nomes para a disputa de 2012. Não é para qualquer partido oferecer à disputa um Davidson, Wenceslau ou Sena, este último mais do que testado no Legislativo.

No campo comunista, Davidson Magalhães foi o único lançado à disputa pelo executivo encabeçando uma chapa. Ficou em terceiro lugar. Era 1996 e o economista e hoje presidente da Bahiagás sucumbiu ao aceitar o rótulo de “laranja” de Fernando Gomes naquela peleja. Deu a volta por cima uma década depois.

Aquela era uma disputa em que a esquerda (?) apresentava também Renato Costa, apoiado por Geraldo Simões. A direita ia à luta “unida” com Fernando. E venceu. O tempo passou. A esquerda chegaria, enfim, ao poder. Mas em 2000, quando unida para enfrentar Fernando. Venceu, mas apertado, apertado: pouco mais de 1,8 mil votos de frente e tendo Geraldo na cabeça da chapa.

Corte na história, retorno ao cenário de hoje: nome mais provável na disputa em 2012 – caso o PCdoB mantenha-se como cabeça de chapa -, Wenceslau Júnior terá o desafio de desgrudar a sua imagem do governo de Capitão Azevedo. Explicável, pois. Wenceslau teve mandato combativo na última gestão de Fernando Gomes. Mudou quase que radicalmente, embora sua arma noutros tempos tenha sido sempre o diálogo. Agora, flutuou entre passivo e conivente com a gestão que aí está.

(Compreensível: os tempos são outros e ir para o embate, mostrando os erros da gestão de Azevedo, resultaria em ganhos diretos não para o próprio Wenceslau. Os herdeiros desta estratégia poderiam ser outros que não o comuna: os petistas Juçara Feitosa e Geraldo Simões.)

Sena, historicamente, é o comunista que desfruta de maior simpatia: foi o único comunista eleito três vezes vereador no município, mas tem contra si o fato de não ter subido ao ringue eleitoral de 2010. Foi vice de Juçara Feitosa em 2008. Mas, no ano passado, abriu espaço para Wenceslau, que aproveitou bem a oportunidade e por pouco não se torna deputado. E se política é – olha o surrado chavão – a arte de ocupar espaços, Sena corre perigo.

Fato é que, se não lideram as pesquisas, os comunistas usam a favor dois pontos negativos dos principais nomes petistas para a disputa: rejeição alta e desgaste de Geraldo Simões e Juçara Feitosa. Ambos também perderam base. Mas é a tal história repetida por Lula: a rejeição é alta, mas têm votos – se em volume necessário para uma vitória, aí são outros quinhentos.

Geraldo foi reeleito deputado federal em 2010, mas saiu daqui com 12 mil votos a menos quando comparado com o desempenho de 2006 (35.366 a 23.639 votos). Sim, claro, trata-se de eleições diferentes e Geraldo sofria ano passado com a ameaça da Lei Ficha Limpa, mas a perda situa-se no campo do pra lá de considerável. Juçara sofreu com o dilúvio – para alguns, um tsunami – chamado Azevedo, que impôs 12 mil votos de frente sobre a rival em 2008.

Não tendo exatamente o privilégio de poder assistir à disputa entre petistas e comunistas, o Capitão Azevedo (DEM) tenta aplicar uns jabes com um piloto do Prefeitura Móvel aqui, mudança de secretário ali e uma operação cosmética acolá, tudo sempre combinado com uma bolsinha-renda municipal de R$ 20,00 ou R$ 50,00 ou autoescola que não sai do papel. Ele, claro, não é besta. Reciclou para o seu time gente que se não tem a simpatia do eleitor sabe atuar no palco da política eleitoral.

Apesar de possuir uma rejeição estratosférica, Azevedo fatalmente se beneficiará de uma disputa no campo inimigo – nem tão inimigo assim, é bem verdade. Até aqui, sobram nomes, faltam projetos…

Davidson Samuel
davidsonsamuel@pimentanamuqueca.com.br

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Dono de 16.072 votos em Ilhéus na tentativa de conquistar uma vaga à Câmara Federal no ano passado, o presidente estadual do Sintepav na Bahia, Bebeto Galvão, não descarta disputar a sucessão do prefeito Newton Lima, ambos do PSB.

– Sou membro da direção estadual do partido e está decidido que o PSB terá candidatura própria nos municípios acima de 100 mil habitantes. Eu estou colocando o meu nome para avaliação – disse ao PIMENTA, observando que tudo dependerá das desenho da política ilheense até o início do próximo ano.

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Zelão | publixcriativo1987@hotmail.com

Olha o bloco dos sujos / que não tem fantasia/ mas que traz alegria/ para o povo sambar// Olha o bloco dos sujos/ vai batendo na lata//Alegria barata/ carnaval popular.

Pode até ser que dessa vez seja pra valer. Mas, “olhando pelo retrovisor da história política de Itabuna,” não dá para levar a sério os “arroubos” de independência do PCdoB, até mesmo quando levou às últimas consequências o seu pragmatismo de independência, o final foi desabonador para os “cururus,” acusados de servirem de “laranja” à eleição de Fernando Gomes.

Porém, não se pode negar a justeza das pretensões dos “camaradas”, estribada na história das suas lutas populares e – de possuir em seus quadros – nomes com reais possibilidades de alterar a “briga das cadeiras” pela conquista do comando do executivo itabunense.

Que venham os camaradas, batendo na lata ou fazendo soar as cuícas. Iguais aos blocos de sujos, ou sobre imponentes trios elétricos. O importante é que façam “balançar o chão da praça” da empoeirada política de Itabuna.

Zelão é itabunense e publicitário.

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O PCdoB caminha para ser a terceira força eleitoral na sucessão do prefeito Azevedo. Não pode continuar como apêndice do petismo e, muito menos, como favas contadas de Geraldo Simões.

Marco Wense

No momento certo, início do segundo semestre de 2012, em plena efervescência do processo eleitoral, o PT, o PCdoB, o PDT e o PSB vão conversar sobre a sucessão do prefeito de Itabuna, José Nilton Azevedo.

A orientação para que petistas, comunistas, pedetistas e socialistas procurem o diálogo como meio de solucionar qualquer impasse, virá do comando estadual.

É unânime a opinião de que o entendimento entre o PT, PCdoB, PDT e o PSB é indispensável para a retomada do Poder Executivo, hoje sob a batuta do Partido do Democratas (DEM).

O ex-prefeito Fernando Gomes (PMDB) condiciona sua candidatura a uma provável desunião entre essas agremiações partidárias. Se houver a cisão, o fernandismo volta a ficar vivo.

O critério para a escolha do candidato que irá encabeçar a chapa é o maior obstáculo para que se chegue a um denominador comum, evitando assim um racha entre os “vermelhinhos”.

O PT não abre mão das pesquisas de intenções de voto como fator decisivo na escolha do candidato. O PCdoB, PDT e o PSB não aceitam a consulta popular como único critério.

Para o PT, Juçara Feitosa – na frente em todas as pesquisas – é quem tem mais chance de derrotar o DEM do prefeito Azevedo e o PMDB de Fernando Gomes.

O PDT e o PCdoB defendem a capacidade de agregar como critério principal, formando assim uma grande coligação de partidos em torno do candidato escolhido.

Lideranças do PCdoB, PDT e do PSB acham que Juçara Feitosa não tem jogo de cintura, carisma, discurso e capacidade política para se manter na dianteira durante a campanha.

Na eleição de 2008, Juçara Feitosa, que passou um bom tempo como favorita, terminou sendo fragorosamente derrotada pelo então candidato Capitão Azevedo.

A derrota para o candidato do DEM, que colocou 12 mil votos de frente, foi atribuída a uma infeliz articulação de Geraldo Simões com o também militar Fábio Santana, que desistiu da candidatura para apoiar Juçara.

Os prefeituráveis do Partido Comunista do Brasil – Wenceslau Júnior, Luís Sena e Davidson Magalhães – apostam também no desgaste de “Minha Pedinha” com os partidos que compõem a base aliada do governador Jaques Wagner.

Depois de peremptórias declarações de independência, que o PCdoB não é legenda submissa ao PT, os comunistas não podem mais recuar de uma candidatura própria, sob pena de cair em total e irreversível descrédito.

O PCdoB caminha para ser a terceira força eleitoral na sucessão do prefeito Azevedo. Não pode continuar como apêndice do petismo e, muito menos, como favas contadas de Geraldo Simões.

PCdoB versus PT. A única saída digna para os comunistas de Itabuna.

Marco Wense é articulista da revista Contudo.

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De um lado, vejo Juçara pronta, ávida, só aguardando a sua vez de assumir essa cidade massacrada pelo desdém. Do outro lado, vejo Maria Alice sempre atuante.

Manuela Berbert

A mulher deixou de ser o sexo frágil há muito tempo. Hoje, ela sai para trabalhar, estuda, monitora o crescimento dos filhos, paga suas contas e ainda arranja tempo para cuidar de si. Cansei só de escrever e imaginar tanta atividade diária, mas essa é a realidade.

Antigamente, eu poderia citar uma enorme lista de profissões exercidas apenas pelo sexo masculino, mas, hoje em dia, encontrar uma delas tem se tornado uma tarefa mais complexa. As mulheres andam se esforçando cada vez mais para não deixar dúvidas quanto à sua competência, e isso inclui, claro, a política.

Não é novidade que a mulher dos governos do ex-prefeito de Itabuna, Fernando Gomes, sempre foi Maria Alice. De olhar profundo e voz firme, foi temida e respeitada por todos. Não é novidade também que foi graças a ela que o atual prefeito, Capitão Azevedo, ganhou as eleições. Suas articulações são certeiras. Sempre foram. Tanto que hoje, depois dessa rejeição toda que sua administração está enfrentando, quem foi chamada para apaziguar os ânimos e dar as cartas? Ela, Dona Maria Alice.

Do outro lado, no meu sempre humilde ponto de vista, temos duas dúvidas e uma certeza. A primeira dúvida é se o PCdoB vai conseguir manter-se independente do PT nas próximas eleições. A segunda é, caso consiga, quem eles vão indicar para prefeito daqui. Quanto à certeza, é a de que o PT vai lançar, mais uma vez, Juçara Feitosa. E ela já anda até comandando reuniões do diretório e circulando por aí.

Eu defendi a ideia de um novo líder, mas não estou conseguindo enxergar essa possibilidade. A política local é fechada, traçada, pensada sempre pelas mesmas mentes inquietas. E em menos de dois anos, caro fiel leitor, me rendo à hipótese de não haver mudança. A menos que seja de gênero. Em tempos de Dilma presidente, quem sabe? De um lado, vejo Juçara pronta, ávida, só aguardando a sua vez de assumir essa cidade massacrada pelo desdém. Do outro lado, vejo Maria Alice sempre atuante, embora não saiba qual seja sua verdadeira vontade hoje.

Como observadora do cotidiano, gostaria de ver esse embate. Como cidadã itabunense, apostaria na sensibilidade feminina. Como jornalista, sinceramente, eu queria muito ver esse circo todo pegar fogo…

Manuela Berbert é jornalista, estudante de Direito e colunista da Contudo.

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Marco Wense
O Partido Democrático Trabalhista, o PDT do saudoso Leonel de Moura Brizola, aqui na Bahia presidido pelo bom gaúcho Alexandre Brust, pode ficar sob o comando do Coronel Santana, eleito deputado estadual pelo PTN.
Santana, que é pré-candidato a prefeito na sucessão de 2010, vai indicar o ex-vereador Carlito do Sarinha para presidir a comissão provisória de Itabuna. A investida do coronel no pedetismo conta com o apoio do deputado federal Félix Mendonça Júnior (PDT).
A dúvida é se o Coronel Santana vai se filiar à legenda brizolista. Se sair candidato pelo PTN, caberá ao PDT a indicação do vice.  A ala histórica do partido, hoje totalmente desligada do ex-alcaide Geraldo Simões, defende o lançamento de candidatura própria.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Ramon: PCdoB mais forte em 2012.

Um dos líderes do diretório itabunense do PCdoB e membro da executiva estadual do partido, Ramon Cardoso foi provocado hoje sobre qual (ou quais) cargo (s) a legenda ocupará no governo de Capitão Azevedo (DEM), aquele que prometeu (de novo) uma reforma administrativa para quando 2011 chegar.
– O PCdoB terá cargos na prefeitura, sim, mas em 2013 – respondeu, sorridente, e deixando claro que o partido não comporá com o governo de Azevedo. Vai, sim, enfrentar – nas urnas – o antigo aliado, PT. E traz a fila de nomes comunistas para a sucessão de 2012:
– Nós temos um bom problema. Possuímos três bons nomes para disputar a sucessão [de Azevedo] – enumerou.
Os “problemas”: Davidson Magalhães, hoje presidente da Bahiagás, vereador Wenceslau Júnior e o sindicalista Luís Sena, que foi vereador por três mandatos e concorreu a vice-prefeito em 2008.
Ramon Cardoso disse que o partido cumprirá a risca o que foi definido em reunião da executiva estadual, há três semanas, e tratará de tornar viáveis os principais quadros do PCdoB em Itabuna. Ele também mira a sucessão em Vitória da Conquista. “Teremos candidato também lá”. O nome comunista no município sudoeste é consenso: ex-vereador e deputado estadual eleito Jean Fabrício.

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Itabuna está na lista das principais cidades baianas que terão candidaturas do PCdoB a prefeito, segundo confirmou o presidente de honra do diretório municipal, Luís Sena. “Teremos candidatos em todas as cidades onde o partido apresenta boa performance eleitoral, congrega e tem nomes para a disputa”, afirmou Sena, ele próprio um dos nomes preferidos do partido para a sucessão em 2012.
O ex-vereador disse, no entanto, que essa decisão não é tomada na base “de pau e pedra”. O partido dialogará com aliados históricos e novas forças políticas itabunenses. “O partido conversará inclusive com o PT, com quem sempre estivemos coligados. Já dá para o PCdoB mostrar que tem capacidade para administrar Itabuna e romper essa cadeia de fatos negativos que afetam a cidade”.
O PCdoB avalia que a expressiva votação a deputado estadual obtida pelo vereador Wenceslau Júnior e a organização partidária em Itabuna habilitam a legenda a ter candidatura própria em 2012, repetindo o que aconteceu em 1996. Wenceslau seria outro nome viável para a disputa, além de Sena e o atual presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães. Sena teria a vantagem na disputa ao permitir sacrificar-se eleitoralmente em 2010 em favor de Wenceslau.

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O maior desejo da legenda é um grande pesadelo. Ou seja, Juçara Feitosa Juçara Feitosa como vice na chapa encabeçada por Davidson Magalhães, Wenceslau Júnior ou Luís Sena.

Marco Wense
Aquela velha e surrada tática de lançar candidatura própria para depois negociar o cargo de vice-prefeito, como aconteceu no último processo sucessório, não está mais nos planos dos comunistas de Itabuna.
Parece que agora é sério. Não é mais uma empulhação eleitoral do PCdoB. Aliás, o projeto de ter candidato a prefeito em 2012, além da unanimidade no diretório municipal, tem o apoio entusiasmado do comando estadual.
O maior desejo da legenda, que faz parte do sonho de todos, até mesmo dos mais pessimistas, é um grande pesadelo. Ou seja, a petista Juçara Feitosa como vice na chapa encabeçada por Davidson Magalhães, Wenceslau Júnior ou Luis Sena.
Em relação aos prefeituráveis do PCdoB, a impressão que começa a ganhar corpo é a de que o partido vai tratando a pré-candidatura de Sena com desdém, priorizando os nomes de Davidson e Wenceslau.
Pessoalmente, até mesmo por uma questão de amizade, torço para que Luis Sena seja o nome do PCdoB. Reconheço, no entanto, que Davidson Magalhães é o melhor candidato para disputar a sucessão de 2012.
É evidente que qualquer pesquisa de intenção de votos, como critério para definir o candidato do Partido Comunista do Brasil, vai colocar Sena e Wenceslau na frente do ex-vereador e presidente da Bahiagás.
Acontece que Davidson, por ser mais preparado e experiente, com um discurso mais incisivo, é a opção do PCdoB que pode crescer durante o processo sucessório, principalmente nos embates com os adversários.
A opinião de que o PT terá dificuldades em se coligar com os partidos que compõem a base aliada do governo Wagner, independente de quem seja o candidato, se Juçara Feitosa ou Geraldo Simões, incentiva a disputa no PCdoB.
O partido enxerga na próxima eleição a maior oportunidade de comandar o cobiçado Centro Administrativo Firmino Alves. Além do PDT, PR, PV, PSB, PPS e outros partidos pequenos, os comunistas esperam o apoio da ala do PT anti-geraldista.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Pinheiro, Wagner, Lídice e, ao fundo, o vice eleito, Otto Alencar (Foto Divulgação).

O governador Jaques Wagner mirava a sua própria sucessão, em 2014, quando defendeu o nome de Walter Pinheiro para a disputa ao Senado Federal em lugar de Waldir Pires na vaga petista da chapa majoritária.
Wagner afirmou, numa visita a Ilhéus, em maio, que Pinheiro tinha perfil mais adequado para os embates a serem travados a partir de 2011 em Brasília. Certo, ok. Mas internamente o pensamento não era, necessariamente, Brasília. Bahia, pois. Eleito, o amigo Pinheiro fortaleceria o projeto petista de 2014.
Por enquanto, tudo está dando certo. O deputado federal saiu como o mais votado das urnas para o Senado pela Bahia e seu caminho natural é mesmo suceder o Galego.
Arriscar a prefeitura de Salvador, em 2012, é algo que não se pode riscar do mapa, mas poderá lhe tirar pontos importantes na disputa ao Palácio de Ondina, como admitiu uma fonte muito próxima e amicíssima de Wagner e Pinheiro.
O PT pode ter Pelegrino novamente no jogo em Salvador. Ele saiu como o segundo mais votado do PT e o quarto no estado na disputa por vaga à Câmara Federal.
Caso necessário, o partido abre mão da disputa na capital em 2012 e lança um aliado – talvez Lídice da Mata (PSB). A senadora eleita foi campeã de votos (por margem apertada) em Salvador. Bateu Pinheiro por 740.034 a 731.810 votos. É “candidata natural”, após ter abrir mão da disputa, em 2008, e ser vice do próprio Pinheiro.