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torneiraUma pane na rede elétrica provocou a interrupção do bombeamento de água na estação de Castelo Novo, hoje a principal unidade de captação do sistema que abastece os moradores de Itabuna.

Em nota,  a Secretaria de Comunicação da Prefeitura informa que técnicos da Emasa e da Coelba estão no local, mas o problema ainda não tinha sido resolvido. A parada na captação afeta de imediato os bairros São Caetano, Banco Raso, Sarinha Alcântara, Novo São Caetano, Vila Anália, Pedro Jerônimo, Jardim Primavera, Jaçanã, Mangabinha, Zildolândia e a região central da cidade. Essas comunidades seriam abastecidas a partir de hoje, conforme o cronograma da Emasa, mas agora sofrerão mais um pouco sem água nas torneiras.

O PIMENTA entrou em contato com a assessoria de imprensa da Emasa, mas ainda não há informações sobre a conclusão dos reparos na rede elétrica utilizada pela estação de Castelo Novo.

A água captada no Rio Almada, em Castelo Novo, sofre a influência das marés e apresenta alto teor de cloretos, mas se tornou o principal recurso disponível para os itabunenses nesse período de estiagem.

Desde o último fim de semana, a Defesa Civil passou a coordenar uma operação com 30 carros-pipa, que está trazendo água das estações de tratamento da Embasa em São José da Vitória e Ubaitaba (confira).

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Prefeitura contratou mais 15 carros-pipa para atender os bairros de Itabuna (foto Lucas França/Ascom-PMI)
Prefeitura contratou mais 15 carros-pipa para atender os bairros de Itabuna (foto Lucas França/Ascom-PMI)

Desde o último final de semana, Itabuna passou a contar com  o dobro do número de carros-pipa que já vinham levando água para os bairros. Agora, há uma frota de 30 veículos para reforçar essa distribuição.

A ação é coordenada pela Defesa Civil e deve priorizar o abastecimento em hospitais, escolas, abrigos, creches e postos de saúde, além de 70 tanques instalados em diversas comunidades, principalmente nos locais mais altos, onde a água da rede da Emasa tem maior dificuldade para chegar.

A Defesa Civil alerta a população para que denuncie qualquer tentativa de cobrança pela água. O fornecimento deve ser gratuito, bastando que o beneficiado preencha um formulário para controle do serviço. Eventuais irregularidades devem ser informadas ao órgão, por meio do telefone 98854-6924.

A água transportada pelos carros-pipa é proveniente de estações de tratamento da Embasa nas cidades de Ubaitaba e São José da Vitória. Segundo a Defesa Civil, todos os veículos estão identificados com logomarca e brasão da Prefeitura de Itabuna. A expectativa é de que a frota realize um total de 100 viagens por dia.

A Prefeitura anunciou também que pretende aumentar o número de tanques instalados nos bairros. As ações foram viabilizadas pela homologação do decreto que reconheceu a situação de emergência em Itabuna devido à estiagem. O município recebeu uma verba de mais de R$ 3 milhões para amenizar a crise de abastecimento.

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Aguaceiro atingiu ruas dos bairros Góes Calmon e Jardim Vitória
Aguaceiro atingiu ruas dos bairros Góes Calmon e Jardim Vitória

Em um momento de severa crise de abastecimento, quando boa parte da população está sem uma gota de água nos tanques de suas casas, um enorme vazamento na rede da Emasa causou indignação ontem à noite.

O rompimento de uma adutora no bairro Góes Calmon provocou verdadeira enxurrada, que chegou até ruas do bairro vizinho, o Jardim Vitória. Moradores ficaram estarrecidos, mas, por mais absurda que seja, a situação não é tão incomum em Itabuna.

A maior parte da rede da Emasa é obsoleta e a tubulação já deveria ter sido substituída há muitos anos. Estima-se que mais da metade da água tratada se perca em vazamentos, antes de chegar às residências.

Para se ter uma ideia, em alguns bairros os moradores sabem que a água está chegando quando percebem umidade na rua. Nada mais nada menos que água se perdendo pela velha tubulação e aflorando na superfície.

De vez em quando, como ocorreu ontem, um cano arrebenta e o aguaceiro chama atenção. Mas o desperdício em diversos pontos da cidade é cotidiano, e dói quando se trata de um recurso que se torna cada vez mais escasso.

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Esgoto estourado há dois meses não tem solução da Emasa.
Esgoto estourado há dois meses não tem solução da Emasa

Os clientes da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) na Travessa Santa Luzia, no Banco Raso, em Itabuna, têm que conviver com algo além da falta de água. Reclamam que a rede de esgoto da localidade estourou e nada de obter resposta positiva da empresa.

– Isso é um problema de saúde pública – alerta a moradora Maria Dineide Cordeiro.

O sofrimento dos moradores já dura mais de dois meses. Várias solicitações de reparo foram feitas à Emasa, gerando um sem-número de protocolos, mas solução que é bom…

Com a palavra, a direção da Emasa.

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Estiagem no Almada afeta Almadina, Coaraci, Itajuípe e Itabuna (Foto Pimenta/Arquivo).
Estiagem no Almada afeta Almadina, Coaraci, Itajuípe e Itabuna (Foto Pimenta/Arquivo).

Seis municípios do sul da Bahia começam a enfrentar o mesmo drama de racionamento de água vivido pelos itabunenses desde o ano passado. Abastecidos pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), Almadina, Camacan, Coaraci, Itacaré, Mascote e Uruçuca passam por restrição por causa da forte estiagem. Gerente do escritório regional da Embasa, Danilo Hugo Gomes diz que a ação é preventiva.

O Rio Ribeiro, principal manancial de Itacaré, secou e a captação é feita apenas no Rio Jeribucaçu. O abastecimento está sendo alternado, por áreas, em um dos principais destinos turísticos da Costa do Cacau. A restrição ocorre ainda em Mascote, desde fevereiro.

Coaraci também sofre. O manancial da Serra da Palha secou e a captação é feita no Rio Almada, cujo nível baixou acentuadamente e teve o fluxo interrompido em vários trechos. Danilo Gomes disse que, se a estiagem continuar, terá que recorrer a carros-pipas.

A situação é pior em Uruçuca, que depende do Almada. A captação é feita nos rios Serra Preta e Água Verde. O quadro em Camacan é parecido, pois o nível do Rio Panelão está muito baixo. O distrito de Panelinha está sendo abastecido com água levada à adutora a partir da sede municipal.

Na última segunda, o gerente da Unidade Regional da Embasa, Danilo Gomes, esteve reunido com o prefeito de Camacan, Arildo Evangelista, e vereadores para explicitar as medidas adotadas para garantir a continuidade do abastecimento.

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Prefeito foi recebido ontem em audiência na Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (foto Ascom/SIHS)
Prefeito foi recebido ontem em audiência na Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (foto Ascom/SIHS)

Nem um dilúvio será capaz de resolver o problema da falta de água em Itabuna no longo prazo. O que a cidade precisa, e todos sabem disso, é de uma melhor infraestrutura para regularizar o abastecimento, evitando tanto sofrimento da população em períodos de pouca chuva.

Itabuna, uma cidade com mais de 220 mil habitantes, continua sem um reservatório de água. A barragem no Rio Colônia, cujas obras pararam há três anos, continua a ser uma promessa. Em novembro do ano passado, o governador Rui Costa assinou ordem de serviço para retomar a construção, e o prefeito Claudevane Leite declarou que os trabalhos seriam reiniciados no prazo de 60 dias. O tempo passa e mais uma falácia se confirma.

Enquanto isso, a população sofre. A pouca água que a Emasa fornece vem batizada com sal e não serve para o consumo humano. A própria empresa reconhece e adverte que sua água é prejudicial à saúde.

E o Estado, como não cuida da infraestrutura, sinaliza com remendos. Nesta quinta-feira (25), Claudevane Leite foi recebido pelo secretário de Infraestrutura Hídrica e Saneamento da Bahia, Cássio Peixoto. Ouviu dele a promessa de que o governo utilizará carros-pipa para levar água da Embasa para Itabuna. Também serão fornecidos 100 tanques e o governo ainda se comprometeu a ajudar a Prefeitura na retirada de baronesas do Rio Cachoeira.

A necessária infraestrutura, por enquanto, continua na relação de débitos do Governo do Estado com Itabuna. Da parte de quem deveria ser mais incisivo da cobrança do essencial, nota-se certo conformismo com as migalhas oferecidas.

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Emasa emitiu contas mais salgadas justamente no período em que faltou água
Emasa emitiu contas mais salgadas justamente no período em que faltou água

Os meses de dezembro e janeiro passados, quando a Emasa (Empresa Municipal de Água e Saneamento de Itabuna) chegou praticamente a interromper o fornecimento de água, foram estranhamente períodos em que muitas contas vieram mais salgadas. Aliás, a água, quando caía, também vinha com o mesmo “tempero”.

Há casos absurdos, como o de uma moradora do bairro da Conceição, que quase não recebeu água no mês de dezembro, mas viu sua conta passar de R$ 3 mil (quando o valor normal era inferior a R$ 100,00).

Outro cliente informa ao Pimenta que seu hidrômetro registrou  o consumo de 16 m³ de água na conta de dezembro e nada menos que 42 m³ na fatura de janeiro. Segundo o cidadão, no período da leitura a água caiu apenas uma semana e, ainda assim, ele estava fora de sua residência, em viagem.

“Fui à Emasa para formalizar queixa e o atendente reiterou que a unica ajuda que poderia me prestar seria parcelar a conta, o que não aceitei”, afirma o usuário que viu sua conta de água quase triplicar. Diante da indisposição da empresa em reavaliar sua fatura, ele diz que vai procurar resolver a situação pela via judicial.

No início deste mês, o Ministério Público ingressou com ação na justiça, na qual pede a devolução do dinheiro dos usuários, referente às contas de dezembro de 2015 e janeiro último. A alegação é de que a Emasa forneceu água com teor de cloreto quatro vezes maior que o admitido pelo Ministério da Saúde (relembre).

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Dirigente da Emasa em vistoria a um dos pontos de captação no Rio Almada.
Dirigente da Emasa em vistoria a um dos pontos de captação no Rio Almada.

O abastecimento de água em Itabuna será normalizado até a próxima semana, segundo promessa do presidente da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa), Ricardo Campos. O racionamento chega ao fim depois de quase três meses. A ordem é economizar ao máximo. Ou terá que, novamente, recorrer à captação em Castelo Novo, que sofre efeito da maré e fornece água com alto teor de cloreto neste período do ano.

A empresa passou a captar 400 litros de água, por segundo, no Rio Almada, na estação localizada em Rio do Braço (Ilhéus), e 350 litros no Rio Cachoeira, em Itabuna. Os 750 litros por segundo, conforme a empresa, atende às necessidades normais de abastecimento do município.

A Emasa desligou a estação de Castelo Novo, de acordo com o presidente, no último domingo (31), transferindo a captação para Rio do Braço e Nova Ferradas, quando passou a assegurar água apropriada para consumo humano. Quem ainda tinha água salgada em seus reservatórios, ainda sofre com os efeitos da estiagem com a “mistura”.

A normalização do abastecimento diminuirá o sofrimento de quem reside em partes mais altas da cidade, onde os relatos são de que “a água chega sem força para cair no tanque”. Quem possui reservatório subterrâneo e sistema de bombeamento, sofre menos nestas áreas.

AÇÃO DO MP
Numa ação movida na última quinta (4), o Ministério Público Estadual entrou com pedido de anulação de contas de água relativas aos consumos de dezembro e janeiro últimos. Segundo levantamento da promotoria, o índice de cloreto na água foi até 4 vezes superior ao admitido pelo Ministério da Saúde (confira aqui), forçando o consumidor a ter gastos extras com água mineral – que ficou ainda mais cara no período.

O presidente da Emasa, Ricardo Campos, afirmou, por meio da Secretaria de Comunicação de Itabuna, que, “havendo a regular citação, apresentaremos à Justiça a defesa dentro do devido processo legal e das normais processuais cabíveis”. O dirigente ressaltou os investimentos feitos pela empresa no período do racionamento e os efeitos severos de mais de 180 dias de estiagem no sul da Bahia.

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Inocêncio requer devolução de dinheiro ao consumidor.
Inocêncio requer devolução de dinheiro ao consumidor.

O Ministério Público Estadual (MP-BA) ingressou com uma ação contra a Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa), na tarde desta quinta-feira (4), por danos morais contra o consumidor, informa o Blog do Tom Ribeiro. O promotor Inocêncio de Carvalho, que assina a ação, pede a anulação das faturas relativas a dezembro de 2015 e ao mês passado com devolução do dinheiro ao consumidor.

A promotoria relata, na ação, danos sofridos pelo consumidor no período em que a empresa forneceu água com teor de cloreto até quatro vezes superior ao admitido pelo Ministério da Saúde. O teor alcançou 1.180 mg, conforme a ação, quando o máximo admitido é 260 mg.

De acordo com Inocêncio, consumidores procuraram o MP-BA em Itabuna e denunciaram problemas de saúde, choques elétricos na hora do banho e, em muitos casos, impossibilidade de comprar água mineral no período da seca.

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Geraldo defende Emasa e cobra barragem no Rio Colônia.
Geraldo defende Emasa e cobra barragem no Rio Colônia.

Diante do debate que se formou nos últimos dias em torno do futuro da Emasa, o ex-deputado federal Geraldo Simões quebrou o silêncio e se posicionou a respeito do tema em sua página no Facebook. Geraldo, que já foi prefeito de Itabuna por duas vezes, é taxativo ao dizer que a solução não está em entregar a Emasa à iniciativa privada. “Sabemos que existe interesse de empresas como Águas do Brasil, OAS e Odebrecht. Não concordamos com a venda”.

A discussão sobre o tema se acirrou na sociedade a partir do anúncio do prefeito Claudevane Leite, lançando um Chamamento Público para Procedimento de Manifestação de Interesses a respeito da Emasa. Depois, a prefeitura abriu prazo para contribuições ao Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), preparatório para a Conferência Municipal de Saneamento Básico, no próximo dia 15.

Embora não cite suspeita sobre alguma manobra para a venda da Emasa embutida nesses procedimentos, o pré-candidato a prefeito diz que esse tema tem que envolver o governo do estado. “Vamos discutir com o governador um projeto para dobrar a produção de água em Itabuna. A barragem do Rio Colônia, que nós propusemos ainda no nosso primeiro governo, vai garantir abastecimento diário para todos os moradores e empreendimentos de Itabuna”.

ESGOTO TRATADO

De acordo com Geraldo, o município deve ter condições para coletar e tratar 100% do esgoto na cidade. “Para decidir sobre o futuro da Emasa, só com a participação de toda sociedade. Sabemos que mudanças são necessárias, mas essa decisão não deve ter como opção a entrega desse patrimônio a empresas privadas. Há outras formas, como uma maior parceria com a Embasa, ou a busca de projetos no âmbito federal”.

Para Geraldo, a sociedade de Itabuna deve se posicionar, cobrando o fortalecimento do perfil público da Emasa. “Será necessário fortalecê-la, fazer as parcerias com outros órgãos de governo, buscar projetos e garantir financiamento. Não se deve buscar o lucro nesse serviço, pois o lucro está na prestação do serviço, é o lucro social”.

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Rio Almada recupera vazão gradualmente (Foto Ecivaldo Nascimento/FB).
Rio Almada recupera vazão gradualmente (Foto Ecivaldo Nascimento/FB).

O prefeito Claudevane Leite e o presidente da Emasa, Ricardo Campos, farão uma visita técnica, amanhã (3), à estação de captação de água em Rio do Braço. A análise das condições da vazão do Rio Almada e das condições de captação serão fundamentais para o município decidir pelo fim ou continuidade do racionamento de água.

O Rio Almada responde por, aproximadamente, 70% da água que abastece os lares itabunenses. Independente do racionamento continuar ou não, a ordem é economizar. Ou viver (de novo e mais rápido) o drama da água “temperada”.

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Emasa começa a fornecer água potável, após dois meses.
Emasa começa a fornecer água potável, após dois meses.

A Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) deixou de captar água da estação de Castelo Novo, em Ilhéus, ontem (31), de acordo com o presidente da estatal, Ricardo Campos. Agora, a captação é feita somente nas estações de Nova Ferradas, em Itabuna, e Rio do Braço, em Ilhéus. Para o consumidor, significa que voltará a receber água doce, depois de mais de 60 dias.

A Emasa está captando em torno de 300 litros de água por segundo na Estação de Nova Ferradas (Rio Cachoeira). Como a vazão do Rio Almada voltou a ficar em nível suficiente para abastecer Itabuna, a captação fica em torno de 400 litros por segundo.

O anúncio oficial de que a empresa deixou de captar água com altos níveis de cloreto de sódio será feito nesta terça (2) pela empresa. Também amanhã, o presidente Ricardo Campos deverá informar se o nível de água que chegou nos rios que abastecem o sistema em Itabuna é suficiente para decretar o fim do racionamento, imposto aos itabunenses depois de quase seis meses de forte estiagem no sul da Bahia.

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Rui e Vane assinaram nova ordem de serviço em novembro (Foto Divulgação).
Rui e Vane assinaram nova ordem de serviço em novembro, mas obra ainda não foi retomada.

A ordem de serviço para a retomada das obras da Barragem do Rio Colônia, em Itapé, foi assinada há mais de dois meses pelo governador Rui Costa. Até agora, nada de máquinas, nada de operários, nada de obra.

A licitação foi vencida pela Metro Engenharia. A expectativa era de que a retomada ocorresse em, no máximo, 60 dias. Hoje, o Rio Colônia registrou nova cheia, após quase seis meses de forte estiagem no sul da Bahia.

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claudio_rodriguesCláudio Rodrigues | aclaudiors@gmail.com

 

Todos nós sabemos que a Emasa não precisa de 400 funcionários para atender bem a população. Mais de 70% do seu quadro funcional é para atender as demandas político-partidárias.

 

 

Para quebrar paradigmas, excluir vantagens, contrariar interesses e buscar o que é melhor para a comunidade é preciso coragem. Em artigo publicado neste site, o prefeito de Itabuna Claudevane Leite, não fugindo do seu script habitual, faz as lamentações de como pegou a Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa), para depois afirmar que não fará concessão – e muito menos privatização – da estatal municipal e que buscará empresas interessadas em realizar um Procedimento de Manifestação de Interesses (PMI) , sem ônus para o município, a fim de diagnosticar a viabilidade técnica e econômico-financeira da Emasa.

Todos nós sabemos que o município não dispõe de recursos para investir na melhoria do saneamento da cidade. Em qualquer período de maior estiagem, estamos condenados a sofrer com a falta d’água e consumir água salgada – quando esta chega nas torneiras.

O governador Rui Costa propôs ao prefeito a devolução da Emasa para a Embasa com a finalidade de viabilizar uma Parceria Público Privada (PPP) para investir na melhoria do saneamento de Itabuna. Pela declaração do prefeito em seu artigo, isso não vai acontecer, porque o nosso mandatário acredita que é melhor garantir os 400 empregos que existem na Emasa – para não contrariar interesses de Sindicato e de partidos políticos – a devolver a empresa para o Governo do Estado para que ocorram investimentos necessários no setor do saneamento. Todos nós sabemos que a Emasa não precisa de 400 funcionários para atender bem a população. Mais de 70% do seu quadro funcional é para atender as demandas político-partidárias.

A Emasa é um grande cabide de emprego, não só nessa gestão, como nas anteriores. Vão questionar: “você quer pagar uma tarifa cara?” Respondo: prefiro pagar uma tarifa cara e ter o líquido precioso na torneira do que pagar barato e não ter – se bem que nossa tarifa não é tão barata assim. Pagamos taxa de esgoto e o mesmo corre “a céu aberto”. O Rio Cachoeira recebe todos os nossos dejetos sem o menor tratamento, as estações elevatórias de esgoto estão abandonadas. Enquanto o sistema de saneamento estiver sobre o controle do município, essa situação não mudará. Para solucionar essas questões é preciso coragem. Muita coragem.

Cláudio Rodrigues é jornalista e empresário.

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Vane audiência no TRT foto LoriClaudevane Leite

 

 

Não privatizaremos a Emasa, não faremos uma concessão da empresa. O que estamos buscando é uma parceria que traga recursos necessários para o avanço do sistema, que garanta o emprego dos servidores, que não represente aumento na tarifa e que ofereça um serviço de excelência à sociedade.

 

 

Ao assumirmos a Prefeitura de Itabuna encontramos a Emasa falida. Mais de R$ 20 milhões em débitos com a concessionária de energia elétrica, pendências junto ao INSS, PIS/PASEP e FGTS, salário dos servidores atrasados, dívidas com fornecedores (a apenas uma empresa mais de 2 milhões de reais), oito anos em débito com aluguéis de imóveis, inclusive de sua sede administrativa, e uma cidade sem nenhum percentual de esgoto tratado.

Atualmente 25% do que a empresa arrecada e que poderiam estar sendo aplicados em novos investimentos são utilizados para pagar débitos de administrações passadas. Mesmo assim, estamos salvando a empresa e fazendo o que é possível para investirmos em saneamento. Hoje já contamos com 14 por cento de esgoto tratado e trabalhamos, com recursos já garantidos, para chegarmos ao final de 2016, com o índice de 25 por cento. Mas, reconheço: há limitação para novos investimentos.

A cidade sente, mais uma vez, o drama da falta de água. Um problema antigo. Tão antigo quanto a necessidade de investimentos no sistema público de água e esgoto do município. Aliado a estas questões, vivenciamos a pior crise hídrica na história desta região, resultado de uma estiagem prolongada e sem perspectiva de chegar ao fim. A falta d´água, além de atingir a população, compromete novos investimentos públicos e privados, e o funcionamento das indústrias instaladas na cidade, por exemplo.

Desde o início do nosso mandato buscamos recursos federais para investir no setor. Apresentamos diversos projetos em Brasília, mas não conseguimos sensibilizar as autoridades para a importância deste investimento. Estamos trabalhando em novos caminhos.

Esta semana lancei um Chamamento Público para Procedimento de manifestação de Interesses visando à realização de estudos que demonstrem a viabilidade técnica, econômico-financeira da empresa. Também de nova modelagem jurídica e institucional adequada para subsidiar a implantação de um novo modelo de gestão dos serviços públicos de saneamento básico, inclusive o fornecimento de água e esgotamento sanitário no Município de Itabuna.

A Emasa precisa se modernizar para prestar um serviço de excelência e oportunizar condições técnicas para que a população futuramente não enfrente os mesmos problemas de desabastecimento e de oferta de água com excesso de cloretos como ocorre atualmente, consequência da falta de planejamento já referida, baixa reservação e escassez nos mananciais dos rios Cachoeira e Almada que, além de Itabuna, fornecem água a outros municípios nas duas bacias hidrográficas, que enfrentam situação semelhante à nossa.

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