UFSB tem predominância de mulheres nas entradas de 2º ciclo
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A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) publicou, nesta segunda (8), os resultados de estudo sobre a ocupação de vagas por mulheres nos cursos de segundo ciclo da instituição. Os números se referem ao período de 2019 e 2020.

A cada dez novas matrículas no segundo ciclo, seis são de mulheres, com destaque para a área das Engenharias. A média nacional aponta uma ocupação de pouco mais de 37% das vagas por mulheres, enquanto na UFSB, a média está em torno de 50% nas últimas entradas. A UFSB tem no comando uma mulher, a reitora Joana Guimarães.

Segundo Sandro Ferreira, Pró-Reitor de Ações Afirmativas (Proaf), apesar dos dados nacionais, que apontam um crescimento proporcional de mulheres mesmo nas Ciências Exatas, a reprodução de estereótipos de gênero em algumas áreas de conhecimento ainda persiste. Segundo ele, essa reprodução impacta, inclusive, na capacidade destas áreas em produzir conhecimentos científicos que reconheçam direitos e saberes próprios das mulheres.

“A avaliação destes estudos, e de suas expressões no cotidiano acadêmico da UFSB, passa a ser uma tarefa central para que os objetivos de inclusão e promoção da diversidade definidos em nossos documentos e resoluções sejam alcançados”. Para conferir a íntegra do estudo, clique aqui.

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Reunião do Conselho Universitário aprovou reserva de vagas para cotistas ||Foto Saulo Carneiro
Reunião do Conselho Universitário aprovou reserva de vagas para cotistas ||Foto Saulo Carneiro

Saulo Carneiro | Interdisciplinar de Humanidades da UFSB

O Conselho Universitário da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) aprovou, na manhã desta sexta-feira (1º), as regras que estabelecem a reserva de vagas nos cursos de segundo ciclo. Foi deliberado por 15 votos a 0, o percentual de 75% de reserva de vagas para estudantes de escolas públicas, pretos, pardos, indígenas, populações de comunidades tradicionais e pessoas transexuais.

Com a aprovação, a universidade consolida as propostas apontadas em seu plano orientador de promover a integração social e desenvolvimento nas regiões sul e extremo sul da Bahia. A UFSB passa a ser a universidade federal com maior percentual de cotas no país, além de inovar e incorporar diversos grupos étnicos e sociais em sua política de ações afirmativas.

Os cursos de segundo ciclo serão ofertados em três campi diferentes, Itabuna, Porto Seguro e Teixeira de Freitas. Serão oferecidos cursos como Medicina, Direito e Engenharias. A universidade, que tem em sua proposta um regime de ciclos, formará a primeira turma dos bacharelados interdisciplinares – que compreendem o primeiro ciclo – no final deste ano. Os estudantes ingressaram no ano de 2014 e até o final de 2017 migrarão para os cursos do segundo ciclo.

Para a estudante Jessica Taís Barreto Jorge, que comemorou a decisão da universidade, a “aprovação de 75% é de extrema importância, por garantir que os estudantes cotistas da UFSB migrem para o segundo ciclo, uma vez que os cotistas são a maioria dos estudantes da Universidade e da região”.

Apesar de serem a maioria na Universidade, sem as cotas poderia não refletir o percentual na migração para o segundo ciclo, principalmente nos cursos mais concorridos e elitizados como Medicina. Isso, porque, durante a formação do primeiro ciclo, exige-se uma série de bagagens que os cotistas em sua maioria não tiveram acesso na sua formação escolar. Na avaliação da comunidade acadêmica, isso refletiria em menores notas quando comparado aos demais.

Portanto, “o piso de 75% contribui com a igualdade social e, consequentemente, com o desenvolvimento social da região. O percentual garante o acesso dos estudantes de escola pública, baixa renda, negros, índios, pardos e de comunidades tradicionais da região tenham acesso à educação superior pública de qualidade”.