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Do G1

O Ministério da Educação divulgou nesta segunda-feira (31) as regras de inscrição para o Programa Universidade para Todos (ProUni) de 2013, que oferece bolsas de estudo em instituições particulares de ensino superior. A portaria nº 27 foi publicada no Diário Oficial da União.

De acordo com a portaria, os prazos de inscrição, seleção e matrícula serão divulgados em um novo edital, previsto para o início de janeiro de 2013. Neste edital também serão divulgadas o número de bolsas.

A principal novidade é a mudança da nota mínima exigida. Agora, os candidatos devem ter atingido a média geral de 450 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para concorrer à bolsas do ProUni. No ano passado, a exigência era de 400 pontos. Participantes que tiraram nota zero na redação também não poderão participar.

As bolsas serão divididas em duas modalidades: integrais e parciais. A integral custeia todo o valor da mensalidade e é destinada a candidatos que tenham renda familiar de até 1,5 salário mínimo. Já a parcial custeia 50% da mensalidade e é oferecida para quem possui renda familiar entre 1,5 e 3 salários mínimos.

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enem 2012 2Mais de 3,2 milhões de estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2012 acessaram suas notas no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) até as 17h de hoje (29). O número representa quase 80% dos 4,1 milhões de alunos que fizeram as provas.

Os candidatos podem visualizar os resultados individuais por área de conhecimento e a nota da redação informando o número de inscrição e a senha usada no ato do cadastro ou ainda o CPF e a senha, informa a Agência Brasil.

Com a nota do Enem, os estudantes podem concorrer a uma das 129,2 mil vagas oferecidas em universidades e nos institutos federais de ensino superior por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O período de inscrições vai de 7 a 11 de janeiro de 2013, exclusivamente pela internet.

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Enem é porta de entrada para a Uesc.
Enem é porta de entrada para a Uesc.

O Ministério da Educação divulgou nesta sexta, 28, as notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2012. O candidato pode acessar o resultado na página do Enem, bastando informar número de inscrição no exame e a senha ou CPF.

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As notas habilitam o estudante a concorrer a 129.279 vagas em cursos superiores em instituições federais e estaduais, a exemplo da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), no sul da Bahia, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), cujo período de inscrição será aberto no dia 7 de janeiro.

As notas também são utilizadas para estudante disputar vagas em instituições privadas no Programa Universidade para Todos (Prouni), além de certificação do Ensino Médio e estar apto a concorrer a financiamento do Fies.

Cronograma do Sisu (1º Semestre)

7/01 a 11/01 – Período de inscrições
14/01 – Resultado da primeira chamada
18/01 a 22/01 – Matrícula da primeira chamada
28/01 – Resultado da segunda chamada
28/01 a 08/02 – Prazo para participar da Lista de Espera
01/02 a 05/02 – Matrícula da segunda chamada
18/02 – Convocação dos candidatos em lista de espera pelas instituições

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O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta quinta, 27, relação de 4.370 cursos de nível superior que tiveram reconhecimento renovado. Na lista, estão cursos de instituições privadas de Itabuna. Os cursos são os de licenciatura em Educação Física, oferecido pela Unime, e de Sistema de Informação, da FTC.

A portaria 286/2012 determina que a FTC pode oferecer até 100 vagas por ano neste curso. Já a Unime, foi autorizada a ofertar o máximo de 400 vagas em Educação Física.

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O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) vai oferecer 129.279 vagas em 3.751 cursos de 101 instituições públicas de ensino superior. As informações já estão disponíveis aos candidatos no site do sistema. A ferramenta foi criada pelo Ministério da Educação (MEC), em 2009, para unificar o processo de seleção de universidades e institutos federais de ensino.

As vagas serão preenchidas por estudantes que prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e obtiveram nota maior que zero na redação. O sistema entra no ar a partir do dia 7 de janeiro de 2013.

De acordo com o cronograma do Sisu, publicado ontem (26) no Diário Oficial da União, as inscrições vão até as 23 horas e 59 minutos do dia 11 de janeiro de 2013 (horário de Brasília) e devem ser feitas exclusivamente pela internet, no portal do Sisu. Para a seleção do primeiro semestre de 2013 valerá a nota do Enem 2012, cuja divulgação, segundo o MEC, será feita amanhã (28).  Da Agência Brasil.

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O Ministério da Educação divulgou nesta quarta, 26, o cronograma de inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). O prazo será aberto no dia 7 de janeiro próximo e será encerrado às 23h59min do dia 11 (Horário de Verão). O cronograma foi divulgado no Diário Oficial da União, hoje.

Podem se inscrever no Sisu candidatos que não zeraram a prova de redação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012. Os inscritos se habilitam a vagas de graduação em universidades e institutos federais de ensino superior, desde que observadas as notas de corte para o curso desejado.

A inscrição no Sisu também é indispensável para quem deseja vaga na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), no sul da Bahia. As notas utilizadas pelos aluno serão as do Enem 2012, cujo resultado está previsto para ser divulgado na próxima sexta, 28.

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O Ministério da Educação divulgou nesta quarta, 19, no Diário Oficial da União, a lista dos cursos de nível superior suspensos por baixo rendimento no Conceito Preliminar de Curso (CPC) em 2008 e 2011.

O CPC avalia desde a infraestrutura e o corpo docente do curso ao rendimento dos alunos no Enad. São 200 cursos na lista e mais de 38 mil vagas cortadas por decisão do MEC e do Conselho Nacional de Educação.

A lista de suspensos traz cursos de instituições como Universidade Federal da Bahia (Ufba), Universidade de Salvador (Unifacs) e Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC/Salvador). Confira a lista completa

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Heloisa Cristaldo | Agência Brasil

ensino diplomaO Ministério da Educação anunciou hoje (18) a suspensão do vestibular de 207 cursos de instituições de ensino superior de todo país, nas áreas de engenharia, exatas, tecnologia e licenciatura (formação de professores). A lista dos cursos será divulgada no Diário Oficial da União de amanhã (19).

Os cursos obtiveram notas 1 ou 2 (em uma escala até 5) e foram reprovados duas vezes consecutivas no Conceito Preliminar de Cursos (CPC), que é divulgado anualmente pelo ministério e leva em consideração os resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), a qualidade da infraestrutura, do projeto pedagógico e dos professores – como quantidade mínima de um docente em tempo integral.

Do total de 6.083 cursos avaliados (da rede federal e privada), 672 tiveram desempenho insatisfatório no CPC em 2011, sendo 124 de instituições federais e 548 de particulares.

Para as instituições com cursos que tiveram baixo desempenho, o MEC impôs a assinatura de um termo de compromisso para acabar com as deficiências, visitas in loco de especialistas para conferir o cumprimento do acordo e o bloqueio da oferta de mais vagas nos vestibulares.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que a medida visa a evitar que estudantes ingressem em cursos sem condições de oferecer preparação para a carreira profissional e coibir o funcionamento de instituições com baixa qualidade. “Seremos cada vez mais rigorosos com o padrão de qualidade”, disse. Leia Mais

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A sul-baiana Uesc teve bom desempenho no IGC do MEC ao obter conceito 4.

O Ministério da Educação divulgou o índice que mede a qualidade do ensino superior no País, o IGC (Índice Geral de Cursos). Nenhuma universidade baiana conseguiu atingir o conceito máximo, 5, mas quatro delas estão obtiveram conceito 4, considerado bom.

São elas as universidades federais da Bahia (Ufba) e do Recôncavo Baiano (UFRB) e a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), além da Unime, que é privada. A FTC de Itabuna obteve conceito 3, considerado satisfatório pelo MEC. A escala vai de 1 a 5.

Foram avaliados  8.665 cursos em todo o País. Os índices são obtidos por meio de avaliações de estrutura e formação do corpo docente e a média dos alunos dos semestres iniciais e dos finais.

De acordo com análise do ministro da Pasta, Aloizio Mercadante, “houve evolução na qualidade da educação superior brasileira nos últimos anos”.

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Ingresso em cursos de graduação na Uesc agora é só pelo Enem-Sisu.

A Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) aderiu ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para preencher as 1.600 vagas de graduação oferecidas em 2013. Para ingressar num dos 33 cursos de graduação oferecidos pela instituição de ensino superior classificada como a segunda melhor da Bahia pelo ranking universitário Folha, o candidato não se submeterá mais ao tradicional vestibular feito pela instituição. O funil agora é outro, o Enem.

A maratona de provas começa hoje e vai até amanhã, dias 3 e 4, em todo o país. Após as provas e a depender do rendimento no exame, o aluno se inscreve no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para concorrer a vagas nos cursos da instituição sul-baiana (entenda acessando aqui). Já em 2012, 50% das vagas foram oferecidas a quem fez o exame do Ministéiro da Educação no ano passado.

São quase 5,8 milhões de inscritos no Enem em busca da oportunidade de acesso às vagas nas universidades públicas e em busca das melhores notas para ingresso nas faculdades particulares por meio do ProUni.

PROVA COMEÇA ÀS 12H NA BAHIA

O estudante deve ficar ligado no horário de início do exame. Na Bahia e demais estados fora do Horário e Verão, a peleja começa ao meio-dia (horário local).

O universo de inscritos no estado de Todos os Santos é o terceiro maior do Brasil (421.731), perdendo apenas para São Paulo (932.493) e Minas Gerais (653.074), conforme o Ministério da Educação.

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Uesc obtém renovação de curso de Agronomia por mais cinco anos.

O Conselho Estadual de Educação (CEE) renovou o reconhecimento do curso de bacharelado em Agronomia da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) por mais cinco anos. De acordo com a comissão do CEE responsável pelo parecer, o curso da Uesc está consolidado e funciona “com padrões satisfatórios de qualidade”.

Conforme relatório, 96,9% do corpo docente tem mestrado ou doutorado, “o que representa taxa muito satisfatória” e fortalece as atividades de pesquisa e de extensão, no entendimento da comissão do conselho estadual.

O parecer do Conselho Estadual de Educação aponta, no entanto, que houve ampliação dos laboratórios, mas parte deles ainda necessita de “equipamentos e principalmente de técnicos de laboratório”.

Outra crítica relacionada à estrutura é a distância entre o campus da Uesc e a fazenda mais próxima para as atividades práticas. A Fazenda Almada está a 58 quilômetros do campus. O conselho também recomendou reforço em projetos de pesquisa e extensão que minimizem os índices de evasão de alunos

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Felipe de Paula | felipedepaula81@gmail.com

Se nossa nova universidade vai ser uma Universidade Nova, pode ser uma decisão política, mas a instituição vai ser construída de fato a partir da apropriação popular.

Ouvir alguém afirmar que a lógica do vestibular é perversa faz parte do cotidiano de muitos. De fato, a universidade acaba exigindo dos jovens a escolha de um caminho profissional em um momento em que isso ainda não é adequado. Além disso, o processo seletivo acaba historicamente privilegiando uma lógica de ensino/aprendizagem pautada numa reprodução de conceitos que nem sempre são plenamente dominados pelo estudante. Contudo isso está mudando. Hoje se fala em uma nova universidade.

A ideia de reformular o ensino superior brasileiro está longe de ser nova. Na década de 30, o educador baiano Anísio Teixeira propôs uma forma diferenciada de pensamento a respeito da universidade brasileira. Hoje, suas ideias inspiram um novo movimento: a Universidade Nova.

O objetivo básico da Universidade Nova, atrelada ao Reuni, é a reestruturação curricular dos programas de formação universitária. A ideia é a implantação dos Bacharelados Interdisciplinares, com três anos de duração e definidos em quatro áreas básicas: Artes, Ciência e Tecnologia, Humanidades e Saúde. Ou seja: o aluno entra na universidade em um Bacharelado Interdisciplinar da área de Artes.

Durante três anos, ele cursa disciplinas básicas, de formação generalista que o permita obter uma base universitária. Daí por diante, ele tem a opção de seguir para uma área profissionalizante mais específica. Há a chance de migração de setor de estudos já dentro da universidade. Tudo isso realizado com a base interdisciplinar, com o estudante tendo uma amplitude de informações mais variada.

Os críticos a esta proposta apontam que ela contribui para a precarização do ensino superior. O aumento da relação aluno/professor, a pressão pelo alcance de uma meta de aprovações quantitativa e o acréscimo de investimento financeiro incompatível com o aumento de matrículas são alguns dos pontos destacados nas apreciações negativas.

Aqueles que são favoráveis focam seus argumentos na necessidade de se readequar o ensino superior a uma nova realidade contemporânea, sobrepujando problemas de acesso, mobilidade e permanência. Citam também a adoção da interdisciplinaridade com algo positivo para se evitar a fragmentação do ensino e a conseqüente escolha prematura de carreiras.

O que parece ser inquestionável nesse imbróglio é a ideia de que o mundo contemporâneo é marcado pela imprevisibilidade e flexibilidade. A sociedade do conhecimento traz a necessidade de uma relação constantemente atualizada com o saber e os modelos para o ensino superior demandam debates que possibilitem a obtenção de uma prática condizente com a realidade que vivemos.

A futura implantação da Universidade Federal do Sul da Bahia irá adotar esse modelo. Diante disso, os interessados nos encaminhamentos da educação federal superior de nossa região devem buscar se apropriar dessa discussão. Os rumos do desenvolvimento regional, através da formação de milhares de jovens sul baianos, passam diretamente por esse debate. Se nossa nova universidade vai ser uma Universidade Nova, pode ser uma decisão política, mas a instituição vai ser construída de fato a partir da apropriação popular.

Felipe de Paula é professor universitário federal.

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Ranking divulgado pela Folha de São Paulo neste final de semana coloca a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) em 55º entre as 188 melhores universidades brasileiras. A melhor situada no levantamento é a Universidade Federal da Bahia (Ufba), em 12º lugar.

Para elaborar o ranking, o Datafolha, do Grupo Folha, entrevistou 587 pesquisadores do Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e 1.212 diretores de recursos humanos e instituições brasileiras.

Foram avaliados os itens qualidade da pesquisa, qualidade do ensino, avaliação do mercado e indicador de inovação. O ranking é liderado pela Universidade de São Paulo (USP) com 98,78 pontos.

Na Bahia, a Ufba atinge 72,33 pontos, a Uesc chega a 44,82. Ainda no estado, aparecem a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), com 42,76 (60ª) e 41,72 (61ª), respectivamente.

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) aparece em 83º ao atingir 33,25 pontos. A Universidade Estadual da Bahia (Uneb) soma 29,16 pontos e obtém o 98º lugar.

Dentre as privadas, a Universidade Católica aparece em 146ª posição com 16,56 pontos. A melhor colocada é a Universidade Salvador (Unifacs) com 30,04 pontos e o 96º lugar.

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A 30ª colocação obtida pelo curso de Direito da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) na última edição do exame nacional da OAB foi comentada pela reitora Adélia Pinheiro.

Ao PIMENTA, Adélia afirmou que os resultados positivos “devem ser creditados à qualidade do corpo docente” e “ferramentas práticas nas unidades da rede judiciária”.

A reitora da Uesc acrescentou o acervo bibliográfico que o curso dispõe, além da estrutura física como fatores que explicam a média de aprovação da universidade no exame nacional .

O curso figurou em 30º lugar ao conseguir aprovar40 dos 83 alunos e egressos que participaram do 7º Exame Unificado. A aprovação atingiu 48,19%.

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Felipe de Paula | felipedepaula81@gmail.com

Cotidianamente é “vendida” a ideia de que o sucesso está diretamente vinculado a posse de um diploma superior. Jovens chegam à universidade sem dominar conhecimentos mínimos essenciais para sua permanência.

Na última semana, as universidades federais completaram três meses de greve. O movimento de paralisação é um dos maiores da história em adesão. Independente de se discutir as demandas da mobilização, que se centram na reestruturação da carreira docente e na reposição das perdas salariais acumuladas, é interessante refletir sobre a realidade do ensino superior federal.

Quais os caminhos administrativos que têm sido tomados para a educação pública? Quais as vivências que os jovens estão sujeitos em seu processo formativo? Essas e outras questões podem lançar uma luz sobre um espaço fundamental para o desenvolvimento do país e que nem sempre recebe o tratamento adequado.

O Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), criado em 2007, estabeleceu uma ampliação da quantidade de vagas nas universidades sem precedentes. As vagas foram interiorizadas. Milhares de jovens puderam iniciar seus estudos nas suas cidades de origem. Aquilo que, na teoria, pareceria genial, se constituiu em uma realidade problemática. Se as vagas cresceram, os investimentos não foram proporcionais. Políticas de permanência são insignificantes, os campi interiorizados enfrentam precariedades diversas, a qualidade do ensino/aprendizagem cai consideravelmente.

Para quem vivencia cotidianamente a realidade de um campi interiorizado, a percepção dos investimentos feitos mostra-se cruel. Percebo que a falta de estrutura impacta não apenas na qualidade do serviço oferecido. Outro número cresce assustadoramente: a evasão. Jovens dedicam seus esforços para cursarem uma universidade e saem dela antes da sua formatura. É habitual encontrá-los com a auto-estima destruída por sentirem que são incapazes de encarar aquele espaço. Sentem-se limitados, diminuídos. Investir em educação superior deve proporcionar aumento no número de matrículas ou jovens capacitados?

Campi são abertos em regiões com índices sofríveis na educação de base. Cotidianamente é “vendida” a ideia de que o sucesso está diretamente vinculado a posse de um diploma superior. Jovens chegam à universidade sem dominar conhecimentos mínimos essenciais para sua permanência. Não dispõem de bibliotecas equipadas e muito menos de recursos para adquirirem livros. O transporte público inexiste: estudantes viajam espremidos em vans com 20, 22 passageiros. Não há residência universitária, lanchonetes, restaurantes universitários. Resultado? Turmas formadas com 40, 50 jovens, três semestres depois contam com 12, 13 alunos.

O sul da Bahia vivencia a futura implantação de uma universidade federal. Também interiorizada, fruto das políticas de expansão adotadas pelo governo federal. A população deve se sentir responsável por uma instituição que tem entre suas funções a de colaborar com o desenvolvimento regional. A educação, infelizmente, é vista por muitos como apenas um espaço para fornecer diplomas. É mais do que isso. É um espaço destinado ao estímulo da reflexão, da crítica, da ação rumo à criação e a mudança da realidade estabelecida. Provavelmente por esse motivo, recebe tão pouca atenção dos gestores. Uma instituição forte gera um povo forte.

Aprender com os equívocos vivenciados anteriormente pode colaborar com uma instituição que seja aquilo que ela realmente deve ser: pública, gratuita e de qualidade.

Felipe de Paula é professor universitário federal.