A estátua do bandeirante Borba Gato ardendo no fogo da justiça histórica
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Queimamos por justiça, cumprindo a missão civilizatória de extirpar da face da Terra, com o fogo sagrado, os ídolos do mal.

Thiago Dias

No arranjo discursivo da nossa moralidade política, a piromania não precisa de autoindulgência para se legitimar. Queimamos por justiça, cumprindo a missão civilizatória de extirpar da face da Terra, com o fogo sagrado, os ídolos do mal.

No calor da tarefa, não cogitamos pleitear, por meios democráticos, a remoção da estátua do bandeirante Borba Gato para um museu, instituição que também nos acostumamos a queimar.

Afinal, a expressão da nossa iconoclastia não cabe nos instrumentos da superestrutura burguesa – ela requer atitude!

O fogo no galpão da Cinemateca é diferente do nosso. Tem um quê de projeto político de destruição da cultura inimiga. Nem de longe lembra o fulgor revolucionário das nossas chamas.

A história nos autoriza a queimar, somos piromaníacos das causas justas.

Thiago Dias é repórter e comentarista do PIMENTA.

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roberto joseO presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (Ficc), Roberto José, enviou mensagem a este blog, na qual comenta a nota sobre o abandono da estátua do escritor Jorge Amado (leia nota e comentário aqui).

Segundo Roberto, a Ficc aguardou a finalização de perícias e irá restaurar a estátua em breve, porém a mesma terá que ficar  no interior da “Casa de Jorge Amado”, em Ferradas. Ele afirma que especialistas desaconselharam a exposição da escultura ao ambiente externo. O material seria bastante vulnerável ao desgaste, em função de ter sido feito com resina.

Ainda de acordo com o presidente, haverá um concurso entre artistas locais a fim de escolher uma nova escultura para a entrada de Ferradas, onde em janeiro a estátua de Jorge foi vítima de vândalos. O presidente da Ficc ressalta que a perícia confirmou somente que a obra foi alvo de pedradas, mas não de tiros.