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Procuradores querem indenização milionária
Procuradores denunciam fábrica por colocar trabalhadores em risco

Procuradores do Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT) ingressaram com ação na justiça pedindo que a empresa Eternit seja condenada a pagar R$ 225 milhões por danos morais coletivos e pare de utilizar amianto na produção de telhas e tanques. De acordo com o MPT, foi constatado grave risco à saúde de funcionários da unidade da empresa em Simões Filho, além de riscos ambientais.

O MPT informou que numa audiência na terça-feira (17), os advogados da empresa demonstraram interesse de fazer um acordo, acenando com possibilidade da substituição do amianto por outros produtos na linha de produção da fábrica baiana. O juiz titular da 2ª Vara do Trabalho de Simões Filho, George Santos Almeida, deu prazo de 15 dias para a Eternit apresentar proposta para que o MPT possa se pronunciar.

A ação é assinada por cinco procuradores, sendo três lotados na Bahia, Pacífico Rocha, Marcelo Travassos e Luís Carneiro, e dois que integram o programa nacional de banimento do amianto no Brasil do MPT, Luciano Leivas e Márcia Kamei. Eles participaram das inspeções à unidade da Eternit em Simões Filho realizadas em novembro do ano passado e em agosto deste ano.

O MPT informou que, nas duas ocasiões, os peritos do MPT e os procuradores encontraram diversas situações que comprovam que não há limite seguro para o uso de amianto na indústria, já que as partículas do asbesto (nome técnico da substância) se desprendem e cobrem toda a área da fábrica, podendo ser aspirada e contaminando roupas, utensílios e o meio ambiente. Também houve flagrantes de descarte de sobras de amianto em um córrego que passa próximo à fábrica e diversa situações de transporte da substância sem os devidos cuidados.

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