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Antônio Lopes traz seleção pessoal de textos em A bela assustada

A bela assustada, uma seleção pessoal de textos de Antônio Lopes, está sendo posta no mercado de livros pela editora itabunense A5, a partir deste mês. Com 260 páginas, a seleção recupera trabalhos publicados pelo cronista bueraremense em jornais e livros, e acrescenta vários textos inéditos.

Na apresentação, a professora Evelina Hoisel, titular de Teoria da Literatura da Universidade Federal da Bahia (UFBA), ex-diretora do Instituto de Letras da UFBA e coordenadora da Pós-Graduação do Programa de Letras e Linguagem (PPGLL), ex-presidente da Associação Brasileira de Literatura Brasileira (Abralic) e da Academia de Letras da Bahia, destaca:

São muitas as estratégias escriturais do cronista Antônio Lopes,
intérprete voraz de obras literárias e artísticas. Impressiona a argúcia
com que ele articula a matéria vivida em relatos engenhosamente
construídos, recorrendo ao diálogo com um variado repertório de
escritores, de artistas, de obras literárias, cinematográficas e musicais.

Para Marcel Santos, diretor da A5, “editar Antônio Lopes, justamente num livro-síntese de sua obra, é coisa que extrapola o campo dos negócios e se confunde com o prazer. Fico muito feliz por ele ter dado essa prova de confiança ao nos escolher para publicar sua antologia pessoal”. Segundo Marcel, com A bela assustada a A5 encampa um  projeto editorial ousado, imaginado por Lopes e executado por Ulisses Góes, projeto que, além do conteúdo literário, surpreende pela forma como foi concebido e executado, numa homenagem ao escritor argentino (nascido na Bélgica) Julio Cortázar, mas sem perder de vista uma plêiade de comunicadores regionais, pessoas a quem o autor respeitosamente lembra e saúda.

Bem humorado, Lopes diz supor que, “às vésperas dos 80 anos e, estatisticamente, de dar o suspiro derradeiro”, este será seu trabalho final, marco do limite da criação, uma espécie de despedida. A bela assustada seria, visto desse curioso ângulo proposto pelo autor, uma espécie de canto de cisne, o aprontar das malas a que se referiu o poeta famoso.

“Velho, desempregado, um tantinho preguiçoso e acometido por mazelas próprias da idade, decidi me despedir em grande estilo: pela lei das probabilidades, após esse lançamento, ocorrerá, ainda sem data e horário marcados, meu dilúvio pessoal. Enquanto seu lobo não vem, é louvar a vida (ou que dela resta), apesar da aspereza destes tempos”, resume o cronista. O livro está à venda no site www.a5editora.com.br – contato@a5editora.com.br.

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A partir da esquerda, Antônio Lopes, Aramis Ribeiro Costa, Evelina Hoisel e Gerana Damulakis

O escritor itabunense Hélio Pólvora, falecido em 26 de março de 2015, recebeu importante homenagem no urso Castro Alves de Literatura da Academia de Letras da Bahia (ALB), na quarta-feira (4), em Salvador.
A solenidade foi realizada num dos auditórios do Solar Góes Calmon, sede da ALB, em Nazaré, perante um público formado por familiares de Hélio (entre os quais a viúva Maria Pólvora e Hélio Jr.), estudantes, intelectuais e amigos do escritor.
A obra literária do autor de Os galos da aurora foi na alisada por três convidados. Pela ordem de apresentação: Antônio Lopes falou sobre a crônica (“Entre o vivido e o imaginado”), Aramis Ribeiro Costa, sobre o conto (“O singular contista”) e Gerana Damulakis discorreu sobre o romance (tendo por tema “o romance como consequência”).
A sessão foi presidida pela presidente da ALB, a escritora Evelina Hoisel, ficando a organização geral do encontro a cargo do acadêmico Aleilton Fonseca e da professora de literatura Rosana Patrício.