Emasa usa caminhões-pipa no reabastecimento de casas após quebra de adutora
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A Emasa está priorizando o reforço nas manobras de abastecimento e o apoio no fornecimento de água com caminhões-pipa, garantiu o presidente da empresa municipal, Raymundo Mendes Filho. A região do São Caetano, segundo ele, foi a mais afetada pela quebra de uma adutora de 550 milímetros no Jardim Vitória a cerca de 10 dias. O quebramento, explica, atrasou as manobras de abastecimento.

Várias localidades reclamam que está há mais de 20 dias sem água. Após o reparo na rede, observa o dirigente, o abastecimento está sendo retomado de forma gradativa. A empresa contratou caminhões-pipa para auxiliar no fornecimento de água nos pontos onde a retomada do abastecimento demandará um pouco mais de tempo.

– Como ainda operamos com manobras, uma espécie de rodízio, com o quebramento da adutora, ocorre atrasos no abastecimento. Estamos trabalhando para reduzir esse atraso, principalmente nos bairros da região do São Caetano, que foram os mais afetados com esse rompimento. A Emasa está priorizando o abastecimento tanto com o reforço nas operações de manobra, quanto com o apoio de caminhões-pipa – afirmou.

MAIS ÁGUA

Ainda de acordo com Mendes Filho, a Prefeitura de Itabuna e a Emasa estão atuando “de forma conjunta para solucionar em definitivo o problema crônico do abastecimento de água na cidade, com a implantação do Projeto Mais Água para a Cidade que vai eliminar o fornecimento de água intermitente”.

O município investe cerca de R$ 26 milhões no Projeto Mais Água para a Cidade, com implantação de 6 quilômetros de rede adutora e 2 quilômetros de rede de distribuição. “Já foram implantados quase 50% de rede adutora e 600 metros de rede de distribuição”, disse.

A segunda etapa do projeto, afirma, prevê a construção de dois grandes reservatórios, um com capacidade para reservação de 5 milhões de litros de água, no Loteamento Dilson Cordier, e outro, no Bairro Novo Lomanto, com 3 milhões de litros de água. A previsão é que o projeto seja entregue no primeiro semestre do próximo ano. Com a conclusão das obras, 140 mil pessoas de 36 bairros serão beneficiadas passando a ter água todos os dias em suas torneiras.

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Abastecimento de água começará a ser regularizado na quarta-feira

Uma adutora que abastece bairros da região do São Caetano, em Itabuna, rompeu nesta terça-feira (11). O rompimento ocorreu na cabeceira da ponte Governador César Borges, que liga o Centro e São Caetano.

A previsão da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) é de que o serviço seja concluído até o final da tarde de hoje. Os bairros que seriam abastecidos hoje devem ter serviço regularizado somente na noite de amanhã (12).

Segundo levantamento da Emasa, o rompimento da adutora afetará o abastecimento nos bairros São Caetano, Banco Raso, Sarinha Alcântara, Novo São Caetano, Jardim Primavera, Vila Anália, Núcleo Habitacional da Ceplac e Pedro Jerônimo (parte baixa), além do Loteamento Luís Eduardo Magalhães, próximo ao Complexo Policial.

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Barragem terá capacidade de reservar mais de 51 bilhões de litros d´água (Reprodução Pimenta).
Barragem terá capacidade de reservar mais de 51 bilhões de litros d´água (Reprodução Pimenta).

O governo baiano desapropriou área para assentar moradores de fazendas afetadas pela Barragem do Rio Colônia, em Itabuna. A área corresponde a 3.902,53 metros quadrados, conforme decretos simples publicados na edição de hoje (13), do Diário Oficial do Estado.

Os documentos são assinados pelo governador Rui Costa e os secretários Bruno Dauster (Casa Civil) e Cássio Peixoto (Infraestrutura Hídrica e Saneamento). A ordem de serviço para a retomada das obras da barragem foi assinada pelo governador Rui Costa no início de novembro passado, mas a previsão é de que somente em março a Metro Engenharia inicie os trabalhos. Conforme uma fonte do Pimenta.blog, a empresa alega que está refazendo o projeto e utilizará maquinário próprio, a fim de reduzir custos e executá-lo no menor tempo possível.

A Barragem do Rio Colônia é considerada essencial para regularizar a vazão dos rios Cachoeira e Colônia e abastecerá as cidades de Itapé e Itabuna. A obra tem orçamento total previsto de R$ 109 milhões, incluindo desvios de rodovia, a barragem e adutora.

Para a execução da parte da adutora, o governo baiano quer assumir os serviços de água e saneamento em Itabuna, por meio da estatal estadual Embasa, e repassar a obra para uma empresa privada, via Parceria-Público Privada (PPP). Atualizado às 12h35min.

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Karoline VitalKaroline Vital | karolinevital@gmail.com

A água fugiu das torneiras de Itabuna e o racionamento entrou para a rotina. O rio Cachoeira, cada vez com menos volume, exibe suas pedras, consequência de uma consciência rasa e uma visão míope, que não consegue ver além da resolução de problemas imediatos.

“Check-check-check-check”, é o barulho que a minha vizinha faz com a vassoura, enquanto lava a calçada. “Como sou asseada, vou deixar meu passeio um brinco”, deve pensar minha vizinha. “Vai dar até para lamber o chão”, deve imaginar, orgulhosa de seu espírito asséptico. Essa tarefa diária é cumprida com devoção. É praticamente uma beata da lavagem de calçadas. Se fosse com vassoura e balde, menos mal. Mas ela usa a mangueira, que pode gerar um gasto de até 250 litros.

A mulher executa sua tarefa admirando sem pressa as ondas formadas pela pressão do jato ao bater no chão; o arco-íris formado pela luz solar atravessando as gotículas do precioso líquido que brota da mangueira; o rastro de água e sabão que vai seguindo rua abaixo, como um delgado e perfumado rio. Depois de jogar água e sabão, capricha na fricção da vassoura, jogando ainda mais água para enxaguar e mandar toda sujeira embora, junto com sua consciência ambiental.

Bem que eu poderia dar um toque a minha vizinha, falar sobre os perigos do desperdício, como ela poderia economizar, reaproveitando a água usada na lavagem de roupas, que já vem com sabão e trocando a mangueira pelo balde. Mas a minha timidez e o medo de arrumar encrenca com quem pode tirar o meu sono literalmente, não me atrai. Contorço-me por dentro, bufo e sento na frente do computador para desabafar escrevendo esse texto.

Quando era só no distante sertão nordestino ou na exótica África , rendendo matérias jornalísticas e documentários comoventes, marejando os olhos dos espectadores por um minuto, a falta de água era quase ficção científica. Ouvi muito na minha infância que, em 50 anos, o mundo viveria uma grande estiagem e a água doce seria artigo de luxo. Mas não é que essa era resolveu chegar mais cedo?

A falta d’água só consternou o Brasil quando atingiu o seu umbigo, que é para onde todos olham. Depois que o desenvolvido Sudeste passou a conviver com a realidade dos sertanejos e africanos, soaram o alarme, buscaram culpados, investiram em campanhas educativas, sobretaxaram os perdulários domésticos.

Como escreveu Carlinhos Brown e Marisa Monte cantou, Segue o Seco. A água fugiu das torneiras de Itabuna e o racionamento entrou para a rotina. O rio Cachoeira, cada vez com menos volume, exibe suas pedras, consequência de uma consciência rasa e uma visão míope, que não consegue ver além da resolução de problemas imediatos.

Chove cada vez menos, enquanto não paramos de gastar cada vez mais. Desmatamos, poluímos, desperdiçamos. A conta chegou para pagarmos caro e não há dinheiro que resolva. Falo na primeira pessoa do plural porque ninguém pode ser excluído desta responsabilidade. Bem diferente de quando eu pedia a minha mãe para comprar o brinquedo ou a roupa da moda e ouvia como resposta: “Você não é todo mundo”. Porém, quando se trata do uso de um bem coletivo, eu sou todo mundo. Afinal, ainda não aprendi a fabricar e nem tratar minha própria água.

Karoline Vital é jornalista.

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Os moradores da Rua Pará, no Jardim Vitória, estão há dez dias sem água e pedem “pelo amor de Deus” aos dirigentes da Empresa Municipal de Águas e Saneamento (Emasa) para que atendam aos apelos.
A moradora Marise Messias diz que foram protocolados mais de uma dezena de pedidos na empresa e sempre há a promessa de que uma equipe irá atender a localidade, mas até agora…

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Luana Lourenço | Agência Brasil

Dono do maior potencial hídrico do planeta, o Brasil corre o risco de chegar em 2015 com problemas de abastecimento de água em mais da metade dos municípios. O diagnóstico está no Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água, lançado hoje (22) pela Agência Nacional de Águas (ANA). O levantamento mapeou as tendências de demanda e oferta de água nos 5.565 municípios brasileiros e estimou em R$ 22 bilhões o total de investimentos necessários para evitar a escassez.

Considerando a disponibilidade hídrica e as condições de infraestrutura dos sistemas de produção e distribuição, os dados revelam que em 2015, 55% dos municípios brasileiros poderão ter déficit no abastecimento de água, entre eles grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre e o Distrito Federal. O percentual representa 71% da população urbana do país, 125 milhões de pessoas, já considerado o aumento demográfico.

“A maior parte dos problemas de abastecimento urbano do país está relacionada com a capacidade dos sistemas de produção, impondo alternativas técnicas para a ampliação das unidades de captação, adução e tratamento”, aponta o relatório.

O diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, disse que o atlas foi elaborado para orientar o planejamento da gestão de águas no país. Segundo ele, como atualmente mais de 90% dos domicílios brasileiros têm acesso à rede de abastecimento de água, a escassez parece uma ameaça distante, como se não fosse possível haver problemas no futuro. “Existe uma cultura da abundância de água que não é verdadeira, porque a distribuição é absolutamente desigual. O atlas mostra que é preciso se antecipar a uma situação para evitar que o quadro apresentado [de déficit] venha a ser consolidado”, avalia.

De acordo com o levantamento, as regiões Norte e Nordeste são as que têm, relativamente, os maiores problemas nos sistemas produtores de água. Apesar de a Amazônia concentrar 81% do potencial hídrico do país, na Região Norte menos de 14% da população urbana é atendida por sistemas de abastecimento satisfatórios. No Nordeste, esse percentual é de 18% e a região também concentra os maiores problemas com disponibilidade de mananciais, por conta da escassez de chuvas.

O documento da ANA calcula em R$ 22,2 bilhões o investimento necessário para evitar que o desabastecimento atinja mais da metade das cidades brasileiras. O dinheiro deverá financiar um conjunto de obras para o aproveitamento de novos mananciais e para adequações no sistema de produção de água.

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A troca de um disjuntor realizada pela Coelba seria a responsável pela interrupção do bombeamento de água na estação de captação do Rio do Braço, ocorrida nas últimas 24 horas.

A causa do problema é apontada pelo presidente da Emasa (Empresa Municipal de Água e Saneamento Ambiental), Alfredo Melo. Segundo ele, a empresa não foi comunicada antecipadamente sobre a troca do equipamento e a mesma só foi identificada na tarde desta quarta-feira, 05, quando os motores da captação já haviam parado.

Com o problema, a cidade inteira ficou com apenas 50% de sua capacidade de abastecimento durante 24 horas. E a Emasa alerta que as consequências dessa falha serão sentidas nos próximos dez dias. “É que a cada hora sem bombeamento, são necessárias outras dez para regularizar o sistema”, explica o presidente.

Não é a primeira vez que a Coelba cria dificuldades para o abastecimento de água em Itabuna.

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– Empresa alega prejuízo de R$ 200 mil

– Falta de energia deixa Itabuna sem água

Alfredo: ação contra a Coelba.

O presidente da Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa), Alfredo Melo, entrou em contato com este blog e antecipou que a empresa acionará, judicialmente, a Coelba.

A constante falta de energia elétrica está deixando o itabunense sem água nas torneiras. O dirigente revelou descontentamento com a série de quedas e interrupções no fornecimento de energia elétrica nas estações de captação de Emasa. E não vê outra saída a não ser “imprensar” a Coelba.

Nesta quarta (5), por volta das 23h40min, ocorreu nova interrupção em Rio do Braço. Duas horas depois (à 01h40min), a energia ainda não havia voltado. Alfredo lembra que uma hora sem água significa outras dez horas para que seja novamente regularizado o abastecimento. É só o leitor multiplicar as duas horas sem energia para ver o efeito.

Por que o homem da Emasa está “pê” da vida? É que a interrupção de luz tem sido constante na estação de Rio do Braço. No último final de semana, observa, foram 12 horas sem água. Isso, porque a Coelba reduziu a energia enviada para a região onde a Emasa capta cerca de 80% da água consumida em Itabuna. As máquinas pararam.

Nem no verão enfrentamos situação tão difícil como agora.

A ofensiva judicial contra a Coelba ainda será submetida ao Conselho Administrativo da Emasa. A votação está prevista para a próxima sexta-feira, 7, às 7 horas. É mais provável que a empresa ingresse com a ação judicial. “Essas interrupção nos causaram prejuízos de R$ 200 mil só em abril”, revela Alfredo Melo ao Pimenta.

Engenheiro de formação, Alfredo acredita que as constantes interrupções de energia elétrica têm a ver com a falta de manutenção de todas as linhas de transmissão da Coelba, principalmente naquela região que abastece as estações da Emasa. “Nem no verão, na estiagem [ao final de 2009], enfrentamos situação tão difícil como agora”. E a situação difícil, observa, foi criada pela companhia de energia elétrica.

O dirigente não vê outra saída para reduzir a dependência do sistema de abastecimento de água em relação à Coelba que não seja a construção imediata da barragem no rio Colônia. A obra aumentaria para até 1.400 litros por segundo a capacidade de distribuição de água em Itabuna. Enquanto a obra não sai, o município se vê dependente dos (péssimos) serviços da companhia de eletricidade.

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Moradores de diversos bairros de Itabuna estão sem água nas torneiras. De acordo com a Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa), o problema se deve à paralisação do bombeamento na última quarta-feira (07), que por sua vez foi provocado pela pane no fornecimento de energia elétrica durante o temporal que atingiu a região.

O presidente da Emasa, Alfredo Melo, disse que as bombas já voltaram a funcionar, mas o atraso no abastecimento foi inevitável. Em alguns casos, a empresa está fornecendo carros-pipa, com prioridade para hospitais, abrigos e escolas.