Pesquisa VanPro detecta otimismo no mercado publicitário baiano || Imagem Divulgação
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Pesquisa VanPro, realizada pelo Sinapro-Bahia e pela Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro) com 43 agências baianas, aponta que 54% delas consideram que as perspectivas de mercado são boas para a recuperação do setor e 9% acham que são muito boas. O levantamento também aferiu que 28% consideram estáveis. Outras 7% não deram uma previsão.

Quanto ao faturamento, 56% das agências baianas conseguiram manter ou elevar seu faturamento no segundo trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2020, e 44% responderam que a receita diminuiu. Ainda sobre a receita, 40% das agências afirmaram que tiveram um aumento acima de 50%.

Entre os desafios que as agências precisam equacionar está o desequilíbrio entre demanda e remuneração. Entre as participantes do estudo, 16% avaliam que a carteira tem um equilíbrio de 70% ou mais entre demanda e remuneração; 35% responderam que o equilíbrio está entre 50% e 70%, e 23% afirmaram que está entre 30% e 50%.

A pesquisa VanPro também analisou a gestão das agências, os sistemas utilizados por elas e o desempenho das lideranças. Os dados levantados até o mês de julho de 2021 apontam que, em relação às práticas de gestão, prevalecem aquelas consolidadas e tradicionais, como o planejamento orçamentário (84%) e planejamento estratégico (53%) e acompanhamento de indicadores / KPI (37%), seguidas por aquelas que tratam da gestão de recursos humanos, como feedback gerencial (58%), avaliação de desempenho (58%), programa de remuneração variável (37%) e programa e desenvolvimento de lideranças (37%).

PERFIL DAS AGÊNCIAS 

O perfil das agências entrevistas predominante dos participantes da sondagem VanPro na Bahia é de agências full-service (98%), das quais 53% com faturamento até R$ 1 milhão; 23% entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões; 19% entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões; e 5% acima de R$ 5 milhões. A maioria das empresas têm mais de 20 anos de existência (37%) ou mais de 10 anos (37%). E 100% são associadas ao Sinapro-Bahia e 79% ao Conselho Executivo das Normas-Padrão (CENP).

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Juliano Silva, inspetor regional do TCM em Itabuna
Juliano Silva, inspetor regional do TCM em Itabuna
Vera Rocha, diretora de Planejamento da Fenapro
Vera Rocha, diretora de Planejamento da Fenapro

A dificuldade dos municípios baianos em concluir licitações na área de publicidade levou Sindicato das Agências de Propaganda da Bahia (Sinapro-Bahia) e Federação das Agências de Propaganda (Fenapro) a promoverem seminário específico, reunindo especialistas da área do Direito e técnicos do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

O evento regional em Itabuna lotou o auditório principal da Unime. “O desejo da Fenapro é fazer com que as agências se preparem para atender da melhor forma o ente público”, afirmou Vera Rocha, diretora de Planejamento da Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro).

O outro desafio é fazer com que poderes executivo e legislativo municipais elaborem editais em conformidade com a Lei 12.232, de 29 de abril de 2010. No sul da Bahia, vários municípios enfrentam dificuldades para concluir licitação na área, a exemplo da Prefeitura de Itabuna e da Câmara de Vereadores do município.

Auditório ficou lotado durante seminário
Auditório ficou lotado durante seminário

TRANSPARÊNCIA

Para o presidente da Associação dos Municípios do Sul, Extremo-Sul e Sudoeste da Bahia (Amurc) e prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio, os gestores precisam estar atentos para a realização correta do processo licitatório que visa a contratação de uma agência.

Presidente da Amurc, Tonho de Anízio, e o secretário de Comunicação de Itacaré, Ed Camargo
Presidente da Amurc, Tonho de Anízio, e o secretário de Comunicação de Itacaré, Ed Camargo

Secretário de Comunicação de Itacaré, o jornalista Ed Camargo diz que a regularização desse processo fortalece a gestão pública e dá legitimidade às ações de divulgação oficial dos próprios municípios. Ed preside o Fórum de Comunicação Municipal, instalado pela Amurc.

Especialista em licitações públicas na área de publicidade e propaganda, Alain Alan falou dos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência da gestão pública, que são exigências de processo licitatório e da gestão pública. A licitação, opina, assegura transparência aos atos de divulgação.

FOCO DE IRREGULARIDADES

O diretor adjunto da Escola de Contas, Adelmo Guimarães, diz que o papel do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA) é orientar para que os recursos públicos sejam utilizados com responsabilidade. “A administração pública tem que licitar, é uma obrigação. Então, por isso estamos fazendo a parte pedagógica, depois vem a fiscalização para verificar se os órgãos estão aplicando de forma correta”.

O inspetor regional do TCM em Itabuna, Juliano Silva, chamou a atenção das agências de publicidade no sentido de fomentar o processo licitatório com o ente público. Dentre as principais irregularidades encontradas na região de Itabuna, que abrange 34 municípios e 81 entidades e órgãos públicos, as mais recorrentes estão vinculadas às publicidade e propaganda, segundo ele.