Tempo de leitura: 3 minutos

As dificuldades de micro e pequenas empresas em conseguir acesso ao crédito oferecido pelos bancos, a partir da pandemia do novo coronavírus, foi exposta nesta terça-feira (7) por entidades à comissão mista do Congresso que analisa as ações do governo no enfrentamento da covid-19.

Segundo presidente da Confederação Nacional das Micro e Pequenas Empresas e dos Empreendedores individuais (Conampe), Ercílio Santinone, cerca de 50% desse público não têm conta bancária em nome da entidade ou da empresa. “Eles trabalham com a sua conta bancária pessoal. E outros nem pessoalmente têm conta bancária porque, em função de qualquer contratempo, perderam o seu crédito, foram negativados e ficaram sem condições de operar qualquer atividade bancária – às vezes, uma caderneta de poupança, e, às vezes, ainda, essa poupança está em nome da esposa ou de um filho para que não seja bloqueado o pouco de recursos que consegue colocar nessa conta bancária em função de tributos que nem sempre conseguiram pagar.”

Ainda segundo presidente da Conampe, a pandemia do novo coronavírus mostrou “as mazelas do segmento, como a evidência de que falta tradição em operações bancárias”. “Estamos vendo ainda que toda essa linha de crédito não conseguiu chegar à microempresa ou ao MEI [microempreendedor individual]”, disse Santinoni.

Segundo ele, o crédito tem chegado à pequena empresa ou a que tem “um pouco mais de faturamento” e possui tradição bancária e não tem sócios no negativo. “Então, foi feita uma seleção de pequenas empresas que já operavam com o banco e essas conseguiram acessar o crédito. Aquelas que não operavam com o banco ou que não tinham tradição, não tinham feito empréstimos, não tinham limite pré-aprovado, essas não têm conseguido os recursos”, afirmou Santinoni.

CRÉDITO NAS COOPERATIVAS

Pelas cooperativas, Ênio Meinen, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), destacou que na comparação do intervalo de abril a junho deste ano, período agudo da pandemia, com o mesmo intervalo de 2019, a carteira de crédito das cooperativas para esse público teve uma expansão próxima de 30%. “A explicação basicamente tem a ver com o fato de os empresários reunirem uma dupla condição: eles são clientes e donos ao mesmo tempo das cooperativas. Essa circunstância, além de facilitar o acesso ao crédito – conforme eu já falei –, também desonera substancialmente esses associados, donos dos empreendimentos, com relação a custos de abertura de crédito, custos com seguros e tarifas”, destacou.

Apesar disso, o representante da OCB lamentou que apenas 10% dos empreendedores têm batido às portas das cooperativas para procurar crédito nesse período. As cooperativas, afirmou, respondem hoje por 10% do crédito total destinado ao pequeno negócio no Brasil e há um potencial evidentemente de expandir essa representatividade.

“É fundamental, dado especialmente o tempo que as instituições levaram para colocar no ar, enfim, fazer adaptação dos seus sistemas operacionais e seus sistemas tecnológicos, que haja prorrogação do Pese [Programa Emergencial de Suporte a Empregos], é uma proposta que já está em discussão no âmbito da conversão em lei da Medida Provisória”, lembrou Menien.

OUTRO LADO

O diretor de Fiscalização do Banco Central, Paulo Sérgio Neves de Souza, garantiu que o crédito vai começar a chegar para as micro e pequenas empresas brasileiras a partir da segunda quinzena de julho. “Os bancos privados têm todo o interesse em emprestar. Com os programas de risco compartilhado, a sociedade vai perceber o crédito chegando a partir da segunda quinzena de julho”.

Souza disse ainda que os bancos demonstraram “aversão” à concessão de empréstimos para microempresas a partir do mês de maio e, por isso, o incentivo ao crédito passou a depender da atuação do estado. “Esse arrefecimento é natural e decorre da ampliação da aversão ao risco por parte das instituições financeiras. Diante desse quadro, o novo impulso ao crédito passa a depender de um esforço fiscal por parte do estado, assumindo ou compartilhando o risco com as instituições financeiras”, destacou.

O diretor do Banco Central avaliou que a partir deste mês os Programas Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e o Emergencial de Acesso ao Crédito – conhecido como FGI – devem ganhar força e começar a trazer mais resultados.

O diretor também comparou a crise econômica provocada pela covid-19 à enfrentada pelo mundo em 2008. De acordo com ele, todas as medidas tomadas pelo Banco Central para garantir a liquidez já impulsionaram em R$ 175 bilhões o mercado de crédito. “Os esforços das medidas de liquidez e de crédito são compatíveis com a severidade da atual crise. Em três meses já implementamos o total do realizado na crise financeira internacional de 2008. Nosso esforço monetário e fiscal é incomparável com o de outros países emergentes e supera grande parte do de países avançados”, disse.

Empresas de alimentos já estabelecidas podem ter acesso a crédito || Foto Rovena Rosa/Agência Brasil
Tempo de leitura: < 1 minuto

Estão abertas inscrições para o programa Scale up nacional, voltado a oferecer apoio a empresas no ramo de alimentação e bebidas. O público-alvo da iniciativa são empresas que já se estabeleceram no mercado, mas têm potencial de atingir um crescimento rápido, ou “escalar seus negócios”, no jargão da administração empresarial.

O projeto é uma promoção da organização sem fins lucrativos Endeavor e tem patrocínio da Nestlé. Ao todo, serão selecionadas 15 companhias para participar das atividades de qualificação e orientação, visando o que os organizadores chamam de “crescer com consistência”.

Entre as áreas de atuação estão bebidas, alimentos tradicionais, alimentos baseados em plantações, alimentos e bebidas funcionais e suplementares, tecnologia vinculada à alimentação e comércio eletrônico desse segmento.

O programa tem previsão de duração de cinco meses. Serão designados especialistas para aconselhar os representantes de empresas participantes, os chamados “mentores”. Eles discutirão com os empresários formas de vencer desafios diversos, como logística, canais de venda, construção de marca e cultura organizacional.

A Endeavor lida com 235 empresas em 18 programas semelhantes em todo o país. Ela afirma que após o projeto, as firmas experimentam crescimento de até 93% e aumento do número de funcionários de até 23%.

Caixa oferecerá linha de financiamento com juros fixos
Tempo de leitura: < 1 minuto

A Caixa Econômica Federal anunciou hoje (20) o lançamento de uma nova linha de crédito habitacional com taxa fixa. As contratações podem ser feitas a partir de amanhã (21) com juros de 8% a 9,75% ao ano, dependendo do tempo de financiamento e do relacionamento do cliente com o banco.

“Vamos permitir que as pessoas tomem empréstimos por 20 anos, 30 anos, sabendo desde o primeiro dia quanto elas vão pagar”, disse o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante cerimônia de lançamento da nova linha de crédito, no Palácio do Planalto.

As condições são válidas para imóveis residenciais novos e usados, com quota de financiamento de até 80% do valor do imóvel. O cliente poderá escolher entre os sistemas de amortização SAC (com parcelas decrescentes), para contratos de até 360 meses, ou Price (parcelas fixas), para financiamento de até 240 meses.

No ano passado, o presidente da Caixa havia adiantado a intenção do banco em adotar o crédito habitacional pré-fixado. Nesta quinta-feira, ele explicou que, agora, os clientes têm três opções de contratação: com correção pela Taxa Referencial (TR), definida pelo Banco Central; pela inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA); ou sem correção.Leia Mais

Tempo de leitura: 2 minutos
Márcia Fonseca é gerente de Microfinanças da Desenbahia || Foto Fernando Vivas/GovBA

A Agência de Fomento do Estado (Desenbahia) dobrou o limite de contratação do Programa de Microcrédito do Estado (CrediBahia) de R$ 10 mil para R$ 20 mil. Segundo a gerente de Microfinanças da Desenbahia, Márcia Fonseca, a ampliação de limite busca melhorar os índices de desemprego e dar maior força ao empreendedorismo no estado. “É um crédito voltado a pequenos empreendimentos, sejam eles formalizados ou não”, explica.

O comerciante Robson Barreto conseguiu financiamento do CrediBahia para a loja de materiais elétricos que abriu quando ainda estava na universidade. Com o financiamento, o empreendimento cresceu. “Esse crédito ajuda muito o microempresário com capital de giro para comprar e casar o ciclo de compra com o de venda. O valor nos dá chance de sonhar um pouco mais alto, de pensar em novos produtos com valor agregado mais caro e evoluir”, afirma.

A contratação pode ser feita nos postos de atendimento do CrediBahia. A expectativa da Desenbahia é aplicar R$ 56 milhões em volume de empréstimos na modalidade até o fim de 2019. “Os empreendedores podem procurar as unidades que estão disponíveis nos municípios ou as prefeituras para tomar conhecimento do local. É preciso apresentar documento de identificação ao agente de crédito, que irá visitar o empreendimento para levantar as informações e encaminhar a proposta para a sede, em Salvador”, acrescenta Márcia Fonseca.

CRÉDITO

Atualmente, o CrediBahia mantém na carteira ativa 12,5 mil contratos e já liberou, desde 2002, mais de R$ 500 milhões. O programa de microcrédito financia capital de giro para compra de mercadorias e matérias-primas; investimentos fixos para aquisição ou conserto de máquinas ou equipamentos; reforma ou ampliação de instalações. A taxa de juros é de 2% ao mês, com prazo de até 24 meses para investimentos fixo ou misto. Mais informações estão disponíveis no site da Desenbahia (www.desenbahia.ba.gov.br).

Tempo de leitura: 4 minutos

Walmir Rosário 3Walmir Rosário | wallaw2008@outlook.com

 

Não é preciso dizer que a parte mais fraca sofre com a bandidagem solta e armada nas ruas, planejando assaltos diários, tanto aos correspondentes bancários quanto a outras empresas que trabalham com valores, a exemplo dos supermercados.

 

Que os bancos só emprestam dinheiro aos clientes que não precisam, todos sabem, mas o que passamos a saber a cada dia é que os bancos somente querem cobrar taxas como estabelecimentos bancários, porém não admitem prestar os serviços a que devem entregar e já cobram por isso. É muito estranho, mas é verdade e é mais uma jabuticaba brasileira.

Pouco vou a uma agência bancária e só me dirijo a esses locais em última instância. Também não é pra menos: tenho que transpor uma série de barreiras para conseguir ultrapassar a porta giratória, após provar que não ando mal-intencionado e desarmado. Mesmo assim sou visto com desconfiança pelos estagiários e empregados, como se fosse ali apenas para importuná-los.

Ora, se um consumidor qualquer procura um banco é porque pretende fazer qualquer tipo de negócio que o banco preste: tomar empréstimos, sacar o seu dinheiro depositado com antecedência, ou, quem sabe, emprestar dinheiro ao banco. Alguns, até, se propõem a emprestar dinheiro aos bancos por juros ínfimos, mesmo sabendo que se precisar vai ter que pagar 10 vezes mais por isso. Mas como tem gente que tem gosto pra tudo…

Seja lá qual for sua intenção, não será bem-visto até que o gerente ou outro funcionário graduado lhe saúde com cara de bons amigos e, quem sabe lhe dê um abraço afetuoso e espalhafatoso para que todos conheçam a sua importância. Caso não seja desse quilate, será desprezado pelo caixa nem tão rápido, que lhe despacha um aviso deste tipo: “Você não tem o perfil para esse serviço”.

Pois é, se um reles equipamento que fica estacionado no lado de fora do banco não lhe aceita, por qual motivo os funcionários do banco iriam lhe aceitar lá dentro, dar um abraço apertado e servi-lhe um cafezinho? Seu perfil é o de fila de correspondente bancário e como tal você deverá se comportar. Hoje, você não é aceito na Caixa Econômica Federal nem mesmo para abrir uma conta poupança. Ah se Itamar Franco ainda fosse vivo e presidente do Brasil…

Um banco múltiplo, como é o caso de 99,99% dos bancos brasileiros, oferecem serviços como depósitos e saques nas contas-correntes e poupanças que mantêm, mas não querem que os clientes de suas contas entrem em suas agências. Estranho, muito estranho esse comportamento de uma empresa que quer o cliente longe dela, mesmo que cobre taxas cada vez mais caras para isso.

Atualmente, é muito comum entrarmos na antessala de uma agência bancária – local onde ficam as máquinas chamadas caixas eletrônicas ou rápidas, apesar das grandes filas – e encontrarmos pessoas vestidas com um casaco com um letreiro às costas “Posso ajudar”. Engana-se que acredita na ajuda, a verdadeira função delas é fazer com que a agência se livre daquele cliente ou simples consumidor e procure outro lugar qualquer para pagar suas contas. Clique no “leia mais” para ler a íntegra do artigo.Leia Mais

Tempo de leitura: < 1 minuto

O Ministério da Educação (MEC) não tem dinheiro para assinar novos contratos do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) neste semestre, disse o secretário executivo da pasta, Luiz Cláudio Costa. Ele informou que o MEC ainda não foi notificado da determinação judicial para reabertura do prazo de inscrições, mas adiantou que a pasta recorrerá da decisão.

Segundo Costa, “mesmo que [o prazo para inscrições] seja reaberto, será inútil”. Ele informou que foram reservados R$ 2,5 bilhões para o Fies, o limite foi atingido e não será possível financiar novos contratos neste semestre.

O Fies registrou 252.442 novos financiamentos em instituições privadas de ensino superior, segundo balanço do ministério. O prazo para novos contratos foi encerrado no último dia 30 e mais de 500 mil candidatos buscaram o financiamento.

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, disse que o número superou a expectativa de 250 mil novos contratos. Os cursos mais procurados foram engenharia, com 46.981 contratos, direito (42.717), enfermagem (16.770) e administração (15.796).

De acordo com Renato Janine, o número pode cair, pois os alunos precisam comprovar as informações na Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento em cada instituição de ensino. A expectativa é que a queda seja insignificante.

Tempo de leitura: < 1 minuto

Da Agência Brasil
A Caixa Econômica Federal reduziu as taxas de juros para os clientes que querem comprar imóveis com valor acima de R$ 500 mil, fora do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). As novas taxas valerão para os financiamentos contratados a partir de hoje (ontem), 15.
Para essas situações, as taxas de juros efetivas para clientes que não têm relacionamento com o banco caem de 9,9% para 9,4% ao ano. Já os clientes que têm relacionamento e conta-salário na instituição terão taxas reduzidas de 8,9% para 8,4% ao ano.
Se o interessado for servidor público, as taxas de juros podem chegar a 8,3% ao ano. Pelos cálculos da Caixa, um mutuário com financiamento de R$ 600 mil poderá, em 30 anos, economizar R$ 43,3 mil.
Leia mais

Tempo de leitura: < 1 minuto

Um valor de R$ 225.477,90 será destinado ao incremento das atividades de três associações de pequenos produtores rurais em Ibicaraí. A liberação dos recursos foi viabilizada por um convênio assinado entre Prefeitura, CAR (Companhia de Ações Regionais) e associações. No total, 195 famílias serão beneficiadas.
A informação é de que o investimento irá garantir a compra de tanques de resfriamento de leite e execução de obras de infraestrutura. As entidades beneficiadas são a Associação Rural do Jacarandá (R$ 93.789,00), Projeto Assentados do Santana (R$ 78.847,00) e Associação Rural do Andrezão (R$ 52.481,00). Esta última será atendida com a construção de uma ponte, que é aguardada há 20 anos.
O prefeito de Ibicaraí, Lenildon Santana (PT), afirma que o apoio à agricultura familiar tem sido importante para melhorar a vida na zona rural e fomentar novos empreendimentos.