Bahia perde para o Flamengo e segue ameaçado de rebaixamento|| Thiago Ribeiro
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O Bahia perdeu de 3 a 0 para o Flamengo, na noite desta quinta-feira (11), no Maracanã, no Rio de Janeiro, em duelo que encerrou as disputas da 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Tricolor Baiano segue em 16º lugar, com 36 pontos. Já o Rubro-Negro chegou aos 57 pontos e segue na terceira posição.

O Flamengo teve mais volume de jogo durante o primeiro tempo, enquanto o Bahia se fechou na defesa e apostou nos contra-ataques. Mesmo com mais presença ofensiva, o Rubro-Negro criou pouco, mas, aos 31 minutos, Gabi, de pênalti, abriu a contagem no Maracanã.

Na sequência, o Tricolor Baiano passou a jogar com um a menos, após expulsão de Matheus Bahia. Mesmo em desvantagem numérica, os visitantes ainda tiveram chance de empatar a partida com Nino Paraíba, que parou em grande defesa de Hugo.

MAIS EXPULSÕES

Na volta do intervalo, o Flamengo se lançou ao ataque. Thiago Maia, aos dois, viu Danilo Fernandes evitar o segundo. Gabi, aos dez, quase marcou mais um. Até que, aos 12, Vitinho fez boa jogada pela direita e cruzou na medida para Michael ampliar o marcador.

Nos minutos seguintes, Rossi, pelo lado tricolor, e Diego Ribas, pelo Flamengo, também receberam o cartão vermelho. Com espaços no campo, o Rubro-Negro manteve a pressão. E, aos 43, Andreas Pereira avançou pelo meio e livre de marcação arriscou o chute rasteiro para fechar a conta no Rio de Janeiro: 3 a 0.

O atacante Rossi marcou o único gol da partida
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O Bahia venceu o São Paulo pela 30ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Jogando na noite deste domingo (7), na Arena Fonte Nova, em Salvador, o Tricolor de Aço bateu o adversário por 1 a 0. Rossi marcou o gol da partida.

Com a vitória, o Bahia chega aos 36 pontos e à 14ª posição. Já o São Paulo, com 37, é o 15º colocado. O time baiano tem vantagem de seis pontos sobre o Sport, que abre a zona de rebaixamento, com 30 pontos. O Bahia volta a campo na quinta-feira (11), contra o Flamengo, às 19h, no Maracanã, no Rio de Janeiro.

O JOGO

O Bahia teve as melhores oportunidades da primeira etapa em seu estádio. O Tricolor de Aço quase marcou aos 14 minutos, em finalização de Juninho Capixaba, colocada, que Volpi espalmou para escanteio. Já aos 16, Gilberto recebeu na meia-lua, finalizou e a bola saiu com perigo.

A melhor chance do São Paulo foi aos 20, quando Rigoni fez bela jogada, limpou o goleiro e levantou para Luciano, mas o atacante não conseguiu desviar para as redes. Aos 28, Gilberto recebeu o cruzamento de Nino e acertou uma pancada que levou perigo.

A pressão continuou, e Volpi evitou o gol após Gilberto cabecear na pequena área, operando uma grande defesa. Com isso, o placar foi zerado para o intervalo. O segundo tempo iniciou de maneira mais equilibrada, mas, a partir dos nove minutos, o Bahia voltou a ter o domínio do jogo e voltou a pressionar.

A altura, Gilberto recebeu na área, driblou Miranda e chutou cruzado, a bola desviou na defesa e quase entrou. O Esquadrão de Aço seguiu tendo o domínio das jogadas ofensivas e ameaçou principalmente em bolas alçadas na área.

O GOL DO BAHIA

O gol da partida ocorreu aos 31 minutos. O goleiro Volpi, do São Paulo, afastou a bola após cobrança de falta. Rossi pegou o rebote pelo lado esquerdo, dentro da área, ajeitou e bateu colocado, para vencer o arqueiro e marcar um belo gol em Salvador.

Em desvantagem, o São Paulo ficou mais com a posse e tentou pressionar, mas não conseguiu ser efetivo. A melhor oportunidade foi com Benítez, aos 44, em chute de fora da área que Danilo Fernandes espalmou. Com isso o placar terminou 1 a 0 para o Bahia.

Flamengo recebe o Grêmio e pode até perder por 3 gols de diferença || Foto Lucas Uebel/Grêmio
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Com a presença autorizada de torcedores nas arquibancadas do Estádio Maracanã, Flamengo e Grêmio se enfrentam nesta quarta-feira (15), às 21h30min (horário de Brasília), para decidir o adversário do Athletico-PR em uma das semifinais da Copa do Brasil.

A vantagem rubro-negra é considerável. No jogo de ida, na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, os cariocas golearam por 4 a 0. Os gols saíram todos no segundo tempo, mesmo após a expulsão do lateral-direito Mauricio Isla no fim da primeira etapa.

O atual bicampeão brasileiro se classifica até se perder por três gols de diferença no Rio de Janeiro. Ao Tricolor Gaúcho só uma vitória por cinco ou mais gols de saldo interessa. Caso os gremistas igualem o placar agregado, a decisão será nos pênaltis.

JOGO COM TORCIDA NO ESTÁDIO

A presença de público no jogo desta quarta-feira foi garantida por liminar do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) favorável ao Flamengo, que obteve liberação da Prefeitura do Rio de Janeiro para mandar três partidas com torcedores nas arquibancadas, que servirão como eventos-teste. Para o duelo contra o Grêmio, a capacidade autorizada no Maracanã é de quase 24,8 mil lugares (35% do total).

A liberação vai contra a vontade da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da maioria dos clubes da Série A do Brasileirão, que decidiram, em Conselho Técnico, promover a volta do público somente quando todas as cidades com times envolvidos na competição autorizarem a presença de torcedores. Na última sexta-feira (10), 17 das 20 agremiações da primeira divisão entraram com uma ação para suspender a liminar, mas o Tribunal indeferiu o pedido na terça-feira (14).

O Grêmio ameaçou não entrar em campo se o jogo tivesse venda de ingressos, mas a possibilidade perdeu força. O clube gaúcho entende que isso vai contra o protocolo de retorno da torcida aos estádios, que indica a realização de partidas de ida e volta sem público, em duelos eliminatórios, caso um dos times não tenha a mesma autorização para receber torcedores.

Ao som de "Baile de Favela", Rebeca empolgou o público e arrancou lágrimas da equipe de transmissão da Globo; atleta ainda vai disputar mais duas medalhas em Tóquio
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Rebeca Andrade, de 22 anos, conquistou hoje (29), nas Olimpíadas de Tóquio, o segundo lugar na disputa individual geral da ginástica artística, que reúne as provas de salto, paralelas assimétricas, trave e solo. A medalha de prata é a 1ª da ginástica artística feminina do Brasil na história dos Jogos Olímpicos.

No exercício do solo, o último da série, Rebeca se apresentou mais uma vez ao som da música Baile de Favela, do funkeiro MC João, mixada com um tema clássico de Johann Sebastian Bach.

A apresentação da brasileira empolgou o público na arena e emocionou a equipe de transmissão da Rede Globo, formada pelos ex-ginastas Diego Hypólito e Daiane dos Santos e o narrador Galvão Bueno.

Aos prantos, Daiane destacou a importância histórica da conquista, especialmente pelo fato de Rebeca ser uma mulher negra. Segundo a comentarista, que ganhou a 1º medalha de ouro do Brasil no circuito mundial da modalidade, houve um tempo em que se dizia que a ginástica artística não era um esporte para negras.

MAIS DUAS FINAIS

Nascida em Guarulhos, na Grande São Paulo, Rebeca Andrade é atleta do Flamengo. Ela ainda vai disputar mais duas finais em Tóquio, a do salto no domingo (1º) e a do solo na segunda-feira (2ª).

Torcedor declarado do Bahia, Rui está na bronca com o Esquadrão || Foto Divulgação
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O governador Rui Costa usou redes sociais para mostrar que anda na bronca com o Bahia. Nesta segunda (19), ainda “chateado” com o seu time, ele novamente lançou um vídeo com reclamações após o Esquadrão (nem tão!) de Aço ser goleado pelo Flamengo, por 5 a 0, em pleno estádio de Pituaçu, em Salvador.

Revelou-se chateado. E exausto…

Mas…

O que se comenta nos bastidores é que a estocada de Rui não seria apenas no time. Seria uma indireta para o presidente do clube, Guilherme Bellintani, que se reaproximou do criador, ACM Neto, meses e uma eleição após ter feito juras de amor ao grupo do governador…

Agora, a bronca do Rui torcedor. Aperte o play.

Chaveamento das Oitavas de Final da Copa Libertadores 2021
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Deixando de lado os números e históricos, e avaliando inclusive o que vimos nas duas últimas edições de Libertadores, creio ser bem viável o Flamengo estar na final; já o adversário, eu arrisco dizer que ficaria entre São Paulo e River Plate. É um palpite.

Sergio du Bocage

Antes de ter início o sorteio dos cruzamentos das oitavas-de-final da Copa Libertadores havia receio de enfrentar, de imediato, um grande concorrente pela frente. E não era para menos. Flamengo, Internacional, Fluminense, Atlético-MG e Palmeiras, que ficaram em primeiro lugar em seus grupos, viam no outro pote as bolinhas de Boca Juniors e River Plate, da Argentina, e do São Paulo, entre os mais fortes. E ao final do evento, a maioria respirou aliviada: só o time mineiro pegou a conhecida “pedreira”.

A partir de agora, o caminho até a final está traçado. Uma das chaves ficou com Flamengo, Internacional e Fluminense; a outra, com Atlético-MG, São Paulo e Palmeiras. Pra começar a análise, vamos pelo número de conquistas de cada lado. Na primeira, temos três campeões, com um total de sete títulos: três do Olímpia (PAR), dois do Internacional e outros dois do Flamengo. Na segunda, sete campeões e 18 títulos: seis do Boca Juniors, quatro do River Plate, três do São Paulo, dois do Palmeiras e um do Racing, do Argentino Juniors e do Atlético-MG.

Só essa situação – dos títulos – já nos antecipa outra: numa das chaves, a posição das equipes no ranking da Conmebol é bem inferior à dos times do outro lado da tabela. O Flamengo, 6º, por exemplo, vai pegar o Defensa y Justicia (ARG), 37º. Dos três, é o que pega o adversário, teoricamente, mais fraco. Mas não custa lembrar que o DYJ é o atual campeão da Copa Sul-Americana e venceu o Palmeiras, nos pênaltis, na Recopa. Se passar, já poderemos ter um clássico que decidiu o título brasileiro de 1987 – Flamengo x Internacional, 18º no ranking, que pega o Olímpia (PAR), 12º, nas oitavas. E desse duelo nacional sairá um brasileiro para, possivelmente, encarar o Fluminense (39º) numa semifinal. O Tricolor carioca pega o Cerro (PAR), 11º do ranking, e depois, se tudo der certo, o vencedor de Vélez (ARG, 33º) x Barcelona (EQU, 31º). Dá pra sonhar, não acham? Não chega a ser uma tarefa hercúlea.

Já do outro lado, a dificuldade é bem maior. O Atlético-MG, 19º no ranking, terá de superar o Boca (2º) e, depois, muito provavelmente o River (1º), que terá uma tarefa bem mais fácil nas oitavas – talvez até a mais tranquila -, contra o Argentinos Juniors, 81º, rival argentino conhecido e o de pior ranking sul-americano entre os classificados desta fase da Libertadores. Ou seja, para ser semifinalista, o Galo terá de passar pelos dois primeiros colocados do ranking e dos maiores campeões da competição – o maior é o Independiente (ARG), com 7, e que disputa a Copa Sul-Americana; aliás, será o adversário do Santos, apontado em sorteio também realizado nesta terça-feira (01).

E quem seria o rival do Galo, se ele chegasse na semifinal? Palmeiras, 4º do ranking, ou São Paulo (13º), que poderão se encontrar nas quartas-de-final, repetindo a final do último Paulistão. O Palmeiras, antes, vai encarar o Universidad Catolica (CHI, 30º), enquanto o Tricolor paulista pega o Racing (ARG, 22º). É possível, sim, termos um brasileiro saindo dessa chave para a final, mas o caminho será árduo. O que, por outro lado, poderá deixar esse classificado embalado e fortalecido pelos desafios que terá superado.

Deixando de lado os números e históricos, e avaliando inclusive o que vimos nas duas últimas edições de Libertadores, creio ser bem viável o Flamengo estar na final; já o adversário, eu arrisco dizer que ficaria entre São Paulo e River Plate. É um palpite. Com a ressalva, importante, de que a bola vai voltar a rolar para a Libertadores apenas em julho, depois da Copa América. E, até lá, todos os times vão passar por mudanças, para melhor e/ou para pior. Mas como sonhar não custa nada, que tal imaginar um tricampeonato brasileiro no mais importante torneio de futebol entre clubes na América do Sul?

Sergio du Bocage é apresentador do programa No Mundo da Bola (TV Brasil).

Ramirez e Gerson em lance de partida do último domingo || Foto Alexandre Vidal/CRF
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O Bahia anunciou nesta quinta-feira (24) a reintegração do meia-atacante Índio Ramírez ao elenco profissional. O jogador colombiano havia sido afastado temporariamente após ter sido acusado de cometer injúria racial contra o volante Gerson, do Flamengo, no jogo entre as duas equipes, no último domingo (20), no Maracanã, pela 26ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.

Em nota oficial, o Tricolor de Aço argumenta que os laudos das perícias em língua estrangeira contratadas para investigar o caso não comprovaram as acusações. “O clube entende que, mesmo dando relevância à narrativa da vítima, não deve manter o afastamento do atleta Índio Ramírez ante a inexistência de provas e possíveis diferenças de comunicação entre interlocutores de idiomas diferentes”, afirma o comunicado.

O clube ainda menciona que o papel da agremiação “é de formação e transformação, sempre preservando os direitos fundamentais e a ampla defesa” e que o colombiano “deverá ser reincorporado ao elenco tão logo os profissionais da comissão técnica e psicólogos entendam adequado”.

O posicionamento divulgado pelo Bahia também discorre sobre racismo, cita o trabalho do Núcleo de Ações Afirmativas e diz ser “o primeiro time de futebol do mundo a lançar um programa de imersão para debater os aspectos estruturais do racismo”, chamado “Dedo na Ferida”. O clube também assumiu um compromisso de “adotar um conjunto imediato de medidas estruturais”, entre as quais incluir uma “cláusula antirracista, xenofóbica e homofóbica” nos contratos, propor um “protocolo antidiscriminatório” para jogos realizados no país e promover aos atletas uma imersão a respeito do tema durante a pré-temporada.Leia Mais

Gilberto marcou duas vezes, mas não impediu a derrota do Bahia|| Foto Jorge Rodrigues/Agif
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Mesmo com um jogador a mais desde os nove minutos do primeiro tempo, o Bahia não conseguiu superar o Flamengo, na noite deste domingo (20), no Maracanã, pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro. O rubro-negro carioca teve o atacante Gabriel, o Gabigol (que agora é Gabi) expulso aos nove minutos do primeiro tempo.

O jogo teve sete gols, duas viradas e muita emoção no Maracanã. Mesmo com um jogador a menos, o Flamengo saiu da campo com a vitória por 4 a 3. Bruno Henrique, Isla, Pedro e Vitinho anotaram os gols da equipe carioca. Enquanto Juan Ramírez e Gilberto (duas vezes2) descontaram para o tricolor baiano. O treinador Mano Menezes foi demitido pelo Bahia logo depois do jogo.

Com a vitória de hoje, o Flamengo chegou aos 48 pontos e assumiu a vice-liderança do Campeonato Brasileiro. Já o Bahia é o 16º colocado, com 28 pontos somados. O líder da competição é o São Paulo, que tem 53 pontos e uma partida a mais que rubro-negro carioca.

A PARTIDA

O Flamengo começou o jogo em ritmo alucinante e, logo aos quatro minutos, Bruno Henrique acertou um lindo chute de fora da área para abrir o placar no Maraca. Na sequência, Gabriel quase marcou o segundo. Mas, aos oito, o Rubro-Negro perdeu o camisa 9 por cartão vermelho.

Tentando se aproveitar da vantagem numérica, o Tricolor chegou com perigo em finalização de Nino Paraíba, que viu Diego Alves evitar o gol. E mesmo com um a menos, os cariocas voltaram a balançar as redes, aos 32 minutos. Em contra-ataque de manual, Gerson achou Bruno Henrique, o atacante limpou a marcação e deixou Isla na boa para fazer 2 a 0. Minutos antes do intervalo, o Fla ainda assustou em outras duas oportunidades de Bruno Henrique.

No segundo tempo, foram os visitantes que colocaram o pé no acelerador. O primeiro gol saiu aos cinco minutos com Juan Ramírez. O colombiano recebeu já dentro da área, fez o drible e tocou por baixo do goleiro.

Insistindo no ataque, o tricolor chegou a virada num intervalo de três minutos e duas vezes com Gilberto. Aos dez, o atacante arriscou de fora da área direto para o fundo das redes: 2 a 2. Enquanto, aos 13, o camisa 9 tricolor aproveitou cobrança de escanteio para fazer o terceiro.

Depois de assimilar os gols, o Flamengo voltou para o jogo. Aos 18, Gomes carimbou a trave. Até que, na marca dos 36, Filipe Luís colocou a bola na área e Pedro mostrou oportunismo para deixar tudo igual mais uma vez.

O Bahia tentou uma resposta rápida em finalizações de Rossi e Rodriguinho, mas ambos pararam em Diego Alves. E, já aos 44 minutos, em jogada bem trabalhada pelo Rubro-Negro, Pedro deu passe magistral para Vitinho recolocar os cariocas na frente e dar números finais ao confronto: 4 a 3.

Provedor recebeu alta médica nesta sexta-feira (18).
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O provedor da Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, Francisco Valdece Ferreira, recebeu alta médica do Hospital Calixto Midlej Filho, na tarde desta sexta-feira (18), ao som do hino do Flamengo, time do coração. Infectado pelo novo coronavírus, Valdece estava internado desde o dia 12 de novembro e vai concluir o tratamento em casa, ao lado da família.

O provedor foi recebido com aplausos de familiares, amigos e funcionários da instituição, que também cataram o hino do Flamengo. Em seguida, fizeram uma oração. Bem humorado, o provedor perguntou qual dia o time do coração jogaria. “Se a partida for hoje, vai vencer por 3 a 0, se amanhã também será 3 a 0. Esse também será o placar se a partida ocorrer no domingo”, brincou.

Na saída, muito emocionado, Valdece recebeu, das mãos da diretora técnica do Hospital Calixto Midlej Filho, a médica Lívia Mendes, um certificado de etapa vencida do novo coronavírus. Ele agradeceu a Deus pela chance de ter conseguido sobreviver a doença. Agradeceu ainda pelas orações e palavras de apoio.

Francisco Valdece chegou a ficar entubado, entre os dias 12 de novembro e 14 de dezembro, em um leito da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No último dia 14 deixou a UTI e passou para um leito comum, onde permaneceu até hoje. De acordo com a diretora técnica do HCMF, o provedor vem apresentando evolução diária no quadro de saúde e, por isso, recebeu alta médica.

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De minha parte, acho que valeram as orações feitas, não tanto por ele, por estar abilolado, mas pelas gozações que por certo seriam a mim impostas pelos colegas de Beco e outros refúgios etílicos existentes Itabuna afora.

 

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Dudu Rocha…quem diria… foi parar na Gávea. Torcedor apaixonado pelo Botafogo, cansado com as perdas de decisões, Dudu devolve a faixa de campeão e resolve torcer pelo inimigo. A notícia me deixou perplexo. Após ler e reler a missiva, sem acreditar no que via, resolvi levar ao conhecimento dos amigos esportistas, torcedores diversos, até onde chega o pensamento humano. Calma, eu explico:

Do amigo, parceiro de Alto Beco do Fuxico e torcedor do Fogão, como eu, Dudu Rocha, recebo a seguinte missiva:

“Amigo Walmir:

Cansei!!!

Do amigo e ex-Bota

Dudu Rocha

29.05.08

Ainda pasmo e sem entender nada, eu lia e relia o texto enviado e o novo endereço do remetente escrito no verso do envelope:

Rem: Dudu Rocha

Novo endereço: Gávea

Confesso que levei um terrível susto e somente consegui me recuperar de tamanho choque após umas três doses da mais legítima Rio de Engenho, pois a cachaça se apresenta como um remédio providencial para essas coisas, mormente quando o assunto mexe com o coração.

Nem eu nem qualquer vivente frequentador assíduo ou não do Alto (Médio ou Baixo) Beco do Fuxico conseguiria assimilar tal tresloucado gesto, tomado de uma hora para outra. Ninguém, de sã consciência, teria coragem de acreditar numa história como essa, ainda mais se tratando de um torcedor de quatro costados, filho da fina-flor da mais tradicional família Rocha, todos botafoguenses, batizados e crismados com a camisa da estrela solitária ao peito.

Na tentativa de me refazer do susto, imediatamente liguei para amigos mais chegados, para repartir esse momento de infortúnio. Precisava saber se tudo não passava de um sonho, de um profundo pesadelo. De início, liguei para José Senna, flamenguista empedernido, capaz de abandonar qualquer farra nos bares da moda em Copacabana para assistir a uma partida do seu Flamengo no Maracanã.

Não precisa contar que a primeira reação de Sena foi achar que eu estava com febre, delirando, e disse na em cima da bucha:

– Ora, Rosário, está de porre, que cachaça brava foi essa que você tomou. Se não for cana, ficou maluco – gritou ao celular.

Mais calmo, após as devidas explicações sobre o bilhete e a faixa a mim entregue, passou à ofensiva:

– Bom, diga a ele que em princípio nós aceitamos, mas é preciso passar pelo conselho, já que ele era useiro e vezeiro em ridicularizar nosso time. Vou conversar com a diretoria lá no Rio, depois veremos. Mas pode ter certeza que a decisão será dada em alto estilo, numa assembleia extraordinária da Confraria do Alto Beco do Fuxico – prometeu.

Não satisfeito, liguei, desta vez para um vascaíno, o Paulo Fernando Nunes da Cruz (Polenga), que dentre os feitos futebolísticos traz assinalado em seu currículo o mérito de ter levado o polêmico Eurico Miranda no Alto Beco do Fuxico, quando era presidente do clube de São Januário. No Beco, mais exatamente no bar de Parente [Alcides Rodrigues Roma], provou três doses de Angélica, devidamente curada, e para arrematar ainda participou de cerca de 18 garrafas de Brahma bem gelada.

Mas voltando ao assunto, que é o que interessa, Polenga ficou injuriado com a proposta de Dudu Rocha de se transferir de mala e cuia para o Flamengo, um time com as cores vermelho e preto.

– Quem já viu isso, seu Walmir, se pelo fosse para o Vasco, que é branco e preto como o Botafogo, ainda vai lá! Isso é uma heresia. Desde que Dudu deixou Itabuna para ir morar em Ilhéus que estou desconfiando que ele não está batendo bem da cabeça –, diagnosticou Polenga, com ar proeminentemente professoral.

De lá pra cá, mais não se teve notícia de Dudu Rocha, que deixou de vir a Itabuna, pra saudade dos colegas do Beco. Tampouco José Senna deu resposta de sua reunião com o tal Conselho do Flamengo, no Rio de Janeiro, ficando o dito pelo não dito. O que é certo é que nenhuma assembleia extraordinária da Confraria do Alto Beco do Fuxico foi convocada.

Como não tive coragem de apresentar a proposta de Polenga a Dudu Rocha, também não sei se ele teve coragem de cometer o tão tresloucado gesto, desprezando General Severiano e o Engenhão, para se bandear para as acanhadas acomodações da Gávea, infestada de urubus.

Acredito que quem não deve estar em paz é o velho Dunga, seu pai, que nunca pensou ter alguém em sua família capaz de cometer tamanho sacrilégio. De minha parte, acho que valeram as orações feitas, não tanto por ele, por estar abilolado, mas pelas gozações que por certo seriam a mim impostas pelos colegas de Beco e outros refúgios etílicos existentes Itabuna afora.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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Para evitar as derrotas frequentes, apesar de ter formado uma grande equipe, contrataram um décimo terceiro jogador, de apelido estranho: VAR, o tal árbitro assistente de vídeo, que constantemente livra o time das derrotas.

 

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Por mais que eu goste de alguns amigos flamenguistas, não posso me furtar de lembrar as grandes goleadas aplicadas pelo Botafogo no Flamengo, que jamais serão apagadas da história do futebol. Em 10 de setembro de 1944 – prestes a completar 75 anos, portanto – o clássico disputado pelo Campeonato Carioca, em General Severiano, não acabou. Isso porque os jogadores do Flamengo, ao tomarem o quinto gol sentaram em campo.

Peço perdão pela lembrança aos meus amigos José Senna, Tolentino, Batista, dentre outros, mas não podemos deixar fato como esse apenas nos arquivos de jornais da época, pois não sou baú para guardar segredo. E olha que já vencemos o Flamengo por placares mais elásticos, como no Campeonato Carioca 1927, quando o Botafogo atropelou o Flamengo pelo placar de 9 a 2, na Fase única do certame.

Outros botafoguenses não abrem mão da partida em que o Botafogo venceu com facilidade o Flamengo por 5 a 0, no estádio General Severiano, na Fase 1º Turno do Campeonato Carioca 1924. Outro jogo famoso foi aquela goleada por 6 X 0, em 15 de novembro de 1972, em que os flamenguistas do famoso Canal 100 jogaram fora o filme com vergonha de tamanha derrota.

Mas o lendário Jogo do Senta, que hoje tem poucas testemunhas, embora esteja registrado nos anais da história, como já disse, deixou os flamenguistas acabrunhados, pois após o time sofrer o quinto gol, do atacante alvinegro Geninho (depois técnico), os jogadores do Flamengo se sentaram em campo. E a desculpa ridícula do protesto teria sido a marcação do quinto gol.

Como acontece até os dias atuais, os jogadores do Flamengo reclamam de tudo e de todos, e naquele fatídico dia 10 de setembro de 1944 não foi diferente e partiram pra cima do árbitro tentando intimidá-lo a anular o tento. Como o árbitro Aristide “Mossoró” Figueira sustentou o apito e os flamenguistas se sentaram em campo, apesar dos protestos do seu treinador, Flávio Costa. Há quem afirme que a ordem teria partido dos dirigentes flamenguistas.

Enquanto os jogadores rubro-negros protagonizavam a ridícula cena, os torcedores do Bota provocaram os atletas flamenguistas, gritando: “Senta para não apanhar de mais”. Nesta partida, o segundo tempo terminou aos 31 minutos, quando o juiz decidiu encerrar o jogo por atitude antidesportiva. Os dirigentes do Flamengo recorreram ao Tribunal de Penas da Federação Carioca, mas o resultado do campo (5 a 2) foi mantido.

E esse tipo de comportamento antidesportivo é prática useira e vezeira no Flamengo, que perde em campo e não se conforma, buscando a pretensa vitória nos tribunais, o que nem sempre acontece. Recentemente, recorreu até o Supremo Tribunal Federal (STF) por um título de campeão brasileiro, com mais uma derrota no tapetão, após sucessivas decisões em várias instâncias.

E essa pendenga vem rolando desde 1987, quando em mais uma lambança, o Flamengo se recusou a jogar contra o Sport pernambucano. Na ocasião, o Flamengo venceu a Copa União, mas a CBF mandou jogar a semifinal com Inter (segundo colocado), Sport e Guarani (que venceram o Módulo Amarelo). Flamengo e Inter se negaram a disputar os duelos. Assim, o Sport venceu o Guarani e acabou sendo considerado campeão.

E as proezas do Flamengo continuam tão em voga, que se escondem depois do resultado adverso e da perda dos campeonatos, o famoso cheirinho, como costumam “gozar” os adversários. Para evitar as derrotas frequentes, apesar de ter formado uma grande equipe, contrataram um décimo terceiro jogador, de apelido estranho: VAR, o tal árbitro assistente de vídeo, que constantemente livra o time das derrotas.

Mas voltando aos 5 X 2 de 10 de setembro de 1944, esse jogo foi relatado pelo jornalista Paulo Cézar Guimarães no livro “Jogo do Senta: a verdadeira origem do chororô”. O lançamento, como era de se esperar, foi realizado na sede do Botafogo, em General Severiano. Nada melhor para marcar o polêmico jogo e resgatar detalhes daquela partida. Mais uma vez, peço desculpas aos flamenguistas, mas só pela lembrança.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

Atacante Gilberto marcou duas vezes e garantiu a vitória do Bahia
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Uma virada magistral do Bahia, no Estádio de Pituaçu, em Salvador. Depois de sair atrás no placar, o Tricolor da boa terra teve gás, correu atrás e superou o Atlético-MG por 3 a 1, com um gol de Daniel e dois de Gilberto. Savarino marcou pela equipe mineira. O duelo da noite desta segunda-feira (19) foi válido pela 17ª rodada da série A do Campeonato Brasileiro.

Com o resultado, o Bahia pula quatro posições na tabela, subindo para a 12ª colocação. Já o Alético Mineiro perdeu a chance de voltar à liderança, aparecendo agora em terceiro, com 31 pontos, atrás de Flamengo e Internacional. Os cariocas e gaúchos têm 34 pontos e se enfrentam na próxima rodada, em Porto Alegre, no domingo (25). O saldo de gols (15 contra 11) garante o Internacional na primeira colocação.

O Bahia tem a chance de seguir subindo na tabela de classificação do Brasileirão. Na próxima rodada, mais uma vez, o Tricolor jogará em Salvador. No próximo domingo, às 18h15min, enfrentará o Fortaleza.  Já o Atlético  jogará contra o Sport em Minas Gerais, no sábado (24), às 21h.

Bahia leva cinco em Salvador|| Foto Felipe Oliveira/EC Bahia
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O Bahia perdeu, há pouco, no estádio Pituaçu, em Salvador, por 5 x 3 para o Flamengo pela 7ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Rubro-negro abriu o placar logo no primeiro minuto da partida, com o atacante Pedro, numa bobeada da defesa tricolor, que saiu jogando errado. Pedro voltou a marcar aos 16 minutos da primeira etapa.

Os outros três gols do Flamengo foram marcados por Arrascaeta, duas vezes, e Everton Ribeiro,numa noite inspirada dos jogadores de ataque do rubro-negro. O Bahia descontou com Rodriguinho, Élber e Daniel, finalzinho da partida. Com o resultado, o Bahia está na 12ª colocação na tabela do Campeonato Brasileiro, com oito pontos. Já o Flamengo está, momentaneamente, na 4ª posição, com 11 pontos.

Na próxima rodada, no domingo (6), às 16h, o Bahia enfrenta o líder Internacional, no estádio Beira Rio, no Rio Grande do Sul. Já o Flamengo recebe recebe o Fortaleza, no Maracanã, no Rio de Janeiro, às 17h, do próximo sábado (5).

Novo técnico do Flamengo, Doménec é apresentado || Foto Alexandre Vidal/CRF
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Domènec Torrent, ou apenas Dome, como prefere ser chamado, participou, nesta segunda-feira (03) de sua primeira entrevista coletiva na função de técnico do Flamengo. Paciente, diplomático e tentando improvisar um “portunhol”, o catalão deixou bem claro como pretende trabalhar com o elenco rubro-negro, as mudanças que deve fazer no estilo de jogo e admitiu que já tem até uma possível escalação para a estreia do Campeonato Brasileiro.

Em todos os momentos, Dome fez questão de deixar claro a grandeza do Flamengo, afirmando ser um dos 10 maiores clubes do mundo e conhecido na Europa. Ao receber a proposta do Rubro-Negro, ele não hesitou.

“Eu não sei se Brasil sabe o quanto o Flamengo é respeitado fora da América. Na Espanha, quando você fala de uma equipe brasileira, a primeira que vem à cabeça é o Flamengo. Quando pessoas que eu confio me falaram sobre o Flamengo eu disse: para tudo. Primeiro é o Flamengo e se a coisa for adiante e tivermos um processo bom, é minha primeira opção 100%. Só há dez equipes no mundo que se podem comparar a Flamengo. Foi fácil para mim. Quando me falaram sobre o interesse do Flamengo era minha primeira opção de poder trabalhar com esse grandioso clube”.

Dome admitiu que acompanhou cerca de 10 jogos recentes do Flamengo e, dentre eles, as finais da Libertadores e do Mundial Interclubes. Apesar de elogiar o trabalho de Jorge Jesus, que ganhou quase tudo pelo clube, o novo comandante rubro-negro revelou que vai mudar, aos poucos, a maneira de o time atuar. Para isso, conta com a ajuda dos jogadores, e já sabe até a escalação para o primeiro compromisso do Campeonato Brasileiro.

“Quando você ganha tudo quer dizer uma coisa: os jogadores são ‘top’, são muito inteligentes, e não têm nenhum problema em mudar. O mais importante não é ganhar, é voltar a vencer quando já venceu antes. Isso é muito difícil. Já tenho experiência em como tratar esses tipos de jogadores. É muito fácil jogar com esses tipos de jogadores, que conheço perfeitamente todos, ou quase todos. Praticamente conheço todo o plantel e já tenho em mente a equipe para a próxima partida”.

Dome afirmou que vai jogar para frente, pressionando o adversário e revelou que prefere ganhar de 4 a 3 do que de 1 a 0. E como o técnico pretende mudar o Flamengo?Leia Mais

Fernando Riela era craque dentro e fora do campo
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Quatro irmãos, quatro craques! Fernando, Carlos, Leto, Lua. Uma família boa de bola. Boa de bola é pouco, isso era para quem não gostava de futebol. Uma família de craques testada e aprovada por onde passaram. Em campo chegavam a ser adversários: Dois no Fluminense – Fernando e Carlos, no Flamengo – Carlos, e Lua, o mais novo, no Janízaros, cada qual com seu estilo e posição.

 

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Nesta quarta-feira (22) o esporte fica de luto e os desportistas perdem um ídolo: Fernando Riela, o maior ponta-esquerda do futebol de Itabuna, que há muito vinha driblando as complicações cardíacas. De repente, por uma leve distração ou pelos efeitos sobrenaturais do futebol, Fernando Riela não conseguiu chegar ao fim da linha esquerda com a bola nos pés e cruzar para o gol, como fazia no velho campo da Desportiva.

Perdeu a bola para o adversário – seu próprio coração – e tomou um gol de contra-ataque nesta madrugada. Infelizmente, perdeu o jogo, não o do seu Fluminense ou da gloriosa Seleção Amadora de Itabuna e no Itabuna Esporte Clube, mas da vida, para a tristeza de familiares, amigos, admiradores. É sempre assim, nem sempre conseguimos ganhar todas as partidas, às vezes empatamos, outras perdemos.

E Fernando Riela estava acostumado com os altos e baixos do futebol, onde muitas vezes dominava o jogo inteiro, estraçalhava o adversário, aplicava-lhe dribles infernais e não conseguia a chegar ao gol. Na vida também é assim. Passamos boa parte de nossa existência numa boa, ganhando todas, e lá pela frente nos alcança o cansaço, próprio dos anos vividos. Bem ou mal vividos, tanto faz.

O que importa é completar o ciclo por cima, amparado pelo que fizemos de bom, o que deixaremos como exemplo para a sociedade que nos cerca. É o chamado legado, no caso de Fernando Riela, bem positivo. É certo que ninguém está livre de tomar uma bola “pelas costas” num cochilo qualquer, mas logo retomada com maestria e finalizada com um gol magistral.

Mas o tempo não perdoa. A cada minuto o árbitro da partida está de olho no relógio, preocupado com os 45 minutos do segundo tempo, impedindo qualquer avanço para a linha de fundo. Às vezes, até dá pra cruzar a bola, que nem sempre chega à cabeça do centroavante e ir ao fundo da rede e partirmos para comemorar mais um tento na nossa vida, o que equivale ao “por pouco não chegamos lá”.

Você deve lembrar com saudade, Fernando, de quando recebia a bola e partia para a linha lateral cercado de zagueiros, controlando a bola coladinha no pé esquerdo e passando – de passagem – por todos eles? Claro, como poderia esquecer essa jogada, que terminava com um lançamento para a pequena área e gol. Como esquecer a galera inteira do campo da Desportiva aclamando mais um gol! Impossível esquecer!

Quatro irmãos, quatro craques! Fernando, Carlos, Leto, Lua. Uma família boa de bola. Boa de bola é pouco, isso era para quem não gostava de futebol. Uma família de craques testada e aprovada por onde passaram. Em campo chegavam a ser adversários: Dois no Fluminense – Fernando e Carlos, no Flamengo – Carlos, e Lua, o mais novo, no Janízaros, cada qual com seu estilo e posição.

Se separados eram bons, imaginem juntos na invencível Seleção Amadora de Itabuna, que chegou ao octacampeonato. Uma emoção e tanto para os torcedores, imaginem para os outros tantos craques que atuavam juntos. Como ouvi algumas vezes de outro craque dessa época, o meu amigo Bel (Abelardo Moreira), era fácil jogar com tanta inteligência e ginga junto, tudo ficava mais fácil.

Mas Fernando Riela não foi somente um jogador de futebol, melhor, o jogador de futebol, ou como o definiu o também jogador Maurício Duarte, com passagens por grandes clubes brasileiros: Fernando Riela foi o Garrincha pela ponta-esquerda. Fora dos gramados, era um amigo leal, um pai de família exemplar, um empresário, um cidadão sempre disposto a participar dos eventos do bem.

Dos quatro, dois estão entre nós, Carlos e Lua. Leto, e agora Fernando já nos deixaram por terem sido escalados por Deus para a seleção do Céu, onde jogam ao lado de tantos colegas. Lembram de Tombinho, Santinho, Léo Briglia, Jonga Preto, Luiz Carlos, Humberto, Danielzão, Valdemir Chicão, Neném, Santinho, Humberto Cézar, Zequinha Carmo, Amilton e tantos outros, animados pela charanga de Moncorvo.

Fernando Riela jogou em Itabuna, mas pelo futebol que jogava poderia ter atuado no time que quisesse e somente não estreou no Vasco da Gama para atender a um pedido do seu pai, seu Astor, que não abria mão de não ver seu filho jogando naquele Fla-Flu grapiúna. Atendendo ao pedido paterno, deixou o Rio de Janeiro, viajou para Itabuna e jogou no clássico. Estraçalhou o Flamengo, embora tenha perdido o jogo no segundo tempo.

O tempo que não para, não perdoa quando é chegada a hora, como não parou agora.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.