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Mulheres que dirigem e precisam estacionar veículo na Alameda da Juventude (Beira-Rio), em Itabuna, reclamam dos abusos praticados por flanelinhas. Além de pagar a tarifa da Zona Azul, elas se veem obrigadas a pagar taxa extra aos “donos do espaço”.

Vítimas afirmam que ou pagam ou são vítimas de agressões verbais (que podem descambar para a violência física) e têm veículo danificado por flanelinhas. Como não há segurança no local, os abusos são constantes.

A polícia militar poderia dar uma reforçada nas rondas na Alameda, principalmente no trecho que vai da pista de skate ao final da área de estacionamento.

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Arranhar pintura é a tática preferida (Foto Ilustrativa).
Arranhar pintura é a tática preferida (Foto Ilustração).

Donos de veículos estão sendo alvos de flanelinhas bandidos na região central de Itabuna. Até mesmo quem estaciona em áreas da Zona Azul e não paga o “pedágio”, é algo dos flanelinhas, que furam ou esvaziam pneus ou arranham toda a pintura do veículo.
Um dos pontos onde mais ocorrem danos tem sido a Rua Ruffo Galvão, na área em frente ao anexo do Fórum Ruy Barbosa, onde funcionam os Juizados Especiais. Há um trecho que corresponde a dez vagas em que não há cobrança de Zona Azul.
A área livre para profissionais do Direito ou moradores da região tem sido a preferida para a ação dos flanelinhas bandidos. Lá, ou paga o pedágio ou já sabe…
– Uns gêmeos me cobraram na hora que eu estacionei o carro. Como não paguei, riscaram meu carro com prego – disse uma das vítimas, que usou vaga na Ruffo Galvão. Outra parou na Beira-Rio e, quando retornou, o pneu do carro estava esvaziado.

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A falta de um sistema de estacionamento rotativo em Itabuna é responsável pela transformação do espaço público em lotes particulares. De um lado, são os comerciantes que estacionam seus carros pela manhã e os deixam na porta de suas lojas até a noite. Do outro, flanelinhas que se apropriaram de trechos do centro da cidade, chegando a afirmar que o fazem com a autorização de gente da Secretaria Municipal de Trânsito.

A foto, tirada em frente ao edifício União Comercial, mostra cones colocados por um flanelinha para reservar a vaga para um “cliente”. Isto em plena Rua São Vicente de Paulo, uma das mais movimentadas de Itabuna. E a situação não é diferente em outras ruas próximas, como a Osvaldo Cruz.

Quem se atreve a questionar, corre o risco de ter o carro danificado pelas autoridades de trânsito, função que os flanelinhas exercem de fato, dada a ausência de quem deveria organizar essa zona.

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Uma cidadã estacionou seu carro na tarde desta terça-feira, 13, em frente à Praça José Bastos, centro de Itabuna. Rapidamente, um flanelinha se aproximou, dizendo que ela não poderia deixar o veículo no local. A mulher perguntou por que e o sujeito respondeu que a vaga estaria “reservada”.

Indignada com a situação, a motorista disse que deixaria o carro exatamente onde ele se encontrava e o flanelinha partiu para cima de modo ameaçador, indagando se ela tinha “costas largas”, porque ele contava com “peixada” na Settran (Secretaria de Transporte e Trânsito de Itabuna).

É o absurdo poder paralelo, supostamente com respaldo oficial.

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Juliana Soledade | jsoledade@uol.com.br

Mesmo que a formalidade não aceite a exploração de estacionamento em vias públicas, elas estão loteadas e cheias de ‘donos’ que se auto-intitulam proprietários dos locais de maior movimento

Desde o fim da zona azul em Itabuna que a guerra dos “flanelinhas” se alastrou de maneira assustadora na cidade. Ameaças, brigas e muita confusão, caso não pague a gorjeta por ter supostamente olhado o teu veículo. O exercício ilegal de profissão passa notoriamente despercebido pelos olhos da polícia e da prefeitura. Os flanelinhas ou guardadores de carro amedrontam pessoas de paz e bem.

Além de colecionar passagens pela polícia por furto e roubo na grande maioria dos casos, a cobrança de um serviço não solicitado normalmente vem acompanhada de ameaças implícitas. Quando não se contentam com o valor pago pelo “devedor”, a maneira de intimidar acaba sendo mais drástica e violenta, afinal é do conhecimento de todos que, por muitas vezes, o flanelinha praticam violências diretas ao condutor, sejam físicas ou verbais, quando não causam danos ao veiculo.

Em tese não se pode legitimar uma apropriação de um espaço público e muito menos efetuar cobrança imposta por um particular. Porém, esta atitude é visivelmente ignorada e de total ineficácia na repressão de delitos decorrentes da atividade ilícita, pois, de origem regular, mas que constitucionalmente é atribuído aos órgãos estatais, que pouco se importam pelo bem-estar do contribuinte.

Necessário mesmo seriam profissionais habilitados e capacitados, com tabela de preço fixo, com profissão regulamentada e legal. Por que não habilitar os flanelinhas? A responsabilidade dessa habilitação seria do poder público?

Mesmo que a formalidade não aceite a exploração de estacionamento em vias públicas, elas estão loteadas e cheias de ‘donos’ que se auto-intitulam proprietários dos locais de maior movimento, causando muitas vezes entre eles, brigas e discussões, de forma violenta e em alguns casos, fazendo o uso de armas, em ambiente público, a vista de todos.

O uso de drogas por eles, em pleno centro da cidade, também assusta muito. De diversos tipos e espécies, somos obrigados a presenciar e prever a reação indeterminada.

Apesar de toda esta enorme reprovação da sociedade em vista a essa abordagem injusta e cotidiana, inexistem condutas de repressão e fiscalização. Não vemos uma atitude direta dos órgãos competentes. Contudo, em momentos de alto grau de ameaça e/ou violência aplicada, a atitude da Policia é deter e liberar logo em seguida, retornando aos seus ‘pontos’, e que sempre revolta a população pelo descaso do poder público.

Apenas reprimir não é solução, é necessário pensar na inclusão e justiça social, fiscalizar, oferecer também qualidade de vida, combate eficiente contra as drogas. Contudo, será que eles estão dispostos a mudar ou levar esta vida é preferência? Resolver a problemática talvez seja difícil do que os ‘doze trabalhos de Hercules’, porém tento incansavelmente acreditar que um dia isso pode mudar.

Juliana Soledade é graduanda em Direito.