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A Caixa Econômica anunciará aporte de mais de R$ 8 milhões em um novo projeto habitacional em Itabuna, no sul da Bahia, durante a visita do vice-presidente de atendimento da instituição financeira, Carlos Borges. O condomínio residencial, voltado a famílias com renda entre três e seis salários mínimos, será construído na região do São Roque.
De acordo com a assessoria da Caixa, o Vila Morena terá 384 unidades e investimento total de R$ 23.040.000,00. A assinatura do contrato com a FM Construtora está previsto para as 11h20min, no auditório do Itabuna Palace Hotel. O vice-presidente da Caixa terá reunião com gerentes-gerais de agências sul-baianas e visitará projetos habitacionais do Minha Casa Minha Vida.

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Polícia foi chamada para conter os ânimos no Itaú (Foto Pimenta).

Trabalhadores da FM Construtora fizeram protesto na porta da agência do Itaú, na praça Manuel Leal, centro de Itabuna, por volta das 16h. De acordo com Joilson Santos, representante do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil (Sintracon), esta é a quarta vez que os operários chegam a uma agência bancária e são informados de que “o salário ainda não está na conta”.

Diante do protesto dos trabalhadores, homens e duas viaturas da Polícia Militar foram acionados para conter o princípio de tumulto na porta do banco. “Toda vez é isso aí, sempre chamam a polícia para trabalhadores. O pessoal trabalhou 30 dias, quer o seu dinheiro. Aqui não tem bandido, tem trabalhador”.

O Sintracon, anuncia Joilson, acionará judicialmente a FM Construtora. “A cada mês, mudam de banco. É Itaú, é Caixa Econômica. Do jeito que está, não pode ficar”. Os operários da FM trabalham nas obras do Minha Casa, Minha Vida, no bairro São Roque, onde estão sendo construídos 996 apartamentos populares. A obra é tocada com recursos federais e tem investimento de R$ 40 milhões, via Caixa Econômica.

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Um ‘mamão com mel’ para as empreiteiras Brasil afora, o programa habitacional Minha Casa, Minha Vida tem gerado muito trabalho sem carteira assinada, como mostramos aqui há uma semana (relembre). Os dramas contados por serventes e pedreiros explorados em um canteiro de obras do programa em Itabuna sensibilizaram leitores, mas pouca resposta foi ouvida de quem pode, de fato, fazer algo para aplacar a sanha destas empreiteiras.

Não são raros os protestos de trabalhadores em obras deste tipo. Na reportagem da semana passada, pais de família arregimentados em outros municípios passavam fome em Itabuna. Vieram para cá construir a casa dos sonhos de mil itabunenses cadastrados no programa.

Na semana passada, e após os protestos de trabalhadores da EMA, a obra no bairro São Roque ficou parada por dois dias e meio, entre a manhã de segunda-feira, 8, e o início da tarde de quarta, 10. Os contratados da FM Construtora protestavam contra a falta de cumprimento de acordos por parte da empresa. Será que o Ministério do Trabalho e Emprego tem passado por lá? E a procuradoria do Ministério Público Federal do Trabalho?

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Eles denunciam humilhação e fome

em obra do “Minha Casa, Minha Vida”

Nailton, desiludido, volta para casa(Foto Pimenta).

Trabalhadores arregimentados em pequenos vilarejos do sul da Bahia denunciam exploração, humilhação e fome em canteiro de obras do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida’, em Itabuna.

(Confira relatos no vídeo abaixo)

Atraídos para a obra com a promessa de salário compatível, hora extra, carteira assinada e despesas com hospedagem, alimentação, água e energia elétrica pagas pela empresa, os operários da construção civil conheceram o outro lado da moeda.

Cansados de não ver a cor do dinheiro ao final de mais de um mês de trabalho, cerca de 150 trabalhadores ocuparam o canteiro da prefeitura de Itabuna ao final da tarde da sexta-feira, 5, para protestar. Eles reclamavam da EMA Construtora, braço da FM Construtora no “Minha Casa, Minha Vida” em Itabuna.

O protesto gerou tumulto e a polícia foi acionada para controlar os trabalhadores. No outro dia, logo pela manhã, mais protestos, desta vez no canteiro da obra, entre o bairro São Roque e o semianel rodoviário, onde a FM Construtora ergue aproximadamente mil apartamentos. O contrato é de R$ 40 milhões.

Os operários receberam o dinheiro no outro dia, mas pago pela FM Construtora (alguns dos trabalhadores reclamavam que receberam apenas parte do devido). A polícia militar foi chamada para evitar maiores tumultos na hora do pagamento, feito em um refeitório.

De acordo com informações de funcionários da Caixa Econômica Federal, agente financeiro do programa, este não foi o primeiro protesto envolvendo trabalhadores da obra. Há cerca de 20 dias, a agência central do banco foi invadida por um grupo de operários da FM Construtora. Eles queriam receber salário. Houve quebra de objetos do banco, tumulto e agressões a funcionários da agência, mas tudo foi controlado.

Quase todos os trabalhadores que participaram da manifestação na última sexta-feira, 5, no canteiro da prefeitura (Adei), foram demitidos pela EMA Construtora. A empresa foi sublocada pela FM Construtora para erguer os apartamentos no São Roque.

O caso será levado à Procuradoria do Ministério Público Federal do Trabalho e à agência do Ministério do Trabalho e Emprego pela presidência da subseção itabunense da OAB. Todos os operários ouvidos pelo Pimenta, apesar de um mês de trabalho (e embora se trate de uma obra federal), não tinham a carteira assinada.

Confira vídeo em que operários reclamam das promessas não cumpridas pela EMA Construtora. Eles afirmam que passaram fome, foram humilhados pelo dono da empresa, Ernani Santana.