Dimenstein faleceu nesta sexta, em São Paulo, aos 63 anos || Foto Reprodução
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O jornalismo brasileiro perdeu um dos seus maiores nomes, nesta sexta-feira (29), com a morte de Gilberto Dimenstein, aos 63 anos. Também escritor, Dimenstein faleceu em São Paulo e enfrentava câncer no pâncreas.

O jornalista teve passagem marcante pela Folha de São Paulo e criou um dos mais inovadores projetos de jornalismo comunitário e de entretenimento, o site Catraca Livre, e era reconhecido por sua preocupação social.

Ele também passou pela Veja, Jornal do Brasil e Correio Braziliense, além da Rádio CBN. Dimenstein escreveu mais de uma dezena de livros e ganhou prêmios nacionais com obras como O Cidadão de Papel.

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marivalguedesMarival Guedes | marivalguedes@gmail.com

 

No mais recente escândalo, a Veja publicou cópia de documento falso com extrato bancário do senador Romário (PSB-RJ) mostrando que ele tem R$ 7,5 milhões em banco suíço, quantia não declarada à Receita Federal.

 

Na Tribuna do Cacau, na década 80, recebi release sobre reunião da Amurc. A edição “fechou” antes do horário que seria realizado o encontro, mas publiquei. Seria, foi adiado. Dia seguinte o jornal circulou informando que a Amurc se reuniu ontem. Fiz outra matéria sobre a falha e nova data do evento. Nunca mais repeti o erro.

Outro jornal publicou reportagem sobre um show de Elba Ramalho realizado em Itabuna. Citava até a música mais aplaudida, “quando o público foi ao delírio.” Detalhe: o show havia sido cancelado.

Não apenas “nós mortais” cometemos falhas. Gente famosa também erra. Eliane Catanhêde publicou nota, na Folha de São Paulo, sobre reunião emergencial entre Dilma e o ministro Edison Lobão para discutir apagão. Ganhou espaço na coluna Erramos.

Um dos veículos campeões em erros é a revista Veja, muitas vezes, intencionalmente, obedecendo a grupos políticos e econômicos.

A fictícia festa de aniversário de Thiago, sobrinho do ex-presidente Lula, é um deles. Na comemoração em Brasília, seriam distribuídos iPads com uma mensagem gravada por um jogador de futebol, incentivando a prática de esportes. A festa custaria R$220 mil.

Lula não tem sobrinho chamado Thiago morando na capital federal e não houve festa alguma realizada por seus familiares. A Veja se desculpou.

No mais recente escândalo, a Veja publicou cópia de documento falso com extrato bancário do senador Romário (PSB-RJ) mostrando que ele tem R$ 7,5 milhões em banco suíço, quantia não declarada à Receita Federal.

O ex-jogador contra-atacou de várias formas: ironizando ao seu estilo, se pronunciando no senado, dirigindo adjetivos nada elogiosos e ingressando na justiça para reivindicar R$ 75 milhões de indenização.

Pra completar, Romário publicou os endereços do facebook dos jornalistas que fizeram a matéria. Foram bombardeios de críticas, algumas irônicas e criativas, a exemplo desta:

Tem um vizinho meu aqui que tá me incomodando muito, já tivemos até algumas rusgas. Gostaria de saber quanto a Veja cobra para publicar uma matéria dizendo que ele tá enriquecendo urânio na casa dele?

Os jornalistas apagaram a conta do face.

Marival Guedes é jornalista e escreve crônicas aos domingos no Pimenta.

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marco wense1Marco Wense

O Partido Democrático Trabalhista não pode servir a dois senhores. Ou é oposição com ACM Neto ou é governo com Rui Costa. A militância repudia constrangedora e inaceitável dubiedade.

A senadora Marta Teresa Suplicy (PT-SP) e o deputado federal Félix Júnior (PDT-BA) parecem concordar com a opinião de que o PT caminha para um inevitável e profundo desgaste.

Marta, aquela do “relaxa e goza”, de olho no eleitorado cada vez mais antipetista, quer ser novamente prefeita de São Paulo. Félix também sonha com o Palácio Thomé de Souza.

Marta, depois das críticas ao petismo, ao ministro Chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e a gestão da presidente Dilma Rousseff, vem tendo um tratamento VIP da Folha e do Estadão. Só elogios.

Mas todo esse “encanto” é passageiro. Depois que Marta deixar o PT e for candidata ao Executivo, essa mesma imprensa vai dizer que ela é uma ex-petista, que não merece crédito, que é um perigo.

Já Félix quer ser prefeito de Salvador sendo vice de ACM Neto na eleição de 2016. O dirigente estadual do PDT acredita na reeleição do democrata e, como consequência, na sua candidatura ao governo da Bahia em 2018.

O comportamento de ACM Neto, como autêntico oposicionista, é natural. O de Félix, não. O tiro pode sair pela culatra, se o cheiro de oportunismo exalar.

O Partido Democrático Trabalhista não pode servir a dois senhores. Ou é oposição com ACM Neto ou é governo com Rui Costa. A militância repudia constrangedora e inaceitável dubiedade.

PS – O PDT de Itabuna escafedeu-se. Já tem um bom tempo que não se ouve falar da legenda. É um pequenino partido, omisso, insípido, incolor e inodoro. O comando estadual é complacente com o marasmo do nanico brizolismo tupiniquim. O saudoso jornalista Eduardo Anunciação, com sua inquietude e fina ironia, diria que o PDT é uma bufa.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Abaixo, a coluna do jornalista Xico Sá que foi censurada pela Folha há cerca de dez dias. Ele, mais que declarar voto, pedia uma mudança comportamental da imprensa em relação às eleições. O texto está publicado na coluna da ombudsman da Folha, Vera Guimarães Martins. Este blog tomou a ousadia de reproduzi-lo por ter tocado no assunto na última semana.  Xico, como se sabe, pediu demissão ao ter sua coluna vetada no caderno de Esporte (relembre). Segue a íntegra e o link para a coluna da ombudsman.
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Xico Sá divulgaçãoXico Sá

Se no primeiro turno foi Brasileirão de pontos corridos, agora, camarada, é Copa do Brasil, mata-mata.

Amigo torcedor, amigo secador, mesmo com a obviedade ululante PT x PSDB, eleição não é Fla-Flu, eleição não é sequer Atlético x Cruzeiro, Galo x Raposa, para levar a contenda para as Minas Gerais onde nasceram os dois candidatos do segundo turno.
Eleição não é dérbi clássico como Guarani x Ponte Preta, eleição é tão mais rico que cabe, lindamente contra o voto, meus colegas anarquistas na parada, votar simplesmente no nada, nonada, como nos sertões de Guimarães Rosa, sempre na área.
Fla-Flu, embora exista antes do infinito e da ideia de Gênesis, nego esquece em uma semana. Futebol nego esquece no 25º casco debaixo da mesa, afinal de contas, como dizia meu irmão Sócrates Brasileiro, futebol não é uma caixinha de nada, futebol é um engradado de surpresas sempre dividido com amigos de todos os clubes.
Doutor Sócrates Brasileiro que foi mais pedagógico, um Paulo Freire da bola, com a Democracia corintiana, do que muitas escolas. Doutor Sócrates, Casagrande e Vladimir nos ensinaram mais sobre a ideia grega do “poder do povo e pelo povo” do que toda aquela imposição de Educação Moral e Cívica dos generais das trevas.
Foi-se o tempo que viver era Arena x MDB, era Brahma x Antarctica. Até porque eles hoje são a mesma coisa, a mesma fábrica, a mesma Ambev que botou dinheiro de monte até na Marina evangélica – la não queria, mas o tesoureiro, talvez neopentecostal, pegou do mesmo jeito de todo mundo, vai saber, já era.
Eleição é coisa de quatro anos, no mínimo, pois até quem diz que não quer mais compra um aninho de luxúria e sossego iluminista em Paris, como já vimos no caso do FHC, comprovado em um dos maiores furos desta Folha, reportagem do grande Fernando Rodrigues, parlamentar comprado a preço de mensalão superfaturado.
Cadê a memória, a mínimo morália, como diria Adorno, jornalista safado?
Quem dera eleição fosse apenas o Fla-Flu que dizem. Quem dera fosse apenas um cordel que poderia ser resumido na peleja do playboy danadinho contra a mulher durona. É tudo mais complexo, ainda bem, e se no primeiro turno foi Brasileirão de pontos corridos, agora, camarada, é Copa do Brasil, é mata-mata.
Como sou favorável à linha dos jornais americanos que declaram voto, coisa que meu jornal  aqui teimosamente não encampa, queria deixar claro da minha parte: voto Dilma, apesar do meu pendor anarquista. Perdão, Bakunin, mas meu voto é contra a imprensa burguesa.
Digo que o jornal que me emprega não encampa e justiça seja feita: nunca me proibiu de dizer nada. Nem no impresso nem no blog. “Bota pra quebrar, meu filho”, lembro do velho Sr. Frias nessa hora, que cabra!
Seria legal que todos os jornalistas, que têm lado sim, se declarassem. Quem se apresenta para tornar as coisas mais iluminadas?
Xico Sá é jornalista e ex-colunista da Folha.

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Dilma, Marina e Aécio têm participação confirmada no debate.
Dilma, Marina e Aécio têm participação confirmada no debate.

Os candidatos a presidente da República participam de novo debate nesta segunda (1º) no SBT, às 17h45min. Será o primeiro confronto após a pesquisa Datafolha que registrou empate entre Marina Silva (PSB-Rede) e Dilma Rousseff (PT) e vitória da representante do PSB no segundo turno.
Além das líderes na pesquisa, o embate promovido pelo SBT em parceria com a Folha, Uol e Jovem Pan, tem participação confirmada de Aécio Neves (PSDB). Quatro “nanicos” também participam: Eduardo Jorge (PV), Levy Fidelix (PRTB), Luciana Genro (PSOL) e Pastor Everaldo (PSC).

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marco wense1Marco Wense

Tudo aquilo que a Marina não é mais, diria o jornalista Marcelo Coelho, agora não tão sobressaltado e atônito como antes, já que naquele tempo ainda se acreditava em “papai Noel”.

O jornalista Marcelo Coelho, em artigo na Folha de São Paulo, fevereiro de 2002, com o título “Tudo aquilo que o PT não é mais”, analisou o começo da derrocada ideológica do Partido dos Trabalhadores.

Na época, o PT flertava com o PL em troca de alguns minutos no horário eleitoral. O colunista dizia que “as negociações com os liberais são um caso de senilidade”. E, perplexo, perguntava: “Será que os petistas ficaram gagás?

Finaliza dizendo que “o PT buscava ser diferente, ser uma “novidade” na política brasileira: tratava-se de um partido com programa definido, com instâncias democráticas de decisão, com vocação de massas e níveis de moralidade acima da média. Podia-se concordar ou não com o PT, mas essas qualidades eram reconhecidas por todos.”

Marina, de olho no Palácio do Planalto, em uma decisão imperial, tomada em menos de 24 horas, se filia ao PSB. O PSB não é o PL, mas a condução do processo político continua o mesmo, na base do toma-lá-dá-cá sem nenhum tipo de constrangimento.

Aliados históricos estão deixando Marina e o projeto de criação da Rede Sustentabilidade, entre eles o ex-deputado federal Luciano Zica, um dos coordenadores da campanha presidencial da ambientalista em 2010.

Zica, como é mais conhecido, decepcionado, nitidamente irritado, em tom de desabafo, bracejando, disse: “Fiz papel de bobo tentando convencer possíveis aliados sobre a nova política. O PSB não tem métodos menos velhos que os outros.”

Em um eventual segundo turno, o DEM e o PSDB apoiariam Eduardo Campos contra Dilma Rousseff. No mesmo palanque, lado a lado, Marina, democratas, tucanos, toda bancada ruralista e o fundador do antigo PFL, o senhor Jorge Bornhaunsen, hoje eduardista de carteirinha.

Tudo aquilo que a Marina não é mais, diria o jornalista Marcelo Coelho, agora não tão sobressaltado e atônito como antes, já que naquele tempo ainda se acreditava em “papai Noel”.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

 

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Manu BerbertManuela Berbert | manuelaberbert@yahoo.com.br

Democracia é um regime em que o poder de tomar importantes decisões políticas está, direta ou indiretamente, com os cidadãos, e nós precisamos mesmo acreditar nessa força.

Três coisas me deixaram perplexa ao acompanhar o manifesto contra o aumento das tarifas em São Paulo: inicialmente, a quantidade de pessoas que se aglomerou nas principais vias da cidade. A segunda, e não menos importante, ver as matérias frias de algumas emissoras, criticando a manifestação e alegando que a “baderna” estava se dando por apenas e míseros R$ 0,20 (vinte centavos). A terceira foi ver a imagem da jornalista da Folha, Giuliana Vallone, após ser atingida no olho.
Segundo Paulo Moreira Leite, em matéria na Istoé, a população foi obrigada, desde o último aumento, a gastar pelo menos R$ 2.304,00 por ano. Isto, vale ressaltar, se a pessoa se deslocar apenas duas vezes por dia pela cidade de São Paulo, onde ocorreu a maior manifestação até então. A impressão que tenho é que há uma reação começando a tomar forma no país e isso é menos sobre passagem e mais sobre tomar posição. Há um acúmulo de excessos, e uma hora ou outra vai explodir.
Não sou comunista, não sou socialista, nem a favor de uma revolução. Porém, confesso que me vi de fato torcendo pelo despertar do brasileiro ao assistir a uma manifestação daquele tamanho por um direito justo e legal. A verdade é que está indigesto ver o governo nos fazer engolir taxas, impostos e inflação, enquanto gasta com programas assistencialistas que fazem do pobre um refém do seu poder. Está indigesto ver o nosso salário não chegar ao final do mês, ver o SUS de cuia nas mãos, enquanto bilhões são gastos em propagandas e estádios para a Copa. Não dá para fechar o olho, como aconteceu com a jornalista que cobria o manifesto, para uma baderna coletiva dessas.
Democracia é um regime em que o poder de tomar importantes decisões políticas está, direta ou indiretamente, com os cidadãos, e nós precisamos mesmo acreditar nessa força. Até porque hoje, quando precisamos de qualidade em qualquer área ou serviço, ele tem que sair do nosso bolso. Abre o olho, Brasil!
Manuela Berbert é jornalista, publicitária e colunista do Diário Bahia.

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Reprodução do primeiro site na web (Foto Fabrice Cofrinni/Folha).
Reprodução do primeiro site (Fabrice Cofrinni).

Nesta terça-feira (30) faz 20 anos que a WorldWideWeb tornou-se pública. Para comemorar, o Cern, laboratório europeu de pesquisa nuclear –e local onde a tecnologia foi inventada–, pôs no ar o primeiro site da história da web, em seu endereço original.
A página, que contém manuais de uso e explicações sobre a tecnologia, foi hospedada em 1989 nos servidores do instituto pelo cientista britânico Tim Berners-Lee, apontado como o inventor da tecnologia.
Qautro anos depois, em 30 de abril de 1993, o Cern publicaria um documento em que anunciava que, a partir daquele momento, a web se tornava domínio público. A iniciativa, como se sabe, deu origem a muito do que hoje conhecemos por “internet”.
Leia íntegra na Folha

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O ex-ministro da Integração Nacional, o ainda deputado Geddel Vieira Lima (PMDB), quem diria, pode acabar na presidência da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), segundo a coluna Painel, da Folha (confira aqui se for assinante). A edição do diário paulista desta sexta, 28, diz que o PMDB tenta emplacá-lo no cargo que hoje pertence ao PP, do ministro Mário Negromonte.

Se a nota se confirmar – do que duvidamos, é o que se poderia definir como rebaixamento (de prestígio, sim) do baiano Geddel.

O cargo é de uma expressividade comparável ao que o pernambucano Íbis é para o futebol mundial. Logo Geddel que na noite de quinta-feira (27) dizia, via Twitter, ter ressuscitado um cadáver político. E quem seria o cadáver? O prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro, ejetado do PMDB na semana passada.

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Do Comunique-se
A Folha de S. Paulo conseguiu, por meio de uma liminar (antecipação de tutela), tirar o site Falha de S. Paulo do ar. A página foi criada a cerca de 20 dias e fazia uma paródia do jornal, com críticas à cobertura do veículo (clique na imagem ao lado para vê-la ampliada).
O site era mantido por Lino Ito Bocchini e Mario Ito Bocchini, que pretendem recorrer da decisão da 29ª Vara Cível de SP, que condena os irmãos a pagarem multa diária de R$ 1.000 caso descumpram a determinação.
A alegação da Folha de S.Paulo para mover a ação é o “uso indevido da marca” na página de paródia. O processo contém mais de 80 páginas.
Para Lino Bocchini, a atitude da Folha foi “violenta”. “Não recebemos nenhum e-mail antes, nenhuma ligação. A liminar chegou direto. É uma ação muito violenta”, afirmou. O jornalista disse ainda que o veículo se contradiz com o processo. “Eu sempre li a Folha e concordei com os editoriais que defendem a liberdade de expressão. Mas agora a Folha vai contra tudo o que ela defendeu”, criticou.
O Twitter do Falha de S. Paulo e um vídeo crítico, que satiriza uma campanha do jornal, continuam no ar, mas os autores temem que a Justiça decida retirá-los.

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Marco Wense

Nem mesmo Leonel Brizola, então candidato ao Palácio do Planalto, sofreu tanta discriminação por parte dos “jornalões”.

A livre manifestação do pensamento é imprescindível para o Estado de Direito. É condição sem a qual não existe democracia e, como consequência, o exercício pleno da cidadania.
Essa prerrogativa constitucional não poder servir de escudo para proteger os que violam a imagem, a vida privada e, principalmente, a honra das pessoas. Não é à toa que a Carta Magna assegura o direito de resposta e a indenização por dano moral.
Setores do PT estão chiando em relação aos chamados “jornalões”, que, segundo os petistas, maculam a imagem de Dilma Rousseff, candidata da legenda à Presidência da República. O alvo principal é a Folha de São Paulo.
Salta aos olhos – e não precisa ter olhos de coruja – que a Folha tem uma escancarada preferência pelo candidato do PSDB, o tucano José Serra, ex-governador do Estado de São Paulo.
Nem mesmo Leonel Brizola, então candidato ao Palácio do Planalto, sofreu tanta discriminação por parte dos “jornalões”. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi vítima da parcialidade e do preconceito.
O tucano José Serra anda prometendo um salário mínimo de R$ 600,00 e reajuste de 10% para aposentados e pensionistas, sem falar no pagamento do décimo terceiro para os beneficiários do Programa Bolsa Família e dois professores para cada sala de aula.
Um estudo técnico do Ministério do Planejamento aponta que cada real acrescentado ao salário mínimo corresponde a um impacto de R$ 290 milhões nas contas públicas. O mínimo de Serra custaria R$ 17,7 bilhões a mais por ano.
Já que a possibilidade de um segundo turno é remota, o desespero do tucanato aponta para um único caminho: prometer tudo. A sabedoria popular costuma dizer que fulano está prometendo “Deus e o mundo”.
Em decorrência dessas mirabolantes e irresponsáveis promessas, o presidenciável do PSDB está sendo chamado, até mesmo por colegas economistas, de “tucano neopopulista”.
Se as promessas fossem da candidata do PT, a Folha e o Estadão, em editorial, estariam dizendo que a Previdência Social não suportaria esses aumentos, já que o déficit já ultrapassa R$ 5,4 bilhões.
O anti-Dilma da Folha e do Estadão, cada vez mais explícito, arranha a tão propagada credibilidade desses dois grandes jornais, que para o pessoal do PT são “jornalões”.
CEI

(Foto Duda Lessa)

O vereador Claudevane Leite, o Vane do Renascer, relator da Comissão Especial de Inquérito que apura irregularidades no Legislativo de Itabuna, tem a grande oportunidade de mostrar que é uma das poucas exceções da Casa, já que a regra, infelizmente, é o nivelamento por baixo.
Para isso, é preciso, com a coragem que o caso requer e em respeito ao seu cativo eleitorado, elaborar um relatório conclusivo, sem subterfúgios, dando nomes aos “bois”, apontando os vereadores envolvidos com o lamaçal que toma conta da “Casa do Povo”.
Se assim proceder, o vereador pode até se tornar um prefeiturável do PT, sendo mais uma opção aos nomes de Juçara Feitosa, Miralva Moitinho e do próprio Geraldo Simões.
Nas bolsas de apostas, a opinião de que a CEI vai virar uma gigantesca pizza, recheada com marmelada, é de 10 para 1. Ou seja, somente uma pessoa acredita que algum vereador seja punido.
DEBATE
No debate da TV Itapoan/Rede Record, o candidato do PMDB, Geddel Vieira Lima, presenteou o governador Jaques Wagner (reeleição-PT) com uma declaração de Paulo Souto.
Questionado pelo peemedebista sobre o aumento da violência no seu governo – o então pefelista governou a Bahia por oito anos -, o agora democrata (DEM) disse que não podia resolver tudo “em dois mandatos”.
Pois é. Quer dizer que o governador Jaques Wagner tem que solucionar todos os problemas de segurança pública em apenas quatro anos? Tenha santa paciência, diria o jornalista Luiz Conceição.
Com a reeleição, Wagner governaria a Bahia por oito anos, que é a metade dos 16 anos, o tempo que o carlismo mandou – ininterrupamente – na Bahia. O tempo do manda quem pode, obedece quem tem juízo (ou medo).
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.
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O Instituto Datafolha acaba de divulgar o resultado da mais recente pesquisa sobre a sucessão nacional. O cenário é preocupante para o tucano José Serra. Pior do que ver a diferença para Dilma Rousseff (PT) avançar 20 pontos percentuais, ele também perde em regiões/estados antes tidos como “currais” tucanos, a exemplo de São Paulo, e sul do país. No Rio Grande do Sul, Dilma aparece quatro pontos à frente.
A pesquisa foi feita nos dias 23 e 24 e ouviu 10.948 eleitores em todos os estados brasileiros. Apurou-se que Dilma saiu de 47% para 49% nas intenções de voto e Serra caiu de 30% para 29%.
Tudo dentro da margem de erro, mas a “desgraceira” reside nos detalhes do levantamento. O tucano perde até mesmo no estado de São Paulo, por 41% a 36%, e no Rio Grande do Sul (43% a 39%).
A senadora Marina Silva (PV) conseguiu “guentar” o tranco e manter os seus 9%. A pesquisa ainda apurou que 4% dos eleitores têm a intenção de votar em branco ou nulo e 8% estão indecisos. Pelos números divulgados, Serra tem vantagem somente na capital do Paraná. Em Curitiba, ele bateria Dilma por 40% a 31%, mas viu a vantagem caiu de 19 para 9 pontos percentuais.
Em um eventual segundo turno, Dilma superaria Serra por 55% a 36% (era 53% a 39% na pesquisa da semana passada). Dilma cresceu também em intenções de voto na pesquisa espontânea, saindo de 31% para 35%. O tucano saiu de 17% para 18%.
Nos estados, Dilma subiu sete pontos em Minas Gerais, oito pontos do Rio Grande do Sul, 12 na Bahia. A presidenciável bate Serra até mesmo na capital de São Paulo, por 41% a 35%. Os números completos podem ser conferidos na edição desta quinta da Folha.

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Sorte grande. No início do ano, a Prefeitura de Salvador anunciou que promoveria um recadastramento, de caráter formal, dos 20 bancos credenciados para operar o crédito consignado do funcionalismo local. Para surpresa das demais instituições, uma vez encerrado o processo, apenas o BMG e três bancos pequenos mantiveram a licença.”