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Portas das ambulâncias são amarradas com ataduras
Portas das ambulâncias  do Samu em Ilhéus são amarradas com ataduras

Funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-192) de Ilhéus paralisaram as atividades, por 24 horas, nesta sexta-feira (6). Somente 30% dos trabalhadores estão de plantão na base para garantir atendimento aos casos mais graves.

Os funcionários estão protestando contra a falta de condições de trabalho. Eles denunciam que somente duas ambulâncias estão funcionando, mesmo assim, precariamente. Além de Ilhéus,  os veículos são usados para atendimento nos municípios de Valença, Gandu, Itacaré, Una, Arataca e Teolândia. Os trabalhadores afirmam que os dois veículos disponíveis circulam com pneus carecas e sem equipamentos necessários para atendimento aos pacientes com quadro gravíssimo.

Os funcionários se queixam ainda que o imóvel onde funciona a base do Samu em Ilhéus está com infiltrações, portas quebradas, sem camas para descanso dos plantonistas à noite, macas danificadas, aparelhos telefônicos e rádios de comunicação com defeito, dentre outros problemas graves.

SUCATEADAS

Por meio de nota, a Prefeitura de Ilhéus informou que, “pesar da paralisação de advertência por 24 horas dos servidores do Samu, em Ilhéus, duas unidades – uma básica e outra avançada – asseguram o atendimento à população durante o dia de hoje (6)”. Na viatura básica, atuam um técnico e um condutor socorrista. Na avançada, médico, enfermeiro e condutor.

A nota diz ainda que, por causa da distância entre os municípios,  “Ilhéus necessita ter disponíveis, seis unidades – duas avançadas (com motorista, médico e enfermeiro) e quatro básicas (com motorista e enfermeiro) e que a última renovação da frota ocorreu em 2012″.

De acordo com a Prefeitura de Ilhéus, em 2015, a gestão anterior recebeu mais duas ambulâncias para se somar à frota. Mas, segundo a secretária de Saúde de Ilhéus, enfermeira Elizângela Oliveira, o atual governo recebeu as viaturas sucateadas ou sem manutenção e a solução definitiva para a regularização do serviço passa pela renovação da frota por parte do Ministério da Saúde.