Nino Paraíba, do Bahia, e Patrick, do Inter, em lance de hoje || Foto Divulgação Internacional/RS
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O Bahia empatou em 2 a 2 com o Internacional de Porto Alegre, neste domingo (6), em jogo que foi decidido pelo árbitro de vídeo (VAR). O gol de empate veio aos 51 minutos do segundo tempo, de pênalti.

O tricolor saiu na frente com Rodriguinho, mas Patrick e Thiago Galhardo marcaram os gols do time gaúcho. Já no finalzinho, Clayson, cobrando pênalti, deixou tudo igual para o tricolor.

Com o resultado, o Bahia chegou aos nove pontos no Brasileirão e permaneceu na 11ª colocação. Já o Internacional somou 17 e segue na ponta na Série A.

O tricolor volta aos gramados na próxima quinta-feira (10), quando recebe o Grêmio, às 19h15min, no estádio de Pituaçu, pela 9ª rodada do Brasileirão. Com Correio24h.

Índio Ferreira (centro) é o treinador do Colo Colo, que conta com patrocínio da Doce Mel
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Após quatro anos longe da Série A do Campeonato Baiano, o Colo Colo terá a chance de retornar à elite. O Tigre é uma das equipes que vão disputar a Série B do estadual neste ano. O time de Ilhéus estreia na Série B no dia 25 de outubro, diante do Jequié, fora de casa.

O Colo Colo conta com investimentos, mas também com a experiência para tentar desbancar os concorrentes ao acesso. O clube é o único, entre os seis participantes, que já conquistou o principal título do futebol baiano, o de campeão da Série A do Baianão, em 2006.

O time de Ilhéus ainda ostenta dois títulos da própria Série B, em 1999 e 2014. Para repetir o feito neste ano, o Tigre aposta na parceria com o Doce Mel Esporte Clube, que conquistou o acesso em 2019 e neste ano permaneceu na elite.

Além do patrocínio da empresa Doce Mel, a equipe ilheense será reforçada com atletas e a comissão técnica que defenderam o time de Ipiaú no Baianão 2020. O comandante será o técnico Índio Ferreira.

De Camacan, Fabrício Baiano assina com o Rizespor || Foto Divulgação
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Um dos principais destaques do Genclerbirligi na última temporada, o volante brasileiro Fabrício Baiano, ex-Marítimo, Coritiba e Vasco acertou com o Rizespor para as próximas três temporadas. Feliz com o novo desafio que terá na carreira, o jogador falou sobre a novidade e espera fazer história com a camisa do clube.

– Depois de um primeiro ano quase perfeito aqui na Turquia, tivemos a proposta do Rizespor e não pensamos duas vezes. Estou muito feliz com a oportunidade de defender o clube e espero fazer a minha história aqui. Vou trabalhar muito para conquistar títulos e bater recordes com a camisa do clube nos próximos anos – disse.

Ainda de acordo com o atleta, sua meta é continuar evoluindo no futebol europeu.

– Tenho trabalhado muito para evoluir no futebol europeu. Venho me dedicando ao máximo para isso. A vinda para o futebol turco me fez muito bem e logo em meu primeiro ano aqui tive ótimos números. Agora é manter isso na sequência. Com informações do Lance!

Vitória encara o Ceará nesta quarta-feira || Foto Pietro Carpi/ECVitoria
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Vitória e Ceará jogam nesta quarta-feira (26), às 21h30min, no Barradão, em Salvador, para saber quem vai à quarta fase da Copa do Brasil. Na primeira partida, melhor para o Vozão, que ganhou por 1 a 0 e joga por qualquer empate para seguir na competição, e ainda embolsar R$ 2 milhões como prêmio aos classificados.

Precisando vencer, o rubro-negro baiano do treinador Bruno Pivetti promete um esquema mais ofensivo. Pela Série B, neste sábado (22), o Vitória empatou com o CRB em 2 a 2, em Maceió. As equipes também jogaram este ano pelas quartas de final da Copa do Nordeste, e os cearenses levaram a melhor e foram até final conquistando o bicampeonato da Lampions League, como brincam os torcedores. A equipe de Guto Ferreira está embalada, porque ganhou do Bahia na última rodada do Brasileirão da Série A, por 2 a 0, conquistando a primeira vitória na competição

Bahia derrota o Bragantino em Pituaçu || Foto Felipe Oliveira/EC Bahia
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Um gol do zagueiro Ernando, bem no finalzinho da partida contra o Red Bull Bragantino, manteve o Bahia com 100% de aproveitamento e colocou o time na quarta colocação do Brasileirão 2020, com um jogo a menos que outros 12 times. A partida foi disputada no Estádio de Pituaçu, em Salvador.

O Tricolor abriu o placar no primeiro tempo. Cobrança de escanteio e Juninho Capixaba usou a cabeça para estufar a rede adversária. Bahia 1, Bragantino 0, aos 25 minutos.

Os baianos recuaram ainda mais no segundo tempo. O Bragantino, que já acumulava mais posse de bola, empatou em lance de bola parada. Léo Ortiz, aos 32 minutos, aproveitou a cobrança de falta, cabeceou e Douglas deu rebote. O próprio Ortiz aproveitou: 1 a 1.

Jogando em casa, o Bahia teve que abandonar a postura mais defensiva após o gol do Bragantino. Clayson perdeu um gol “feito” no cara a cara com o goleiro adversário minutos depois do time sofreu o primeiro gol no Brasileirão deste ano.

Aos 47 minutos da etapa final, vitória sacramentada. Cobrança de escanteio e o zagueiro Ernando cabeceia, certeiro, para decretar o 2 a 1 em Pituaçu. Seis pontos na conta e alívio para, na próxima quinta (20), no Morumbi, às 20 horas, enfrentar o São Paulo em crise.

Brasil é campeão da Copa América|| Foto Fernando Frazão/AB
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O Brasil começa a defender o título da Copa América no dia 13 de junho do ano do próximo ano, em Medellin (Colômbia) contra a Venezuela. A tabela completa da competição foi divulgada nesta quinta-feira (13) pela Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).

O torneio seria disputado entre junho e julho de 2020, mas foi adiado para 2021 devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19). A seleção brasileira está no Grupo B, com sede na Colômbia.

Além dos venezuelanos e dos anfitriões, também estão no caminho Peru, Equador e Catar, novamente convidado. O atual campeão asiático esteve na edição de 2019, no Brasil. Após a estreia, a equipe de Tite atuará duas vezes em Cali e duas em Barranquilla. Os quatro times mais bem colocados da chave avançam às quartas de final.

ARGENTINA

O Grupo A será disputado na Argentina. A seleção local, que abre a Copa América em 11 de junho de 2021 contra o Chile, em Buenos Aires, medirá forças contra Uruguai, Paraguai, Bolívia e Austrália. A nação da Oceania, que compete pelo continente asiático, também foi convidada pela Conmebol e disputará a Copa América pela primeira vez. Córdoba, La Plata, Mendoza e Santiago del Estero são as outras cidades que sediarão o torneio.

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Bahia bate o Coritiba, em Pituaçu, e agora espera o Bragantino || Foto Felipe Oliveira EC Bahia
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O Bahia estreou com o pé direito no Brasileirão 2020 ao derrotar o Coritiba, por 1 a 0, nesta quarta-feira (12), no Estádio de Pituaçu, em Salvador. Numa cavadinha em cobrança de pênalti, o Tricolor deu números finais ao placar ainda no primeiro tempo, com Rodriguinho.

A equipe volta a campo, no próximo domingo (16), para enfrentar o Red Bull Bragantino, novamente no Estádio de Pituaçu. A equipe de Bragança Paulista empatou nos dois primeiros jogos pelo Brasileirão. No domingo, 1 a 1 contra o Santos. Hoje, repetiu o placar, desta vez contra o Botafogo (RJ).

Vitória também teve mais posse de bola || Foto Pietro Carpi/ECV
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O Vitória iniciou bem a caminhada rumo à elite do futebol nacional. Neste sábado (8), na estreia da Série B, o rubro-negro recebeu o Sampaio Corrêa e não decepcionou. Triunfo de 1 a 0, gol marcado pelo lateral esquerdo Thiago Carleto, de pênalti. A equipe não vai ter muito tempo para comemorar, afinal, na terça-feira (11) o time enfrenta o Figueirense, às 21h30, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC).

Para a primeira partida no campeonato, o técnico Bruno Pivetti optou por uma escalação ofensiva, afinal, a ideia era aproveitar o mando de campo e largar bem na competição. Destaque para a estreia do meia Marcelinho, contratado do Ludogorets, da Bulgária. O trio de ataque, por sua vez, foi formado por Vico, Jordy Caicedo e Alisson Farias. Do Correio 24h.

Novo técnico do Flamengo, Doménec é apresentado || Foto Alexandre Vidal/CRF
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Domènec Torrent, ou apenas Dome, como prefere ser chamado, participou, nesta segunda-feira (03) de sua primeira entrevista coletiva na função de técnico do Flamengo. Paciente, diplomático e tentando improvisar um “portunhol”, o catalão deixou bem claro como pretende trabalhar com o elenco rubro-negro, as mudanças que deve fazer no estilo de jogo e admitiu que já tem até uma possível escalação para a estreia do Campeonato Brasileiro.

Em todos os momentos, Dome fez questão de deixar claro a grandeza do Flamengo, afirmando ser um dos 10 maiores clubes do mundo e conhecido na Europa. Ao receber a proposta do Rubro-Negro, ele não hesitou.

“Eu não sei se Brasil sabe o quanto o Flamengo é respeitado fora da América. Na Espanha, quando você fala de uma equipe brasileira, a primeira que vem à cabeça é o Flamengo. Quando pessoas que eu confio me falaram sobre o Flamengo eu disse: para tudo. Primeiro é o Flamengo e se a coisa for adiante e tivermos um processo bom, é minha primeira opção 100%. Só há dez equipes no mundo que se podem comparar a Flamengo. Foi fácil para mim. Quando me falaram sobre o interesse do Flamengo era minha primeira opção de poder trabalhar com esse grandioso clube”.

Dome admitiu que acompanhou cerca de 10 jogos recentes do Flamengo e, dentre eles, as finais da Libertadores e do Mundial Interclubes. Apesar de elogiar o trabalho de Jorge Jesus, que ganhou quase tudo pelo clube, o novo comandante rubro-negro revelou que vai mudar, aos poucos, a maneira de o time atuar. Para isso, conta com a ajuda dos jogadores, e já sabe até a escalação para o primeiro compromisso do Campeonato Brasileiro.

“Quando você ganha tudo quer dizer uma coisa: os jogadores são ‘top’, são muito inteligentes, e não têm nenhum problema em mudar. O mais importante não é ganhar, é voltar a vencer quando já venceu antes. Isso é muito difícil. Já tenho experiência em como tratar esses tipos de jogadores. É muito fácil jogar com esses tipos de jogadores, que conheço perfeitamente todos, ou quase todos. Praticamente conheço todo o plantel e já tenho em mente a equipe para a próxima partida”.

Dome afirmou que vai jogar para frente, pressionando o adversário e revelou que prefere ganhar de 4 a 3 do que de 1 a 0. E como o técnico pretende mudar o Flamengo?Leia Mais

Bahia e Atlético se enfrentam nos dias 5 e 26, em Pituaçu || Foto Felipe Oliveira/EC Bahia
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O primeiro jogo das finais do Campeonato Baiano de Futebol de 2020 será disputado na próxima quarta (5), às 21h30min, no Estádio de Pituaçu, em Salvador. Bahia e Atlético de Alagoinhas disputam o título do certame. Já a segunda e decisiva partida das finais está marcada para o dia 26.

O segundo jogo será também em Pituaçu, no mesmo horário, conforme divulgado pela Federação Bahiana de Futebol (FBF) há pouco. Havendo empate em pontos ganhos após os dois jogos, o primeiro critério de desempate para definição do campeão será o maior saldo de gols. Havendo igualdade também no saldo de gols, o título será decidido nas cobranças de pênaltis, informou a Federação.

Bahia enfrenta Jacuipense no Estádio Roberto Santos (Pituaçu)
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O Campeonato Baiano de 2020 se encaminha para a reta final neste domingo (2), com os jogos de volta das semifinais. O Bahia enfrenta o Jacuipense, no estádio de Pituaçu, em Salvador. Do outro lado da chave, o Atlético-BA encara o Juazeirense, no estádio Carneirão, em Alagoinhas. Ambas as partidas terão início às 16h (horário de Brasília).

O Tricolor Baiano poderá perder por um gol de diferença que garantirá a vaga na decisão. Para o Jacuipense avançar, terá que superar o finalista da Copa do Nordeste por uma vantagem de três gols. O Bahia saiu na frente no jogo de ida, na última quinta-feira (30), ao vencer o adversário por 2 a 0.

Na outra semifinal, o Atlético-BA entra em campo como favorito após derrotar o Juazeirense na primeira partida por 4 a 1. Neste domingo (2), o time de Alagoinhas poderá perder por até dois gols de diferença que avançará à final. Já o Juazeirense terá de golear – a partir de quatro gols – para estar na finalíssima. Se no placar agregado – soma de gols nos confrontos de ida e volta – terminar empatado, o finalista sairá da cobrança de pênaltis.

Na artilharia do Baianão temos o experiente atacante Marcelo Nicácio, do Fluminense de Feira, com oito gols no total. Na sequência estão Deon, do Bahia de Feira, e Maurício, do Doce Mel. Cada um marcou cinco vezes.

Fernando Riela era craque dentro e fora do campo
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Quatro irmãos, quatro craques! Fernando, Carlos, Leto, Lua. Uma família boa de bola. Boa de bola é pouco, isso era para quem não gostava de futebol. Uma família de craques testada e aprovada por onde passaram. Em campo chegavam a ser adversários: Dois no Fluminense – Fernando e Carlos, no Flamengo – Carlos, e Lua, o mais novo, no Janízaros, cada qual com seu estilo e posição.

 

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Nesta quarta-feira (22) o esporte fica de luto e os desportistas perdem um ídolo: Fernando Riela, o maior ponta-esquerda do futebol de Itabuna, que há muito vinha driblando as complicações cardíacas. De repente, por uma leve distração ou pelos efeitos sobrenaturais do futebol, Fernando Riela não conseguiu chegar ao fim da linha esquerda com a bola nos pés e cruzar para o gol, como fazia no velho campo da Desportiva.

Perdeu a bola para o adversário – seu próprio coração – e tomou um gol de contra-ataque nesta madrugada. Infelizmente, perdeu o jogo, não o do seu Fluminense ou da gloriosa Seleção Amadora de Itabuna e no Itabuna Esporte Clube, mas da vida, para a tristeza de familiares, amigos, admiradores. É sempre assim, nem sempre conseguimos ganhar todas as partidas, às vezes empatamos, outras perdemos.

E Fernando Riela estava acostumado com os altos e baixos do futebol, onde muitas vezes dominava o jogo inteiro, estraçalhava o adversário, aplicava-lhe dribles infernais e não conseguia a chegar ao gol. Na vida também é assim. Passamos boa parte de nossa existência numa boa, ganhando todas, e lá pela frente nos alcança o cansaço, próprio dos anos vividos. Bem ou mal vividos, tanto faz.

O que importa é completar o ciclo por cima, amparado pelo que fizemos de bom, o que deixaremos como exemplo para a sociedade que nos cerca. É o chamado legado, no caso de Fernando Riela, bem positivo. É certo que ninguém está livre de tomar uma bola “pelas costas” num cochilo qualquer, mas logo retomada com maestria e finalizada com um gol magistral.

Mas o tempo não perdoa. A cada minuto o árbitro da partida está de olho no relógio, preocupado com os 45 minutos do segundo tempo, impedindo qualquer avanço para a linha de fundo. Às vezes, até dá pra cruzar a bola, que nem sempre chega à cabeça do centroavante e ir ao fundo da rede e partirmos para comemorar mais um tento na nossa vida, o que equivale ao “por pouco não chegamos lá”.

Você deve lembrar com saudade, Fernando, de quando recebia a bola e partia para a linha lateral cercado de zagueiros, controlando a bola coladinha no pé esquerdo e passando – de passagem – por todos eles? Claro, como poderia esquecer essa jogada, que terminava com um lançamento para a pequena área e gol. Como esquecer a galera inteira do campo da Desportiva aclamando mais um gol! Impossível esquecer!

Quatro irmãos, quatro craques! Fernando, Carlos, Leto, Lua. Uma família boa de bola. Boa de bola é pouco, isso era para quem não gostava de futebol. Uma família de craques testada e aprovada por onde passaram. Em campo chegavam a ser adversários: Dois no Fluminense – Fernando e Carlos, no Flamengo – Carlos, e Lua, o mais novo, no Janízaros, cada qual com seu estilo e posição.

Se separados eram bons, imaginem juntos na invencível Seleção Amadora de Itabuna, que chegou ao octacampeonato. Uma emoção e tanto para os torcedores, imaginem para os outros tantos craques que atuavam juntos. Como ouvi algumas vezes de outro craque dessa época, o meu amigo Bel (Abelardo Moreira), era fácil jogar com tanta inteligência e ginga junto, tudo ficava mais fácil.

Mas Fernando Riela não foi somente um jogador de futebol, melhor, o jogador de futebol, ou como o definiu o também jogador Maurício Duarte, com passagens por grandes clubes brasileiros: Fernando Riela foi o Garrincha pela ponta-esquerda. Fora dos gramados, era um amigo leal, um pai de família exemplar, um empresário, um cidadão sempre disposto a participar dos eventos do bem.

Dos quatro, dois estão entre nós, Carlos e Lua. Leto, e agora Fernando já nos deixaram por terem sido escalados por Deus para a seleção do Céu, onde jogam ao lado de tantos colegas. Lembram de Tombinho, Santinho, Léo Briglia, Jonga Preto, Luiz Carlos, Humberto, Danielzão, Valdemir Chicão, Neném, Santinho, Humberto Cézar, Zequinha Carmo, Amilton e tantos outros, animados pela charanga de Moncorvo.

Fernando Riela jogou em Itabuna, mas pelo futebol que jogava poderia ter atuado no time que quisesse e somente não estreou no Vasco da Gama para atender a um pedido do seu pai, seu Astor, que não abria mão de não ver seu filho jogando naquele Fla-Flu grapiúna. Atendendo ao pedido paterno, deixou o Rio de Janeiro, viajou para Itabuna e jogou no clássico. Estraçalhou o Flamengo, embora tenha perdido o jogo no segundo tempo.

O tempo que não para, não perdoa quando é chegada a hora, como não parou agora.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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Ex-zagueiro do Bahia nos anos 70, Élcio Nogueira da Silva, o Sapatão, de 72 anos, morreu hoje (5), informou o Metro1. Ele fez parte do elenco do tricolor na campanha vitoriosa do campeonato Baiano de 1973 e 1979. De acordo com informações recebidas pelo Metro1, o ex-atleta estava na UTI do Hospital da Bahia e respirava com a ajuda de aparelhos. Sapatão deu entrada no hospital no dia 17 de maio. No último dia 2 de junho, ele foi diagnosticado com coronavírus.

Como jogador, Sapatão teve passagens também pelo Santa Cruz, Flamengo, Fluminense de Feira, Catuense e Capelense-AL. Já como técnico, ganhou destaque por ser campeão da Série B do Baiano dirigindo equipes como Ypiranga em 1990, o São Francisco do Conde em 1996, o Camaçari em 1997 e o Camaçariense em 2003. Ele também foi vice-campeão do Baianão no comando do Juazeiro em 2001.

Através de uma nota oficial, o Bahia lamentou o falecimento do ex-capitão tricolor e disse que o presidente do clube, Guilherme Bellintani, já prestou todas as condolências à filha Renata. A agremiação providenciou uma bandeira para o seu sepultamento. O clube vinha acompanhando o caso desde a semana retrasada através do gerente de marketing Lênin Franco, amigo da família.

Ao todo, Sapatão disputou 450 jogos e ele marcou 12 gols. Em 224 dessas partidas, o tricolor não tomou gols com o zagueiro em campo.

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Os que desconhecem as dificuldades do povo mais sofrido, agravadas com a terrível crise, compram equipamentos e medicamentos superfaturados e não tiveram o cuidado de agir na hora certa. Posaram de líder na campanha eleitoral prometendo resolver todos os problemas e, de quebra beijavam os mais velhos, tomavam nos braços as criancinhas. Tudo era o mais absurdo lero.

 

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Nesses tempos ruins de infecção pelo Covid-19 a sociedade brasileira sem sendo questionada e estudada como nunca antes, principalmente em relação à solidariedade e torcida ideológica do vírus e de medicamentos. No centro da questão, como não poderia deixar de ser, estão os políticos – com e sem mandato – a imprensa e a chamada sociedade em geral.

Não sei se minha comparação é por demais absurda, mas é a que me vem à cabeça no momento, mas vou equiparar a plural sociedade brasileira como sendo a Arca de Noé, com representação de todos os bichos – o homem inclusive. Fosse hoje, passado o dilúvio, a arca aportaria sem algum sobrevivente e uma coleção de cadáveres de fazer brilhar os olhos de um pesquisador da biologia, sociologia, ou qualquer formação terminada em gia.

Não possuo tendências terroristas, apenas e com pesar observo as guerras fratricidas causadas pela divergência ideológica. Pasmem os senhores, na propagação do vírus o pau que bate em Chico é o mesmo que dá em Francisco, pois qualquer um poderá ser contaminado. Infectado, deveríamos torcer pela cura, vinda dos medicamentos existentes e que melhor possam debelar a doença.

Só que não. Isso me faz lembrar do saudoso e competente técnico Telé Santana na direção da Seleção Brasileira de Futebol. Todos reconheciam que foram escalados os melhores jogadores e cada um dos brasileiros queriam que jogassem os 11 do seu time ou sua preferência. Dadas os devidos descontos, pelo naquela época as brigas eram apenas discussões em mesas de bar e nos programas humorísticos: “Bota ponta, Telé!”.

Sim, mas os políticos, que foram eleitos por nós para nos representar dignamente, como entram nessa singela história? Misturaram as bolas e jogam em times diferentes daqueles que estavam quando os escolhemos. Trocaram de time, rasgaram as camisas que diziam se orgulhar. Os 513 deputados e 81 senadores não querem mais parlamentar e sim executar, criando uma nova torre de Babel.

A Constituição da República, a chamada Carta Cidadã, somente é consultada quando favorece a determinado grupo e as invasões de competência se tornaram fatos corriqueiros, iguais a partidas de futebol de várzea sem a presença do árbitro. Não se marca impedimento, não se respeita as quatro linhas, é permitido gol de mão e falta grave só quando o jogador atingido é diagnosticado – no mínimo – com morte cerebral.

Se aqui ainda estivesse, Stanislaw Ponte Preta (pseudônimo do jornalista Sérgio Porto) promoveria um Festival de Besteiras que Assola o País (Febeapá) por dia, com a devida abertura sonora com a música “samba do crioulo doido”, com o perdão dos politicamente corretos.

Solidariedade. Esta sempre é uma palavra na ponta da língua dos políticos quando têm em frente um microfone e uma câmera de TV, mas de difícil operacionalização, quem sabe causada pelas atribulações do dia a dia que levam ao esquecimento. É a mesma situação do “faça o que mando e não o que faço”, dito pelos poderosos com o ar de sabedoria e a empáfia que lhe é peculiar.

Basta uma simples análise – mesmo perfunctória – nos mapas com a incidência de infecção do Covid-19 para verificarmos se as ações e medidas tomadas pelos governos estão corretas. Mas não faz, se não fizemos o que deveríamos fazer, daqui pra frente poderemos elaborar programas e projetos inteligentes para dar um freio de arrumação no vírus. Quem morreu, morreu, agora é vida que se segue. Basta ficar em casa.

Ficar em casa, eis o grande dilema! Se o vírus é “democrático” e não escolhe quem infeccionar, a condição do infectado em sua residência não tem nada a ver com a tão propagada democracia. É de uma distância abissal a situação financeira do que ordena a imobilidade para oprimido que tenta sair às ruas em busca de trabalho ou de uma ajuda qualquer para remediar a fome de sua família.

Os que mandam prender um qualquer por falta de máscara é o mesmo que destila sua raiva nos microfones sem esse equipamento de segurança, mesmo sem cumprir a distância regulamentar estipulada pelo Ministério da Saúde. Os que proíbem a circulação são os mesmos que promovem festas noturnas em seus condomínios de luxo e que não respeitam as inúmeras queixas registradas nas delegacias de polícia.

Os que desconhecem as dificuldades do povo mais sofrido, agravadas com a terrível crise, compram equipamentos e medicamentos superfaturados e não tiveram o cuidado de agir na hora certa. Posaram de líder na campanha eleitoral prometendo resolver todos os problemas e, de quebra beijavam os mais velhos, tomavam nos braços as criancinhas. Tudo era o mais absurdo lero.

Como dizia o velho sanfoneiro Lua na música Vozes da Seca: “Mas doutô uma esmola a um homem qui é são/Ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão”.

Seca de líderes.

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.

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Caso seja bafejado pela sorte, ou quem sabe, a técnica, defendendo sua retaguarda, é aplaudido efusivamente pelos torcedores de sua equipe e xingado pela torcida adversária. Se não foi feliz na sua intervenção, “a casa cai” e imediatamente ganha, no mínimo, a alcunha de frangueiro

Walmir Rosário || wallaw2008@outlook.com

Não sei como surgiu a homenagem aos goleiros, comemorada em todo o mundo no dia 26 de abril. Goleiro é uma das posições que não admitem falha, pois no futebol é o gol quem “manda” e quem marca mais ganha o jogo, o turno, o campeonato. Goleiros bons já tivemos à mancheia, embora os milhões de comentaristas brasileiros sempre disseram que eles não sabiam sair das quatro linhas como os europeus.

Na seleção canarinho sempre foi motivo de amor e ódio. Que o diga o goleiro da Copa de 50, Barbosa, que tomou os dois gols do “Maracanaço”, marcado para sempre e morreu com esse desgosto. Dizem até que o lugar do goleiro – embaixo dos três paus – é tão amaldiçoado que não nasce grama. As diferenças entre o goleiro e os atacantes são abissais e ninguém enfarta caso um atacante perca um gol, mas morre se o goleiro toma.

Marcadas as diferenças, alguns goleiros sabem se impor e conseguem fazer história nos times por que passam – com raríssimas exceções – e na Seleção Brasileira, outros não conseguem essa proeza. Guarda-redes, goalkeeper, arqueiro ou simplesmente goleiro é aquele que consegue fazer voos sensacionais para tirar, com a ponta dos dedos, a bola da direção do gol, se jogar nos pés do atacante, calcular o lado certo da batida da falta ou do pênalti.

Caso seja bafejado pela sorte, ou quem sabe, a técnica, defendendo sua retaguarda, é aplaudido efusivamente pelos torcedores de sua equipe e xingado pela torcida adversária. Se não foi feliz na sua intervenção, “a casa cai” e imediatamente ganha, no mínimo, a alcunha de frangueiro e perde a admiração da torcida e a confiança do treinador e dos cartolas do clube, mesmo sendo o petardo disparado pelo adversário indefensável.

Neste domingo (26), Dia do Goleiro, fiz questão de homenagear o arqueiro Manga, que sabia se colocar em frente da trave como ninguém. No Botafogo foi Campeão Carioca em 1961, 1962, 1967 e 1968, Taça Brasil de 1968, Rio-São Paulo de 1962, 1964, 1966. Já que falei de estatística, pelo Botafogo jogou 442 partidas e sofreu 394 gols. Também jogou 12 partidas pela Seleção Brasileira.

Manga em ação defendendo o Botafogo (RJ)

Pelo Botafogo passaram grandes goleiros, com os quais me identifiquei bastante, mas Manga sempre foi especial pela sua presença e firmeza na pequena área e impunha respeito ao abrir “as asas” e deixar o atacante perdido, sem saber o que fazer. Melhor, ainda, quando o próximo jogo era contra o Flamengo e ele não perdia a esportiva ao dizer que tinha recebido o “bicho” pela vitória antes mesmo do jogo.

Já Maurício Duarte, ex-jogador profissional de grandes equipes brasileiras (Botafogo, inclusive), radialista, comentarista de futebol, amigo de excelente caráter, homenageou o goleiro Laércio, do Itabuna. E a homenagem foi prestada em tempo certo a uma pessoa que não mais se encontra entre nós e fez história no Itabuna Esporte Clube e em Itabuna, chegando a ser o xodó da torcida pelas grandes atuações dentro e fora do campo.

Itabuna sempre foi pródiga em bons goleiros desde os tempos do futebol amador – Fluminense, Flamengo, Grêmio, Janízaros, Bahia, Itabuna, Corinthians e Botafogo, este com um fato inusitado: o goleiro Danielzão mais tarde trocou de posição e passou a jogar como centroavante. Esses mesmos goleiros dos clubes defenderam com mãos de ferro a Seleção de Itabuna, vencedora do Intermunicipal por oito anos seguidos: Octacampeã.

Desfilaram em baixo dos três paus da seleção itabunense os goleiros Carlito, Asclepíades, Ivanildo, Plínio, Luiz Carlos, Betinho, dentre outros, que escreveram seus nomes da história do futebol itabunense. Goleiros que defendiam bolas impossíveis e se atiravam nelas como um esfomeado em busca de um prato de comida, para não deixar de citar a rica e bela gíria futebolística, além dos altamente técnicos.

É uma justa homenagem a um profissional – antes amador – que destoa dos colegas de equipe desde pequeno, por ser raro os que têm o sonho de ser goleiro e lutam para isso nos babas e escolinhas de futebol. Não raro, os goleiros são descobertos por serem aqueles que não têm talento para jogar na zaga, meio do campo e ataque e são escalados nos babas como goleiro, posição pouco disputada nos campinhos.

Por isso e tudo isso, minhas homenagens aos goleiros do Brasil e do mundo. Vai que é sua, Tafarel!

Walmir Rosário é radialista, jornalista e advogado.