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Otto discurs ao lado de Lenildo, Rosemberg e Geraldo (Foto André  Oliveira).
Otto discurs ao lado de Lenildo, Rosemberg e Geraldo (Foto André Oliveira).

O vice-governador Otto Alencar é nome visto como certo na chapa majoritária governista em 2014. O que não está definido é se será candidato ao Senado ou à sucessão do governador Jaques Wagner.
Pelos discursos, ontem, durante passagem de Otto pelo município de Ibicaraí, o destino do vice-governador está “definido”: a disputa por uma vaga no Senado Federal. Otto esteve por lá para inaugurações de obras de pavimentação asfáltica e iluminação rodoviária.
O prefeito Lenildo Santana e os deputados Rosemberg Pinto (PT), Ângela Sousa (PSD) e Geraldo Simões (PT) trataram Otto como “senador”, numa alusão a 2014.
Otto tem se mostrado fiel a Wagner e entende que a sua vaga na majoritária está garantida. E reagiu bem aos discursos sugestivos que o apontam na (disputa à) vaga ao Senado.

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Audiência na CCJ aprovou criação da Ufesba. Projeto de lei vai ao Senado (Foto Divulgação).
Audiência na CCJ aprovou criação da Ufesba. Projeto de lei vai ao Senado (Foto Divulgação).

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou nesta tarde, 12, o projeto de lei que cria a Universidade Federal do Sul da Bahia (Ufesba), estabelecendo Itabuna como sede e campi em Porto Seguro e Teixeira de Freitas.
Relator do PL da Ufesba, o deputado federal Geraldo Simões (PT/BA) disse que, encerrada a tramitação na Câmara dos Deputados, agora o projeto segue para o Senado Federal e, depois, vai à sanção da presidente Dilma Rousseff.
Por meio de sua assessoria, Geraldo disse que fará rápida tramitação no Senado. “Para isso, já fiz contato com o líder do Governo no Senado, o senador Walter Pinheiro”, afirmou, acrescentando que a aprovação dentro do prazo na Câmara o faz acreditar, ainda, no início das atividades da Ufesba em 2014.

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Vane obtém aprovação de 23,5% em início de governo.
Vane obtém aprovação de 23,5% em início de governo.

A Sócio-Estatística fez levantamento com 808 itabunenses, no período de 1 a 8 de março. Os resultados levam preocupação ao prefeito Claudevane Leite (PRB) e – mais ainda – ao ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM).
Com pouco mais de dois meses de gestão, o Governo Vane obteve apenas 23,2% de avaliação positiva, percentual praticamente igual ao dos que consideram a gestão ruim ou péssima: 20,8%.
A margem de erro do levantamento é de 4 pontos percentuais.
O percentual dos que avaliam o governo como regular atingiu 21,5%. Dos eleitores ouvidos,  34,5% não quiseram emitir opinião.
Para Agenor Gasparetto, da Sócio-Estatística, a avaliação do governo tende levemente ao positivo, mas a administração “terá que provar que será capaz de ir além de boas intenções e bons propósitos”. O itabunense, diz Gasparetto, está mais exigente.
Gestão de Azevedo obteve reprovação de 52,1% dos itabunenses.
Gestão de Azevedo obteve reprovação de 52,1% dos itabunenses (Foto Bahia Online).

A pesquisa também aferiu o humor do eleitorado em relação ao finado governo de José Nilton Azevedo (DEM).
Exatos 52,1% dos pesquisados avaliaram como negativa a administração do ex-prefeito, sendo que, destes, 42,9% cravaram como “péssima” a gestão do democrata. A aprovação ficou em 21,1%.
Palavras de Gasparetto: “Essa avaliação praticamente sela a sorte de Azevedo como político no curto prazo. Saiu mal do governo e sair mal não é uma boa notícia e não emite sinais alvissareiros para o futuro, muito pelo contrário”.
A Sócio-Estatística ainda perguntou ao eleitor itabunense sobre as gestões de Dilma (muito bem avaliada) e de Wagner (tendendo ao negativo) e mandatos de deputados itabunenses: os estaduais Augusto Castro e Gilberto Santana têm avaliação tendendo ao positivo, enquanto o federal Geraldo Simões é mais conhecido (está no terceiro mandato de deputado e foi duas vezes prefeito de Itabuna), mas a visão que o itabunense tem dele, no geral, tende ao negativo. Atualizado às 13h37min.

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Jonas Paulo é o “conciliador” na paz selada entre as alas de Josias e Geraldo no PT (Foto Josivaldo Dias).

O PT itabunense se reuniu ontem para comemorar os 33 anos de fundação do partido e iniciar a formação política dos novos filiados à legenda. O encontro, no plenário da Câmara de Vereadores, teve a participação dos vereadores Paulinho do INPS e Júnior Brandão, do deputado Geraldo Simões e do presidente estadual do partido, Jonas Paulo, além da presidente do diretório local, professora Miralva Moitinho. Filiados ligados aos deputados federais Geraldo Simões e Josias Gomes adotaram o discurso da unidade e da paz entre os grupos.

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(Fotos Gabriel Oliveira)
(Fotos Gabriel Oliveira)

O prefeito Claudevane Leite (Vane do Renascer) disse que estão adiantadas as negociações do governo estadual para que a fábrica de sucos Del Valle, da Coca-Cola Company, seja instalada em Itabuna. A unidade deverá se instalar no Distrito Industrial, às margens da BR-415. Uma área de 72 hectares foi desapropriada pelo governador Jaques Wagner para criar o distrito e abrigar indústrias como a Del Valle.
Durante entrevista exclusiva ao PIMENTA, o prefeito itabunense também revelou a criação do que considera o maior programa social da história do município. A iniciativa envolverá 10 mil crianças e adolescentes em atividades de inclusão por meio do esporte e deverá começar “nos próximos meses”. É uma das cartadas para tentar diminuir os índices de violência no município e integra as ações do programa Cidade de Paz, prometido em campanha.
Vane também comentou sobre a força do PCdoB no governo e negou que os comunistas tenham sido desleais. “Eu desafio aqui os meios de comunicação ou qualquer pessoa a dizer onde foi que o PCdoB avançou sinal”.
A entrevista também aborda duas questões caras nesse início de governo: a nomeação – e exoneração – de azevedistas e as dívidas deixadas pelo ex-prefeito Capitão Azevedo (DEM).  Apenas com a Marquise, cita, foram R$ 12 milhões não pagos, além de R$ 1 milhão com a Oi, o que deixou prefeitura e redes de educação e saúde sem telefone e internet, afetando, por exemplo, a marcação de exames e consultas. Confira principais trechos da entrevista.
BLOG PIMENTA – A mudança foi o lema da sua campanha, mas a sua gestão manteve quadros e situações do governo passado. Com isso, não há uma quebra de expectativa? O senhor não acha que faltaram ações de impacto que marcassem a diferença de um momento para o outro?
CLAUDEVANE LEITE – Eu acredito que houve choque de gestão com a revisão, agora, de todos os contratos feitos de 2009 para cá. Conseguimos reduzir o valor da maioria dos contratos. Dos cargos comissionados, nós preenchemos apenas 40%, o que é muito difícil um prefeito fazer. Quanto aos comissionados do governo anterior, foram 9, 10 pessoas, não era uma multidão e, até onde eu sei, não eram pessoas envolvidas com nada de errado. Nós terminamos por exonerá-las,  exatamente porque a opinião pública não aceitava. [A nomeação] talvez tenha sido um equívoco. Os que ficaram são efetivos e quem errou vai responder. Vamos enviar [as provas] para o Ministério Público estadual.
BP – Numa entrevista, o senhor disse que nomeou algumas das pessoas do governo passado, apresentadas pelos seus secretários,  sem mesmo conhecê-las. Essa surpresa se deu também com o ex-secretário José Alencar?
CL – Não. José Alencar é um bom técnico, tem trânsito muito bom no governo federal e tinha uma boa equipe de planejamento, de projetos. No primeiro momento, a gente precisou ficar com algumas pessoas aqui para passar informações de projetos. Chegamos e não tínhamos conhecimento de como estavam os projetos. Uma dessas pessoas foi José Alencar, que ficou e nos ajudou muito.
BP – Essa necessidade seria um indicativo de que não houve transição efetivamente?
CL – Houve transição, trabalhamos, mas, efetivamente, o governo anterior não encaminhou todas as informações. Até agora, eles não passaram as informações contábeis. Marcam a data e não cumprem. Estamos em nossa auditoria interna e vamos contratar empresa.
BP – Fará auditoria externa?
CL – Exatamente. Estamos conversando com várias empresas. Vamos fechar essa auditoria externa até a próxima semana.
Vane entrevista Pimenta5 foto Gabriel Oliveira______________

NOMEAÇÃO DE AZEVEDISTAS: Foram 9, 10 pessoas, não era uma multidão. Nós terminamos por exonerá-las,  exatamente porque a opinião pública não aceitava.

 
BP – Nos levantamentos internos, o que já foi detectado?
CL – O comprometimento das finanças, as dívidas deixadas, sem dúvida, são os maiores problemas. Itabuna está no Cadin [Cadastro de Inadimplentes] e, por isso, não pode pleitear muitos dos convênios federais por causa da inadimplência. Só de INSS, são R$ 250 milhões em dívidas. Isso é histórico, vem de muito tempo. Temos dívida de R$ 19 milhões com empresas de lixo. São R$ 12 milhões com a Marquise e R$ 7 milhões da Torre.
BP – Como será solucionado este impasse com a Marquise, que tem contrato até setembro?
CL – A Marquise está trazendo muita dificuldade para gente. Aqui em Itabuna, já encontramos empresas que podem fazer o serviço pela metade do preço da Marquise, mas com qualidade. Óbvio que iremos ver isso por meio de licitação. Ainda falando dos problemas encontrados, o ex-prefeito também não pagou os servidores, que precisam receber, mas como é que você paga R$ 11 milhões nessa dificuldade? Outro problema muito grave é com a telefônica Oi. Deixaram R$ 1 milhão de débito. A gente não tem como quitar R$ 1 milhão de um dia para o outro. Em janeiro, tivemos um mês infeliz. Nossa arrecadação caiu de R$ 23 milhões, em janeiro de 2012, para R$ 18 milhões em 2013. 70% da nossa frota estava praticamente sem funcionar, inclusive a patrulha mecânica, equipamento novo. Temos também o alto percentual gasto com a folha de pagamento. Apenas a folha dos efetivos já é muito alta e isso é extremamente preocupante.
BP – Muitos municípios têm sofrido com esse aumento do percentual de gasto com a folha não pelo empreguismo, mas por causa da queda de arrecadação. Qual a saída para aumentar receita?
CL – Nós temos que trabalhar com austeridade e buscar aumentar a receita própria, mas sem aumento ou criação de impostos, e vamos fazer isso. Volto a dizer que cortamos as funções gratificadas e deixamos de preencher 60% dos cargos comissionados como medidas de economia. Mas vamos ter que contratar para a saúde, educação, assistência social. Precisamos estruturar a saúde para que todos os postos estejam funcionando em março. A saúde está sendo preparada para receber a Plena.

______________Vane entrevista Pimenta 6 Foto Gabriel Oliveira

DÍVIDAS E GESTÃO: Nossa perspectiva é de um cenário melhor a partir de abril, mas já estamos fazendo muito dentro do possível. Nós pegamos uma prefeitura com débito e sem dinheiro em caixa.

BP – O retorno do Comando Único estaria condicionado, ainda, ao pagamento de dívidas deixadas em 2008, quando o município perdeu a gestão plena?
CL – Este não é um complicador para que o comando único retorne. O mais importante é melhorar a atenção básica. Nós estamos acelerando para que isso aconteça.
BP – O senhor traz um retrato de “terra arrasada”. Há perspectiva de quando o governo começa a trabalhar dentro de um cenário mais otimista?
CL – Tivemos uma melhora em fevereiro, mas nossa perspectiva é de um cenário melhor a partir de abril, mas já estamos fazendo muito dentro do possível. Nós pegamos uma prefeitura com débito e sem dinheiro em caixa. Estamos regularizando a dívida com o servidor, contratamos 150 pessoas para varrição de ruas, poda, jardinagem e estamos com operação tapa-buracos e iluminando as vias. A cidade não está melhor, mais limpa, por causa desse problema com a Marquise, que faz a coleta de resíduos sólidos. O Hospital de Base já deu uma melhorada, mesmo com toda a dificuldade. As consultas médicas estão sendo marcadas. Gente que estava há oito meses sem marcar exame já  está conseguindo.
BP – Mas quem procurou marcar consulta no início de fevereiro enfrentou dificuldades.
CL – Com certeza, mas isso foi por causa do sistema que é ligado à Oi, a quem a prefeitura deve R$ 1 milhão. Esse foi um problema operacional, que já estamos regularizando. A gente começou a limpar a cidade, tapar os buracos e limpar canais. O canal do São Caetano há seis anos que não passava por limpeza e nós começamos a limpar. E o da Califórnia, também. Então, a gente acredita que de abril em diante a gente comece a avançar muito mais.
BP – As feiras livres de Itabuna sempre foram sujas, mas hoje estão ainda mais. O centro comercial está muito sujo. O que fazer?
CL – O centro comercial é um condomínio e precisa dar uma resposta. Diante da dificuldade toda que temos, estamos fazendo grande esforço. Queria antecipar que, na conversa com o governador Wagner, nós tratamos da revitalização das feiras livres. Outro assunto foi a volta do Comando Único do SUS. A gente não quer apenas melhoramento, mas fazer revitalização total das feiras. As feiras são questão de saúde pública e um pedido de Itabuna. As feiras do São Caetano e Califórnia têm canais sujos, com ratos, urubus… Nós solicitamos ao governador, e ele pediu para encaminhar projeto. Pensamos em feira com estacionamento, pavimentos e que as pessoas que trabalham lá possam aumentar sua renda.

Vane entrevista Pimenta5 foto Gabriel Oliveira______________

FEIRAS LIVRES: As feiras são questão de saúde pública. A gente não quer apenas melhoramento, mas fazer revitalização total das feiras.

 

 
BP – Esses projetos das feiras livres implicam em mudança de local?
CL – Não temos intenção de mudança de local. Pedimos mais algumas coisas ao governador, a exemplo dos canais e apoio para a pavimentação dos bairros.
BP – Na última entrevista ao blog, ainda na condição de prefeito eleito, o senhor falou que um dos assuntos da audiência seria a geração de empregos, atração de indústrias. Isso foi tratado?
CL – Sim, o governo já desapropriou área de 72 hectares para a Sudic. Virá uma empresa para cá. Estou muito preocupado porque 90% das pessoas que vêm à Prefeitura estão em busca de emprego. Nesses 50 dias de governo, já me reuni com mais de 20 empresários. Todas essas 20 virão para Itabuna? Não, mas tentaremos trazê-las. Nós fomos o primeiro prefeito da Bahia que criou a Sala do Empreendedor, com o Sebrae, para que o pequeno empreendedor saia de lá com tudo prontinho, tenha também acesso a crédito, junto com a Caixa [Econômica Federal]. Essa semana, também, já tivemos com o Banco do Povo, para que a prefeitura possa dar suporte financeiro para que possamos expandir o microcrédito. A visão nossa é ampla, estamos preocupados com a questão da saúde, da educação, do emprego, da violência.
BP – Qual a empresa que ocupará essa área do distrito industrial?
CL – É a indústria de sucos Del Valle (da Coca-Cola) e já é uma negociação que está bem adiantada. Mas temos também aquela área onde funcionou a Kildare, que eu penso em utilizar para instalar uma incubadora de pequenas e médias empresas. Hoje nós temos diversas empresas interessadas naquele espaço e nós estamos avançando nisso, embora ainda haja uma questão judicial a ser resolvida. Mas estamos muito preocupados com a questão do emprego e renda em Itabuna.
BP – Existe possibilidade de negociação amigável com os Kaufmann, que reivindicam os galpões?
CL – Na verdade, hoje a Prefeitura tem o domínio da área, mas ainda há questões a serem vencidas.
Vane entrevista Pimenta 7 foto Gabriel Oliveira______________

VIOLÊNCIA E CIDADE DE PAZ: A cada ano a violência aumenta e isso é uma coisa que nos deixa extremamente preocupados. O ano de 2013, particularmente, começou dando sinais de que será pior nesse aspecto.

BP – Como o governo está se mobilizando para transformar em realidade o projeto Cidade de Paz, que foi um de seus compromissos de campanha?
CL – Na última década, os índices mostram que a cada ano a violência aumenta e isso é uma coisa que nos deixa extremamente preocupados. O ano de 2013, particularmente, começou dando sinais de que será pior nesse aspecto. Nós vamos procurar resolver isso, fazendo políticas públicas. Temos feito diversas reuniões com nossos secretários e todas as ações, principalmente na cultura, na Fundação Marimbeta, Secretaria de Esportes, de Educação, é visando promover programas e projetos voltados à inclusão social. O que precisamos fazer é trabalhar a criança e o adolescente para reduzir sua vulnerabilidade. Estamos articulando junto ao Pronatec [Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego] a atração de diversos cursos profissionalizantes. Além da ampliação da renda, queremos oferecer esse treinamento e mais opções no que se refere ao esporte e à cultura.
BP – Já existe algum projeto pelo menos em vias de ser concretizado?
CL – Nós ainda não estamos divulgando na imprensa, mas nos próximos meses vamos lançar um programa que vai atender 10 mil crianças e adolescentes. Será o maior programa social da história de Itabuna. Somente na Vila Olímpica, sede da Usemi (União dos Servidores Municipais de Itabuna) e no Itabunão (Estádio Luiz Viana Filho),  teremos vaga para 3 mil crianças praticarem esportes. Outras 2 mil serão acolhidas na Fundação Marimbeta e mais 5 mil pela Ficc [Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania]. Será o primeiro grande passo que daremos em relação às políticas públicas de inclusão, mas também de prevenção. Itabuna terá uma programação cultural e esportiva que jamais teve. Queremos fazer grandes festivais culturais e muitas competições esportivas para que, nos próximos anos, em vez de ver a  violência aumentar, possamos vê-la diminuir.
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Deputado estaria perseguindo correligionários que o criticam
Deputado estaria perseguindo correligionários que o criticam

Já se passaram quase cinco meses, mas a derrota eleitoral sofrida pelo PT nas últimas eleições municipais em Itabuna continua alimentando a guerra interna do partido. De um lado, os partidários do deputado federal Geraldo Simões; do outro, um grupo que questiona posicionamentos do parlamentar e põe na conta dele as duas “pancadas” que a legenda levou em Itabuna, nos anos de 2008 e 2012, quando a Juçara Feitosa, esposa de GS, foi lançada na disputa pelo governo municipal.
Essa briga entre petistas pró-GS e petistas críticos ao deputado acaba de fazer mais uma vítima, obviamente do lado mais fraco da corda. Trata-se da professora Dinalva Célia, trinta anos de partido e gestora escolar aprovada em concurso público.
Na noite desta segunda-feira, 18, Dinalva recebeu a notícia de que será exonerada do cargo de vice-diretora do Centro de Apoio Pedagógico (CAP), antigo Colégio Eraldo Tinoco. Para a petista, quem pediu sua cabeça foi o próprio Geraldo Simões.
 

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Hoje, nada lembrava a beligerância eleitoral entre o prefeito Claudevane Leite e o deputado Geraldo Simões. Os dois e o vice-prefeito Wenceslau Júnior até provocaram risos no plenário da Câmara de Vereadores, durante o encontro de prefeitos e comissão da Ufsba.
Geraldo falou primeiro. Começou elogiando Vane:
– Queria parabenizar Vane pela austeridade em seu governo. Escolheu o vice-prefeito para secretário de Planejamento e mestre de cerimônia.
Vane, a princípio, pensou se tratar de “pegadinha” política. Wenceslau, o vice-secretário-cerimonialista, entrou na “onda” do parlamentar petista:
– Geraldo, o governo não está preocupado só em economizar. Contratou um cerimonalista do primeiro time – disse, sem esclarecer se já passou pela escola do multimídia e mestre Ramiro Aquino.

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marco wense1Marco Wense

O momento é de reflexão. Recomeçar com humildade, reconhecendo os erros cometidos, é o melhor caminho para se manter politicamente vivo.

Juçara Feitosa, ex-primeira-dama de Itabuna, duas vezes candidata ao Centro Administrativo Firmino Alves, não vai mais disputar a presidência do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT).
Sem dúvida, o primeiro importante passo do deputado federal Geraldo Simões para enfraquecer o discurso de que seu projeto político é familiar, como gosta de dizer o pessoal do PCdoB.
Geraldo Simões, cada vez mais carente de apoio e distante de um terceiro mandato, não pode ter como adversário o próprio Geraldo Simões.
O momento é de reflexão. Recomeçar com humildade, reconhecendo os erros cometidos, é o melhor caminho para se manter politicamente vivo.
VANE E O ELEITORADO
Se Claudevane Leite fizer um bom governo, quebra o tabu do segundo mandato consecutivo. A reeleição significa o surgimento de uma nova e forte corrente política: o vanismo.
Do contrário, fazendo um governo medíocre, muito abaixo do esperado, a decepção e a revolta, sem descartar a volta ao passado com Fernando Gomes, Geraldo Simões ou Azevedo.
Um grande desafio pela frente, já que o eleitorado cansou da política do “feijão com arroz”, com a sobra do dinheiro público indo para os bolsos dos governantes e de seus homens de confiança.
Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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marcowenseMarco Wense

O alimento da oposição vem do próprio governo, que deixa prevalecer a impressão de que as coisas estão acontecendo sem o conhecimento do prefeito. Coisas também esquisitas.

O prefeito de Itabuna, Claudevane Leite, ex-petista, hoje no PRB, partido controlado pela Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), reconhece a importância do PCdoB na sua eleição.
Desde o início da campanha, já como pré-candidato, Vane sabia que sua caminhada rumo ao cobiçado Centro Administrativo só teria êxito com o apoio da legenda comunista.
Não à toa que Vane descumpriu o acordo firmado na frente partidária, quando aceitou Wenceslau Júnior como vice em detrimento da professora Acácia Pinho (PDT).
Os acólitos de Vane não estão circunscritos aos camaradas, como se as lideranças de outras agremiações partidárias não tivessem nenhuma participação na sua vitória.
A opinião de que o governo Vane é dependente do PCdoB é, no mínimo, intempestiva. Tem como escopo criar um problema político que não existe.
Aliás, esse discurso de que o governo fica na “orfandade” se romper com o PCdoB é o preferido da oposição, aí representada pelo PT de Geraldo Simões.
É bom lembrar que Jaques Wagner já sinalizou que o prefeito Vane é um aliado. O republicanismo do governador não permite um puxão de orelha no ex-alcaide.
Vane não vai entrar no jogo dos adeptos do “quanto pior, melhor”. De um oposicionismo que torce por uma crise administrativa acompanhada com instabilidade política.
O alimento da oposição vem do próprio governo, que deixa prevalecer a impressão de que as coisas estão acontecendo sem o conhecimento do prefeito. Coisas também esquisitas.

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Jonas Paulo acompanhou reunião do diretório (Foto Pimenta).
Jonas Paulo acompanhou reunião do diretório (Foto Pimenta).

O diretório municipal do PT decidiu que não fará oposição ao governo do prefeito Claudevane Leite, Vane do Renascer (PRB), em reunião de mais de quatro horas, ontem à noite, com a presença do presidente estadual do partido, Jonas Paulo.
O partido (ou metade dele) defenderá a governabilidade, sem criar empecilhos à nova gestão municipal. Porém, o filiado que ocupar cargo no governo municipal terá que se licenciar ou deixar o partido, informa o Blog do Thame.
Durante a reunião, pesou o fato de que não faria sentido reforçar a oposição ao novo governo se o partido não teve o mesmo comportamento durante a gestão do ex-prefeito Capitão Azevedo. A oposição ao prefeito do DEM era tímida.
A decisão do diretório local, referendada por Jonas Paulo, acalma os ânimos e agrada -em parte – aos grupos ligados aos deputados federais Geraldo Simões e Josias Gomes.
O grupo do ex-prefeito de Itabuna defendia oposição ao governo, enquanto o de Josias defendia reciprocidade com o PRB com o PT na base aliada de Vane, repetindo o que acontece nos planos estadual (Jaques Wagner) e federal (Dilma Rousseff). Os dois governos têm apoio do PRB.

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Prefeito Vane do Renascer e os deputados Geraldo Simões e Josias Gomes.
Prefeito Vane do Renascer e os deputados Geraldo Simões e Josias Gomes.

Pela primeira vez após o confronto eleitoral de outubro passado, o prefeito Vane do Renascer (PRB) e os deputados federais petistas Josias Gomes e Geraldo Simões estarão juntos – ou, pelo menos, no mesmo ambiente. Nesta terça, o trio participa da assinatura da ordem de serviço da Barragem do Rio Colônia, às 10 horas, no Centro de Cultura Adonias Filho.
No plano local, Josias defende que o PT dê apoio à gestão de Vane do Renascer. Na outra ponta, Geraldo Simões bate o pé e se articula para melar o possível apoio, mesmo o prefeito sendo de um partido da base aliada do governador Jaques Wagner, que estará em Itabuna para assinar a ordem de serviço da barragem.
O diabo é que Vane, ex-aliado de Geraldo, deixou o PT por não encontrar espaço para disputar a prefeitura local. O “tranca-eleição” foi justamente o deputado, que havia escolhido a esposa, Juçara Feitosa, derrotada pela segunda vez consecutiva em seu projeto de governar Itabuna.
Nesta terça, Vane, Geraldo e Josias estarão à mesa na solenidade no Centro de Cultura. Resta saber se o batalhão favorável ao novo prefeito – dentre eles, Wagner e o vice-governador, Otto Alencar – fará a mágica de unir os contrários…

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Xula critica projeto familiar de GS.

O ex-candidato a vereador Ricardo Xula desfiliou-se do PT disparando críticas ao projeto “familiar” do deputado federal Geraldo Simões. “Não tenho como ficar em um partido em que só uma família domina”.

A carta de desfiliação foi entregue na última sexta, 23, momentos antes do almoço de aniversário de Geraldo. “Fiz questão de entregar a carta naquele momento, pois ele só trabalhou contra mim, contra a minha candidatura [a vereador]”. Só hoje o ex-candidato decidiu falar.

Técnico em radiologia, Ricardo Xula fundou o núcleo do PT no Jardim Primavera, do qual era presidente, e também integrou a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Itabuna e Região (Sintesi). Segundo Xula, cerca de 50 pessoas ligadas a ele deixarão o partido.

Xula diz que a insistência de Geraldo com o projeto familiar resultou em derrota eleitoral “pior do que da outra vez”, numa referência às derrotas petistas em 2008, quando Juçara Simões teve pouco mais de 40 mil votos, e em 2012, quando acabou em terceiro lugar e obtendo 16 mil votos.

O agora ex-petista disse não ter decidido ainda o seu destino político-partidário, mas irá apoiar quem possa “bater de frente com Geraldo Simões” no campo progressista. Xula diz que as perseguições à sua candidatura começaram quando parte do grupo decidiu apoiar a eleição de Vane do Renascer.

Xula não acredita em mudança na direção do PT itabunense no processo eleitoral de 2013. Juçara é a candidata de Geraldo para a presidência do partido. O ex-petista diz que o grupo que retornou ao partido não terá força para enfrentar o grupo geraldista. “Geraldo, oferecendo horrores, filiou três vezes mais pessoas que os outros grupos”.

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Marco Wense

Para os geraldistas, o antigeraldismo está ansioso para participar do governo Vane. Conta com o aval de Miralva Moitinho, presidenta do diretório, e com o endosso do deputado federal Josias Gomes.

O prefeito eleito Claudevane Leite (PRB) nem tomou posse e já vem esse Marco Wense com seus devaneios sobre a sucessão municipal de 2016.

O caro leitor, independente de sua condição intelectual, de gostar ou não de política, tem todo o direito de achar que o comentário de hoje é ridículo, inoportuno e intempestivo.

Mas não é. Política é um processo de vários e interligados atos. E o primeiro ato importante do PT, visando o pleito de 2016, é a eleição para a presidência do partido.

Não é à toa que o deputado Geraldo Simões quer o comando da legenda para uma pessoa de sua inteira confiança, como a militante, companheira e esposa Juçara Feitosa.

Correligionários bem próximos do parlamentar são da opinião de que o PT só terá candidatura própria se o partido continuar sob o controle de Geraldo Simões.

Para os geraldistas, o antigeraldismo está ansioso para participar do governo Vane. Conta com o aval de Miralva Moitinho, presidenta do diretório, e com o endosso do deputado federal Josias Gomes.

Participar do governo do prefeito eleito é assumir o compromisso de apoiá-lo na sua natural pretensão de buscar o segundo mandato via instituto da reeleição.

O governador Jaques Wagner, cansado e ressabiado com três derrotas consecutivas, não criaria nenhum obstáculo para uma possível aproximação entre o PT e o governo Vane.

Portanto, caro leitor, não há devaneios e, muito menos, elucubrações no comentário de hoje. O processo sucessório de 2016 já começou, pelo menos no petismo de Itabuna.

COBRANÇA JUSTA

A executiva estadual do PDT, sob a batuta do gaúcho Alexandre Brust, cobra de Jaques Wagner mais espaços no governo. Espaço é sinônimo de cargos.

O PDT apoiou a reeleição do petista em 2010. A contrapartida foi proporcional ao fraco desempenho da legenda na eleição de 2008: oito prefeitos, alguns vice-prefeitos e poucos vereadores.

Agora, na sucessão de 2012, a legenda brizolista elegeu 43 chefes de Executivo, 31 vice-prefeitos e 373 vereadores. A cobrança faz sentido. É mais do que justa.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.

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Marco Wense 

A verdade é filha do tempo. E o tempo, como senhor da razão, vai mostrar que os seguidos erros de Geraldo Simões – alguns até infantis – podem levá-lo para o isolamento político.

O governador Jaques Wagner faz um esforço sobrenatural para entender o político Geraldo Simões. Fica mais abismado quando compara o Geraldo de ontem com o Geraldo de hoje.

O irreverente jornalista Eduardo Anunciação diria que o Geraldo Simões de priscas eras, na época de “minha pedinha”, é o oposto do Geraldo Simões de agora.

Anunciação, comentarista político do Diário Bahia, tem razão quando diz que GS “está precisando com urgentíssima-urgência perceber alguns episódios, alguns erros, alguns fatos, falhas”.

Wagner também não entende como é que Geraldo Simões consegue, concomitantemente, se atritar com as legendas da base aliada, suas respectivas lideranças e com os próprios companheiros.

Das agremiações partidárias de maior expressão, obviamente do cenário baiano, apenas o PSB e o PDT de Acácia Pinho acompanharam a então candidata Juçara Feitosa na última sucessão municipal.

O fato de Juçara ser a suplente da senadora Lídice da Mata, que é a comandante-mor do PSB, contribuiu para que petistas e socialistas ficassem no mesmo palanque.

O PSB, no entanto, assim como o PDT, ficou dividido entre as candidaturas de Juçara e Vane do Renascer. A ala histórica do brizolismo grapiúna decidiu pelo apoio ao candidato do PRB.

Vale ressaltar que Acácia Pinho foi protagonista de uma enxurrada de discursos contra o capitão Azevedo e Geraldo Simões. A neopedetista pregava o fim da “mesmice”, aí incluindo o ex-prefeito Fernando Gomes.

Ao romper com a frente partidária, que terminou optando por Wenceslau Júnior como vice de Vane, Acácia se aproximou do capitão Azevedo com o intuito de integrar a chapa majoritária.

O comando estadual do PDT daria o aval para a estranha aliança, já que todas as pesquisas de intenção de voto apontavam Azevedo em uma posição confortável. Sua reeleição era considerada como favas contadas. Leia Mais

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Marco Wense

Os peemedebistas querendo manter Michel Temer como companheiro de chapa de Dilma e os socialistas reivindicando o nome do próprio Eduardo Campos.

A bola da vez, quando o assunto envereda para a disputa do Palácio do Planalto, é o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB).

Todo esse oba-oba, envolvendo o neto do saudoso Miguel Arraes, decorre do sucesso eleitoral do PSB, que foi a sigla que mais cresceu (40% a mais de prefeitos) desde 2008.

Não é o bom desempenho da legenda que vai ditar as regras para a eleição presidencial de 2014. A candidatura de Campos está condicionada a uma queda acentuada na popularidade da presidenta Dilma Rousseff.

A verdadeira disputa é o PMDB versus PSB. Os peemedebistas querendo manter Michel Temer como companheiro de chapa de Dilma e os socialistas reivindicando o nome do próprio Eduardo Campos.

A ELEIÇÃO DE HADDAD

É evidente que o ex-presidente Lula tem os seus méritos e foi o grande responsável pela vitória de um “poste” na sucessão paulistana.

O então candidato Fernando Haddad saiu do zero em todo sentido: pesquisas de intenção de voto, apoios de partidos e de lideranças políticas. Só contava com o entusiasmo de Lula.

É bom lembrar que o toma-lá-dá-cá funcionou a todo vapor. Marta Suplicy, por exemplo, só virou Haddad desde criancinha depois que passou a ser ministra da Cultura.

É o toma-lá-dá-cá, digamos, “interna corporis”.

A BRIGA PELO PT

A briga é de “cachorro grande”. A disputa é pelo comando do diretório do PT de Itabuna. De um lado, o deputado Geraldo Simões. Do outro, o também parlamentar Josias Gomes.

Josianistas são da opinião de que o momento é agora, já que o ex-prefeito, depois de três derrotas consecutivas na sucessão municipal, se encontra politicamente debilitado.

Uma coisa é certa: Geraldo Simões, em caso de uma nova derrota política, vai ficar no mato sem cachorro.

Marco Wense é articulista do Diário Bahia.